Ed x on 2017
Desde que havia pego o anel após mandá-lo fazer com todo o cuidado e detalhes que Audy tinha desenhado, eu não conseguia parar de olhar para ele e não levá-lo para qualquer lugar que fosse.
Sendo o meu amante durante meses, o anel me acompanhava em todos os lugares que eu ia escondido em algum lugar, me fazendo pensar todos os dias em alguma maneira de finalmente mostrá-lo para Audy e fazer o meu pedido.
Mas como fazer? Como seria? Qual seria o melhor momento? Qual seria a melhor oportunidade? Se Audrey aceitasse o meu pedido, não seria a primeira vez dela sendo noiva. Dylan fez isso anos atrás em um belo lugar repleto de luzes, flores, a família dela... Um grande evento na qual eu não fazia ideia em como superar. Nada parecia ser o suficiente, magnifico, verdadeiro e magico em meus olhos. Nada parecia demonstrar com todo o meu coração que era aquilo que eu queria com ela por toda a minha vida.
De volta para Framlinghram para alguns dias tranquilos de folga, eu e ela aproveitamos o calmo lugar para acalmar os nossos corações das correrias que era nossa rotina. E em um desses dias com um acordar espetacular que ela me deu, uma caminhada de mãos dadas pela cidade chegando no nosso lugar preferido cheio de risadas, carinho com uma linda vista alaranjada e palavras impiedosas que ela jogou contra o meu coração pulsante, que ali, ali abraçado com ela, olhando a incrível vista e absorvendo o seu calor, seu amor e toda a trajetória, que resolvi colocar em sua mão o meu grande segredo.
Toda a minha certeza estava naquele anel, o meu amor em tudo o que eu fazia e meu coração morrendo aos poucos naqueles segundos sem respostas, até que ela se virou para mim e disse:
_ Edward... você... você tem certeza? _ se virando por completo para mim com a pergunta totalmente inesperada, eu me deixei transparecer com um leve riso.
_ Mas é claro Audrey, eu nunca estive tão certo na minha vida. É você que eu quero ao meu lado para o resto da minha vida... Sem dúvida alguma _ com as poucas palavras, os seus olhos já estavam lacrimejando.
_ Eu... Eu... _ ela olhava para baixo me evitando, e então eu coloquei minha mão em seu rosto e levantei gentilmente, onde pude ver que as lágrimas desciam como um rio.
_ Audrey se você não quer... _ ela me cortou.
_ Você está brincando? Mas é claro que eu quero _ ela deu um lindo sorriso com sua frase animada, fazendo meu peito se tranquilizar.
_ Então é sim? _ só para confirmar eu fiz a pergunta.
_ Sim! _ com o rosto um pouco vermelho e molhado pela emoção, ela sorriu para mim e estendeu as mãos, com a direita segurando a caixa com o anel e a esquerda estendida para mim. E então eu retirei com todo cuidado o meu companheiro desses meses e coloquei em seu dedo, o observando repousar onde sempre deveria. _ Eu te amo Edward... Eu... eu... _ respirou fundo. _ Não sei nem como expressar o que eu estou sentindo _ ela riu em meio ao choro.
_ Bem, se você aceitou então eu sei exatamente como se sente _ nós sorrimos um para o outro como dois bobos e ela se jogou em cima de mim, me abraçando fortemente.
_ Eu te amo, eu te amo, eu te amo _ ela repetia sussurrando em meu ouvido. Com os seus braços ao meu redor, eu sentia a sua alegria, nervosismo, tremedeira e felicidade, se misturando com o meu e explodindo como fogos de artificio em meu coração.
_ Você é a melhor coisa que já aconteceu em minha vida Audy... E eu sou imensamente grato por ter ido conversar com aquele garoto estranho de óculos _nós rimos e ela mordeu os lábios.
