Olho de minuto em minuto em direção ao elevador, só o pensamento de vasculhar o celular do meu chefe me deixa eufórica e nervosa. E se no exato momento que eu estiver olhando ele sai daquele elevador? Com que cara eu vou olha-lo depois? O que eu vou dizer? "Oh senhor Bragança eu estava apenas conferindo e matando a minha curiosidade sobre suas fotos pelado. Não que tenham!"
Misericórdia, a curiosidade simplesmente aguçou depois desse pensamento.
Organizo alguns compromissos que já estão agendados para semana que vem, porem meus dedos coçam para pegar o maldito aparelho que se encontra na mesa; bem a minha frente, é como se o desgraçado estivesse me chamando para desbloquear-lo e ver se tem ou não a porra de uma foto que seja dele pelado, porque é isso que a minha curiosidade quer saber.
Respiro fundo, levanto da cadeira e me ponho a caminhar pelo espaço que não é nada pequeno. Levo a mão esquerda ao meu pescoço; massageando o local tentando obter o máximo de calma possível por fim, caminho em direção a minha mesa novamente.
Pego alguns papéis e decido levar a sua sala, ao abrir a porta o cheiro maravilhoso toma meus sentidos me deixando tonta... Aquele cheiro de perfume fresco e caro; que você tem certeza que nunca poderá ter um a menos que venda um rim. Que tristeza...
Entro na sala e caminho até sua mesa, organizo algumas bebidas que estão fora de lugar, tiro a poeira da mesa e cadeira me sentindo uma pessoa com retardo mental por esta fazendo isso apenas para não ficar lá fora e cair na tentação de olhar a porra do celular, pois veja bem, se ele deixou comigo é porque está ciente de que eu provavelmente vá olhar e, pensando assim pode não ter nada demais até porque, ele mesmo me instigou com aquele “não olhe a galeria ”. Ele não teria coragem de deixar nada exposto demais para que eu possa ver.
Seria insanidade.
Após limpar tudo, deixo a sala e já vou decida em direção ao celular, pegando-o de uma vez e matando a minha maldita curiosidade. Me sento desajeitada tamanha é a ansiedade nesse momento, apoio os dois cotovelos na mesa e deslizo o dedo na tela sendo agraciada com a imagem de um cachorrinho lindo dormindo na tela inicial...
— Own que coisa mais fofa da mamãe. — Faço aquela voz ridícula e tenho noção disso, mas é um cachorrinho. E, eu costumo dizer que eles são melhores que pessoas então não, não tem como não fazer essa voz.
Clico em aplicativos e vários aparecem na tela, entretanto, meu olhar vai diretamente ao APP de fotos; aquele que está me fazendo ficar um tanto paranóica. Após meu dedo clicar em cima eu tenho vários álbuns diante dos meus olhos, me pergunto se Anderson não tem TOC ou algo parecido porque cada álbum tem seu nome como; almoço em família, conferência, uma com o nome Dafine, outra com Poliana, Verônica... Essas eu não abro, nem me interessa ver mulher, passo o dedo no álbum que intitulado amigos e o que meus olhos vêem é de chorar... Por baixo.
É cada homem gostoso e malhado, tem um mesmo que além de ser delicioso tem um sorriso de bebê, outro com um olhar sério e penetrante, mais outro com um pircins na sobrancelha que minha nossa senhora, a manteiga chega a derreter.
Decido sair antes que babe no aparelho, entretanto, todavia, eu vejo algo que me chama atenção.
O maldito nome “PROIBIDO” parece gritar, eu não aguento a pressão e...
— Puta merda! — xingo, olhando para todos os lados pensando ser uma maldita pegadinha do caralho.
Na tela do celular Anderson estar dormindo feito um bebê do demônio, ele esta pelado e tem um lençol branco cobrindo-o da cintura para baixo, entretanto, o volume bastante generoso, diga-se de passagem, marca o maldito pano me fazendo salivar aqui onde estou porque agora toda vez que o ver ficarei olhando... Merda.
Passo para aproxima e essa até que não é tao ruim, nessa foto ele esta deitado de barriga para o colchão e a bunda esta descoberta para o meu delírio.
