Karma - Segunda Temporada

By switch5hearts

722K 57K 48.2K

Existe uma teoria que diz que tudo o que vivemos é uma forma de aprendermos lições para não cometermos os mes... More

Mudanças
De Volta à Miami
Inacreditável
O Jantar de Noivado
De Novo Não
Revelações
Cafajeste
Um Por Todos. Todos Por Um.
Lembranças
As Apresentações
Ou Ela, Ou Eu
De Volta ao Passado
Branco como Chantilly
Verdade ou Desafio
Hailee Steinfeld
O amor
Novo Visual
Convite
A Festa da Empresa
A Paz depois da Guerra
O Poder das Palavras
A Fúria das Jauregui's
MEU LIVRO JÁ PODE SER ADQUIRIDO!!!!
Promessas
Uma Vez Cruel, Para Sempre Cruel
Pendências
Últimos Dias!!
A Advogada
Inspirada Pela Série
Velhos e Novos Tempos
Vibrações Positivas
Pró-Bono
Acabamos Por Aqui
Fins Amigáveis
Nostalgia
Mentiras e a Pergunta
Ring-Pop
O Jogo Virou
Detalhes e mais Detalhes
Provas e Adivinhações
Diga 'Sim'
Lua de Me... rda
Estreando o Casarão
Advogando
Travor
Fica Aí
Algumas Compras
A Briga
Os Papéis
A Famosa Rachel
O Karma

Por Um Fio

11.3K 1K 505
By switch5hearts

OI MEUS AMORES, COMO VOCÊS ESTÃO????

Faz muito tempo que eu não venho aqui, mas eu juro, minha faculdade está consumindo muito do meu tempo e eu não estou conseguindo dar conta de tudo, e é óbvio que minha faculdade vem sempre em primeiro lugar. Além de que eu não tenho conseguido escrever REAL kkkk

Entretanto, aqui estou eu com esse capítulo cheiroso, tenso e sem muito Camren. Muita gente pediu que gostaria de ver a Lauren em ação, então foi isso que eu fiz, gostaria que me falassem caso eu escreva algo errado ou coisa do tipo, não tenho IDEIA de como funciona exatamente dentro de um tribunal, mesmo eu pesquisando e tudo :(

Espero que gostem deste capítulo, porque nem tudo acaba como realmente parece rsrsrsr

Boa leitura:


Junto minhas coisas e escuto meu celular tocar, pego o mesmo e vejo que era Louis, provavelmente querendo falar comigo sobre o que havia conseguido dos casos pró-bono ou se havia tido alguma dificuldade com os mesmos.

Era complicado ter que lidar com tantos casos ao mesmo tempo, principalmente com Dianna cobrando tanto de mim desde que Gabriel havia anunciado minha candidatura para a grande promoção da empresa. Luke Hemmings, um arrogante advogado de um setor diferente, estava concorrendo a posição também, e ele era o favorito da Sra. Agron.

- Lauren, você não vai comer? - Camila questiona mordendo uma banana.

- Eu não tenho tempo de... - arrasto o dedo na tela - Oi Louis, estou ouvindo.

- Eu vou ao tribunal hoje, como havia dito, não consegui fazer eles retirarem o processo. - suspiro alto - Você vai poder me acompanhar hoje?

- Não, não tenho tempo, hoje eu também tenho que ir até o tribunal hoje.

- Lauren, eu realmente acho que eles vão acabar com o caso e ela vai perder feio, não tem muito o que montar a argumentação e... - olho para o meu relógio.

- Você não pode pedir para adiar?

- Mais uma vez? - questiona sarcástico e eu suspiro alto - Amiga, eu tentei isso e você sabe como as coisas funcionam, eu não posso fazer nossa cliente esperar mais por isso e...

- Eu sei, eu sei. - suspiro alto, sentando cansada na cadeira alta do balcão - Vou ver o que consigo fazer, tente enrolar o máximo possível e eu tento chegar para a sua audiência. - escuto ele concordar - Nos falamos mais tarde, me mantenha informada. - desligo o telefone.

Noto o olhar atento de Camila, que parecia levemente preocupada. Eu andava o cúmulo do estresse e cansaço, não dormia ou me alimentava direito haviam semanas. De um lado Gabriel e Dianna exigindo horrores de mim na empresa para eu conseguir a vaga na promoção e do outro lado horas e mais horas com Louis tentando solucionar casos pró-bono que eu nem deveria estar perto, podia eu sentir beirar a loucura.

