Diz-me para parar e eu paro...

By deaky_john

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Y/n precisava de ajuda. O seu emprego estava a pô-la louca e estava em risco de ser despedida. Será que um en... More

Ben x Reader

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By deaky_john

Y/n POV

"Tenho a certeza de que liguei o despertador ontem à noite. Não percebo porque é que não tocou hoje de manhã." -pensou y/n. Estava atrasada para o trabalho.-"O meu patrão vai-me matar."

y/n sabia que o seu chefe odiava atrasos por parte dos seus trabalhadores. Mal tivera tempo para organizar a sua pasta, levando um monte de papéis nos braços, tudo o que precisaria na reunião que teria no dia seguinte. Reunião, essa, muito importante, tendo como tema o concurso para o qual fora escolhida como representante e onde teria de fazer a apresentação de um anúncio a uma das grandes empresas da actualidade: SantiCorp. No ano anterior, a sua ficara em segundo lugar tendo o representante sido despedido, o que aumentava a responsabilidade de y/n.

A distância entre a sua casa e o escritório parecia, até, maior e y/n tentava correr o mais depressa que podia. Se é que se poderia chamar corrida aos seus passos desajeitados, os seus pés metidos nuns sapatos com salto que faziam barulho de cada vez que assentavam no chão. De repente, ouviu um carro na rua ao seu lado apitar. Sobressaltada, olhou para o lado, não vendo o rapaz que corria à sua frente, acabando por chocar com ele, espalhando toda a papelada que segurava no chão.


Ben POV

-Peço imensa desculpa- disse a rapariga com que Ben se deparara, baixando-se, tentando juntar o monte de papéis que caíram quando chocaram. -Não vi por onde ia.

-Eu também ia distraído. Sou igualmente culpado. -disse Ben, agachando-se, também, sorrindo.

Com os olhos ao mesmo nível, só neste momento é que y/n e Ben olharam um para o outro. Ben concentrou-se, por momentos, naquele olhar brilhante à sua frente: a luz do sol incidia na cara da rapariga, fazendo os seus belos olhos brilharem. Ela parara, também, observando-o com um ar questionador. Ben apercebeu-se, então, que, talvez, estivesse parado há demasiado tempo e, depressa, tentou organizar os seus documentos que segurara, minutos atrás e que estavam, agora, no chão. Nervoso sem saber exactamente porquê, ajudou, então, y/n a levantar-se, pedindo mais uma vez desculpa e afastando-se, finalmente.

Ben acordara tarde naquele dia. O seu despertador que tinha a certeza ter programado no dia anterior para o acordar a horas não tocara. Antes de ter encontrado a rapariga dos olhos brilhantes, corria pelas ruas segurando um monte de papéis que não tivera tempo de organizar naquela manhã.

Agora não corria. Achava que já nada lhe estragaria o dia. Nem o seu chefe mal-humorado.


Y/n POV

"Mas que folhas são estas?" -pensou y/n, ao observar o que levava nas mãos quando chegou ao escritório. -"Estes não são os documentos de que preciso para a reunião..."

-Reunião importante amanhã, y/n. -lembrou o seu chefe. -Espero que já tenhas tudo pronto e organizados.

-Claro que sim. - sorriu y/n, apesar de, interiormente, estar em pânico. Apesar de se ter despachado à pressa, lembrava-se de ter prestado bastante atenção às folhas que levava, ao sair de casa. Era exactamente tudo o que precisava. Só as poderia ter perdido pelo caminho. Mas quando? De repente, lembrou-se do estranho encontro daquela manhã com o rapaz louro, de olhos azuis brilhantes com quem tinha chocado. Só poderiam ter baralhado os papéis que haviam caído no chão. Vasculhou tudo o que tinha até encontrar o endereço dos escritórios Jones&Hardy , a empresa rival da sua, aquela que vencera o concurso no ano anterior.

-Vou tomar um café. -disse y/n, apressadamente, como justificação para a sua repentina saída, pegando na sua mala. Ao chegar à rua correu: precisava de encontrar o rapaz o mais depressa possível.


Ben POV

Ben mal podia acreditar quando não encontrou os seus ficheiros. Lembrava-se especificamente de os levar no caminho para o trabalho. Só os podia ter perdido depois... quando chocou com a rapariga, aquela que lhe alegrara o dia e que não conseguia tirar da cabeça. Procurou nos documentos que tinha e encontrou um endereço de um escritório: só podia ser aquilo que procurava. Os seus olhos desviaram-se para um anúncio a um concurso ao qual a sua empresa participara e vencera no ano anterior. Ele próprio fora escolhido para a representar. Por esse mesmo motivo não poderia participar de novo. Seria aquela a representante da empresa? Talvez isso o ajudasse no que pretendia.

