Call Me Maybe ➶ stony

By devilanguage

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[CONCLUÍDA] onde uma ligação errada, pode gerar sentimentos jamais conhecidos pelo jovem Tony Stark. stony |... More

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nova fanfic

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By devilanguage

Um mês havia se passado desde o acontecido na loja de conveniência. Um mês que Steve estava em coma em uma maca hospitalar, sem sinais de melhora. Um mês que Tony não saia daquele quarto nem para tomar um banho, sempre que alguém aparecia lhe dizendo para sair e respirar um pouco, o garoto entrelaçava seus dedos nos de Rogers, deitava sua cabeça na barriga do garoto e chorava. Chorava inconsolávelmente até dormir. Ninguém mais sabia o fazer para tentar tirar o jovem do quarto, e também já haviam desistido. Carol e Natasha passaram metade dos dias se dividindo entre cuidar da lanchonete onde a ruiva trabalhava e ficar no hospital junto a Tony. Bucky e Wanda Esperavam pacientemente na sala de espera pra caso recebessem alguma noticia avisarem aos que não podiam estar lá. Já Peggy não conseguia sair do seu quarto, a culpa e o arrependimento a impediam de fazer qualquer coisa que fosse. Pepper passava o dia cuidando da menina a alimentando, dando-lhe banho e consolando quando esta caia em um profundo choro se perguntando o porque daquilo tudo estar acontecendo.

Na segunda feira quando completava trinta e três dias naquele triste rotina, Bucky bateu a porta do quarto de Steve e encontrou um Tony inconsolável de pé acariciando o rosto gélido e pálido do rapaz.

— Tony? – Bucky o chamou enquanto se aproximava e puxava delicadamente os ombros do mais velho que se recusava a sair dali. — Tony... os doutores querem falar com a gente... Venha e depois você volta... – sussurrou alisando os cabelos de Stark e praticamente o carregando até a porta onde Natasha, Carol e Wanda o esperavam de braços abertos.

— Estão todos aqui? – dois doutores surgiram com uma expressão nada boa em seus rostos.

— Sim... Pode falar... – disse Natasha apertando o pequeno e frágil corpo de Tony em seus braços.

— Bom... O caso de Steve como vocês podem ver é bastante delicado... A bala ficou alojada em um local muito sensível nos incapacitando de fazer uma extração... Se por acaso tentarmos mexer ali, o paciente pode vir a óbito instantaneamente... – assim que a palavra óbito entrou nos ouvidos de Tony as lágrimas desceram rasgando seu rosto e seu corpo inteiro tremeu ameaçando desabar a qualquer momento.

— M-mas... Não tem... Quer dizer... Não se pode fazer nada? – questionou Carol com a voz embargada. Um dos médicos balançou a cabeça e suspirou profundamente antes de encarar Danvers.

— Infelizmente não... – sussurrou. — O que podemos fazer é esperar ele acordar, pra analisarmos melhor o quadro e ver se ele terá seqüelas graves... – tomando uma grande lufada de ar ao encarar o jovem Stark que ergueu a cabeça a olhando em curiosidade, ela completou. — Se ele acordar... – com isso o brilho de esperança nos olhos de Tony se apagou e a dor em seu coração se tornou quase insuportável. Sentiu como se seu pulmão estivesse sendo prensando por algo o impedindo de respirar e antes de qualquer coisa, o pequeno corpo desabou no chão inconsciente.

X

Eu disse que você nunca seria feliz Tony.

Eu disse que iria fazer você pagar por tudo que me fez.

Eu disse que faria você chorar o dobro de tudo o que eu chorei por você.

Eu vou tirar tudo o que você tem.

Vou te levar a ruína, pra assim você dar um fim em tudo e enfim nos dois vivermos o nosso felizes para sempre.

Você é meu Tony Stark.

Só meu.

X

Depois de algumas horas sentada na cadeira da sala de espera, Natasha levantou da cadeira e observou sua namorada sentada praticamente deitada no banco. Sentiu o coração se encher de amor e tristeza ao mesmo tempo. Ela sabia o quanto Steve era importante pra ela, e sabia que se algo acontecesse ao mais velho, ela poderia não suportar. Nem ela e nem Tony. Pensando no amigo, Romanoff balançou a cabeça negativamente e deixou um beijo carinhoso na testa de Carol antes de seguir o extenso corredor até a sala de recuperação onde Tony estava.

Chegando em frente a porta de vidro, ela a empurrou delicadamente e suspirou torcendo para que o garoto estivesse dormindo, depois de todos esses dias sem dormir.