Minha namorada se aproxima, apertando meus ombros e deixando diversos beijos em minha nuca, exposta graças ao coque eu eu havia feito naquele dia, respiro fundo e solto o celular sobre a bancada. Camila gira o banco, me obrigando a ficar de frente para ela; senti meu coração ficar leve ao sentir seus beijos sobre todo o meu rosto e então uma série de selinhos com gosto de banana.

- Respira fundo, você é muito jovem para morrer de uma doença do coração. - não consigo evitar de rir - Lo, você precisa diminuir o ritmo.

- Camz, você sabe que não é assim... - passo a mão em minha nuca - Nós temos as prestações da compra do apartamento, as contas do apartamento e do condomínio, além de... - penso em minhas contas privadas - Outras coisas, você sabe que não posso vacilar perder essa promoção.

- Para você morrer de trabalhar e nós nunca nos vermos, como está sempre acontecendo? - comprime os lábios, me sinto mal - Lauren, se o problema são as contas, nós podemos mudar para um lugar com um valor mais acessível e você sabe que eu posso muito bem pagar algumas coisas sozinha...

- Não, Camila, foi um exemplo. - me levanto, guardando o celular na bolsa - E eu não acho justo deixar você pagar sozinha as coisas.

- Como se nós não fôssemos passar a vida toda juntas. - revira os olhos - Somos um casal, Lauren, é isso que fazemos: dividimos nossas contas, se eu não posso pagar, quem paga é você e vice-versa. - cruza os braços - Não quero você se matando de trabalhar para que não possamos aproveitar o dinheiro que você faz, não tem sentido e...

- Camila. - a interrompo - Não quero discutir isso agora. - junto minhas coisas - Eu tenho duas audiências importantes hoje e não tenho tempo para isso. - percebo ela entristecer com a minha fala - Discutiremos isso mais tarde, ou amanhã. - me aproximo e me curvo para selar nossos lábios, mas ela vira o rosto, me fazendo minha boca se chocar contra sua bochecha.

- Boa sorte. - se afasta sem me olhar, indo em direção ao quarto.

Sem ter tempo para falar com ela sobre aquela infantilidade, pego minhas coisas e deixo o apartamento. O caminho até a minha primeira audiência foi irritante, o trânsito apenas contribuiu para que eu ficasse mais ansiosa e nervosa com as próximas horas. Quando Louis me ligou, mais uma vez, querendo repassar algumas coisas do caso, isso me deixou ainda mais nervosa com o caso dele, ao ver que meu amigo não parecia estar tão focado quanto eu.

Gabriel havia me designado para um caso gigantesco da empresa LOBs, uma empresa que produzia -em grande escala- produtos alimentícios derivados do leite que são distribuídos por todo território nacional. Acontece que diversos consumidores começaram a processar a empresa após um falso escândalo de uma possível contaminação em mais de uma das fábricas, tais consumidores alegavam ter passado mal após consumir o produto do meu cliente. Fontes seguras e diversas evidências da LOBs apontavam que o grande concorrente da empresa, PACs, era o grande causador da discórdia.

Não havia outra opção a não ser ganhar este caso, um caso multimilionário, além de finalmente colocar meu nome como grande advogada em Miami, garantiria que milhares de empregos fossem salvos, já que, a LOBs possui diversas fábricas espalhadas pelo país.

Entrei no cômodo e cumprimentei meu chefe Gabriel, assim como o representante da LOBs, James Carter, alguns funcionários que estavam acompanhando o caso e April Drew, a dona da empresa. Explicamos como tudo iria acontecer durante as próximas horas e Gabriel assegurou que eles não tinham um caso forte o suficiente para ganhar.

- Srta. Jauregui? - me viro, encarando a dona da empresa - Eu tenho algo que gostaria de dizer, infelizmente não consegui dizer isso na frente de meus funcionários, que não saem do meu pé. - sorri de canto - Acredito que poderá ser mal vista pelos olhos da imprensa caso essa informação seja liberada.

- Srta. Drew, eu sugiro você pensar muito bem nas próximas palavras que você irá me dizer. - falo cautelosamente - Sou paga para te defender, se você me contar algo que irá me ajudar a ganhar o caso, eu não posso...

