BLIZZARD

By HannahChambler

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⌕ ⋆ ࣪. NEVASCA ˖ 「WRITING」 ˋˋ ᴘᴀʀᴀ ᴇʟᴇ ɴᴀ̃ᴏ ʜᴀ́ sᴇɴᴛɪᴅᴏ ᴠɪᴠᴇʀ sᴇᴍ ᴇsᴘᴇʀᴀɴᴄ̧ᴀ ˊˊ ▬▬▬ SINOPSE: Christoffer J... More

ღ 𝗡𝗼𝘁𝗮 𝗱𝗮 𝗮𝘂𝘁𝗼𝗿𝗮 𓄴
ᴅᴇᴅɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ
ᴇᴘɪ́ɢʀᴀғᴇ
𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟬𝟮 - ᴀ̀s ᴅᴇᴢ
𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟬𝟯 - ɴᴏᴠᴀᴛᴀ
𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟬𝟰 - ᴍɪɴʜᴀs ᴍᴀɪs sɪɴᴄᴇʀᴀs ᴅᴇsᴄᴜʟᴘᴀs
𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟬𝟱 - ᴘᴀᴄɪ́ғɪᴄᴏ

𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟬𝟭 - ᴠɪɴᴅᴀ ᴇ ɪᴅᴀ

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By HannahChambler

Oh querida, minha alma
Você sabe que ela anseia pela sua
E você tem preenchido este espaço desde que você nasceu
Porque você é a razão pela qual eu acredito no destino
Você é o meu paraíso

| JAYMES YOUNG
INFINITY

ONZE ANOS ATRÁS

Quase sempre cinzenta e chuvosa naquele dia não seria diferente, era inverno na pequena cidade de Khand e eu era apenas uma criança.

Estava sentado em frente a grande janela de vidro da biblioteca. Lembro de que antes da minha mãe sair do cômodo havia me entregado um livro porquê eu era pequeno e não conseguia pegar livros da estante.

"O pequeno príncipe"

Li mentalmente o que havia escrito na capa e deixei ele de lado. Estava quentinho lá dentro e nunca imaginaria que aconteceria aquela tempestade gelada que estava por vir.

Ainda lembro de como eu observava com fascinação a neve através do vidro, estava observando os flocos que caíam e dançavam elegantemente lá fora até pousarem sobre o chão.

A caixa do correio estava coberta de neve e os galhos das árvores também, isso fazia com que pendessem para baixo. Queria está brincando lá fora, mas minha mãe proibiu por causa do meu resfriado.

Minha atenção se voltou para um veículo preto que tinha acabado de estacionar em frente minha casa, passei a mão juntamente com a luva no vidro da janela que estava começando a ficar embaçado, meus olhos se arregalaram quando percebi não só um homem e uma mulher saindo do carro, mas eles carregavam duas crianças no colo agasalhadas e encapuzadas.

Oba! Eu teria com quem brincar.

Deveriam ser os novos vizinhos que mamãe e papai comentaram mais cedo no café da manhã, iriam comprar dos meus pais o imóvel ao lado. Corri para fora e desci meia escada rapidamente até ouvir a voz de desaprovação de minha mãe:

─ Christoffer! Não corra na escada. Você pode se machucar.

Obedeci, mas minha empolgação não diminuiu, desci o resto dando pulinhos. Enquanto isso, minha mãe passou em minha frente. Sentei no último degrau da escada vendo ela abrir a porta antes mesmo da campainha soar.

─ Olá, podem entrar ─ convidou ela com um largo sorriso, aquele era o jeito simpático da mamãe.

Os supostos vizinhos entraram tirando seus capuzes e suas roupas estavam cobertas por uma fina camada de neve, vi quando caiu um pouco sobre o chão. Eles desceram suas crianças do colo e pude ver o rosto de uma delas. Era uma menina. Ruiva. Tive uma pequena pontada de decepção ao imaginar que ela não jogaria futebol comigo. As meninas que eu conhecera na época eram frescas e só se interessavam por bonecas e roupas. Lembro da vez que sujei o vestido de Abby com sorvete de chocolate por ela ter furado minha bola. Ela deu a desculpa de que era pra mim aprender a ficar quieto no grande desfile de moda que ela estava fazendo. Dá pra acreditar? Suas bonecas estavam espalhadas pelas cadeiras servindo como plateia. Ela ficou horrorizada ao ver a bola gelada marrom de sorvete manchando seu lindo e precioso vestidinho.

Na verdade, haviam duas meninas muito parecidas no hall de entrada. Continuei observando uma delas enquanto minha mãe conversava com os vizinhos já que meu pai estava no hospital trabalhando. Sim, ele era médico e normalmente ele resolvia isso para mamãe.

