Let's not fall in love • JJK...

By Bulletkookie

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Jeon Jeongguk e Park Jimin compartilham cotidianos parecidos, mas separados. O primeiro sendo um ômega não ma... More

2. Imprinting
3. We (can't) change it
4. Daily life
5. I (can't) stop this
6. Some truths come (not) afloat
7. You (can't) be careful all the time

1. This is (not) happening

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By Bulletkookie

Votem e comentem, por favor!


― Você vai fazer o que? ― Jimin questionou mais uma vez, enquanto se abaixava no pátio, sustentando o próprio peso sobre as panturrilhas grossas. Só agachado assim conseguia ficar na mesma altura que Hoseok, seu filhote de apenas quatro anos ― Diz 'pro papai, diz?

― Eu vou fazer amigos! ― o pequeno gritou, erguendo os bracinhos bem alto e gargalhando sem medo nenhum por ter um dente frontal a menos na boca. Hoseok entraria banguela em seu primeiro ano como um aluno do Jardim de Infância, mas isso não importava mais porque a Fada do Dente o havia recompensado com muito dinheiro na noite anterior e ele poderia comprar doces com isso.

― E mais o que? ― falou alto, imitando a animação do filho. Ômegas e betas o encaravam com carinho nos olhos, principalmente por ser o único alfa presente naquele momento.

― Rir muito! ― Hoseok continuava com uma animação invejável, enquanto outros filhotes choravam como se estivessem sendo abandonados no orfanato. Algumas mães faziam questão de deixarem a inveja branca bem aparente, com suas expressões resignadas.

― E? ― com a segunda indagação, a criança parou de sorrir, colocando o dedo no queixo em uma expressão pensativa.

― Andar na lei? ― arriscou, ganhando uma gargalhada por parte do pai.

― Isso também, garotão! Mas coma o sanduíche de espinafre que seu omma fez, ok? ― quis rir quando seu filho fez enfim uma expressão de quem queria chorar, mas forçou uma careta empática, tomando as dores de Hoseok, principalmente por saber o quão ruim conseguia ser aquele lanche.

― É uma questão de vida ou morte, papai? ― o menininho segurava as lágrimas, apertando a barra do uniforme azul. Jimin lhe ofereceu um sorriso pequeno, o puxando pela nuca e selando seu capacete amarelo com um beijo estalado.

Achava aquele acessório em especial brega, mas o capacete amarelo era padrão nos uniformes infantis para que os carros vissem de longe as crianças atravessando a rua.

― Omma Tae vai ficar muito triste se você não comer.

― Se é pela felicidade do omma, então é sim uma questão de vida ou morte! ― exclamou, secando os olhinhos molhados. Crianças eram mesmo bipolares.

Jimin concordou, prestes a dar mais um abraço no menino para poder ir ao trabalho, quando ouviu gritos um pouco atrás de si.

Yoongie, me dá um beijo ou papai não vai expulsar os monstros do armário hoje! ― a voz era masculina, e embora ameaçasse o que parecia ser o próprio filho, ela soava brincalhona e cheia de afeto.

Appa! Eu não acredito em monstros, não fale isso na frente das outras crianças! ― Jimin encarou sua esquerda, que era a direção onde a discussão acontecia. Conseguiu vislumbrar um garotinho coreano vestido de azul e com capacete amarelo, segurando firmemente pelas alças uma mochila do Kumamon nas costas, ele andava de ré se aproximando cada vez mais do portão onde entraria para assistir as aulas. O sorriso de Jimin aumentou, pois a criança era fofa e quase tão pequena quanto Hoseok.

― Claro que monstros existem! Você deveria valorizar o herói que tem em casa, Jeon Yoongi! ― o pai retrucou e Jimin sentiu pena dele, pois as mães já começavam a tampar os ouvidos de seus filhos. "Que pai fala para o filho que monstros existem?", questionou-se, virando o corpo para poder vê-lo também.

E o que viu foi arrebatador.

Jimin nunca, em todos os seus anos de vida, sentiu algo assim. O ar se tornou escasso de repente, forçando-o a fazer força para conseguir respirar; ambos os seus joelhos tombaram e o moreno precisou espalmar as mãos no chão para conseguir se firmar, antes de cair definitivamente e comer um pouco de terra. Com os olhos arregalados, incapaz de fechá-los, tudo ao seu redor foi se tornando turvo a medida que o tempo passava e Jimin não piscava. Só conseguiu focar no que talvez fosse... Perfeição?

Sua cabeça doeu por dez segundos, mas então tudo parou abruptamente. A força invisível que o mantinha preso ao chão foi embora, e a névoa que encobria seus pensamentos e atrapalhava seu cérebro de reagir aos estímulos externos passou.

Quando percebeu, estava mesmo no chão com uma ômega o segurando pela nuca e Hoseok nos braços de um beta, que segurava a mão do garotinho de antes. Sua Marca na nuca doía como o inferno, como se estivesse em fogo vivo.

― O que... O que aconteceu? ― questionou atordoado. Felizmente só a nuca doía, então não havia quebrado nada com a queda.

― Meu Deus! ― a ômega exclamou ― O senhor desmaiou por dez minutos inteiros! Precisa de uma ambulância? Está tudo bem? Seus filhos estão assustados!

― Eu... Só um é meu filho. ― explicou, encarando os lados freneticamente, procurando pelo... Pelo ômega. Pelo ômega de antes.

