Boa noite, Aquiles ✓

By sofianeglia

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" O olhar dava medo e eu quase perdi o sorriso o qual tentava seduzir ela do rosto. - Esquece, porque i... More

intro + sinopse
0. prólogo
1. ela procura
2. ele tem que sair
3. ela se nega
4. ele cozinha e convence
5. ela estabelece as regras
6. ele quebra uma das regras
7. ela não consegue dormir
8. ele chega de madrugada
9. ela conhece o resto do grupo
10. ele não quer ela no grupo - pt.1
10. ele não quer ela no grupo - pt.2
11. ela não consegue dormir de novo
12. ele quebra mais uma regra - pt.1
12. ele quebra mais uma regra - pt.2
13. ela tenta ser simpática - pt.1
13. ela tenta ser simpática - pt.2
14. ele conquista algo
15. ela vira gelo
16. ele é fogo
17. ela vê o que não quer
18. ele sente o que não queria
19. ela cozinha e chora (repostado)
epílogo
epílogo olímpios
nota final
OLIMPIOS REESCRITO!!

20. ele fica

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By sofianeglia

i n d i c a ç õ e s    p /  e s t e  c a p í t u l o :

not today → imagine dragons

don't leave → snakehips ft. mo

always remember us this way → lady gaga


OBS: Esse capítulo tem uma cena sexual pequena e ela vai estar em NEGRITO. PULAR CASO NÃO QUEIRA LER. 


20. ele fica

Eu segurei firme o seu corpo contra o meu, meus olhos ardendo devido a vontade de chorar, o estômago revertendo a comida que eu tinha jantado. 

Sentia no meio de toda a confusão um orgulho enorme do que Lívia tinha se tornado. De novo eu me sentia feliz enquanto ela estava nos meus braços chorando, mas eu ignorava esse pensamento específico para focar no fato de que ela tinha sim durante todo o tempo encontrado formas de seguir em frente. 

Mesmo que eu estivesse no mesmo lugar, ela seguiu, e isso era reconfortante, ainda mais depois de tudo.

Eu segurei firme o seu corpo, querendo os minutos que eu implorava a ela, só mais uns minutos onde eu continuaria fingindo que ela ia ficar comigo e que eu não era um bêbado que se esquecia de tudo o que fazia e que não controlava as suas emoções. 

Lívia tinha se aninhado contra o meu corpo, uma perna de cada lado meu enquanto eu ficava com as costas na parede. Ela estava em cima de mim, e eu queria continuar sentindo todo o seu corpo e o seu lábio contra o meu ao mesmo tempo que eu tinha raiva por querer tudo isso e se quer estar tocando ela, depois do que eu tinha feito e ela nem sabia. 

Beijando ela, passava as mãos no seu cabelo, simplesmente sentindo os fios pela minha mão, tentando encontrar de novo e de novo na minha memória como que era sentir ela. Eu me lembrava, e mesmo assim o sentimento se esvaía com a mesma facilidade que tinha chegado.

E eu ia de novo. Nossos lábios já estavam vermelhos demais, e a cama debaixo dos nossos corpos era um convite claro do que podia acontecer. 

No meio dos meus toques, Lívia colocou as mãos por dentro da minha camiseta e sentindo minhas costas, o meu peito se apertando. 

— Isso é tortura comigo. — Disse, encaixando meu rosto no seu pescoço e sentindo os seus dedos ainda tocarem a minha pele. 

Dela eu só recebi uma risada, leve, e o toque que ficou no mesmo lugar durante alguns segundos antes de ela se afastar e arrastar as mãos para a minha barriga. Eu não tinha me deitado com ninguém há um bom tempo e talvez essa fosse a única coisa que eu realmente me lembrava, depois do fato de eu me preocupar com Lívia de um jeito que nunca tinha acontecido antes. 

Me olhando com olhos inchados mas com tranquilidade no rosto, Lívia sorriu e deixou mais algumas lágrimas caírem enquanto me examinava. 

— Era muito mais fácil quando tu me odiava. — Disse, segurando a base da sua nuca com ternura, massageando a sua pele com meus dedos. 

— Aquiles, eu nunca te odiei. — Ela disse, e na sua voz eu percebi que ela estava repetindo isso pra mim e eu não sabia quando que tinha sido a última vez. 

Minha visão foi automaticamente para baixo, minhas mãos deixando de tocá-la. Lívia percebeu que eu estava confuso, e em nenhum momento me julgou, entendendo o que era sentir como se tudo estivesse em uma memória confusa e sem foco. 

— Nem um pouquinho? — Perguntei, me acovardando e sentindo que estava chegando a hora de a gente conversar. 