- E o que me diz sobre confidencialidade entre advogado e cliente? - arqueia as sobrancelhas - Como você disse, pago você para que você resolva o caso e não exponha a minha vida pessoal. - estava desconfortável com o rumo daquela conversa.

- Tenho conhecimento disso, assim como tenho conhecimento de que é errado reter informações em um caso como esse. - ela suspira, indecisa, mas parece não mudar de ideia.

- Tudo bem. - me puxa para o canto do corredor - Andrew Fox está aprontando isso. - franzo o cenho, achei que já havíamos discutido isso - E não é por dinheiro, é por ego masculino ferido. - a encaro surpresa - Nós tinhamos um caso, o que era divertido já que era aquela coisa proibida, ele queria juntar nossas empresas e coisas do tipo, eu só queria algo mais... casual. - sorri de canto e eu assinto - Uma semana após eu terminar o nosso relacionamento o escândalo com os clientes vazou e eu acredito que...

- Isso esteja conectado. - assente e eu suspiro - Tudo bem. - olho o relógio em meu pulso - Por que você me contou isso somente agora?

- Porque não existe nada mais frágil do que um homem que acabou de receber um belo pé na bunda, Andrew está aqui. - olho ao redor - Provavelmente veio ver tudo de perto para saber se seu plano deu certo. - arqueio as sobrancelhas - Se você não acredita, veja as últimas mensagens que ele me enviou. - mostra as mesmas - Você não pode falar sobre o nosso caso, mas pode usar outras aberturas para que ele fale que aprontou tudo. - sussurra - Ah, e Srta. Jauregui, não ouse levar o nome da empresa dos meus pais para a lama.

A linda mulher ruiva ajeitou seu terno social feminino e começou a andar em direção a corte, pouco se importando em dizer mais alguma coisa. Caminhei logo atrás, caminhando em direção a minha mesa, Gabriel puxou a cadeira para ela e eu me sentei ao lado do meu chefe, retirando minhas pastas de provas e tudo mais de dentro da minha maleta.

Todos ficaram de pé assim que o nome do juiz foi anunciado e o mesmo entrou, se acomodando em seu lugar, abri minha pasta enquanto o juiz Frank Millstone apresentava o caso. Os jurados entraram e ocuparam seus acentos e eu podia sentir minhas mãos suarem como o inferno, de relance encaro o relógio em meu pulso.

Dali uma hora Louis estaria entrando na corte para defender o caso pró-bono.

Olho para os meus papéis e franzo o cenho ao ver os arquivos errados ali, era a pasta com um dos casos pró-bono. Sinto minha respiração ficar pesada, me curvo e pego a maleta, retirando todos os meus arquivos dali. Rapidamente olho o começo de cada pasta e não encontro o meu roteiro de defesa em lugar algum, sinto todo o chão sumir debaixo dos meus pés.

Demetria havia arrumado minha pasta para aquele caso, havia até estranhado a pró-atividade dela nos últimos dias, antes de ir embora para casa ontem ela havia separado uma pasta com todas as informações do caso da LOBs e deixado meus outros documentos em uma das minhas gavetas.

- Jauregui? - Gabriel sussurra e eu o encaro - O que tanto procura, o juiz já te encarou duas vezes?

- Você está com as evidências?

- É claro que sim. - ótimo, nem tudo estava perdido - O que você está procurando?

- Nada, eu... nada. - respiro fundo.

A audiência de conciliação daquele caso havia ido por água abaixo em segundos, não podia permitir o mesmo acontecer naquele tribunal.

Respiro fundo e penso que não adiantaria nada me desesperar naquele momento sendo que eu não encontraria, deveria focar naquele caso e falar tudo com o que eu havia repassado com Gabriel. Escuto a promotoria falando, apresentando fotos e vídeos dos produtos da empresa da minha cliente, assim como as reações alérgicas e problemas de saúde que os consumidores tiveram ao "consumir os produtos".

Minha cabeça funcionava a mil por hora, principalmente na hora que a primeira testemunha entrou para depor sobre como o produto da LOBs havia afetado a vida do filho dela. A princípio fiz perguntas idiotas para a mulher e que fez tanto ela quanto os jurados ficarem confusos, quando perguntei se o filho dela era intolerante a lactose e ela prontamente respondeu que sim, foi fácil acabar com o depoimento dela: a LOBs ainda estava desenvolvendo produtos sem lactose, todos os rótulos continham essa informação, caso o consumidor optasse por consumir, não era problema da empresa.