— Não acredito nessa porra! — Levo a mão a minha boca chocada com a próxima foto. Anderson esta simplesmente tomando banho, todo delicioso embaixo do chuveiro enquanto lava o pau que... minha nossa que grossura é essa papai? Instintivamente passo a língua sobre os lábios e me pergunto quem tira todas essas fotos, com certeza alguém com bastante intimidade. — Santa mãe de Deus, que quê isso? Isso não é um pau não é um martelão, olha como é rosadinho e grosso, para essa cabeça passar deve dar um trabalho. — Dou uma risadinha ao falar sozinha mas, pelo amor de Deus. É um pau de responsa; todo rosadinho com a veias salientes e visíveis, ele esta caído para o lado direito enquanto Anderson se encontra deitado, mostrando o tamanho perfeitamente e a enorme cabeça avermelhada.
A gente até baba.
Bloqueio o maldito aparelho dos infernos o colocando o mais longe de mim possível. Porém , ao levantar a cabeça tento permanecer firme e não reagir como se estivesse sendo pega em flagrante.
Anderson, vulgo, meu chefe, está bem a minha frente com uma expressão indecifrável no rosto. Que horas ele chegou que eu não notei? Minha nossa senhora, e se ele viu eu babando pelo pau dele na maior cara dura?
E, sabe o que é pior nisso tudo? É que meu olhos não se atrevem a olhar para outro lugar senão a frente da sua calça.
Eu já posso cavar um buraco e me enfiar dentro?
— Alguma ligação Deise? — Ele pergunta totalmente sério e profissional — Quer dizer, eu posso te chamar de Deise não posso? — Então inclina apoiando o antebraço na minha mesa. — Senhorita Duarte é um nome muito grande para chamar não acha?
Eu acho?! É claro que acho, pode me chamar do que quiser, com um pauzão desse querido...
Abro e fechos os olhos tentando me situar e voltar para o meu corpo.
— Eu não acho grande, — Merda! Praguejou mentalmente ao querer desviar o olhar para sua calça — Mas pode me chamar de Deise, facilitará o trabalho e não, ninguém ligou.
— E como. — Ele assovia e sorri.
E eu? Bem, eu abro meu sorriso mais falso e tento pensar que ele não me viu bisbilhotando suas fotos. Mas porque ele está agindo assim tão... Natural?
— O senhor tem uma reunião as duas. — Falo, querendo com todas as forças que ele se afaste e vá para longe.
— Claro Deise. — Sorri prejunçoso arrastando o meu nome quando fala, se afastando para entrar em sua sala — Tem como você pedir para trazerem três hambúrgueres com fritas e um chocolate em barra meio amargo? — pergunta ele antes de entrar na sala.
— Pode deixar.
— Aguardo. — e ele entra, não sem antes dá uma maldita piscadela bem comum de homem cafajeste.
Olho o celular mais uma vez e cerro os olhos na sua direção. Esse aparelho ainda vai ser a minha ruína anota aí.
Ligo para o lanchonete em frente e peço para trazerem o que ele pediu, também adiciono um dois sucos naturais, ele não pediu mas vá que tenha esquecido?
Enquanto isso, arrumo alguns relatórios, logo me levantando quando ouço o barulho do elevador.
Agradeço a funcionária e lhe dou o dinheiro para pagar o entregador. Instantes depois já estou batendo em sua sala, entro após ouvir sua voz e dou de cara com ele compenetrado no laptop, com o crucifixo entre os lábios bastante concentrado, tão sério e gostoso que qualquer um passaria o dia o olhando.
Não está me entendendo, não fui com a cara dele no primeiro dia? Não fui! Mas uma coisa eu não vou negar, o homem é lindo pra um senhor cacete, daqui onde estou tenho a visão de uma pequena ponta da sua tatuagem que se minha imaginação estiver certa toma as costas inteira, eu simplesmente sou uma mulher que ama homens tatuados... E principalmente como o meu chefe, é uma mistura de gostoso e perigoso, é isso que a tatuagem faz, ela te dá um ar perigoso, sexy e te intitula fodedor.
— Senhor Bragança?
— Hum... — Ele levanta o olhar, e então abre um maldito sorriso de lado me chamando, gesticulando para eu me aproximar e sentar frente a ele.
Como se fica sozinha em um lugar fechado com ele depois de ver aquelas fotos?
Sexta feira no globo repórter 😂😂😂😂
Comentem bastante amores
Até a próxima... Que trarei quando tiver bastante comentários e votos..