_ E eu sou eternamente grata por me deixar se aproximar de você, meu primeiro e único amigo e amor... _ e com ela me olhando docemente, com o seu rosto vermelho, seu sorriso deslumbrante e com o vento bagunçando um pouco o seu cabelo, que eu não pude me controlar mais e a puxei para os meus braços, onde ela repousava como um bebê comigo a segurando forte e a beijando finalmente. Os seus braços se fixaram ao redor do meu pescoço enquanto eu me inclinava para baixo e a puxava cada vez mais para mim no beijo intenso, ardente, doce e lento que eu não queria que acabasse nunca, como aquele sentimento e momento.
Passando pela grama deixando o castelo e sua visão com o céu púrpuro, Audy e eu voltávamos de mãos dadas para casa rindo e se olhando como dois bobos.
_ Eu ainda não acredito que fiz isso _ respirei fundo aliviado por toda a tenção fútil que passei durante todos esses meses.
_ Se arrepende?
_ Nem um pouco _ beijei a mão dela e ela sorriu
_ Aliás, não tive a chance de perguntar já que estávamos eufóricos com o momento, mas como você viu o desenho do anel?
_ Bem, no dia em que eu voltei das gravações de Game Of Thrones, eu entrei no seu escritório enquanto você estava se encontrando com James e vi o desenho em sua mesa me encarando. Naquele momento eu vi que eu deveria fazer isso e parar de adiar o que eu sempre quis.
_ Nossa... _ ela olhou para o céu e mordeu os lábios.
_ Eu te amo Audrey. Eu sempre te amei e sempre vou te amar, até o meu último suspiro e até a minha última partícula se despir ao ar... Eu te amo.
_ Eddye... _ ela parou de andar e me encarou. _ Eu não vou chegar viva em casa hoje se continuar me metralhando com as suas palavras e ações _ se encostou no meu peito.
_ Eu estou animado hoje e não vou parar até achar que foi o suficiente.
_ O que eu faço com você? _ murmurou.
_ Apenas me ame... É a única coisa que eu quero... _ eu não estava facilitando para ela.
_ EU TE AMO EDWARD! _ ela gritou e em seguida riu.
_ Se é assim... EU TE AMO AUDREY!
_ EU TE AMO EDWARD CHRISTOPHER SHEERAN!
_ EU TE AMO AUDREY ALICE MARIE ROSSARTI.
_ EU VOU ME CASAR!
_ ELA ACEITOU O MEU PEDIDO!
_ ESTÃO VENDO ISSO GAROTAS? É UM ANEL DE CASAMENTO. UM DIA TRISTE PARA TODAS QUE CHAMARAM O EDDYE DE VIRILHA DE FOGO NA ESCOLA!
_ Espera... _ depois da gritaria no meio da grama eu refleti sobre sua última frase. _ Você também me chamava e ainda me chama de virilha de fogo.
_ Eu sou uma exceção _ ela piscou para mim e riu. Como eu podia amar tanto essa garota babaca?
_ Isso não vai ficar assim _ comecei a correr atrás dela e ela a fugir de mim. Duas eternas crianças.
Voltando para casa segurando a mão dela, eu ainda não acreditava no que havia feito. Não sabia de onde tinha tirado coragem e tantos sentimentos dentro de mim para propor para ela. Eu estava feliz por tudo, na verdade algo muito mais que felicidade exalava em mim, um sentimento que eu não sabia explicar especificamente a não ser sendo uma completa bagunça... Uma boa bagunça.
Famintos pelo dia especial onde sanduiches e sucos não foram o suficientes, resolvemos pedir comida italiana para comemorarmos sozinhos a nossa nova etapa e planejar como iriamos contar as outras pessoas sobre nós.
Na tradicional bancada onde sempre comíamos, lá estávamos nós de moletom comendo Capeletti e tomando um vinho que tínhamos trazido da França quando a tour havia passado por lá.
_ Já tem alguma ideia de como iremos contar passa as pessoas? Especialmente nossos pais? _ perguntei para ela.
_ Não tenho nenhuma, na verdade nunca pensei em como fazer isso _ ela sorriu de lado.
