Edgar Samson era um homem muito perigoso e levava muito a sério as suas responsabilidades familiares. Quando era mais novo, Edgar costumava ser contratado para fazer os piores trabalhos possíveis e nunca deixava rasto. Mas ao formar família, decidiu perseguir um novo ramo, o que não queria dizer que fosse algo menos criticado. O nome Samson era reconhecido em Datoolik como sendo uma assinatura de um ladrão de arte. Ao contrário do que pensavam, o nome não envolvia uma pessoa apenas, era um grupo. Edgar tinha dois filhos: Barney* e Kimberly. O senhor dedicou tudo o que tinha para criar os filhos da melhor maneira e ao enviar Barney para um colégio interno de pessoas ricas, criou mais relações inesperadas com "O Grupo" e a família Black. O patriarca dos Samson era viúvo e estava triste por saber que Barney queria deixar de vez o mundo do crime. Ele era o seu melhor trabalhador e o mais criativo. No entanto, Edgar sabia que as razões eram as melhores! Mas antes de falarmos disso, vou levar-vos a conhecer um pouco mais esta família.
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Os Samson tinham origem na Cidade Verde e viajavam muito pelo país e pelo mundo. Sabiam muitas línguas e conseguiam fazer disfarces de excelente qualidade, dignos de serem efeitos especiais em Hollywood.
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Um dia, Kimberly tinha um semblante muito carregado. Parecia muito preocupada e escondia do seu irmão a sua tristeza. Barney, apesar de ter uma grande diferença de idade da sua irmã mais velha, era muito bom a ler pessoas. Sabia que algo estava definitivamente errado.
- Não queres desabafar comigo, mana?
Kimberly sorriu tristemente:
- Há coisas que só uma mulher iria compreender. Lamento muito, B.
O rapaz não desistiu e ao ver que não conseguia arrancar a tristeza da irmã, falou com o pai. Edgar entrou no quarto da jovem e sentou-se no cadeirão junto à janela do seu quarto:
- Kim... Aconteceu alguma coisa? Sabes que podes contar comigo para tudo, certo?
A jovem olhou para o pai e mostrou os seus lindos olhos verdes amarelados cheios de lágrimas:
- Estou grávida.
O homem suspirou e não sabia bem o que dizer. Ele sabia que a relação da filha com aquele rapaz não era perfeita e perguntou temerosamente:
- Ele sabe?
- Sabe. Disse que não podia ser pai agora. Vai casar e viver em Aydaa ao que parece com uma das princesas, a primogénita.
- Lamento muito. Queres que entre em contacto com ele?
- Não. Mas vou ter este bebé, pai. Amo aquele homem, apesar de ele não merecer. E desejo que o meu bebé seja muito amado. Não vai ter o amor do pai dele... por isso prometa-me que esta criança vai ter amor de todos! Será amado por si, por mim e pelo B. até ao infinito.
- Prometo, Kim. Não faltará nada ao bebé.
Ela abraçou o pai e deixou toda a tristeza derreter em forma de lágrimas durante todo o tempo.
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O tempo foi passando, a barriga crescendo e a jovem Kimberly começava a ficar muito cansada. Pensava que era normal na gravidez, até que o médico deu a notícia trágica:
- A menina Samson poderá não sobreviver ao parto. E a criança pode morrer também. Haverá muitas complicações, visto que ela está bastante fraca.
Edgar sentiu um aperto no coração. Kimberly era a sua primogénita e a menina dos seus olhos. Os seus cabelos loiros claros e olhos verdes cintilantes faziam-no lembrar-se da sua falecida esposa. Barney não era parecido à mãe. Tinha muito do patriarca da família. Era apenas parecido com a mãe em personalidade.
- Não haverá nenhum tratamento? Nenhuma hipótese de salvar a minha filha?
- Senhor Samson, vou ser direto: poderei salvar a sua filha, mas não o seu neto. Se ela abortar, poderá viver.
Kimberly recusou-se terminantemente a aceitar tal coisa:
- O meu menino vai viver! Ele é forte. Sinto-o no sangue que ele é o melhor menino do mundo. Juro que ele vai sobreviver, pai.
- Mas vou perder-te.
- Se tiver o meu menino junto a si, nunca irá perder-me.
Edgar aceitou a decisão da sua linda e determinada menina com um aperto na garganta. Choraram junto a B. Pois não havia garantia de como seria o futuro da família.
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Kimberly olhava pela janela com um sorriso e falava com o seu bebé:
- Quando cresceres tens de prometer ser o melhor menino do mundo. Não podes dar dores de cabeça ao teu avô. Podes dar dores de cabeça ao teu tio B. Ele precisa de juízo! Tenta apresentar-lhe uma boa mocinha. Imagino-a de cabelos castanhos claros e baixinha. O B. SEMPRE adorou baixinhas. O teu tio vai educar-te mal! Espero que o teu avô meta juízo nessa cabecinha linda, meu bebé.
Abriu um livro de nomes e procurou o nome do seu menino. Era difícil, haviam tantos nomes bonitos! Decidiu chamá-lo Asher, pois significava "feliz e abençoado". Não havia nada mais que Kimberly quisesse no mundo do que ver o seu menino feliz com muita coisa boa durante o seu crescimento. Estava um pouco preocupada com o facto da família andar no ramo do roubo. Mas, o coração de Barney era bom. Confiava que mantivesse Asher afastado do perigo. Ele seria um ótimo tio.
- Asher, promete que vais ser muito bom. Muito respeitador e maravilhoso! Tenho tanto receio que sejas como o teu pai. Ele era... um príncipe no início. E mudou radicalmente devido a complicações económicas. Ficou cego ao pensar que poderia ser da realeza. Abandonou-nos. Amo-te muito, filho.
Escreveu algumas cartas para que fossem entregues à criança quando tivesse alguma idade para compreender o seu passado. Não queria acreditar que não veria o bebé crescer, tornar-se um homem... olhou para a barriga e acarinhou-a:
- Nem poderei estar ao teu lado quando tiveres o teu primeiro amor. Quem irá aconselhar-te? O B.? - Riu-se. - Nem poderei gozar contigo quando corares ao falar do teu primeiro beijo.
Ficou triste e chorou.
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*Barney "B" Samson é uma personagem da história "O Jogo de Poker" da mesma autora.
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Como prometi, aqui está a história da família do B.
Espero que gostem!
Só voltarei a publicar quando estiver completo. Sorry!
Como é um livro de família, aqui vai esta fotografia do B. comigo e com as minhas sobrinhas!