Oi meus anjos, estou aqui novamente com uma johnlock pq meus sentimentos por esse casal é infinito, então espero do fundo do core que vcs curtam comigo <3
Contém spoiler sim, então minha dica é que só leia se vc já assistiu o episódio 1 da 3° temporada para que possa entender as referências.
Boa leitura!
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Depois do suicídio de Sherlock, John tivera que seguir em frente.
Embora seu coração doesse todo santo dia ao pensar na pessoa que mais amava no mundo, ao pensar no único cara que tivera feito seu peito arder em chamas assim que se conheceram, tivera de seguir sua vida.
Tiveram vários problemas, mas não entendia, de forma alguma, o que levou o seu Sherlock a deixá-lo sozinho.
Por conta disto, apenas dois anos depois, John estava de volta na rua Baker, em frente ao número 221B.
Endereço que mudou sua vida desde a primeira vez que colocou os pés ali.
Adentrou o local ao respirar fundo e tomar coragem para tal. Tudo estava do mesmo jeito e novamente as lembranças de Sherlock atormentaram a sua mente.
Estava ali para tentar superar aquilo, sabia que não seria fácil e pensou, talvez, que jamais superaria a morte do cara o qual seus lábios pertencia e fazia de seus braços o melhor lugar do mundo.
Tinha que superar.
Antes mesmo de bater na porta, a senhora Hudson já estava abrindo, surpreendendo-se ao dar de cara com Watson. O loiro pensou que ao ver a mais velha depois de tempos, ficaria feliz, mas ela também lembrava Sherlock Holmes.
E isso o entristecia.
*
Uma xícara de chá foi colocada em cima da pequena mesa sem muita delicadeza, assim como o pote de açúcar e um prato com biscoitos.
John estava sentado, apenas observando a mulher que preparava seu café.
- O que aconteceu? - John questiona com cuidado logo após beber um gole do chá.
- Uma ligação, John - responde, como se aquelas palavras estivessem presas em sua garganta há muito tempo. - Apenas uma ligação! Desde que Sherlock se foi, você acabou indo junto! - desabafa, fazendo Watson desviar o olhar para os biscoitos.
Estava envergonhado, é claro. Mas sabia que o melhor para si e a sua saúde mental era ficar longe de tudo que lembrasse Holmes.
- Eu sinto muito. Eu não aguentei - justifica em um tom baixo e trêmulo e a mulher entendeu.
Sempre soube o que Sherlock significava para si e viceversa. Sabia que não seria fácil para John lidar com a morte do mais alto, mas durante dois anos esperou por uma ligação de John.
Ligação esta que nunca recebeu.
Mas Watson estava perdoado.
Depois do café e de trocar algumas palavras - apenas a senhora Hudson o deixando informado sobre assuntos cotidianos -, eles subiram para o andar o qual John e Sherlock viviam.
E, mais uma vez, John teve que respirar fundo e criar coragem para abrir a porta do apartamento.
Estava tudo do mesmo jeito, a não ser a poeira que consumia todos os cômodos.
Watson fixou o olhar nas duas poltronas que ficavam uma de frente para a outra onde eles passavam a tarde conversando e até mesmo solucionando casos.
Não conseguiu sorrir. Viu Sherlock ali ao vasculhar suas lembranças, sentado, sorrindo para si no dia que John conseguiu solucionar - vagamente - um assassinato; viu os olhos orgulhosos de Holmes e o brilho que eles carregavam, tudo direcionado para si.
Mas não sorriu. Não conseguia.
- Ele não gostava que eu tirasse o pó - a mais velha o tirou de seus pensamentos, tendo a atenção de John enquanto ela abria as cortinas para que a claridade invadisse o ambiente. - Então eu pensei, por que agora? Para que tirar o pó agora? Eu nunca entendi...
A mais velha ia continuar falando, mas John não queria mais ouvir sobre Sherlock. Seu coração já doía demais, e gostaria muito de deixar as lembranças do mais alto enterradas no mais profundo de sua mente. Então iria direto ao ponto.
- Bom, eu tenho novidades.
- Oh, Deus! É sério? - senhora Hudson o olhou com preocupação, e logo Watson entendeu aquele olhar.