Mostraram fotos de dentro das fábricas, imagens que mostravam uma conduta ruim dos funcionários. Trouxeram escândalos de April Drew para dentro da corte e antigos funcionários. Os ataques vinham de todos os lados e eles eram baixos, Gabriel estava furioso do meu lado e eu me sentia completamente despreparada para tudo o que estava acontecendo. Não estavam atacando a empresa somente, mas a incrível mulher por trás da mesma.

Olhei ao meu redor e encarei diretamente um homem branco, alto, com os cabelos penteados em um topete, com um sorriso debochado em seu rosto. Aquele definitivamente era Andrew. April não estava brincando quando disse que ele realmente queria afetá-la por um pé na bunda.

- Gostaria de chamar a próxima testemunha. - anuncio após pensar por alguns instantes.

- Lauren, eu acho bom você dar um jeito nisso, estão acabando com você ali. - Gabriel ralha - Mude o plano, nós podemos...

- Deixe isso comigo. - me levanto, passando minhas mãos suadas em minha calça.

Após fazer o juramento, o homem chamado James Rice, ocupou o mesmo lugar, também me encarando com um sorriso debochado.

- Sr. Rice, obrigada por estar aqui hoje. - ele dá de ombros.

- Direto a pergunta, Srta. Jauregui. - o juiz diz sem paciência.

- Sr. Rice, você tem conhecimento de um senhor chamado Andrew Fox? - o sorriso do homem prontamente some - Ele é dono da PACs, uma grande concorrente da LOBs, para aqueles que não sabem. - falo para os jurados.

- Irrelevante, excelência, estamos aqui para falar sobre uma empresa, não atacar outra.

- Estou construindo meu argumento. - olho para o juiz - Essa pergunta nos levará para algum lugar. - dirijo meu olhar para a testemunha.

- Sr. Rice, responda a Srta. Jauregui. - massageia as têmporas.

Encarei o homem com a minha expressão mais intimidadora possível, pude notar ele se remexer desconfortável sobre a cadeira e olhar sobre o meu ombro, provavelmente procurando Andrew Fox.

- Acredito que seu silêncio diga muito sobre...

- Protesto! Ela está induzindo a resposta da testemunha.

- Concedido. - respiro fundo.

- Irei reformular minha pergunta, você já esteve no mesmo cômodo que Andrew Fox?

Ele não poderia dizer que não, afinal, estava no mesmo cômodo que ele agora e ele sabia.

- Sim. - responde, suspirando alto.

Desenvolvendo as perguntas, consegui com que Sr. Rice mentisse que havia dividido o apartamento com Andrew na faculdade, e isso me deu abertura para apresentar fotos e publicações antigas no Facebook de James que continham os dois juntos, logo fazendo ele perder a credibilidade para os jurados, que não confiariam mais no que ele diria. James Rice acabou respondendo algumas perguntas do promotor, mas foi notável o quanto os jurados não confiavam mais na palavra dele, o que apenas fortaleceu nosso caso, mas não o suficiente para ganhar o mesmo.

Um pequeno recesso de dez minutos para todo mundo se acalmar foi dado pelo juiz, Gabriel estava a ponto de retirar aquele grande caso de minhas mãos e eu podia sentir meu coração acelerado. Olhei meu celular e notei três ligações de Louis, não podia ir atrás dele agora. Iria focar ali para depois ajudar Louis da maneira que eu pudesse.

Quando voltamos do recesso, podia notar April apreensiva com o rumo daquele caso. Me levantei, falando um pouco sobre a PACs e apresentando dados comparativos, sempre frisando que eles sempre ficavam atrás da empresa da Sra. Drew. Foi então que eu dei uma cartada que ninguém, exceto April, estava esperando:

- Gostaria de chamar Andrew Fox para o painel de testemunhas. - o promotor começa a procurar em seus papéis aquele nome.

- Andrew Fox não foi convocado para estar no painel de testemunhas, meritíssimo e...

- Mas ele está bem aqui, acredito que ele não irá se importar. - aponto diretamente para o homem, que estava suado e não tinha mais o sorriso debochado.

- Sra. Jauregui, o que você está tentando...