_ Então vamos apenas fugir e deixar tudo para trás _ com o tom de brincadeira, ela riu comigo.
_ Vamos então.
_ Mas falando sério, eu estou nervoso com isso. Acho que deveria ter juntado a sua família e ter te proposto... _ por um minuto eu fiquei em silêncio colocando os meus pensamentos em ordem.
_ Eddye... _ ela tocou a minha mão. _ Perfeição não descreve o que você fez. E sobre contar para as nossas famílias, eu confesso que estou um pouco apreensiva, não com medo mas ansiosa, onde não sei nem por onde abordar. Esse é o mesmo nervosismo que está sentindo? _ ela me encarou duvidando.
_ É... é sim _ sorri e ela assentiu.
Terminando o jantar com o vinho sobrando ainda, Audrey se empolgou, ligou o som e começou a dançar pela sala onde eu apenas ria dela e os gatos fugiam. Ela não conseguia parar de sorrir e de sentir as músicas fazendo toda a sua alegria transbordar, fazendo aquela vista ser uma das mais lindas que eu já tinha visto. Nada era mais lindo do que ver Audy sorrindo. Vendo o entusiasmo dela e não me aguentando, me juntei com a louca da noite, dançando eletricamente todas as músicas que tocavam e compartilhando a garrafa de vinho.
Passamos por The Chainsmokers, dizemos um olá pra Tina Tunner, fizemos uma visita para Michael Jackson e terminamos a viajem com Justin Bieber, totalmente cansados e jogados no sofá.
_ Ok, por hoje chega _ disse ela tirando uma mecha de cabelo do rosto.
_ Extravasou tudo o que tinha?
_ Sim _ ela sorriu para mim e entrou entre os meus braços.
_ Que tal irmos pra cama?
_ Pode ser, foi um grande dia _ se levantou rapidamente e estendeu a mão para me ajudar a levantar, a mão esquerda, na qual eu deixei escapar um sorriso.
_ Ok, então vamos _ eu me levantei e fomos apagando as luzes dos cômodos.
Ao deixar todos os cômodos apagados, a única luz que nos iluminava era do nosso quarto do andar de cima, e ali no começo da escada eu bloqueei a Audrey de subir.
_ Espere... _ a impedi.
_ O que está fazendo? _ me olhou curiosa e totalmente confusa.
_ Não podemos acabar a noite sem fazer isso.
_ Isso o que? _ ela permanecia com dúvida.
_ Isso _ sem total cerimonia, eu peguei ela no colo, onde que pelo susto ela deu um grito. _ Um noivo não pode deixar de fazer isso.
_ Na verdade isso só acontece depois do casamento Eddye _ ela me olhava divertida.
_ Tanto faz _ comecei a subir as escadas e ela a rir.
Chegando no quarto, eu coloquei ela gentilmente na cama e deixei um beijo em sua testa, onde ao me deitar, fui atacado por seus braços que insistiam em ficar ao meu redor como em todas as noites.
Não muito tempo depois deixando o meu coração se acalmar pelo dia, eu peguei no sono, mas fui acordado por sentir algo estranho, na verdade a falta de algo. Piscando os olhos várias vezes para a imagem ser mais clara, vejo Audrey debruçada no travesseiro admirando o anel.
_ Você ainda não dormiu? _ falei baixo e rouco.
_ Não _ ela me respondeu quase como um sussurro.
_ Vem aqui _ abri os braços e ela se aconchegou como sempre fazia.
_ Você está tão feliz assim?
_ Nunca estive mais _ me olhou docemente e me deu um selinho.
_ Sabe, ver você assim me faz pensar no quanto eu fui inseguro sem necessidade sobre isso.
_ Em quais sentidos? _
_ Em tudo _ respirei fundo. _ Fiquei com medo de você não aceitar, de não ser o momento certo, de não saber planejar e acertar na hora do pedido... Você já passou por isso então...
