King Of Shadows - Maven Calor...

By Evil_Ax

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O mundo de Maven Calore é divido pelo sangue: vermelho ou prateado. Maven e sua família são prateados: a famí... More

Explicações e apresentação:
Playlist
Capítulo 01 - T h e R i g h t T i m e T o S t o p
Capítulo 02 - K i n g O f N o r t a
Capítulo 03 - E m p t y
Capítulo 04 - M a r e A t h i e f
Capítulo 05 - F i r e A n d E l e c t r i c i t y
Capítulo 06 - E l e c t r i c G i r l
Capítulo 07 - B o o t U p T h e R o o t
Capítulo 09 - S h a d o w O f E l a r a
Capítulo 10 - F o r g o t t e n P r i n c e
Comentando a história
Capítulo 11 - K i n d o f p e r s o n
Capítulo 12 - P i t y
Capítulo 13 - F u n n y
Capítulo 14 - T e a r f u l l y
Capítulo 15 - M a v e n a n d M a r e
Capítulo 16 - C h e c k m a t e
M U R M Ú R I O S D E S E D A
Capítulo 17 - R e d
Capítulo 18 - W e l c o m e
M U R M Ú R I O S D E S E D A
P o d e m o s c o n t i n u a r?
Capítulo 19 - A l o n e
Capítulo 20 - I n L o v e
Capítulo 21 - I l l u s i o n
Capítulo 22 - H o p e
Capítulo 23 - B r o t h e r s
Capítulo 24 - F i r s t S m i l e
DIÁRIO DE MARE M. BARROW
Capítulo 25 - P o o h!
Capítulo 26 - F a i l
Capítulo 27 - F r a g i l e
O que você espera da história?
Capítulo 28 - Y e a h, B a b y
Capítulo 29 - B l o o d P a r t y
Capítulo 30 - C h a o s
NOVA FIC MAVEN!!!!!!

Capítulo 08 - L a d y T i t a n o s

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By Evil_Ax

ENQUANTO O REI RELÊ A FICHA DA GAROTA, olho para a minha mãe incontáveis vezes. Espero o momento em que ela entrará em minha mente para contar o seu plano. Mas o momento parece que nunca chegará.

Ela apenas me olha algumas vezes com a expressão séria. Seu olhar passa algo do tipo ''espere um pouco''. Não sei ao certo, não sou bom em entendê-la. O máximo que ela falou desde que chegou foi dirigido ao rei, afirmando que Mare Barrow é vermelha em todos os sentidos da palavra e que o mais sensato é que devemos matá-la.

Ao ouvir isso, meu irmão fecha às mãos em punhos, porém se controla e apenas diz que não é a maneira mais correta de resolvermos esse problema.

Tiberias pede para uma sombria escurecer o palácio. Não quer que as Grandes Casas e ninguém saiba o que acontecerá. Pediu para um policial magnetron e alguns agentes de segurança escoltarem a garota até aqui.

Vejo ela se aproximando. Conto doze agentes ao seu redor, fora o magnetron. Eles não ficam por muito tempo ao seu lado, apenas com um olhar de Samos, eles se vão.

Como uma arte sendo exposta, observamos a vermelha. Por um momento ela encara o meu pai. Percebo que ela evita contato visual com o meu irmão a todo custo. O mesmo continua encarando-a fixamente.

Segundos depois, ela abaixa a cabeça e fica encarando as suas botas. Suas pernas falham rapidamente, tão imperceptível que chego a pensar se não foi minha imaginação.

Sei que Tiberias na maioria do tempo tende a ser intimidador. Ainda mais para os vermelhos.

— De joelhos. — minha mãe murmura com a sua voz suave igual veludo.

— Não. — contesta a garota. Ela levanta a cabeça de maneira que eu consigo ver o orgulho em seu olhar.

Continuando dessa maneira, morrerá mais cedo do que eu previa. Meu pai não é conhecido por ser paciente, muito menos por sentir piedade.