- Isso é muito relevante para o caso e se o Sr. Fox concordar, apenas irá contribuir para a minha argumentação. - sorrio debochada para ele, se ele se negasse qualquer coisa que eu dissesse após ele não poderia debater e pareceria ainda mais culpado, e ele sabia.

Andrew Fox se levantou e caminhou em direção ao painel, fez seu juramento e eu podia ver o promotor revirar suas anotações, provavelmente procurando algo para vir rebater qualquer argumento futuro. Me aproximei do painel e com o maior deboche do mundo pedi desculpas por arrastar ele para aquela confusão.

A princípio fiz diversas perguntas sobre a empresa dele, perguntas que o tiraram do sério, principalmente quando diversas vezes dei a entender que a empresa dele era inferior a empresa da Sra. Drew. Questionei se desentendimentos já haviam acontecido graças às empresas e outras coisas que expuseram ainda mais a rixa das duas empresas, principalmente quando diversas vezes Andrew se mostrou prepotente e não admitiu que eu falasse que sua empresa não era tão boa quanto a LOBs.

- Você faria qualquer coisa pela sua empresa?

- Sim, qualquer coisa.

- Inclusive forjar provas e contratar pessoas para sujar a imagem de sua maior concorrente? - solto essa pergunta como se não fosse nada.

- EU PROTESTO. - o promotor surta atrás de mim e eu suspiro alto.

O murmurinho começa no tribunal e o juiz precisa conter todos, logo após pede para que eu me contenha.

- Você já se apaixonou?

- Isso é algum tipo de piada, meritíssimo? Eu protesto! - o juiz me encara irritado.

- Sr. O'Connor, peço para que se recomponha. - repreende - Sra. Jauregui...

- Estou construindo meu argumento. - ele assente, fazendo um sinal para que eu continue, após soltar um longo suspiro.

- Você já se apaixonou? - repito minha pergunta.

- Sim. - responde curto e grosso.

- Já foi rejeitado por alguma mulher que se sentia apaixonado ou sentia atração?

- E todos nós já não fomos? - questiona debochado, tentando não demonstrar o quanto ele parecia irritado.

Ele sabia exatamente sobre o que eu estava falando.

- Meritíssimo gostaria de apresentar uma prova descoberta no último recesso, por este motivo não conseguimos encaminhar para a promotoria.

- Meritíssimo isso não é aceitável. - ele pede para que nós aproximemos.

Por alguns segundos discutimos nós três sobre como seria a continuação do caso e eu podia ver O'Connor querer socar a cara do juiz, que estava sendo gentil demais permitindo que eu fizesse isso, mas assim como eu, ele sabia que havia muito mais por de trás daquela história.

Após a conversa terminar, caminhei em direção a April, que já me encarava apavorada, me curvei em sua direção e ela me encarou irada, apertando sua bolsa contra o seu colo.

- Lauren...

- Me dê o seu celular. - ela olha no fundo dos meus olhos, tentando confiar em minhas palavras - Eu preciso que você confie em mim. - suspira alto, destravando o celular e entrando nas mensagens, caminho em direção aos jurados - O Sr. Fox, nas duas semanas que antecederam os escândalos com os, supostos, consumidores dos produtos da LOBs perseguiu e enviou diversas mensagens para a minha cliente.

Calmamente me aproximei do computador que estava acoplado com um telão e Gabriel me entregou o fio do carregador do celular, conectei no computador. Enquanto tudo carregava, fiz mais perguntas básicas para Andrew, como por exemplo: qual era o seu número de telefone, qual era o aplicativo de mensagens que ele usava e como era sua foto de perfil. Quando a imagem do celular passou a ser transmitida para todo o tribunal, mostrando as mensagens de Andrew para todos, notei todos ficarem chocados.

Nas mensagens ele falava que April iria se arrepender de ser "uma vadia insensível" e que ele faria questão de acabar pessoalmente com a empresa dela, porque sabia que era "a única coisa que ela amava verdadeiramente". Antes que outras mensagens ruins dele chegassem, havia as mensagens dela informando que iria bloquea-lo.

- Já teve o coração partido? - tento conter meu sorriso, ele permanecesse em silêncio, ele estava próximo de explodir - Sabe, aquele coração partido que dói tanto que você só consegue pensar em machucar a pessoa que um dia você amou tanto quanto ela te machucou?