Tinha algo muito estranho no ar, algo que fazia Jimin sentir como se estivesse sufocando.

― O cheiro do papai está estranho. ― Hoseok murmurou, fungando.

― Ele cheira igual ao meu papai. ― o garotinho com a mochila do Kumamon disse, com sobrancelhas franzidas e um bico nos lábios.

― Eu não... Eu estou bem. Obrigado por ajudar. ― agradeceu a um ômega que também parecia preocupado consigo. Jimin esboçou um sorriso amarelo enquanto se firmava no chão e erguia os braços para abrigar o corpo frágil do filho, que correu em sua direção, mas não conseguiu sorrir ou dizer nada reconfortante. Uma tristeza o inundava.

Uma tristeza que, assustado, Jimin notou não lhe pertencer de forma alguma.

Não era de Taehyung também. Não porque quase podia sentir as lágrimas escorrendo pelas bochechas, mas ao passar os dedos por elas, encontrou-as secas. A Marca não deveria fazer isso, ela devia te deixar a par dos sentimentos do seu companheiro, e esses sentimentos supostamente não influenciariam o outro lado, mas o que estava sentindo agora... As cócegas no rosto e a dor na bochecha, isso eram reações de outro nível.

E agora, lentamente, uma imagem se formava em sua cabeça, com cada traço escorregando para dentro de seu cérebro como mágica. Mágica, pois tinha certeza de que nunca havia visto aquele ômega em sua vida, porém ao mesmo tempo, conseguia distinguir cada pinta de seu rosto, muito melhor do que a memória guardada que tinha do próprio marido.

Bem devagar um rosto foi sendo moldado, vestido em roupas casuais: apenas uma calça jeans apertada, camiseta branca e casaco vermelho.

O ômega parecia deslumbrante. Com uma face suave, boca desenhada, lábio inferior cheinho e o superior fino; nariz grande, mas que surpreendente se encaixava bem naquele rosto em especial; também havia os olhos castanho escuros, quase negros, poderiam ser descritos como duas jabuticabas se brilhassem, porém preferia o termo olhos de corça, pois o castanho em sua visão estava frio, calculista, bem contido, enquanto a boca fingia um sorriso para alegrar o filho. Se Jimin estivesse em uma distância próxima o suficiente, teria visto a bochecha do ômega marcada por um machucado, a mesma dor que latejava em seu próprio rosto agora mesmo.

A realização veio com tudo, junto com uma quantidade crescente de desespero.

Nunca viu um de perto. Nunca sequer pensou em vivenciar um, pois era um fenômeno assustador. Ter sua alma alinhada sem nenhuma garantia de reciprocidade?

O Imprinting não era uma Marca de acoplamento. Ele era bem pior, bem mais forte e só agora, aos 29 anos, casado, marcado e pai, Jimin foi ter o seu.


❥❥❥ ⁄(⁄ ⁄•⁄ω⁄•⁄ ⁄)⁄ 

Olá! Quem lê Dias de Rambo, sabe que eu estaria postando essa fanfic nova hehe na verdade, ela não é tão nova assim. Eu escrevi LNFIL durante uma semana inteira, de um domingo até o outro, em janeiro de 2018, era uma oneshot de presente para a Jeayong (quem fez a capa, antiga pinkmilk s2), com 44K de palavras.

Pelo tamanho um tanto extravagante para uma simples oneshot, eu decidi que dividiria a história em capítulos, tornando assim ela em uma fanfic. Então, podem ficar tranquilos. Isso significa que a história já está terminada e será atualizada no período de 4 em 4 dias ou uma semana.

LNFIL se passa no universo ABO, que eu acredito que muitas pessoas já conheçam. Mas se não conhecem, saibam que provavelmente durante essa semana eu estarei postando um capítulo de aviso com fotos do elenco principal e com algum link informativo desse universo.

Por hora, não temos muita diferenças do universo ABO normal. Ômegas ainda são subestimados pela sociedade alfa, que se acham os melhores, e os betas são quase humanos, mas o foco não é na construção ou desconstrução da sociedade e sim no romance complicado de Jikook. Cios normais, nó e voz de alfa normais, a Marca normal. A única diferença é que eu acrescentei o Imprinting.

"Imprinting é uma espécie de amor à primeira vista, acontece quando uma pessoa encontra sua "alma gêmea". Raro acontecer, mas quando ocorre é mais forte que tudo. A pessoa que sofre isso não consegue sair de perto da pessoa com quem teve imprinting."

Basicamente, o imprinting reuni duas almas gêmeas perdidas. É como amor a primeira vista. E é impossível lutar contra um imprinting, ele é instantâneo, ou seja, você bate o olho na pessoa e a conexão acontece. Também é a única forma de destruir uma Marca de acoplamento. Então se a pessoa que teve o imprinting já é marcada, a Marca vai saindo aos pouquinhos.

Espero que gostem!!! O próximo capítulo sai em 4 dias (as vezes em 3, eu sou um pouco ansiosa kkk) Obrigada por lerem!!!

❥ Yoongi é o filhinho do Jungkook, e o Hoseok é filhotinho de Vmin.

❥ ABO, alfa!Jimin, ômega!Jeongguk. Tem Vmin nela e menção de mpreg, mas nenhuma mpreg durante o decorrer da história; 

❥ Jikook irá se apaixonar MUITO RÁPIDO nessa fanfic, por conta do Imprinting. Mas isso não vai acontecer em Dias de Rambos, então podem ficar tranquilos.


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