-Vou beber um café!-anunciou ao patrão, vestindo o casaco e aproximando-se da porta. Uma vez na rua, pegou no seu telemóvel para procurar o endereço. Mal tinha dado uns passos quando, distraído, chocou com algo. Ao levantar os olhos, deparou-se com o mesmo brilho que o ofuscara naquela manhã.

-Estava à tua procura! -disse a mulher à sua frente, presenteando-o com um enorme sorriso. -Parece que trocámos os nossos...

-Papéis, sim, eu sei. Também ia à tua procura. -disse Ben, ainda um pouco atrapalhado e nervoso. Porque razão é que estava assim?

-Oh, obrigada. Vou precisar deles para uma reunião muito importante amanhã.

-Não é, por acaso, essa reunião acerca de concurso? -perguntou Ben, tentando não parecer demasiado interessado.

-Sim, é. Posso perguntar como é que sabes?

-Talvez tenha dado uma vista de olhos aos teus documentos... -respondeu, coçando a cabeça.- O que eu queria dizer é que te posso ajudar. A minha empresa participou no ano passado e ganhou. -endireitou-se, orgulhoso. -Fui eu o representante.

Y/n olhou-o nos olhos, em silêncio, com aqueles seus olhos penetrantes. Ben podia ficar assim durante horas.

-O que me dizes de nos encontrarmos mais tarde, depois de saires do escritório?


Y/n POV

Ao ouvir aquelas palavras, y/n paralisou. Por um lado, a proposta era tentadora: um rapaz estava a pedir para se encontrar com ela, para a ajudar com algo em que realmente precisava de ajuda. Por outro lado, aquele mesmo rapaz trabalhava para a empresa rival à sua. Ela não queria perder o emprego, o que aconteceria se o seu patrão soubesse. Mas isso poderia acontecer se não conseguisse apresentar o anúncio no dia seguinte.

Ao ver a sua cara de dúvida e desconfiança, o rapaz disse:

-Ninguém saberá, prometo. Será um segredo só nosso.

Y/n alegrou-se um pouco ao ouvi-lo. Decidiu arriscar:

-é verdade que não percebo muito de informática... -desta vez foi a vez de ela coçar a cabeça.

O homem sorriu: -Vou-te buscar às 18:00. -Por fim, estendeu a mão -Chamo-me Ben.

-Y/n.

O resto do dia Y/n passou-o a olhar para o relógio. O tempo parecia parado. Finalmente, as 18:00 chegaram. Arrumou as suas coisas e saiu. Uma vez lá fora, olhou para todos os lados à espera de ver Ben.

"Isto deve ter sido uma brincadeira. Já devia ter esperado isso. No final de contas, que interesse tinha ele em ajudar-me?" -pensou, prestes a virar costas. No último segundo, avistou o rapaz louro no fundo da rua, com sacos nas mãos.

-Desculpa o atraso. Tive que ir comprar o nosso jantar.

-O nosso jantar? -perguntou y/n, sem perceber.

-Sim! Pensei que talvez o pudéssemos cozinhar juntos em tua casa. Sem querer parecer mal educado, claro.

-Ah... Claro que sim. -y/n respondeu. -É por aqui.

Sentia que estava a ser imprudente ao levá-lo para sua casa. Estava a desobedecer completamente ao que a sua mãe lhe ensinara. Mas não podia negar que se sentia um pouco empolgada.


Ben POV

O apartamento de y/n era pequeno mas muito acolhedor. Ben pensou que não se importaria de ali viver.

-Bem... é aqui que vivo. -disse ela, encolhendo os ombros. -Não é muito mas é o suficiente.

Ben sorriu, reconfortando-a:

-Eu acho-o ótimo.

Y/n indicou a cozinha.

-Vamos por as mãos à obra?- perguntou, arregaçando as mangas.

Y/n cozinhava bem e depressa acabaram.

-Então, há quanto tempo trabalhas para a tua empresa?- perguntou ela, enquanto punham a mesa.

-Dois anos. E tu?

-Este é o primeiro ano. Este concurso é uma espécie de prova. Corro o risco de ser despedida se não o vencermos.

-Não vamos deixar que isso aconteça. -Ben piscou-lhe o olho. A rapariga corou.