- Sr. Fox, responda.

- Sim. - responde entre dentes.

- Você conhecia uma das testemunhas que se apresentaram hoje?

- Não.

- Nunca se encontrou com elas? - ele permanece em silêncio, decido mudar minha abordagem - Nos diga, Sr. Fox... sua empresa e você não conseguem aguentar que uma mulher incrível como a Sra. Drew podem ser tão superiores, em todos os aspectos? - vejo suas mãos se fecharem em punhos - Então você levou esse fora porque soube que uma mulher como ela jamais iria querer ficar com um homem mesquinho e pequeno como você? Como você se sente sabendo que uma mulher como ela apenas tem nojo de você, por você não conseguir ser homem o suficiente para aceitar um fora...

- CALE A BOCA. - ele explode, se levantando irritado - Essa vadia merece ter a empresa afundada! - arqueio as sobrancelhas e sorrio, dando um passo para trás - Ela e...

- SILÊNCIO! - o juiz pede, batendo seu martelo enquanto todos comentavam aquela explosão ridícula dele - Srta. Jauregui...

- Sem mais perguntas, Excelência. - caminho em direção a minha mesa.

- Lauren, o que você acabou de fazer? - Gabriel questiona em um sussurro.

- Acabei de ganhar este caso.

E eu realmente ganhei o caso, após meia hora os jurados saíram com o veredito, inocentando a LOBs. Os falsos consumidores seriam investigados e, provavelmente, também processados. A PACs seria obrigada a pagar uma multa gigantesca para a LOBs.

April me agradeceu por eu ter resolvido o caso, mas informou que não estava tão feliz com o rumo que eu havia usado para conseguir tal façanha. Sabia que a imprensa cairia matando sobre o assunto, mas não pude evitar. Assim que ela saiu do tribunal, corri escadas acima buscando Louis na possível sala na qual ele se encontraria, mas de nada adiantou, não era mais o caso dele ali.

Tentei ligar para o meu amigo, diversas vezes, mas não fui atendida. Acabei indo para a empresa, iria encontrá-lo depois. Durante todo o trajeto para a minha sala, as pessoas me parabenizavam pelo caso, todos já estavam sabendo. Assim que coloquei meus olhos em Demetria, fiz um sinal para que ela me acompanhasse.

Não conseguia acreditar, que novamente, Demi havia me prejudicado mais uma vez dentro do trabalho e dessa vez nós duas poderíamos ter sido demitidas.

Sentei em minha poltrona e pedi para que ela sentasse na cadeira a minha frente. Era notável sua apreensão, quase como se ela soubesse exatamente o que eu iria falar antes que eu sequer disesse uma única palavra, mas isso era completamente compreensível, visto que, Demi tinha consciência de que havia pisado na bola e, provavelmente, já havia achado os arquivos que deveriam estar na minha maleta para o caso.

- Onde estão os arquivos do caso da LOBs?

- Na sua maleta.

- Não, não estão e você sabe. - sua respiração fica pesada - Nós arrumamos juntas a maleta, você foi a última pessoa a ficar na minha sala ontem, sozinha. Eu guardei os papéis e depois você disse que haviam chegado outros casos e você havia guardado na minha maleta. Por que você tirou os papéis certos?

- Srta. Jauregui...

- Não minta para mim. - a interrompo - Não ouse mentir para mim.

Percebo ela olhar ao redor, ela estava tensa e parecia a ponto de explodir a qualquer segundo, como uma bomba. Suas mãos estavam juntas e um dedo puxava o outro, como um tic nervoso. Me senti tensa, como se as coisas estivessem mais fora do normal do que eu conseguia perceber, não era como se ela tivesse medo de ter sido descoberta, mas do que essa descoberta pode desencadear em sua vida.

- Demetria, estou falando com você!

- Eu sinto muito. - seus olhos ficam marejados - Eu não queria, juro. - sua respiração fica pesada - Só queria que ela gostasse de mim. - franzo o cenho, não compreendendo quem era 'ela' - Nós estávamos juntas e ela me prometeu, prometeu que se eu fizesse isso deixaria ele para ficar comigo.

Automaticamente sinto o meu corpo ficar mais tenso que segundos anteriores, do que Demi estava falando? Quem era o 'ela' que ela tanto tinha medo de decepcionar?

- Do que você está falando?

