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2 anos mais tarde.
Silvia: Mia! — Ouço minha mãe gritar e dou um pulo da cama lembrando que hoje era meu primeiro dia na faculdade.
Me arrumo às pressas sem nem ir ao banheiro primeiro. Deixo meu cabelo solto mesmo já que eu tinha lavado ele ontem e estava bonito.
Peguei minha pasta e meu celular na cabeceira da cama e desci correndo as escadas quase esbarrando e empurrando Téo escada abaixo.
Téo: E essa cara toda marcada aí? — Brincou e eu mostrei a língua.
Mia: Deixa-me quietinha. — Peguei um copo de suco e virei tudo.
Silvia: Olha a pressa. — Falou colocando ovos no prato do Téo e nos meus.
Mia: Sim, sim. — Comecei a comer meus ovos.
(...)
Téo estava dirigindo minha moto enquanto eu ia cochilando nas costas dele.
Eu não devia ter ido dormir às 04:00 só mandando mensagens.
Bem, parando pra pensar, tanta coisa aconteceu desde os problemas com o Itan, ou a família dele, que agora que se passou dois anos ainda tenho medo dessa tranquilidade.
Depois que o Jayden foi pego e preso, as coisas lá em casa que deviam melhorar, pioraram um pouco. Lembro que naqueles dias recebi a notícia que o Itan tinha morrido em um acidente, Sr. Marcos havia tentado fugir da prisão, mas foi pego logo depois. Eu não tenho notícias da Raquel. Mas onde ela estiver espero que esteja bem.
Jayden preso e minha vidinha chata meio complicada. Na escola também ficou ruim de ir, apesar da Bia e da Katy me acompanharem.
Mas sabe. A minha situação atual é formada, trabalhando, e morando em Sansford. Sim. Minha mãe ficou apavorada depois disso e tivemos que nos mudar depois da formatura. Mas aqui não é tão longe da minha antiga cidade. Somos vizinhas praticamente.
Minha faculdade é um pouco longe, mas tudo bem. E eu tô fazendo faculdade de Jornalismo. As coisas por qual já passei me fizeram ficar interessada nesse ramo.
Ah, e o Jayden.
Bem.
Eu não sei onde ele está.
Dois anos atrás ele fugiu da prisão. Ninguém sabe direito quem foi que o ajudou já que seu grupo estava preso em outros lugares distantes.
Mas eu sei como.
E é claro que vou levar esse segredinho pro caixão. Talvez um dia eu conte pros meus netos, para verem uma parte da minha adolescência nada normal. Só talvez.
Depois disso Jayden cortou todos os laços comigo de vez. Meu coração se partiu em mil pedaços. Eu havia perdido o Itan e pouco depois o Jayden.
Me arrependi profundamente de ter participado do planejamento da sua fuga. Se fosse pra ele ficar preso o resto da vida, eu adoraria. Porque assim eu saberia que ele estaria por ali e não sumiria de novo.
Eu sei, bem egoísta... Mas... Agora que se passaram 2 anos eu não tenho certeza se isso era um pensamento certo. Quando eu me formei, minha mãe já arrumou as coisas sem descanso e fomos embora. Passei um ano fazendo terapia que o Téo insistiu e depois mais um ano fazendo nada, só fiz um curso de espanhol. No começo desse ano me inscrevi na faculdade depois de pensar muito e arrumei um trabalho.
Só consegui voltar minha vida aos eixos agora. Meu aniversário de 20 anos é daqui 3 dias. Alugamos um sítio e tudo. E claro convidei todos que conhecia. Sinto falta de uma noite assim festiva com os amigos. Aqui só fiz amizade com a vizinha que é um ano mais nova que eu.
Téo freia a moto e só noto que estou na faculdade quando ele estrala as costas.
Mia: Valeu Téo. — Desço da moto e beijo seu rosto. — Boa aula pra você. — Sorri.
Téo: Bom primeiro dia pra você. — Sorriu e ligou a moto acelerando e sumindo na rua reta.