Mais ao entrar na sala teve uma surpresa não muito agradável. A mesma se encontrava vazia. Sem nenhum sinal de que alguém esteve ali. O desespero e a tristeza tomaram conta de seu corpo e suas pernas se moveram automaticamente de volta a sala de espera.

— Droga... – sussurrou levando a mão aos cabelos e os puxando delicadamente. Ouviu um barulho vindo a sua frente e ao enxugar as lágrimas que formavam em seus olhos, vira Danvers de pé em sua frente.

— Amor... O que houve? – perguntou se aproximando e segurando os braços trêmulos da namorada. Romanoff envolveu os braços em seu pescoço e a puxou para um abraço apertado.

— Tony... Ele sumiu... – sussurrou enfiando o rosto no pescoço quente de Carol e sentindo as lágrimas escorrerem. Seu interior pedia fervorosamente a deus que cuidasse do seu menino e não deixasse que nada de ruim o acontecesse.

X

— Enfim... A sós... – sussurrou Stark jogando a pequena mochila que havia trago no chão. — Acho que agora podemos ter a conversa que nunca tivemos... – andou a passos lentos até a pedra a sua frente e se sentou com as pernas cruzadas. Levou a mão ao rosto e suspirou sentindo os olhos arderem, mas ele não iria chorar. Não por aquele motivo e não ali.

Fechou os olhos e permitiu que sua mente vagasse em direção a algum lugar confortável, algum lugar que o fizesse feliz naquele momento.

Não... Anthony... Para por favor... a voz do garoto de cabelos negros e olhos verdes ecoou em meio a risadas.

Então me diga quem é o garoto mais lindo e incrível do mundo... Diga que eu paro... sua voz bem mais nova e carregada de felicidade fez algo se apertar em seu interior.

Sou eu... EU... gritou o mais velho se jogando nos braços do namorado e beijando todo seu rosto To brincando seu bobo... É claro que é você... O melhor e mais incrível namorado desse planeta... e então as risadas preencheram o local deixando o clima menos pesado e lembrando a Stark do quanto ele já havia sido feliz em seu passado.

— E-eu... Eu te amei tanto... Stephen... Você é e sempre vai ser a pessoa mais importante da minha vida... Você sempre vai o cara que me deu meu primeiro beijo, minha primeira noite de amor... Minhas primeiras borboletas no estomago... Minha primeira vez em uma festa... – sorriu lambendo uma lágrima que chegou a seus lábios. — Você Stephen Strange foi meu melhor amigo... Você foi tudo o que sempre pedi a deus... E eu te amei com cada partícula do meu corpo... E ainda amo. Ainda te amo... E eu... Droga... – abaixou a cabeça e as lembranças da noite em que tudo começou a desandar em sua vida veio a tona, fazendo com que mais lágrimas escorressem. Inclinou-se lentamente para o lado puxando a mochila para o seu colo e abriu, parou por alguns segundos pensando no que estava fazendo e virou a mochila de cabeça pra baixo deixando com que todas as fotos, todos os cd's, todas as cartas, os chaveiros no chão.

— Tudo bem... Stephen... – ele pegou algumas cartas em mãos e as apertou. — 259 cartas que escrevi pra você depois que você foi embora... Em todas elas eu explicava o que aconteceu realmente naquela noite... Mas v-você... Nunca as leu... Nunca me ouviu... Preferiu se matar do que me ouvir... Você é um maldito egoísta... – um soluço cortou sua garganta fazendo-o se curvar pra frente e apoiar o braço no chão. — Stephen... Era seu aniversário aquela noite, lembra? Você estava completando dezenove anos... E estávamos planejando passar a noite juntos... Eu passei o dia me arrumando pra estar impecável pra você... Cheguei vinte minutos adiantados no restaurante torcendo pra que você chegasse... Mais você não chegou... Você me deixou sozinho Stephen... E a Peggy me disse que você tinha ido comemorar com alguns amigos... Tem noção de como aquilo me magoou? Mas eu relevei, porque eu te amava e você merecia passar a noite com seus amigos... Então eu fui pra casa, pra dormir um pouco até você chegar... Mas o Rhodes apareceu bêbado na nossa casa chorando por ter terminado com a namorada... E eu tive que cuidar dele, dar banho e colocar pra dormir... E sem querer eu dormir ao lado dele... Dormi te esperando... E de todos os momentos que você poderia ter aparecido, você apareceu naquele... Justo naquele... – pausou passando as mãos em seu rosto retirando o excesso de lágrimas em seu rosto.