- Beatrice. - congelo no mesmo momento - Ela disse que se eu fizesse essas coisas com você, poderíamos ficar juntas. - seus olhos assumem uma coloração mais escura - Bea prometeu que iria terminar com o marido para fugir comigo. - estico minha mão, alcançando o telefone, pronta para acionar a segurança do prédio - Por favor, se eu não manter esse emprego, ela não vai mais querer saber de mim. - tiro o telefone do gancho - Não me mande embora ela não vai mais me...

- Cale a boca agora mesmo. - sentia minha cabeça trabalhar a mil por hora - Você vai sair agora mesmo do meu escritório! - me levanto, espalmando minha mão sobre a mesa - Você nunca mais vai sonhar em passar perto de qualquer lugar deste prédio ou eu juro que vou colocar um processo tão grande em você que você irá desejar nunca ter entrado em minha vida.

Demetria se cala no mesmo momento e se encolhe quando eu pego o telefone e faço a ligação para a segurança, pedindo para que eles subam para o andar onde meu escritório está localizado.

- Lauren...

- Eles irão escoltar você para fora daqui, e você não irá mais chegar perto de mim. Nunca mais. - vejo dois seguranças vindo de longe - SAÍA, AGORA. - minhas mãos tremiam de tanta raiva que eu sentia naquele momento.

- Sra. Jauregui, algum problema?

- Sim, vocês poderiam acompanhá-la para fora do prédio e garantir que tanto as digitais quanto as credenciais sejam proibidas de entrar no prédio? - os dois homens me encaram assustados - A Srta. Lovato está proibida de entrar aqui. - assentem, sem fazer mais perguntas.

- Srta. Lovato, você irá nos acompanhar por bem ou?

- Apenas vou pegar minha bolsa.

- Demetria? - ela se vira para mim antes de deixar o cômodo - Eu pensaria melhor com quem me envolvo, ter minha carreira e vida destruídas por um amor só comprova que ele não é saudável. E informe Beatrice que ela devia ter parado no processo de Camila.

- Lauren o que você vai...

- Levem ela daqui. - eles começam a levá-la para longe.

Fecho a porta com força e fico de costas para a mesma, respirando fundo, apoiando minhas mãos nas cadeiras que ficavam em frente a minha mesa. Respiro fundo e passo as mãos nos cabelos, sentindo as mesmas tremerem como no dia em que Camila havia chegado machucada em meu apartamento.

Após pensar alguns instantes, envio uma mensagem para a minha namorada dizendo que um imprevisto havia acontecido e que era bem provável que talvez me atrasasse um pouco para chegar em casa mais tarde.

Camila iria ter que me esperar mais do que o normal aquela noite e eu iria atrás de Louis outro dia, tinha assuntos pendentes com Beatrice pela última vez.


EITAAAAAAAAAAAA!!! Alguém já esperava por isso? Estão surpresos? Quais suas apostas, o que acham que a Lauren vai fazer???

Gostaria de agradecer o carinho e paciência que vocês tem comigo, é muito difícil de conciliar tudo e agradeço por vocês não me abandonarem (ao menos eu acho que não né kkk) Se quiserem me apoiar meu trabalho, por favor, confiram o meu livro (ele vende em ebook em um preço super acessível aaaaa) me siga nas minhas redes sociais para que seja possível alcançar mais pessoas com o meu trabalho na escrita: switch5hearts ou nattnogueira no twitter ou natsnogueira no instagram.

Por favor, não esqueçam de serem gentis uns com os outros, se manterem hidratados e comerem direitinho!!! Um beijo e um chêro, Natália xX(:

Continue Reading

You'll Also Like

440 56 5
" Dinah? Dinah está aí? - o silêncio abrupto encomodou Camila - Dj, está me escutando? - uma escandalosa risada passou pela linha, uma risada conheci...
1.2M 63.3K 40
**Fanfic Multifandom com foco em Camren** Quando Lauren Jauregui é solicitada em uma cena de crime no fim da noite, ela encontra uma imagem familiar...
214K 8.6K 43
Camila e Lauren se conheceram no Twitter e desde então, se tornaram grandes amigas. Mas algo a mais acontece quando finalmente se encontram. O que ac...
251K 7.9K 86
Conheci uma menina com os olhos tão profundos quanto seus cortes. (Uma frase por capítulo) © 2015, daddycabello.