Eu te Desafio ( Disponível Na...

By Putzvital

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Livro - 1 Uma viagem, uma festa e um jogo, foi o suficiente para fazer uma centelha virar fogo entre dois ini... More

O jogo.
Péssima mentirosa.
Apenas é assim.
Irritantemente atraente.
Nunca aconteceu.
Diabinho.
Negocios.
Abacaxi com tomate.
Intimidade.
Disponível na amazon!

Uma boa noite de sono.

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By Putzvital

— Eu me recuso, ele é irritante, nojento e um depravado — ressaltei a última parte aumentando o tom de voz. Um grupo de garotas que passava no corredor nos encarou, fiz careta para que as sonsas seguissem em frente.
— Você também não é a melhor pessoa do mundo — Ivy cruzou os braços sobre o peito. — E é um beliche, não vai ter que dividir a cama com ele realmente.
Só a ideia de estar na mesma casa que Derian Stuart já era um grande martírio de se lidar por duas semanas, mas ter que dividir o quarto com ele, ainda por cima um beliche, ultrapassava meus limites.
De longe avistei o namorado de Ivy se aproximando, ele a abraçou por trás beijando seu pescoço carinhosamente, eles eram tão lindos juntos e amáveis que fazia com que qualquer pessoa cogitasse por um momento cair nas graças do amor. Ivy e Carl quando estavam juntos funcionavam como uma peça só, riam das mesmas coisas, completavam as frases um do outro, ela era uma aluna exemplar e responsável pelo grupo de dança da escola, ele era o representante da sua classe e também representava a escola nos torneios de matemática.
Ambos eram inteligentes, lindos e populares, eles eram gentis e legais demais para que todos não os amassem. Só havia um único problema nessa equação perfeita, os seus melhores amigos, que consistia em Derian e eu, não eram capazes de passar cinco minutos em um ambiente sem o impulso de se enforcarem.
E no que dependesse de mim, nada mudaria.
— Já fez as malas, Holly? — Carl estava genuinamente muito animado com a viagem, duas semanas sob o mesmo teto e quarto que a namorada era uma espécie de sonho, e ele deixava isso transparecer como ninguém.
Minha amiga deu uma leve cotovelada nas costelas do namorado.
— Eu acabei de dizer que ela vai ter que dividir o quarto com ele... — cochichou, mas não baixo o bastante.
— Porque o cachorro não pode simplesmente dormir em qualquer outro lugar, como os cachorros geralmente fazem? — indaguei. Carl apenas suspirou enquanto Ivy levou a mão a testa.
O som de um baque atrás de mim me sobressaltou, no entanto, aquele perfume fez com que eu me alterasse. Ao virar, não foi surpresa encontrar Derian com o cotovelo apoiado em um dos armários e um sorriso falso nos lábios.
— Bom, já que não há nenhum pasto na região para a Holly, não vejo o problema de abrirmos exceção para o cachorro, já que vamos abrir exceção para a vaca. — Seus dentes brilharam com um divertimento mordaz. — O que poderia ser melhor do que dois animais no mesmo quarto? — ergueu sua sobrancelha para mim.
Voltei minha atenção para minha amiga.
— Entende por que isso não pode acontecer? — só sendo um louco para não perceber a gravidade da situação, ao menos toda escola, na verdade, todo o bairro, e até apostaria que a cidade sabia que não nos suportávamos. Era uma guerra declarada que ninguém podia apartar.
— Porque não poupamos o drama, nenhum dos dois iria se dispor a dormir no sofá, apenas aceitem e facilitem nossas vidas — pediu Ivy. — Vamos estar à beira da praia, numa casa abastecida com álcool e carne para churrasco todos os dias se quiserem, e tem todos aqueles vizinhos bonitões.
Carl forçou uma tosse e Ivy revirou os olhos.
— Bonitinhos, vizinhos bonitinhos — se corrigiu. — E uma quantidade infame de mulheres de biquíni. Ter que dividir o quarto deveria ser a última coisa que ambos deveriam pensar.
Ela estava certa, e eu odiava admitir, mas não era o fim do mundo ter que estar respirando o mesmo ar que Derian.
— Tudo em nome das férias perfeitas — ergui as mãos em rendição. — Não vou escutar nem ver a cara desse imbecil enquanto estiver dormindo, então dá para suportar.
Senti a respiração do maldito sob o meu cangote.
— É quase fofo da sua parte pensar que vai conseguir dormir com todo o barulho que eu e minhas possíveis companheiras faremos — sussurrou. Me tremi com nojo ao ouvir a palavra companheiras, o descarado pretendia fazer do lugar um bordel, agora fazia sentido o seu interesse em participar de tudo aquilo, ele era um homem afinal, e jamais jogaria a oportunidade de passar parte das férias em uma casa de praia em um lugar repleto de turistas, tudo o que se passava na mente daquela criatura era devasso, e eu nunca sequer duvidei disso.
— Irei sufocar você na primeira oportunidade que tiver — o fuzilei sob o ombro. — Aconselho a dormir com um dos olhos abertos, Derian.
Ele riu, dando as costas e simplesmente indo embora.
— Talvez até se tornem amigos depois da viagem. — Ivy soltou um de seus delírios mais absurdos.
Dei uma risada nasalar em deboche, Carl apenas sorriu como se soubesse de algo que ambas não sabíamos.
— Eles não se mataram até agora, amor — apertou sua namorada contra si, beijando o topo de seu cabelo loiro. — Pare de se preocupar, as crianças vão ficar bem. – brincou.