Passaram o jantar a conversar e, ao terminarem, Ben viu y/n pegar num monte de folhas que lhe entregou. Este, ao lê-las, ficou impressionado.

-O meu grande problema é a elaboração do anúncio. -disse-lhe ela.

-eu posso ajudar-te nisso. -disse Ben dirigindo-se ao computador de y/n.


Y/n POV

Já horas tinham passado quando terminaram tudo e y/n estava estafada, mas não podia estar mais feliz. Sem Ben nunca teria conseguido acabar o anúncio.

À saída, Ben entregou-lhe um número de telemóvel.

-Liga-me quando souberes o teu resultado. -disse, abraçando-a.

Naquela noite, y/n não conseguiu dormir. Queria acreditar que a causa da sua insónia era a reunião do dia seguinte mas, no fundo, sabia que, talvez, o sorriso, os olhos azuis, o cabelo louro e, principalmente, a bondade de Ben fossem a verdadeira razão de não de ela não pregar olho.

Pensou em mandar-lhe uma mensagem. Talvez ele também não conseguisse adormecer.

"Olá. Não consigo dormir." -escreveu, indecisa se devia carregar no botão que faria com que a mensagem fosse recebida no telemóvel de Ben. Por fim, carregou.

Assim, se passaram semanas. Todas as noites y/n e Ben conversavam durante horas a fio. À medida que se aproximava o dia da saída dos resultados, os nervos de y/n aumentavam e só a voz de Ben é que a reconfortava.

Na manhã da saída dos resultados, y/n correu para o seu portátil, abrindo o site onde estes seriam publicados. Percorreu com o olhar os últimos lugares sem encontrar o seu nome. Olhou, então, para o terceiro lugar, para o segundo, mas nada. Estaria ela no primeiro lugar? Será que tinham conseguido? Respirou fundo, ganhando coragem, e olhou para o primeiro lugar. Ali estava o seu nome. Teve que o ler várias vezes antes de pegar no seu telemóvel e carregar no nome de Ben. Ele deveria ser o primeiro a saber.


Ben POV

Ben gritou de alegria quando ouviu as palavras de y/n.

-Vencemos, Ben. -dizia ela, chorando de alegria.

Ben desejava estar com ela para a poder abraçar, pegá-la ao colo, rodopiá-la nos seus braços.

-Tu venceste, y/n. Tu merecias tudo isto.

-NÓS vencemos, Ben. Sem ti nada disto teria acontecido. Vem jantar hoje comigo, por favor. Quero festejar apenas contigo.

Ben mal acreditava no que ouvira. Claro que queria jantar com y/n. Sabia que sentia por ela mais do que simples amizade: Nasciam-lhe borboletas na barriga sempre que falava com ela e corava sempre que se lembrava do seu olhar que parecia ser capaz de analisar a sua alma.

Naquele dia, no escritório, mal podia esperar por sair, nunca o seu trabalho lhe parecera tão aborrecido. Assim que chegou a hora, saiu e correu. Correu até casa de y/n, ansioso por finalmente estar com ela, ao fim de tanto tempo.

Tocou à campainha. A porta rapidamente se abriu, saindo y/n que o abraçou, um abraço que tirou o ar a Ben. Permaneceram assim durante algum tempo até ele se aperceber que y/n chorava. Sentia-a soluçar no seu ombro. Segurou-lhe o queixo, afastando a sua cabeça até que os seus olhos ficassem ao mesmo nível.

-Tu mereceste tudo isto, y/n -disse-lhe, acariciando-lhe o rosto. -Tudo isto é fruto do teu trabalho. Agora, -Ben limpou-lhe as lágrimas com as costas da mão -não chores mais.

-Obrigada por tudo, Ben.

-Não me agradeças, querida.

Dirigiram-se para a mesa, onde comeram animadamente. Por fim, sentaram-se no sofá, conversando.

-Estas últimas semanas têm sido um sonho, y/n, e tudo graças a ti. -disse Ben, com honestidade.

Ao ver os olhos de y/n dirigirem-se para os seus lábios, Ben encurtou o espaço entre os dois, beijando-a.

De repente, y/n afastou-se, olhando para o lado. Ben sentiu um aperto no coração.

-Isto não está certo, Ben. -a sua voz soava entrecortada. -Trabalhando para empresas rivais, a nossa relação nunca seria bem aceite.

-Não podes deixar que o teu emprego tome as decisões por ti. -Ben sorriu. -Diz-me para parar e eu paro.

Quando y/n o beijou, Ben sentiu, então, algo que nunca sentira antes: amor.

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