A noite das tragédias realmente seria aquela de forma inigualável a qualquer outra noite que todos já tinham passado, seja com brigas familiares ou com desentendimentos amorosos, agora não só era a Leandra desaparecida e sim, Cynthia, Ronald, Pedro e Mirelly que estavam lutando por suas próprias vidas.
No hospital Paula ainda tentava sair para falar com Caio e saber o que estava acontecendo nesses dias que ela passou durante observação, ela tenta se esticar na porta para conseguir ver mas não consegue, volta para a cama e se senta, foi quando sua mãe entrou.
Maria: estava em pé né?
Paula: Caio está bem?
Maria: não muito, ele está em estado de choque, não consegue falar nada muito menos se mexer.
Paula: o que aconteceu?
Maria: ele presenciou a morte da mãe.
Paula: como?
Maria: alguém deu um tiro na mãe dele na cabeça no meio da sala, os dois estavam conversando e já viu no que deu né.
Paula: isso já está indo longe demais!
Maria: isso o que?
Paula: deixa eu sair.
Maria: não pode!
Paula: a mãe pelo amor de Deus, pessoas morrendo e eu tô só com uma perna quebrada que já está melhorando!
Maria: ótimo, pode ir, mas só com a cadeira de rodas.
Paula: tô com muletas.
Maria: cadeira de rodas.
Paula: mas...
Maria: cadeira de rodas.
Paula: inferno!
Maria: se resmungar de novo, você não vai.
Paula: sofro.
Maria pega a cadeira de rodas para sua filha que se senta com raiva, Paula estava prestes a sair do quarto quando sua ex melhor amiga aparece na porta já dando abraços.
Gaby: Paula!
Paula: Gaby?
Gaby: eu mesma, achou que eu não iria fazer uma visita a você?
Paula: depois de ter me difamado nas redes sociais, não magina, tava com certeza esperando sua visita.
Gaby: a, não estava de saída né? temos tantos assuntos para pôr em dia.
Paula: ke?
A mãe de Paula sai do quarto deixando ela com a sua antiga melhor amiga que não passava de uma falsa, bem no passado era, no futuro talvez não.
Paula: fala logo o que tu quer.
Gaby: nada, quero reviver o tempo perdido.
Paula: você?
De repente a enfermeira entra com um suco de laranja e um cupcake de morango para Paula, enquanto a amizade era estabelecida novamente.
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Enquanto isso a delegacia pegava fogo com todos os acontecimentos envolvidos, Weslley discutia com sua mãe, já passavam da meia noite.
Weslley: e isso é a sua resolução de problema?
Adriana: tô fazendo isso para seu próprio bem.
Weslley: me levar pra morar com meu pai? mãe, minha vida está toda aqui nesse lugar!
Adriana: é impossível prestar atenção em você quando você foge de casa na calada da noite.
Weslley: eu só quero viver minha vida.
Bill: sem querer me intrometer, mas eles estão escondendo alguma coisa.
Adriana: meu filho?
Bill: não só ele mas como todos os seus amigos.
Adriana: Weslley por favor me fale, diga-me o que está acontecendo.
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Helena: filhas esses seus amigos só te metem em confusão.
Duda: mãe eu me preocupo com eles sabe.
Helena: não quero que seja lá o que aconteceu com Leandra aconteça com você.
Duda: essa é a minha vida.
Helena: você é de menor então essa sua vida pertence a nós duas, uma segurando a mão da outra nos momentos difíceis.
Duda: ata, minha mãe preconceituosa vem dar lição de moral?
Helena: como?
Duda: primeiro que você me odeia pelo fato de eu ser lésbica, segundo... não sei.
Helena: eu só quero o seu bem.
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Lívia: já chega Sarah, você vai sair dessa cidade hoje, já falei com seu pai.
Sarah: e vocês decidem por mim?
Lívia: sim, você é nossa responsabilidade e não quero que você fique solta na rua por aí, vamos para o Canadá.
Sarah: Canadá é milhões de distância daqui.
Lívia: não exagera, é longe sim, mas isso é pro seu bem.
Sarah: nunca é por mim, sempre é por vocês.
As famílias discutiam e todos pulam de susto quando Mirelly entra praticamente toda molhada com manchas de sangue pelas roupas rasgadas, Sarah, Weslley e Duda ficam paralisados, o detetive Bill corre até ela para levanta-la enquanto ela caia no chão, ele rapidamente liga para a ambulância enquanto o som da impressora imprimia as fotos de Pedro, Cynthia e Ronald que ainda estavam desaparecidos.
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Por fim de tanto rastejar pelo túnel ela chega quase no mesmo buraco que ela estava só que não era o mesmo, ela sobe as escadas devagar para não chamar atenção e quando sai ela se vê dentro de um celeiro completamente abandonando.
Olhando em volta ela só consegue ver os nomes Monteiro & Hill, desse mesmo jeito em várias caixas no chão, tenta procurar seu celular mas não consegue achar, ela caminha até a porta do celeiro para ver onde estava, e ela se encontrava no meio da floresta apenas com uma casa há alguns pés de caminhada do celeiro, ela vai se abaixando até a casa para ver se conseguia descobrir algo que ainda não parecia resolvido, e conseguir ajudar nas investigações tanto na parte da polícia como na parte deles.
Ela sobe as escadas da frente da casa e olha pela janela e consegue ver Pedro amarrado em uma cadeira e o encapuzado em pé a sua frente, batia no rosto de Pedro, dando em torno de dois tapas e depois sobe para o andar de cima, Cynthia vai pela porta dos fundos e chega na sala onde Pedro estava.
Cynthia: Pedro!
Pedro: Cy...nthya!