— Gosta da sua cela menina? — o rei pergunta. Sua voz preenche o grande cômodo. Há clara ameaça em sua voz e ela percebe, mas não parece se abalar. Ele levanta de seu trono feito de diamantes esculpidos como chamas. Olha para a mesma com a cabeça inclina como se estivesse diante de seu mais novo experimento.

A vermelha conseguiu intrigar o rei.

— O que querem comigo? — ela parece se obrigar a perguntar.

Minha mãe aproxima o rosto para perto dele.

— Eu falei que ela é vermelha dos pés à cabeça...

Mas o rei nem espera ela terminar de falar, com apenas um gesto faz ela se calar, como se estivesse espantando uma mosca. Minha mãe morde o lábio inferior enquanto recua apertando as mãos.

Não gosto quando ele age assim com ela, ainda mais na frente de terceiros; de uma vermelha. Muito menos ao ver que a garota elétrica gostou.

Respiro fundo tentando me acalmar com o máximo de discrição que consigo.

Nada me abala, não posso deixar perceberem que isso me abalou. Ou eu espero que me abale. Não sei ao certo o quanto sou capaz de sentir e quando começo a imaginar. Quem sabe não são apenas lembranças?

Minha cabeça lateja. Obrigo-me a deixar esses questionamentos de lado e me concentro na conversa que se desenrola.

— O que quero de você é impossível. — ele dispara, sinto o seu olhar incendiar a vermelha, coisa que ele realmente quer fazer.

— Não fico triste por você não poder me matar.

Tiberias ri.

Penso se a minha mãe disse algo para ela, a mesma falou com tanta convicção de que isso não acontecerá que dúvido muito que tenha chegado a essa conclusão sozinha.

— Não me disseram que você era esperta.

Vejo quando seus músculos relaxam um pouco. Deve estar se sentindo aliviada. Bom, provavelmente por pouco tempo. Talvez o que a aguarda seja pior do que a morte.

Meu pai joga a ficha dela no chão. As folhas se espalham. Mare encara a sua ficha surpresa, examina com o olhar cada folha enquanto o rei começa a recitar de cor a sua vida.

— Mare Molly Barrow, nascida em 17 de novembro de 302 da Nova Era, filha de Daniel e Ruth Barrow. Desempregada, será recrutada no próximo aniversário. — minha garganta se fecha incapacitando a passagem da saliva que com muito esforço consegue descer. — De vez em quando vai à escola, suas notas são baixas, e tem uma lista de inflações que a levariam à cadeia na maioria das cidades. Roubo, contrabando, resistência à prisão são apenas algumas. Resumindo, você é pobre, rude, imoral, limitada, simplória, amarga, teimosa: uma chaga em seu vilarejo e em meu reino.

Ela leva um tempo para assimilar as palavras duras e francas do rei. Não parece que irá descordar.

O mesmo se levanta e o olhar da vermelha vai direto para a coroa que é extremamente afiada. Não dúvido que ela possa matar. Ele prossegue:

— Contudo, você também é algo mais. Algo que não posso compreender. Você é tanto vermelha quanto prateada, uma peculiaridade com consequências fatais que é incapaz de entender. O que eu faço com você?

Ele realmente está perguntando isso? A vermelha parece estar se perguntando a mesma coisa.

— Me deixe ir embora. Não vou dizer uma palavra a ninguém.

O riso agudo da minha mãe ecoa em minha cabeça. Não gosto do som, tem o mesmo efeito que pesadelos.

— E quanto as Grandes Casas? Elas também fazerão silêncio? Esquecerão a menininha elétrica de uniforme vermelho?

Não, não vão.

— Você sabe qual é o meu conselho Tiberias. — aconselha minha mãe.

Cal cerra o seu punho. Mare tem ideia de que o conselho da minha mãe não é o dos melhores para ela, pois vejo o seu olhar temeroso. O movimento do meu irmão chama a atenção da garota que olha para ele como se o mesmo fosse a sua salvação.

Mas ele não é capaz de salvar ninguém, mesmo se quisesse. Seus olhares se cruzam, mas ela desvia rapidamente.

