DEISE © - OGG 2 [COMPLETO]

Von VRomancePlus

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LIVRO DOIS DA SÉRIE OUSADAS GG Anderson & Deise CONTEÚDO ADULTO! Escreve o que eu tô te dizendo! Eu nunca mai... Mehr

#VOCÊS#
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capitulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7.1
Capítulo 7.2
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19.
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34.1
Capítulo 34.2
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Epílogo

Capítulo 41

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Von VRomancePlus

Deise

A ponta dos dedos fazem círculos no meu couro cabeludo, a sonolência agora é minha companheira e eu não consigo ouvir o que me é dito. Eu adoro ter meus cabelos mexidos, adoro mais ainda o fato de que minha mãe sabe exatamente onde tocar e acariciar. Contudo, nem isso me faz esquecer a mensagem de Anderson que recebi há algumas horas.

Duas semanas. Se isso é uma espécie de castigo pode parar porque aprendi a minha lição! Tentei te dar espaço mesmo você estando doente mas agora já chega Deise, você decidiu que era melhor terminar e mesmo querendo dizer não, eu concordei. Concordei porque achei que aquilo era o melhor para você mas eu não consigo ficar longe, não consegui no Canadá e tampouco estou conseguindo agora. Por favor, volta para nos acertarmos.

De tanto ler aquelas palavras decorei uma a uma. Obviamente não respondi. Não estava castigando ninguém, mas quando decidi, em uma conversa com meu irmão, que a melhor opção seria passar um tempo em Salvador não pensei em Anderson, pensei em mim e que esse momento seria esclarecedor e renovador. E agora vejo isso. Voltar para o lugar que foi o meu cenário triste e desolador durantes anos me trouxe um novo pensamento e me levou a uma nova perspectiva: talvez eu tenha dado atenção demais a dor que não consegui ver o amor a minha volta desde que fui adotada.

Que é o que eu mais tenho recebido.

— Sabe minha filha, eu tentei por todos esses anos, com todas as minhas forças, apagar as memórias da sua mente. — Minha mãe diz — Mas eu sabia que era impossível, então tentei criar novas lembranças para você. Lembranças boas e felizes.  Você tem uma família que te ama muito filha. — Me viro para olhá-la — Quando você decidiu viajar seu irmão ficou louco. Sei pai já não era mais vivo e ele disse ser o homem da casa e não permitiria que viajasse para um lugar perigososo como São Paulo.

— Eu não sabia disso.

Ela abaixa o olhar. Os dedos agora dedilham minha testa.

— Conversamos por dias sem você saber. Ele queria "impedir" a irmãzinha de sair da bolha que criamos e eu tentava impedi-lo de fazer isso. Marcelo sempre foi super protetor, achava que se você morasse sozinha não conseguiria e sucumbiria as lembranças.

Faço uma careta.

— Minha mãe é a senhora!

Ela me ignora e continua:

— Eu nunca gostei de falar sobre o que viveu. Sempre achei que era suficiente o que guardava na mente mas hoje vejo que errei em não fazer.

— Ei, tudo bem. Estou aprendendo a superar.

— Não é o que parece. — Resmunga. Franzo o cenho me endireitando no sofá e encarando-a nos olhos. — Você parece está fugindo desse moço minha filha, estar corada e seus exames estão bons, os dias que o médico prescreveu já venceram e ainda está aqui olhando o celular de minuto em minuto e deitada no sofá encarando o nada, não te criei para isso.

Desvio o olhar envergonhada.

Então curvo os lábios em um sorriso tentando ocultar o fato de que ela tem razão.

— Estar me mandando embora dona Eva?

Minha mãe faz um barulho com os lábios, como se dissesse que sou besta por sequer cogitar essa idéia, suas mãos seguram as minha aquecendo-as isntantaneamente.

— Quando cheguei aqui você pensou estivesse grávida e por isso estava de volta, ameaçou matar o homem que "supostamente fez isso com a sua menina inocente" e agora quer que eu volte?

— Oxe, mas você não estar grávida.

Rimos.

— Eu só quero que fique bem. Suei e lutei para que os meus filhos fossem felizes. Rezo toda noite para que Deus lhe dê o que precisa e ampare vocês não deixando que nada de mal lhes aconteça naquela cidade louca e com gente louca.

— Mãe! — a repreendo e ela dá de ombros.

— O que eu tenho a dizer é que não lutei por você dia e noite para que vivesse amarrada ao passado. — Segura firme em meus ombros — Eu criei uma mulher forte e foda, criei uma mulher que se mandou sozinha para uma cidade grande e fez a vida, mesmo enfrentando preconceitos de merdas todos os dias. — As lágrimas rolam pela sua face negra — Criei a mulher que posou de lingerie para o mundo todo e me encheu de orgulho ao ver, ainda mostrei para essas vizinhas entrometidas. — Empina o nariz em meio às lágrimas e eu sorrio — Não tenha medo amor, já viu quem tem sangue nordestino ter medo? Se arrisque e se cair levante, se, se  decepcionar, supere e tente outra vez. Eu sou a sua mãe e você é meu orgulho e o amor da minha vida, eu a amo, todos a ama e não tenha medo de retribuir isso, sei que não fácil  passar pelo que passou e que quando se estar do outro lado julgar é fácil e bom, mas te digo uma coisa: você é Deise, a mulher mais ousada que já vi, você pode tudo.