A menina me encarava, mas logo caminhou para trás do seu pai, acho que estava envergonhada já que mamãe uma vez me explicou o porquê das tonalidades rosas sobre as bochechas de alguém.

A outra menina estava quieta e olhava discretamente para cima na direção dos lustres brilhantes no teto.

─ Christoffer, venha até aqui ㅡ a voz de minha mãe soou tão longe enquanto eu observava a menina tímida com as palmas de minhas mãos apoiando meu queixo.

ㅡ Christoffer ─ chamou mais alto e desta vez conseguiu minha atenção. ㅡ Venha até aqui ─ prosseguiu.

Levantei e fiz o que ela pediu, andei até lá. Os futuros vizinhos esboçavam um sorriso no rosto e eu retribuí sorrindo fraco.

ㅡ Esse é meu filho Christoffer ㅡ minha mãe me apresentou para eles e eu sorri novamente.

ㅡ Olá Christoffer ㅡ os dois me cumprimentaram em uníssono.

Queria respondê-los, mas as palavras não saíram da minha boca como sempre.

ㅡ Infelizmente Christoffer não fala. Nunca falou uma palavra sequer. Já levamos ele a todos os especialistas e não obtivemos nenhum sucesso ㅡ minha mãe explicou com um traço de melancolia na voz.

ㅡ Ele é um garoto esperto, parece que está se adaptando com os outros meios de comunicação. O sorriso é um deles ㅡ O homem falou gentilmente e eu respondi com outro sorriso, um maior.

ㅡ Bom, essas são nossas filhas Faith e Hope ㅡ A mulher gesticulou e apresentou as gêmeas.

Faith acenou com a mão e eu acenei de volta. A outra não, a menina que se chamava Hope continuou agarrada na perna de seu pai, mas surpreendentemente saiu de trás dele e veio até mim.

ㅡ Oi ㅡ Sua voz era doce, muito doce.

Pela primeira vez senti uma enorme vontade de falar. Era algo diferente, não queria só respondê-la, sentia que precisava e que conseguiria se tentasse. Isso me encheu de esperança e foi assim que comecei falar.

ㅡ Ho-pe.

Minha mãe me olhou com um misto de surpresa e espanto em seu rosto e depois seus olhos passaram para Hope, que sorria timidamente.

Os vizinhos também estavam espantados, porém não mais surpresos que minha mãe. Logo eles sorriram também.

ㅡ Christoffer, repete ㅡ minha mãe pediu emocionada.

ㅡ Hope ㅡ repeti ainda olhando para a menina.

ㅡ Isso é um milagre ㅡ minha mãe disse em meio a lágrimas.

As bochechas da menina ganharam o rubor cor de rosa mais uma vez. Ela me abraçou e senti que todo meu mundo estava ali, com as mãos entrelaçadas sobre meu tronco.

Minha esperança.

Foi incrível como tudo mudou após a chegada dela, sua voz destruiu meu silêncio gelado e a primavera se desdobrou diante de mim em apenas dois segundos.

Uma semana de esperança. Vivi sete dias com Hope até que algo ruim aconteceu e levaram-na para longe de mim.

Por que aquele maldito acidente aconteceu?

Foram sete dias de brincadeiras inocentes, futebol e muitos sorrisos com a garotinha ruiva de sardas. No oitavo dia seus olhos verdes estavam lacrimejados e não teve como eu não chorar também. Ela estava indo embora.

Hope me abraçou e em meio a soluços e lágrimas, disse:

ㅡ Chris, eu vou voltar. Promete que nunca vai me esquecer?

E então eu assenti.

ㅡ Eu prometo ㅡ balbuciei.

Chorei muito ao ver o mesmo carro preto que tinha chegado dias atrás ir embora, mas agradeci mil milhões de vezes por não ter sido ela a vítima. Ela estaria longe, mas estaria bem.

Naquele momento não sabia qual era o meu maior medo, se era nunca mais vê-la ou quebrar minha promessa e esquecê-la.

N/A: Blizzard está de cara nova, aeeee *\0/*

Gostaram? Porque eu amei.

Enfim, fazia tempo que eu não aparecia por aqui, mas resolvi aparecer e com novos planos, tomara que dê tudo certo.

Como viram estou editando Blizzard e publicando novamente, não estou mudando muitas coisas, só algumas que me incomodam, a essência da história continuará. Irei retomar os outros projetos assim que acabar o trabalho aqui, deixarei os outros livros completinhos e lindos pra vocês também.

Espero que tenham uma boa leitura e curtam a nova versão de Blizzard.

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