Entrei nervosa e tento achar a secretaria.
(...)
Meu primeiro dia na faculdade não podia ter sido melhor.
Conheci algumas pessoas com os mesmos interesses que eu e ainda saímos pra almoçar.
São pessoas tão simpáticas que eu não me contive e nem disfarcei minha alegria.
Estou descendo no ponto de táxi em frente à minha casa. Pago o motorista e vou andando com a chave na mão e abro a porta. Me jogo no sofá e dois segundos depois a campainha toca.
Mia: Já vai. — Me esforço parecendo uma tartaruga com o casco de cabeça pra baixo pra me levantar do sofá.
Abro a porta e vejo uma caixa de papelão no chão e com um papel.
Li o papel e ali dizia que o pacote era pra mim. E o remetente era do Brasil.
Mia: Brasil? Não conheço ninguém de lá. — Peguei a caixa meio que sem saber se deixava ali ou não.
Fechei a porta e deixei a caixa em cima da mesa e fui ligar pro número que tinha no papel. As vezes ele errou ou algum parente me enviou algo e nossas encomendas foram trocadas, ou confundidas pelo nome.
Tentei ligar 4x e o número dava como inexistente.
Observei a caixa por breves momentos e por curiosidade vou abrir e depois fecho de novo e envio para o correio.
Pego a faca e corto o durex devagar e abro a caixa.
Enfio minha mão por dentro dos isopores e sinto uma coisa peluda.
Mia: Ah! — Tiro minha mão com pressa e a caixa cai no chão derramando e espalhando isopor pra todo lado.
Olho com atenção a cor vermelha que me atraiu e vi que era um tecido.
Me abaixei e puxei da caixa um vestido vermelho que me deixou encantada.
Pregado nas costas dele tinha outro papel. Só que escrito a caneta.
"Feliz aniversário"
Olhei estranha pro bilhete e depois mais animada pro vestido.
Que lindo!
Não demorei pra ficar peladona e vestir aquela coisa linda.
Estava um pouco grande nos peitos, mas nada que um ajuste não resolva. Eu nem tinha olhado um vestido pra ir à minha festa ainda. E agora tenho um.
Com certeza foi minha mãe que encomendou, ela disse que meu presente vinha aí, mas não sabia que ia ser um vestido. Quando ela chegar vou dar um super abraço nela de quebrar as costelas.
➥ Continua
Então gente, vou começar falando que falta pouco pro livro acabar. E sinceramente não me orgulho muiiiiiiito desse livro. Tem muitos erros e coisas incoerentes nele, mas foi meu primeiro livro, então acho que tem aqueles 10% que ficou feliz por escrever e triste por terminar.
Não sei direito como vai ser o final e quantos capítulos restam, mas posso esclarecer que não pretendo fazer uma segunda temporada, nem se 1 bilhão de pessoas pedissem para continuar eu não continuaria.
Minha história sempre teve o final já pronto desde que comecei a escrever em 2016. Eu enrolei pra caralho pra escrever isso. E na maioria das vezes eu queria apagar e desistir. Não consigo botar fé em algo que nem eu gosto. Alguns podem achar legal, mas sempre vai estar ruim para mim. Mesmo assim continuei.
E quase 4 anos depois eu estou finalmente terminando. E isso me custou muita coragem. Sério. Eu já teria apagado cada palavra se não fossem por alguns que comentam e votam. Então a todos aí, OBRIGADO! Muito obrigado mesmo. Eu consegui finalmente terminar uma coisa que eu comecei. E vou me orgulhar disso um dia. Até lá só decepção kkkj.
Obrigado por me esperarem por 4 anos. Eu sei bem quem são esses. Porque são poucos. Esses aí são meus anjinhos <3
Vou tentar finalizar a história do jeito que eu sempre quis. E vou finalizar bonitinho pra vocês aí que leem.
Bye bye amiguinhos leitores e escritores.
Postagem: 08/03/2019 às 20:06.
<3