C A R O L
As horas do jogo aproximam-se. Estava ansiosa por ver João, de novo. Estava a adorar conhecê-lo. Ele tem-se mostrado uma pessoa impecável para comigo.
Apanhei o metro que me levou até ao Estádio da Luz.
Entrei no estádio, passando por toda aquela confusão e por fim, entrando na zona Vip. O João disse-me que era preferível ir para lá, para não estar no meio de muita gente.
carolinasilva18: sei que não vais ver esta mensagem mas quero-te desejar a maior sorte do mundo, vou estar a torcer por ti ❤
O jogo começou e o João estava no onze inicial. A primeira parte do jogo terminou com o Benfica a ganhar por duas bolas a zero. Apesar de ser portista ferrenha e não gostar de ver a equipa vermelha a ganhar, ficava feliz pelo João.
O jogo terminou com a vitória da equipa da Luz por quatro bolas a uma, e notava-se a milhas de distância a felicidade do número setenta e nove pois conseguiu marcar o terceiro golo.
joaofelix79: vem ter comigo até à zona dos balneários, já disse aos seguranças para te deixarem passar
Após ler a mensagem do moreno, dirigi-me até aos balneários.
Como seria de esperar, os jogadores demoraram algum tempo para, finalmente, saírem.
Quando avistei João não evitei sorrir. Os nossos olhares cruzam-se e sinto as minhas bochechas queimarem.
- Olá Carol. - João cumprimenta-me com um beijo na bochecha.
- Olá Joãozito. Parabéns pelo golo. - congratulei o rapaz.
- Obrigado. Olha eu estava a pensar que, se quisesses podias vir comigo e com alguns da equipa tomar um café ou assim... - diz atrapalhado.
- Por mim, pode ser. - afirmo e o sorriso do jogador aumenta.
Fomos até ao parque de estacionamento privativo do estádio pois iríamos no carro de André Almeida.
- André, esta é a Carolina, uma amiga minha. Carol este é o André. - o moreno apresenta-nos.
- Eu sei muito bem quem tu és, o puto não se cansa de falar sobre ti. - o jogador número trinta e quatro das águias profere e as minhas bochechas voltam a ganhar cor.
João, por sua vez, dá um cachaço na nuca de André.
Entrámos no carro e seguimos caminho até à esplanada escolhida por um dos rapazes.
Estivemos a conviver e confesso que eles são todos muito acolhedores e brincalhões. Fizeram logo sentir-me à vontade e escusado será dizer que estavam sempre a picar o João por me ter convidado.
- Eu vou à casa de banho, já volto. - transmito aos rapazes e levanto-me.
No caminho até ao pequeno compartimento, sinto alguém a puxar levemente o meu braço.
Viro-me e vejo o João.
Estávamos demasiado próximos. Podia até jurar que conseguia ouvir os batimentos cardíacos acelerados do moreno. As nossas respirações estavam descontroladas.
Sem que pudesse pensar em mais alguma coisa, sinto os lábios do jogador nos meus. Fiquei um pouco atordoada ao início, mas depois correspondi ao beijo. Não sabia que necessitava assim tanto de sentir o sabor dos seus lábios.
- Desculpa, não devia ter feito isto. - João tenta desculpar-se.
- Não tem mal. - digo encolhendo os ombros num desvalorizar da situação.
- Só não quero estragar nada entre nós. - afirma reticente com a minha resposta.
- Isso não vai acontecer. - tento tranquilizá-lo.
Afinal, eu precisava daquilo.