Choro abraçada ao seu peito o resto da manhã ainda absorvendo suas palavras

***

— Vou dá uma passadinha na casa de Tia Aurora. — Digo quando encontro minha mãe costurando no cantinho da sala.

Ela endireita os óculos e me olha.

— Quando voltar já aproveita e pega aquele macarrão no mercado do Carlos que você adora para fazer sopa. Manda ele pôr na conta. Aquele que parece um parafuso

— Certo. Estou indo.

Pesquei a carteira e sai sendo agraciada pela brisa de fim de tarde.
A casa da minha tia não ficava muito longe por isso decidi passar lá no fim do passeio pela cidade. Estendi a caminhava até a barra e fiquei por lá observando as pessoas correndo e casais tirando fotos, o vento frio, o cheiro de água, areia e peixe...

Suspirei.

Comi um cachorro quente com bastante batata antes de levantar e voltar para o ponto de ônibus.

Será que ainda existirá um Anderson e eu? Tenho medo. Quando pus um ponto final foi por medo de continuar sofrendo quando ninguém não alcançasse as minhas expectativas ou me magoasse, será que terei uma vida algum dia se continuar assim? Eu quero ser feliz e ser uma das pessoas que sabe o que é se apaixonar e viver uma história de amor. Todas as coisas que acreditava ser o melhor para mim foram deixadas para trás desde momento em que Anderson entrou na minha vida e isso eu não posso negar.

Contudo a confiança e sinceridade vem sempre em primeiro lugar em qualquer relacionamento. Eu quero ser sincera e confiar nele, assim como preciso disso vindo dele também. Relacionamentos são construídos por ambas as partes e eu quero muito mesmo, o nós.

É uma questão de necessidade deixar o medo para trás e encarar o realmente quero para mim.

— Pelo amor de Deus. Está no mundo da lua mulher? — Pisco repetidas vezes focando meu olhar no belo homem a minha frente que gesticula sem parar.

Ele é alto e esguio. A pele branca constrata com o cabelo loiro e cacheado, semelha o dos anjos descritos por todos.

— Me desculpe? — Peço ainda confusa.

— Pelo que está se desculpando? Eu sujei você de acarajé. — Aponta a minha blusa e eu sufoco um xingamento ao encarar e mancha amarela no tecido branco. — Olha, ali tem um banheiro, você pode ficar com a minha blusa, não irá fazer falta. — Dá de ombros antes de começar a se livrar da peça.

— Não precisa... — Levanto as mãos impedindo que ele conclua a ação. — Eu estou bem mesmo. É só uma blusa...

— Me chama de Alex... — Pisca o olho, tenho a leve impressa de que conheço esse olhar mas não sei onde. — Você não é daqui, é?

— Na verdade sim, mas não moro. Estou só visitando minha família. Sou de São Paulo. — Não achei nada de mais falar onde morava, São Paulo é enorme por garantia — Você me lembra alguém, desculpa comentar mas os seus olhos me lembram o de alguém só não sei quem. — Sorrio ainda encarando a iria castanha.

Seus lábios se erguem.

— Não sei. Cheguei recentemente no país após alguns anos fora, estou indo para o Rio grande do Sul, e não quis ir antea de visitar essa cidade maravilhosa. Mas tenho um irmão que mora em São Paulo talvez você o conheça.

— Acho que não. — Quis dar por encerrada nossa conversa. O sol já se escondia horizonte, queria ir para casa e decidi o que faria da minha vida. — Foi um prazer Alex.

— O prazer foi meu, mesmo que não tenha falo seu nome.  — E foi ali que eu vi, antes de sair, um brilho sombrio no olhar do anjo.

Fiquei com medo de ser seguida. Passei na casa de minha tia e segui para casa. O rosto do homem não abandonou meus pensamentos em todo o momento, fiquei agoniada e tensa, algo naquele olhar não me era estranho.

Sai do banho sentindo o aroma maravilhoso de sopa de frango que só minha mãe sabe fazer. Mandei uma mensagem para Mari perguntando como todos estavam, inclusive o bebê que ela espera, e estão todos bem.

Vesti a calça de moletom de Anderson e uma blusa quentinha da minha mãe. Me enrolei na coberta, deitei no sofá com o prato na mão liguei a televisão.
Fui zapeando os canais e fiquei muda quando o vi na tela.

A festa de lançamento da nova coleção.

Havia esquecido.

Naquela noite fiquei vidrada olhando para a tela a minha frente. Gritei quando vi Emily e sorri quando as modelos entraram carregando no pescoço, orelhas e pulsos as jóias da Empire, contudo o mundo parou de girar e o ar foi faltando quando vi, adornando o pescoço e colo de uma modelo o meu colar...

O que eu tinha desenhado.

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