Paris In The Rain | shawn men...

By wisheshawn

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Não tendo o apoio dos seus pais para seguir fotografia, Annelie Moore vai à Paris para tentar ser fotógrafa... More

CAST
PRÓLOGO
CAPITULO 1
CAPITULO 2
CAPITULO 3
CAPITULO 4
CAPITULO 6
CAPITULO 7
CAPITULO 8
CAPITULO 9
CAPITULO 10
CAPITULO 11
CAPITULO 12
CAPITULO 13
CAPITULO 14
CAPITULO 15
CAPITULO 16
CAPITULO 17
CAPITULO 18
CAPITULO 19
CAPITULO 20
CAPITULO 21
CAPITULO 22
CAPITULO 23
CAPITULO 24
CAPITULO 25
CAPITULO 26
CAPITULO 27
CAPITULO 28 - FINAL
FANFIC NOVA!!

CAPITULO 5

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By wisheshawn

Hospitais.

Nunca gostei deles. Embora já tenha ido inúmeras vezes.

Odeio sentir o cheiro que aquele lugar exalava, como eu costumava dizer, tinha cheiro de hospital.

Estar em um hospital em pleno final de semana não estava nos meus planos. Principalmente quando esse hospital era na Noruega.

Passo pela porta de entrada do local e vejo minha irmã mais velha andando de um lado para o outro enquanto roía as unhas.

Ela estava nervosa.

Assim que seu olhar encontra o meu, Amalie corre na minha direção e me abraça. Eu havia sentido falta daquele abraço.

Amalie sempre me abraça desse jeito quando eu estava triste. Agora as posições se inverteram, porque hoje sou eu que estou abraçando-a.

– Onde eles estão? - perguntei quando nos separamos.

– Eles estão em cirurgia.

– Como isso aconteceu?

– Eu não sei, foi tudo tão rápido. Eu só lembro de estar estudando e depois eu recebi a notícia que nossos pais tinham sofrido um acidente de carro.

– Faz tempo que eles entraram na sala de cirurgia?

– Umas duas horas. Os médicos disseram que estavam perto de terminar.

Ainda não conseguia acreditar que estava mesmo em um hospital na Noruega.

– Os responsáveis por Sarah e Edward Moore? - diz um médico que apareceu.

– Somos nós - diz Amalie.

– Eles estão bem? - perguntei.

– Sim, a cirurgia foi um sucesso.

– Podemos vê-los? - Amalie perguntou.

– Sim, mas não por muito tempo. Venham comigo.

O médico nos encaminha até a porta do quarto 403 e assim que a mesma é aberta, vejo meus pais deitados em camas diferentes um ao lado do outro.

– Tem previsão para que eles acordem? - Amalie perguntou.

– Ainda não sabemos, mas acredito que logo estarão acordados. E bom, vamos torcer para que o acidente não tenha deixado nenhuma sequela.

– Como assim sequela? A cirurgia ocorreu tudo bem, certo? - foi minha vez de se pronunciar.

– Sim, mas o acidente deixou ferimentos graves, o que significa que há uma possibilidade de ter deixado sequelas

Amalie se ofereceu para ficar  com eles. Afinal, eu não havia comido nada e ainda precisava ligar para Samantha avisando o que aconteceu, já que eu havia saído às pressas deixando-a preocupada.

Annelie! O que aconteceu? Você está bem?

– Sim, eu estou bem. Não precisa se preocupar.

– O que houve? Você saiu apressada dizendo que precisava ir para a Noruega urgente.

– Meus pais sofreram um acidente de carro. Eles estão no hospital, acabaram de sair da sala de cirurgia.

– Ai meu Deus! Eu sinto muito Annelie.

– Tá tudo bem Sam, você pode fazer um favor para mim?

– Sim, claro.

– Avisa que eu não irei trabalhar hoje na cafeteria por conta do que aconteceu.

– Pode deixar, eu irei avisar.

– Obrigada Sam, não sei o que seria de mim sem você.

– É para isso que servem as amigas. Quando você volta?