— Sim Elara. — diz o rei assentindo. — Não podemos matá-la, Mare Barrow.

Você confia em mim querido?

A voz da minha mãe se faz ser ouvida em minha mente.

Completamente, por quê?

Apenas confie em mim, tudo sairá como tem que ser. Chegou a nossa hora querido.

O que quer dizer com isso?

Ela não me responde. Estou pronto para tentar chamá-la quando o meu pai continua.

— Portanto, vamos eecondê-la à vista de todos, onde poderemos observá-la, protegê-la e tentar entendê-la.

— Pai! — estoura Cal.

Seguro o seu braço com o intuito de acalma-lo. Obtenho sucesso. Volto a minha atenção para o meu pai avança ignorando a atitude de seu filho.

— Você não é mais Mare Barrow uma filha vermelha de Palafitas.

O que ele quer dizer com isso mãe?

Que ele está acabando de sentenciar a sua morte.

— Então quem eu sou? — ela pergunta com a voz trêmula de tristeza.

Ainda confuso, observo o rei. O que a garota Elétrica tem de mais ao ponto de conseguir matar um rei? Sei que o seu poder é letal, mas não será possível...

Você está esperando que ela acabe matando o rei? Eu ainda não entendi o seu plano.

Não deixe a sua inteligência te abandonar agora Maven. Coloque a sua cabeça para funcionar ou apenas espere o rei dizer a sua decisão.

—Seu pai é Ethan Titanos, general que Legião de ferro, morto em batalha quando você era um bebê. Um soldado vermelho a tomou para dia e a criou na lama, sem jamais revelar a sua verdadeira origem. Você é prateada, senhora de uma Grande Casa perdida, nobre de grande poder e, um dia, princesa de Norta.

... Mãe? O que ele está querendo dizer com isso?

Pense mais um pouco Maven.

A vermelha não contém um gritinho de surpresa:

— Prateada? Princesa?

Seu olhar a trai quando ela encara o meu irmão. Uma princesa tem que se casar com um príncipe.

— Você se casará com meu filho Maven e fará isso sem passar um milímetro dos limites.

Um mísero e vergonhoso som escapada da boca aberta da vermelha, enquanto o eu esbravejo mais alto do que gostaria. Estamos ambos surpresos. Cal tenta me acalmar, segurando o meu braço, mas seu olhar está fixo nela.

Consigo finalmente falar.

— Não entendo. — disparo me desvencilhando de meu irmão e me aproximando de Tiberias. — Ela é... por quê?

Por que eu terei que me casar com uma vermelha? Eu não significo nada para ele!? Rebaixado a ter uma esposa vermelha. Francamente.

— Quieto. — minha mãe me corta. — Você vai obedecer.

Encaro a minha mãe, sentindo-me traído. Como eu conseguirei ser o rei de Norta com uma esposa vermelha? Eu sempre entendi e acatei as suas decisões, mas essa me parece ser um absurdo. Não faz sentido algum. Pela primeira vez tenho a vontade de me rebelar. Porém, contenho-me s recuo ao perceber minha mãe endurecer.

A voz de Mare soa fraca, mal dá para ouvir.

— Isso parece um pouco... demais. — seus olhos observam a expressão do rei ao acrescentar: — Você não quer fazer de mim uma nobre, quanto mais uma princesa.

A expressão do meu pai se abre em um sorriso malicioso.

— Ah, mas é quero que quero, minha cara. Pela primeira vez em sua vida rudimentar, você tem um propósito.

Ela parece receber as palavras como um talão na cara.

— Aqui estamos — prossegue. — nos primeiros estágios de uma rebelião inoportuna, com grupos terroristas ou exércitos libertadores ou seja lá como for que aqueles imbecis vermelhos chamam a si próprios, explodindo tudo em nome da igualdade.

— Guarda Escarlate. — suspira. —Eles bombardearam...