— Você gritou comigo lembra? Me acusou de traição... E foi embora... Você me deixou Stephen... Desde aquele dia eu tentei... Tentei de todas as formas possíveis te encontrar e te contar essa história... Mas você sumiu do mapa... Por dois meses... Dois malditos meses deitados naquela cama chorando por você... Eu fiquei tão mal que o Rhodes apareceu lá em casa de novo pra se desculpar pelo que tinha feito... E então eu o abracei agradecendo por estar ali comigo... E adivinha só? Você voltou... Naquele momento de novo dentro tantos... Que merda Stephen... – respirou fundo e olhou para o céu nublado, tentando arrumar forças pra continuar. — E então de novo você saiu correndo... Sem me deixar explicar... Só que dessa vez eu fui atrás de você... Você me acusou de muitas coisas, se lembra? Você me disse que eu nunca seria feliz, que nunca iria me deixar em paz... E... Você se matou na minha frente... – sorriu em tristeza. – Você foi me deixando com a certeza de que tudo de ruim que aconteceu com a gente foi culpa minha... Mais não foi Stephen... E você sabe disso... Eu passei três anos sofrendo com a sua morte... Até fui pra uma clinica por tentativa de suicídio... Porque eu queria ficar com você... Mas algo sempre me impedia de conseguir e eu sempre me perguntei o que era... E então em uma bela noite onde eu tive uma súbita vontade de me matar... Peguei o telefone pra pedir ajuda... Eu tava desesperado Stephen... Chorava sem parar apenas querendo você de volta... E eu tava tão nervoso que quando fui ligar pra Natasha eu disquei o numero errado... E por coincidência caiu em uma residência de um garoto... Um psicólogo... – sorriu terno e respirou fundo esticando suas pernas que já começavam a doer pela posição. – Ele me ajudou tanto... Ele foi tão... Maravilhoso comigo... E eu sentia no fundo do meu coração que ligar pra ele, que falar com ele era a coisa certa... Era a coisa mais certa do mundo... Tudo aquilo eu sentia ao te ver Stephen, que eu sentia ao falar com você... Eu passei a sentir com ele... Mais ai eu descobri que ele ia se casar... E a gente parou de se falar... E a minha depressão tinha voltado... Todas aquelas ruins voltaram com força total... E eu fiquei daquele jeito por quatro intermináveis meses, até que um dia eu fui pra casa da Natasha junto com o Bucky pra gente se divertir um pouco... Eles me convidaram pra ir tomar sorvete, e quando aquela porta de elevador se abriu... Eu vi os olhos azuis mais lindos que eu já pensei em ver na vida... E todas aquelas borboletas e fogos de artifícios estouraram de uma vez no meu estomago de novo... Toda a felicidade que pensei ter perdido voltou pra mim Stephen... Porque é assim que eu me sinto com o Steve... Eu me sinto feliz... Vivo... Como nunca me senti antes... Nem quando estava com você... – o tom de sua voz diminuiu e ele pegou um chaveiro de coração no chão e enrolou em seu dedo começando a balança-lo no ar. — Ele é tão fofo... Tão incrível... Tão carinhoso... E ele cuida tão bem de mim... E o melhor de tudo... Ele me trouxe a sua irmã de volta... Peggy sempre foi minha melhor amiga... Eu só vi aqui hoje Stephen... Te pedir... Te implorar... Se você me ama pelos menos a metade do que dizia... Não tira ele de mim... Por favor... Por favor... Me devolve ele Stephen... Eu o amo tanto... – as lágrimas nem mais rolavam pelo seu rosto, pingavam direto no chão frio. — Me deixe viver o resto da minha vida feliz ao lado dele... Permita que tenhamos uma família... Me liberte desse amor... Me liberte dessa tristeza e dessa culpa que carrego por sua morte... Por tudo o que vivemos... Se você me ama mesmo, me deixa ser feliz... Por favor... – sem forças para dizer mais nada Tony se deitou na grande pedra que era o tumulo de seu ex amor e se aconchegou fechando os olhos e deixando umas últimas lágrimas escorrerem antes de sussurrar uma jura que seria a sua chave.

— Se você me devolver ele... Deixar que eu viva minha vida feliz ao lado dele... Passarei o resto da minha eternidade ao seu lado depois que eu morrer... Como sempre sonhamos...

Quando já estava quase caindo no sono, sentiu uma leve brisa em seu rosto e seu corpo inteiro se arrepiou, quando uma voz tão bem conhecida por ele sussurrou em seu ouvido, o permitindo dormir tranquilo e feliz sabendo que tudo ficaria bem no outro dia.

"Obrigado Tones... Eu amo você... E te liberto..."

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