Naquele instante eu resolvi soltar para Audrey tudo o que passei no caminho até aqui. Todas as minhas inseguranças e medos. Poderiam ser bobos agora, mas foram coisas que me atormentaram durante um tempo.
_ Eddye... _ ela procurou por palavras durante alguns segundos. _ Você está se referindo ao Dylan?
_ Sim _ me senti um pouco fraco e infantil ao responder.
_ Por que?
_ Porque ele fez tudo parecer tão magico e incrível para você e toda a sua família.
_ Só por ele ter reservado um restaurante?
_ Não Audy, por tudo ao redor disso. O romantismo, o lindo lugar repleto de flores e luzes, você incrivelmente linda naquele vestido e toda a sua família no local, ainda mais no dia da sua formatura _ só de lembrar das fotos que vi no notebook dela naquela terrível noite, me arrepia.
_ Como você sabe desses detalhes? Nunca te contei, e tenho certeza de que mais ninguém _ ela me olhava assustada por descobrir que eu sabia de muitas informações.
_ Naquela noite que eu apareci bêbado em sua casa, enquanto você foi fazer o chá, eu me deitei no sofá e vi no seu notebook várias fotos do seu pedido. Aquilo me matou de uma maneira...
_ Nossa eu... não sabia que havia visto as fotos...
_ É, eu vi, e foi por isso que nunca mais te procurei depois. Eu tinha colocado em minha mente que meu tempo tinha esgotado, e eu perdido o que mais precisava em minha vida... _ olha para nós agora _ dei um ar de riso mas ela continuava séria.
_ Eddye, se eu tivesse descoberto que você estava se comparando ao Dylan no termo de pedido de casamento ou em qualquer outro aspecto e sobre qualquer outro ex meu... eu teria te batido _ apesar da frase soar engraçada, ela não parecia achar divertido. _ Mas... _ e ai veio a feição que estava esperando, a de alegria. _ Eu imagino a pressão que deve ter sentido, que colocou em si _ colocou a mão eu meu rosto.
_ É, eu sei agora que foi bobo pensar dessa maneira, mas foi o que aconteceu.
_ E ainda se sente dessa maneira?
_ Não, com certeza não _ ela sorriu.
_ Que bom. Olhe, jamais se compare a alguém Eddye. O que eu e Dylan tivemos foi bom para mim na época. Nós nos divertíamos, conversávamos e apoiávamos um ao outro em tudo, foi uma boa amizade e relação, mas no fim das contas, eu não estava totalmente feliz. Não era aquela relação que eu queria, da forma que eu queria com a pessoa que eu queria... Não era você Eddye, não era nós _ seus olhos me encarando estavam brilhantes como nunca. _ Eu entendo perfeitamente o que passou por sua mente, e tudo bem, nós temos inseguranças, mas sabe que ninguém me conhece melhor do que você. Se tivesse se lembrado de quantas vezes me surpreendeu com poucas coisas, teria sido bem mais fácil _ ela deu um ar de riso. _ Eu não me importo se o meu outro pedido foi em um restaurante chique com flores, diamante e minha família, ou se meu próximo seria em um banheiro público, o que iria me importar é se seria com a pessoa certa... E eu não tive nenhuma dúvida mais cedo.
No final do mini discurso de Audy eu só conseguia sorrir para ela. Eu pensei errado, sim, nós dois concordamos porém, ouvir suas palavras mesmo depois de já ter me acalmado, só me deu mais certeza ainda de como ela sempre me surpreende de maneiras que nunca prevejo. Ah, Audrey, eu tenho certeza que quando eu morrer, você será a culpada por isso.
E com aquele olhinhos me encarando, eu não tive outra reação a não ser apertá-la em meus braços.
_ Audy...
_ Hum? _ disse ela abafado contra o meu peito.
_ Eu te amo, eu te amo tanto... _ eu a segurava fortemente como se a qualquer momento ela pudesse fugir de mim.
_ Eu também te amo Eddye.