– Provavelmente amanhã.

– Ok, quando você chegar, a gente conversa melhor. Se cuida Lie, eu amo você.

– Também amo você Sam.

Encerro a ligação e olho para o relógio da recepção. Eram exatamente uma da manhã.

Penso em ligar para Shawn avisando que não poderia tirar as fotos hoje e nem sair com ele, porém a essa hora ele deve estar dormindo. Já que amanhã tem que acordar cedo.

Sigo em direção ao restaurante do hospital e peço para a garçonete apenas um chocolate quente.

Por incrível que pareça, o frio da Noruega nunca acaba.

Meus pensamentos se voltam para os meus pais. Me pergunto se isso teria acontecido se ainda morasse aqui ou se estivesse fazendo faculdade de direito ou medicina, assim como eles queriam.

– Aqui está - disse a garçonete.

– Obrigada - digo e lanço-lhe um pequeno sorriso.

Pago o que eu pedi e em seguida saiu do estabelecimento indo para a recepção novamente.

O fato é que eu não sabia o que dizer aos meus pais quando eles acordassem. Não sei se eles irão reagir bem com a minha presença ou se irão achar estranho.

Afinal, fazem dois anos e não dois meses.

Pego uma das revistas que se encontram no centro da mesa e começo a folhear-las com o intuito de me distrair.

(...)

– Annelie, acorda.

Abro os olhos e vejo minha irmã sentada ao meu lado.

– O que houve?

– Você acabou dormindo.

– Aconteceu algo?

– Nossos pais acordaram. E o melhor de tudo é que eles não tiveram sequelas.

Respiro fundo e consigo sentir um alívio.

– Já falou com eles?

– Não, estava esperando você acordar.

– Então vamos lá.

Enquanto caminhávamos até o quarto no qual meus pais estavam, sinto minhas mãos suarem. Estava nervosa. E eu nem ao menos sabia o motivo, ou talvez, eu até soubesse, mas não tinha certeza.

Amalie abre a porta e minha mãe, que estava assistindo à algum programa na televisão, vira-se para nos olhar.

Logo seu olhar se desviou da minha irmã para mim.

– Lie? É você mesmo? - perguntou minha mãe.

–Sim, sou eu - sorri pequeno.

– Como vocês estão? - Amalie perguntou.

– Estamos bem - disse meu pai ainda me olhando.

– O médico disse que vocês provavelmente terão alta amanhã - disse Amalie.

Começo a sentir uma sensação estranha. Ou melhor, me sinto desconfortável. Tenho a impressão de que todos querem falar algo sobre o que havia acontecido há dois anos atrás, mas simplesmente estão tentando evitar. E isso é bastante perceptível.

Por um momento todos ficam em silêncio. Um clima tenso se instala ali dentro.

Mexo em minhas unhas para tentar disfarçar o meu desconforto durante aquela situação.

– Como você está Lie?

– Estou bem.

– E Paris? Como é lá?

– É bonita. As pessoas de lá são sempre gentis umas com as outras.

Minha mãe sorriu pequeno

Silêncio.

Por mais que estejam evitando falar sobre, percebo a nítida vontade da minha mãe querer perguntar algo sobre o assunto.

– Tudo bem mãe, pode perguntar.

– Perguntar...- interrompo-a

– Eu sei que você quer perguntar, pode ir em frente.

– Tem certeza?

– Sim.

– Como está indo a universidade?

– Está indo bem.

– Está estudando mesmo fotografia? - perguntou meu pai um pouco alterado.

– Sim, estou.

Ouço meu pai rir de forma irônica.

– Filha minha não cursa fotografia.

– Lamento, mas eu decido o que eu faço.

Silêncio.

– Você está desperdiçando o seu tempo.

– Sério? Por que eu estaria desperdiçando o meu tempo? - perguntei irônica.

– Por que isso que você chama de carreira, não dá em nada.

Minha vez de rir irônica.

– Sabe, tudo o que eu mais queria entender era o motivo de vocês dois nunca terem me apoiado.