Cynthia: sei que você está fraco amigo, mas precisamos sair daqui.
Pedro: não... não consigo.
Cynthia: caralho Pedro, já te soltei agora levanta!
Pedro: não dá... tô completamente sem forças.
Cynthia: já sabemos onde fica o esconderijo dessa pessoa, agora só precisamos sair vivos desse lugar!
Cynthia sem paciência levanta Pedro, dando seu ombro para ele se apoiar, conseguem finalmente sair, ambos estavam andando devagar por conta de seus ferimentos, mas conseguiam, voltando para o celeiro devagar sem nenhum estresse, até Cynthia olhar para a casa e ver o encapuzado olhando para eles pela janela e do nada ele sai da janela.
Cynthia: Pedro anda mais rápido!
Pedro: não dá!
Cynthia: Pedro!
O desespero aumentou, corações descarados e os dois tentando correr, finalmente chegaram no celeiro.
Cynthia: desce pela aquela escada e rasteja pelo túnel e depois só é subir outra escada, lá provavelmente vai dar no poço.
Pedro: mas... e você?
Cynthia: vou estar logo atrás de você, estou tentando fechar essa porta para ele não conseguir entrar, agora vai logo!
Cynthia fecha a porta do celeiro colocando um monte de coisas empilhadas uma em cima da outra e logo depois desce atrás de Pedro que já estava rastejando o túnel, estava tudo tenso e demorado até que finalmente chegaram e lá estava Ronald.
Ronald: ele foi atrás de você ou de mim?
Cynthia: não sei, apenas sobe esse caralho de escada, ele está vindo!
Os três sem mais nem menos subiram rápido as escadas até darem de cara com o poço, estava vazio, então alguém enchia para parecer que não tinha nada no fundo quando na verdade tinha uma passagem que levava a uma fazenda da família da Leandra.
Por sorte eles tinham uma corda pela qual conseguiram subir mas ainda estavam na floresta, os três corriam pela floresta até finalmente conseguirem sair daquele inferno, foram todos os três direto para a delegacia menos Cynthia que optou por ir logo ao hospital com Pedro pois os dois estavam feridos.
Bill: Ronald?
Weslley: Rony!
Sarah: ele tá bem!
Duda: Ronald, cadê a Cynthia!
Helena: deixa ele respirar!
Duda: que respirar que nada, Ronald cadê a Cynthia!?
Ronald: ela... ela e o Pedro... foram logo para o hospital... estavam feridos.
Bill: por favor, seu pai já está a caminho com sua madrasta, espere nessa sala.
Sarah: caralho da pra mandar policiais nessa bosta de floresta, não conseguem ver que alguma coisa ruim está acontecendo?!!!
Bill: acalme-se já vou mandar.
Duda: mãe, eu preciso ver a Cynthia.
Helena: ...
Duda: mãe! é a mulher que eu amo...
Helena: pode ir...
Duda sai correndo sem se despedir de ninguém apenas queria por fim encontrar a pessoa cujo seu coração palpitava de amor com um simples gesto de abraço.
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Gaby: então, vai comer esse cupcake?
Paula: caralho! não vou!
Gaby: então eu como.
Paula: divirta-se, vou aqui no quarto do meu amigo.
Gaby: okay.
Paula sai numa velocidade inexplicável até chegar ao quarto de Caio que estava olhando para a janela enquanto limpava seu rosto cheio de lágrimas.
Paula: Caio...
Caio: amiga!
Caio foi correndo abraça-la e caia em prantos com o abraço.
Caio: minha vida está sem sentido!
Paula: garoto, você precisa ser forte!
Caio: não quero mais, não quero mais viver nesse mundo em que vivemos, quem em sã consciência faria isso?
Paula: pessoas loucas.
Caio: eu vi a Leandra!
Paula: o que? impossível!
Caio: eu a vi, olhando para mim na janela de onde veio o tiro!
Paula: Caio você só pode estar delirando!
Caio: eu estava tonto mas eu vi.
Pedro e Cynthia apareceram no quarto e vendo os dois Pedro já enchia seus olhos de lágrimas e correu para abraçar Caio.
Pedro: achei que nunca mais iria te ver!
Caio: preciso te contar uma coisa...
Cynthia e Paula saíram do quarto e apenas viam o Pedro deitado na cama chorando junto com o Caio, nenhum teve a chance de se despedir e para Pedro ainda soube que além de tudo ele era adotado o que causou mais dor e sofrimento em seu coração.
Cynthia estava na máquina de refrigerante até que viu Duda olhando em sua direção através da entrada do Hospital.
As duas sofrem uma para a outra e Duda entra no hospital e corre em sua direção para abraça-la, as lágrimas vinham com o momento, as duas ficam cara a cara para a outra até que finalmente Cynthia dá o primeiro passo botando suas mãos na cintura da Duda e a puxando para si, e por fim as duas se beijam, com a maior vontade quase derrubando a máquina de refrigerante, elas riam, paravam, olhavam uma para a outra e voltavam novamente para poder apreciar aquele beijo caloroso e amoroso, as duas finalmente tinham feito as pazes tudo por pensar que podiam perder uma a outra sem dizer um adeus...
Mas as coisas mudaram depois de todos esses acontecimentos, a cidade tinha dobrado a segurança e poucos ainda ficavam lá, estavam durante suas férias e ao voltarem todos iriam apreciar a formatura, por ordem da polícia todos tiveram que manter distância um para o outro, mas depois tudo voltaria ao normal, afinal Felipe ainda estava sendo procurado e ninguém tinha descoberto que era a tal pessoa encapuzada, mas estavam todos aí... Curtindo a vida e FODA-SE para o resto.
⏳ 1 Mês Depois ⏳
•Xo Xo•