— Se eles são as crianças, então isso nos torna os pais terríveis que não conseguem domá-los? — Ivy se questionou. Por Deus. Agarrei minha bolsa indo para a sala antes de presenciar o diálogo que se iniciaria, excessivamente meigo para o meu humor ácido.
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Ivy e eu chegamos um pouco mais tarde que os rapazes, com malas que indicavam que ficaríamos um mês e não poucas semanas, por sorte, nosso atraso nos livrou de toda arrumação, a casa estava limpinha e todas as comidas e bebidas devidamente guardadas.
Carl recebeu minha amiga com uma serie de beijos apaixonados e carregou sua mala para o quarto dos pombinhos, se trancando em seguida. Não podia culpa-los, eles só podiam ficar sozinhos quando os pais de uma das dois saía.
Arrastei minha mala até o meu suposto quarto.
— Que porra é essa? — As palavras saltaram da minha boca. Um lençol estava estendido no meio do quarto dividindo-o em dois, onde um lado estava a beliche com uma mala preta ao canto e do outro um colchão meio surrado com um criado-mudo.
— Apenas o melhor para sua privacidade — Derian ergueu a cabeça na cama de cima do beliche. — Sinta-se à-vontade.
Apontou para o colchão surrado do outro lado.
— Não fode, Derian, eu vou dormir nesse beliche — apontei para a cama de baixo.
— Uma amiga minha vai me visitar essa noite, se prefere dormir numa cama que chacoalha e apreciar um show de camarote, é escolha sua — voltou a se deitar.
Bufei irritada arrastando a mala para o meu lado do quarto.
— Espero que essa merda quebre com vocês dois nela — murmurei.
— Eu posso te ouvir, Hollyzinha — cantarolou.
— Estava torcendo para que ouvisse — retruquei me sentando na ponta do colchão e abrindo a mala. Tirei as peças de roupa íntima e as coloquei no criado-mudo, pondo em cima dele minha escova de dentes e de cabelo, desodorante, perfume e creme de pentear.
Peguei meus fones e me deitei na cama, fuçando minha playlist de músicas que eu não atualizava há mais de um ano e me permiti cochilar, uma viagem de sete horas era cansativa e tudo que meu corpo pedia era umas horinhas de sono.
Em algum momento eu estava perdida em um sonho feliz, repleto de comida e bichinhos saltitantes, no outro eu estava sendo acordada por sons estranhos.
A luz do quarto estava apagada, o celular indicava que eram onze da noite, e ao tirar os fones me certifiquei de que Derian não mentira.
— Você é tão safado, mesmo com sua amiga bem aqui do lado — uma voz feminina e dengosa disse em meio a estalos que presumi que fossem beijos. Ela resfolegou.
— Ela não é minha amiga — ele respondeu e então a cama rangeu com a mulher soltando um pequeno grito abafado.
Eu iria matá-lo, por Deus, eu iria comer suas tripas.
Me levantei pisando forte no chão, mas eles não pareceram ouvir, abri a porta sem olhar para trás, só Deus sabe com o que eu me depararia se o fizesse, e a bati com força. Por alguma razão, isso os estimulou a aumentarem o volume.
Tentei ignorá-los buscando comida. Encontrei vários pequenos potes de sorvete no freezer e peguei um sabor morango, indo para a piscina em busca de silêncio.
A casa não tinha muro como as outras casas que ficavam frente à praia, apenas um cercadinho simples com estacas de madeira para delimitar os terrenos.
— Banho noturno? — uma voz chamou minha atenção. Virei para os lados e não encontrei ninguém. — Aqui em cima — na varanda do primeiro andar da casa ao lado estava a minha definição de surfista gostoso. Alto, bronzeado e loiro. Acenei me sentando na borda.
— Espiando vizinhas? — levei uma colher do sorvete a boca.
— Só se elas forem bonitas como você — sorriu. Ele estava flertando comigo, puta merda.
— Estou apenas apreciando o silêncio da noite, eu acho — respondi a sua pergunta anterior.
— Então atrapalho?
— De forma alguma.
— Também alugou a casa para as férias? — perguntou e eu afirmei. — Quais seus planos por aqui, algum interesse em Surf ou mergulhos para ver os corais?
Sorri.
— Parece uma pergunta bem especifica — observei. — Está tentando me convidar para sair sem nem saber o meu nome?
O desconhecido riu.
— Juro que iria chegar nessa parte — levou a mão ao peito. — Sou Elliot, e a dama noturna?
— Holly – escutei uma porta se abrir dentro da casa. — Preciso entrar e matar um dos meus colegas — avisei. Elliot pareceu achar graça. — Sabe onde eu estou, pode me procurar quando quiser sair.
— Irei fazer isso — respondeu antes que eu entrasse furiosamente. Derian estava ao beijo com uma morena no meio da cozinha com uma garrafa de agua em mãos.
— Eu te avisei, Derian — falei, e assim que ele se afastou da morena e me lançou um olhar irritado, entrei no quarto batendo a porta e a trancando em seguida.
Duas batidas que foram ignoradas se tornaram socos na porta, que também foram ignorados.
— Holly, acho melhor você abrir essa merda. — Derian exigiu do outro lado da porta.
— Espero que o sofá seja confortável — cantarolei me deitando no meu colchão que agora me parecia muito atraente. — Tenha um boa noite.
Ele praguejou e xingou pelo que pareceu horas antes de desistir. O dia seguinte seria um inferno, mas ao menos teria uma noite de sono tranquila, ainda mais sabendo que na sala alguém fervia de raiva.

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