– Annelie...

– Não Amalie.

– Vocês diziam que eu podia ser o que eu quisesse. Por que agora mudaram de ideia?

– Lie...nós só queremos o melhor para você.

– Se realmente quisessem o melhor para mim, aceitariam minhas escolhas.

– Porque nunca me apoiaram? Por que não...

– Por que você nunca vai conseguir ser boa nisso - gritou meu pai – Nunca vai conseguir ter futuro com isso.

Por mais que eu não queira admitir, aquilo doeu.

Eu tinha consciência de que meus pais não me apoiavam, mas, nunca pensei que meu próprio pai seria capaz de dizer algo assim.

– Eu garanto a você que eu vou ser uma ótima fotógrafa, e quando isso acontecer, eu vou fazer questão de esfregar isso na sua cara.

Saio do quarto e sigo em direção à saída do hospital.

– Annelie, espera!

Me viro e vejo minha irmã parada atrás de mim.

– Fica calma, eles acabaram de passar por um momento difícil e deve está sendo complicado para eles e...

– Complicado? Amalie desde que eu nasci minha vida foi complicada. Pessoas enfrentam todos os dias uma batalha diferente, só nos resta sermos pacientes e gentis.

– Você sabe que eu não estou me referindo a isso. Só tenta entender.

– Você só pode está brincando comigo.

Olho para cima tentando segurar as lágrimas que imploravam para sair.

– Olha, eu sei que é difícil ter escutado aquilo, mas não foi por querer.

– Difícil? Amalie você sempre teve o apoio dos nossos pais, eu nunca tive isso  - falei um pouco alto, o que fez com que algumas pessoas começassem a olhar para nós.

– Claro que teve.

– Então me diz quando isso aconteceu.

Silêncio.

– Está vendo? Nem mesmo você consegue dizer.

– Não é bem assim Lie...

– Sim Amelie, é assim. Você sempre foi a filha perfeita, o sonho de todos os pais. Sempre manteve notas ótimas, até mesmo nas que tinha dificuldade, sempre foi decidida e sociável.

Sinto uma lágrima cair mas não a limpo.

– Ao contrário de mim. Quando eu tirava nota baixa, tinha que ficar no porão, no escuro por uma hora. Era horrível, e mesmo com medo, eu dizia para mim mesma que eu não podia chorar. Porque se eu chorasse, eu teria que passar mais uma hora no porão.

Vejo que minha irmã também chorava.

– Mas você não sabe o que é isso, porque você nunca teve que passar por isso. Você nunca teve problemas para se relacionar com as pessoas e desde sempre quis seguir medicina.

Outra lágrima cai novamente.

– Eu sempre tive problemas com relacionamentos. Lembra do Erick? O menino que eu gostava na oitava série? Eu nunca consegui falar com ele pelo simples fato de ter medo de ser rejeitada. Porque era isso o que sempre acontecia, eu sempre fui rejeitada.

De repente as lágrimas começaram a cair com mais força.

– Lie...

– E você não tem ideia do quanto isso me afeta até hoje. Eu tenho medo de não ser uma boa fotógrafa, tenho medo de não conseguir terminar a universidade, tenho medo de não conseguir cursar fotografia, tenho medo de quando alguém tentar ficar próximo de mim...tenho medo de eu não conseguir ser forte o bastante para não desistir das coisas que eu quero.

– Lie eu não queria...

– Então não tente me dizer o contrário, porque só eu sei o que eu passei.

Continuo o caminhar até a saída do hospital sem deixar que minha irmã falasse alguma coisa.

Assim que consigo sair, procuro pelo número no meu celular e o disco assim que o encontro.

Alô.

– Preciso de você.




Oi meus amores! Desculpa a demora, eu estava em semana de prova e tava muito corrido para mim e principalmente, para atualizar a fic. Mais enfim, depois de muito tempo, eu finalmente postei capítulo novinho para vocês.

Se quiserem falar comigo, me sigam no twitter: @crpnterstyles. sou um amorzinho rsrs.

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