- Ahn, não, não! Eu não estou doente - John não demorou a se explicar. - Eu segui... Segui em frente.
- Vai sair do país?
- Não. Eu conheci uma pessoa...
- Oh!, Que adorável!
A mais velha se aproxima de Watson com um sorriso grande nos lábios, estava feliz pelo loiro.
- É, vamos nos casar - diz, um pouco pensativo. - Bom, eu vou propor ainda.
- Tão cedo? Depois do Sherlock? - questiona um pouco entristecida.
- Bom, é...
Senhora Hudson concorda, voltando a sorrir antes de fazer sua próxima pergunta:
- Qual é o nome dele? - pergunta, esperançosa.
John revira os olhos, não entendendo o porquê de todos viveram achando que era homossexual. Bom, chega a ser um pouco contraditório de sua parte, já que, sim, ele era bissexual, mas nunca deixou isso vir à público.
E Sherlock e Watson tiveram sim, alguns casos, mas nada que ambos gostassem de admitir para o mundo. Apenas os olhares e os toques era o suficiente para fazer um entender o que o outro sentia.
E era tudo recíproco.
E por mais incrível que pareça, o único que sabia de tudo o que acontecia entre os dois era Mycroft.
- É uma mulher.
- Uma mulher?! - pergunta, surpreendida e sorridente.
- É claro que é uma mulher! - John responde como se fosse óbvio, sentindo-se incomodado.
- Uau! Você seguiu em frente mesmo, não é?
- Senhora Hudson, quantas vezes mais vou ter que dizer que Sherlock não era meu namorado?
- Viva e deixe viver. É o meu lema.
- Me escuta, eu não sou gay!
John era a pessoa que mais se contradizia. E tinha noção disso.
**
Mas Sherlock estava vivo.
Depois de toda aquela cena de morte com a ajuda de Molly e Mycroft, e após dois anos escondido, Sherlock já estava pronto para anunciar sua volta.
E estava pronto para encontrar Watson. Seu coração batia de ansiedade enquanto seu irmão e uma jovem mulher o ajudavam a arrumar sua aparência.
Só sabia pensar em como seria ao ver John Watson, precisava encontrá-lo o mais rápido possível.
- Acho que vou fazer uma surpresa para o John, ele vai adorar. - com um sorriso no rosto e convencido de suas palavras, Sherlock ajeita os botões da camisa social tentando não demonstrar ao irmão que suas mãos encontravam-se trêmulas.
- Tem certeza? - Mycroft cruza os braços com sua costumeira postura arrogante, encarando o irmão.
- Aparecer na rua Baker do nada vai ser incrível.
- Rua Baker? Ele não mora mais lá - o irmão avisa e Sherlock o encara com uma sobrancelha erguida, um pouco frustrado. - E por que moraria? Ele seguiu com a vida.
- Que vida? - Sherlock estranha, pensando que a vida de John só fizesse sentido consigo por perto (embora fosse o contrário, só não queria admitir). - Eu estive fora.
Mycroft revira os olhos em aparente desgosto.
- Onde ele estará hoje? - a pergunta sai quase como possessiva enquanto Holmes franze o cenho estranhando Watson querer seguir a vida sem ele. Isso era um absurdo.
- E como eu saberia?
- Você sempre sabe.
- Tem uma reserva para dois num restaurante, garrafa de vinho de dois mil...
Enquanto fala, Sherlock leva os dedos aos lábios, pensativo. Com quem Watson estaria se encontrando? Só se passaram dois anos e John estava com outra pessoa? Como era possível? Sherlock achava aquilo inaceitável.
- Acho que vou dar uma passadinha lá.
O ciúme já tomava conta de seu ser antes mesmo de saber o que estava acontecendo.
- Talvez não seja uma recepção muito calorosa.
- Bobagem.
Não seria mesmo, mas Holmes não queria aceitar.
Continua...
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E então, o que acharam? Espero ter atendido às expectativas e, por ser 2shot, o próximo cap é o último.
É uma estória bem curtinha sim, mas é só pra passar o tempo e amar mais ainda esse shipp do coração <3
Obrigado e até o próximo!