— Nem um pouquinho. — Ela respondeu, dando um sorriso. 

De algum jeito, eu sabia que iria voltar pra ela, aquele sorriso me confirmava. Mesmo que eu ainda não conseguisse acreditar que eu conseguiria ficar com uma pessoa só, Lívia me dava uma certa esperança. 

A parte ruim é que para que ela tivesse esperança eu tivesse que ir embora. E eu sabia. 

— Tu não quer assistir um filme? — Perguntei, minhas mãos tocando as suas pernas, a nossa posição inundando meus pensamentos de novo. 

Eu senti minha pálpebra cair enquanto examinava a sua boca rosada, o jeito que ela passava a língua no seu lábio inferior, os olhos um de cada cor passando pelos meus braços e indo até meu torso, suas mãos seguindo o mesmo caminho. 

Lívia não precisava responder que eu já sabia o que ela estava pensando, só não conseguia acreditar.

Fiquei quieto e esperei ela parar de explorar meu corpo. Quando ela terminou, se levantou devagar nos joelhos, ajeitando o seu corpo que ficasse mais perto de mim, o meio das suas pernas encaixando com o meio das minhas e a minha coluna arrepiou. 

— Tu não quer fazer isso, Lívia. Fala que tu quer que eu vá embora. — Disse, segurando a cintura para que ela parasse com aquela tortura, a mistura dela chorando e a vontade que nos rondava. 

— Eu quero que tu vá embora. — Ela disse, a voz fraca e embargada, mas decidida. — E se tu quiser ir agora, tudo bem...Mas fica mais um pouco.

— Lívia, — Falei o nome dela, uma súplica. — Por favor, sonho. 

— Eu sei que no final não vai adiantar nada, — voltou a falar, segurando o meu rosto. — Eu estou magoada e irritada, mas eu ainda penso em nós. Então pensa em mim. Tu sabe as respostas já, então... Fica comigo. 

Suas mãos me puxaram em desespero e eu beijei sua boca de forma raivosa. 

Eu pensava nela, a todo momento. Pensava em nós dois, pensava em como eu ia parar e todos os dias eu ia continuar tentando melhorar. Eu tinha as respostas, de verdade. Sabia que o melhor pra ela era não me ter morando ali, o melhor para mim era parar de beber, o melhor para nós dois era passar um tempo afastados para colocar tudo em ordem. 

E do mesmo jeito que tudo nos fazia pior um pro outro, ela ainda era a melhor coisa que tinha me acontecido. 

Virando nossos corpos, coloquei Lívia com as costas no colchão, minhas mãos passando pelo seu corpo e nossas lágrimas se misturando no beijo. 

Minha mão tocava o seu seio, indo na direção da sua calça simples e de pijama. Eu abaixei sua calça, saindo do nosso beijo para ver a certeza no seu rosto, e então minha mão desceu até onde ela estava molhada e me esperando. 

Gemi e ela também, enquanto eu dei uma puxada de leve nos pelos que ela deixava e então passava o dedo nos seus lábios e onde ela estava lisa. Nosso beijo continuou e eu massageei de leve o seu clitóris, sempre prestando atenção no seu corpo e nas suas reações. 

Lívia não se aguentou e tocou o meu membro por cima da calça, causando mais gemidos de nós dois. 

Em algum momento, os toques aceleraram e nossas bocas deixaram uma a outra só para que a gente ficasse se olhando. 

Na minha vida tinha crescido com um nome que se encaixava com tudo o que eu fazia, mas nunca tinha encontrado o que todos sempre falavam sobre o tal calcanhar. Pensava que era o fato de eu nunca conseguir ficar com uma pessoa só, mas olhando pra Lívia descobri que era sentir. 

Porque meu peito quase afundou pra dentro do meu corpo enquanto eu olhava o seu rosto, enquanto ela me tocava e estava no caminho de um orgasmo. O sentimento novo, por uma pessoa só, por ela, me fazia morrer aos poucos na minha própria vergonha de não ter tentado antes. 

Quando Lívia me soltou para agarrar o lençol e as suas pernas começaram a tremer, o quadril movimentando contra os meus dedos, sua boca se abriu em um gemido. Eu emitia sons também, minha mão repetindo os movimentos que eu sabia que estavam deixando ela louca, e esperei ela gozar. 

Diminuindo minha velocidade, não disse nada, algo bem diferente do que estava acostumado, e retirei a calça que ela usava. Era a vez da minha boca sentir o quanto ela estava excitada, me torturando um pouco mais. 