— A capital, sim. — Tiberias interrompe dando de ombros e coçando o pescoço. Ela percebe que ele está mentindo, quando dá de ombros pela segunda vez com falso desdém. De alguma forma, ele teme a Guarda Escarlate. —E você, — retoma, inclinando-se para ela. — pode nos ajudar a acabar com isso de vez.

— Casando com... perdão, qual é o seu nome mesmo? — pergunta olhando para mim.

Sinto minhas bochechas quentes. Um misto de vergonha e raiva por ela não lembrar o meu nome. Provavelmente se lembra o do meu irmão.

— Meu nome é Maven. — consigo responder com calma e suavidade. — E ainda não entendo.

— O que o nosso pai quer dizer é que ela representa uma oportunidade para nós. — Cal intervém para explicar. Sua voz é firme e impõem respeito. — Se os vermelhos a virem elevada ao nosso patamar, uma prateada de sangue, mas vermelha de criação, talvez se acalmem. É como nós antigos contos de fadas: uma plebeia que se torna princesa. A campeã dos plebeus. Os vermelhos podem se espelhar nela, e não nos terroristas.

Meu irmão conclui em um tom mais ameno.

Seu irmão raciocinou mais rápido que você. Deixará ele ser melhor nisso também?

Suas palavras ferem mais do que deveriam.

Não.

Então faça algo para mudar.

— Ela é uma distração.

— E, se criarmos uma boa história, as Grandes Casas ficarão satisfeitas. Você é a filha perdida de um herói de guerra. Que honra maior poderíamos lhe dar?

Seus olhos fazem uma súplica silenciosa. Cal já ajudou uma vez, pode muito bem ajudá-la uma segunda. Porém, ele balança a cabeça levemente e vagarosamente, não poderá ajudá-la.

— Isto não é um pedido Lady Titanos. — Tiberias avisa usando o seu novo nome e título. — Você vai levar a farsa adiante e vai fazer direito.

Minha mãe volta o seu olhar para a vermelha.

— Morará aqui, como é costume com as noivas reais. Sua agenda diária será feita de acordo com a minha vontade, e você será instruída em toda e qualquer coisa que possa lhe tornar... — ela umidece os lábios procurando a palavra adequada. — ... apropriada.

Apenas se ela se tornar uma prateada de verdade. Penso e sei que ela escutou já que prossegue me ignorando completamente.

— Você será constantemente avaliada. A partir de agora você vive no fio da navalha. Um passo em falso e você sofrerá as consequências.

— E quanto a minha vida...?

— Que vida? — grasna minha mãe. — Menina, você tirou a sorte grande.

Cal aperta os olhos por um instante, o riso da rainha parece lhe causar dor. Isso porque ele nunca ouviu esse mesmo riso dentro da sua cabeça. Tão mais alto e terrível.

— Ela se refere à família dela. Mare... A garota tem uma família.

— Ah, isso — bufa o rei. — Suponho que vamos pagar uma pensão para ficarem calados.

— Quero que os meus irmãos sejam dispensados da guerra. E o meu amigo Kilorn Warren. Não deixe os legionários o levarem.

A resposta do meu pai não demora nem meio segundo. Meia dúzia de soldados vermelhos não valem nada para ele.

— Feito.

Soa mais como uma sentença de morte do que com um acordo. Só não posso dizer ainda para quem. Há muitas possibilidades, e odeio ter que admitir que a minha cabeça também poderá rolar.

Capítulo grande, neh? Kskd

Tomara que vocês tenham lido o livro original à um tempinho, pq esse capítulo é quase todo ele ksksk.

Vcs não tem ideia o quanto foi difícil escrevê-lo. Eu tive que conferir um milhão de vezes pra ver se estava como o original (pq ainda vai continuar assim com a diferença de que eh o Maven que narra). Foi um saco ksks, mas em breve recompensará, pq eu vou poder escrever o que eu quiser hehehe.

Espero que não ficou cansativo. Até o próximo capítulo. E que não tenha muitos erros porque eu fiquei com preguiça de revisar ksksk.

Bye ♡♡♡♡

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