Lívia segurava meus cabelos, a cama e tudo o que conseguia. Seu rosto tinha uma fina camada de suor, o calor dos nossos corpos se tornando algo difícil de negar, e eu continuei dando todo o prazer, enxergando ela se soltar e entregar tudo o que era para aquele momento. Pra mim. 

Suas mãos agarraram a sua blusa, retirando o pedaço de roupa do seu corpo, voltando a agarrar o lençol e o meu cabelo. 

Meus olhos se fecharam ao sentir ela movimentando de novo o quadril contra o meu rosto, espalhando mais o prazer que ela estava sentindo contra a minha pele, sujando e deixando tudo uma mistura de suor e gozo no meio das suas pernas. 

Não tinha pressa, não tinha vontade a não ser estar ali. Chupar ela, agarrar as suas pernas e escutar os seus gemidos. Quando Lívia gozou de novo, subi o seu corpo deixando um rastro de beijos por onde eu passava, dando pequenas mordidas na sua barriga e no seu seio exposto.

Nossas respirações estavam entrecortadas e nossas testas, completamente suadas, encostaram de novo e eu não sabia se ia aguentar fazer tudo o que os olhos dela pediam. 

— Me manda embora, sonho. — Pedi de novo, desesperado. — Fala pra eu ir. 

Eu queria que ela me mandasse ir embora, mesmo que naquele momento fosse mentira. Meu coração gritava comigo, mas quem estava falando aquela hora eram meus pensamentos depois de meses sem que eles estivessem realmente racionais. 

Eu amava Lívia. Mas não era certo tudo aquilo, por mais que eu amasse estar e saber que ela se sentia bem o suficiente para transar, só estávamos piorando as coisas. E ela sabia. 

Me encarando, Lívia recuou os seus braços da onde eles estavam na minha nuca, me segurando. Devagar, ela puxou a sua camiseta e a colocou sobre a sua cabeça, se ajeitando na cama e então agarrando com seus dedos uma das minhas mãos. 

— Deita aqui comigo. — Ela disse, e eu obedeci. 

Queria gritar que eu estava explodindo de amores por ela, mas não o fiz. Ela não ia acreditar e eu nem sabia se conseguiria realmente colocar pra fora tudo o que eu estava sentindo, então eu realmente só obedeci. 

Me deitei do seu lado, virado para ela que imitava minha posição, passando a mão no rosto e tentando esquecer o cheiro que tinha ficado dela em mim, mesmo que eu fosse lembrar para sempre com qualquer outra pessoa, torcendo que eu fosso ficar com ela de novo. Lívia só precisava de um tempo pra ver que podia ser amada e eu ia falar e lembrar todas as vezes em que eu fiz de tudo para mostrar que eu amava, e também para fingir que não. 

— Eu estou meio anestesiada, sabe? Não conseguiria abrir a porta pra ti. — Disse, dando uma leve risada.

Na nossa volta ainda tinha aquela calmaria, mas eu ainda me sentia desesperado.

— Tu quer o que de café da manhã? — Perguntei, passando os dedos no lado do seu corpo e deixando ela fazer carinho no meu cabelo. Fingindo que eu tinha certeza que nós teríamos uma manhã e então mais um dia depois, seguido por outro. Eu ia ficar. Algo ali me confirmava que eu ia continuar com ela.

— Cereal com iogurte de morango. — Lívia respondeu, as suas sobrancelhas se juntando, uma sempre mais arqueada que a outra.

— Tão específica assim?

— Eu to aprendendo a falar  o que eu quero. — Lívia disse, os olhos fugindo de mim por alguns segundos e voltando com o início de novas lágrimas, mas com um sorriso nos lábios.

Eu acenei para ela, não conseguindo desviar nem por um segundo do seu rosto. 

Quando eu pisquei algumas vezes depois, seus olhos já estavam fechados, a luz do quarto ainda ligada e eu continuei acordado, lutando contra o sono e àquela tranquilidade de estar junto dela, pensando que ela podia não saber o quanto eu estava amando, algo diferente do que era esperado de mim, mas ela tinha a certeza de que eu sempre me importei. 

Nossa noite parecia rápida demais, e eu continuei pensando e lembrando que eu tinha feito coisas com ela que nem imaginava, e que pareciam ser no momento errado, coisas que estavam gravada na minha memória, e eu não ia beber, porque perder tudo aquilo que tinha sido nosso seria difícil demais.

E eu dormi com ela nos meus braços. 

A noite voltando a ser dia, um bom dia esperançoso entalado na minha garganta, o cereal esperando ser preparado por mim, e ela acordando com um sorriso. 


f i m

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