Allyson Parker
Estou lendo um livro enquanto Glória está descansando, graças a medicação ela vive dormindo. Scott me ligou, disse que mais tarde passará aqui. Achei sua voz estranha, mas como não gosto de falar por celular, apenas deixei passar.
— Ally. — chama Glória.
— Oi, estou aqui.
— Por que você está aqui? Precisa trabalhar.
— Vou ficar com você até que fique de alta, e depois se você concordar, ficará na minha casa. Minha irmã cuidará de você.
— Não quero dar trabalho para ninguém. — percebo sua voz triste.
— Não se preocupe, foi ela mesmo quem sugeriu. Está tudo certo, só faltava confirmar com você.
— Como agradecer tudo o que você tem feito por mim?
— Ficando bem já é um bom começo.
Sorri.
***
Depois de mais um dia, Glória teve alta. Estou arrumando as coisas até Scott chegar enquanto Glória está no banheiro.
— É uma pena que já tenha que ir embora. Claro que por bons motivos, mas vai ser ruim não te ver mais. — Viro para trás e vejo que é o doutor.
— Você me assustou.
— Me desculpe por isso, não foi minha intenção. — dá um sorrisinho sacana.
— Tudo bem. — volto a minha atenção para as bolsas.
Durante esses dois dias em que estive aqui, toda vez que esse médico tinha oportunidade ele dava em cima de mim. Não posso negar, isso está me incomodando, ainda bem que já vamos embora.
Viro para trás a procura de um cobertor e dou de cara com o doutor, ele junta seu corpo no meu e me segura firme.
— Ficou louco? Me solta.
— Ah Allyson, vai negar que eu sou mais bonito que aquele seu namoradinho de merda? Você se interessa por mim desde o primeiro dia em que me viu. Vejo isso em seus olhos.
— Você só pode ser maluco mesmo.
Tento me soltar dele e ele começa a me agarrar, me machucando.
— Eu sou educada, mas você mereceu. — em seguida chuto aonde dói.
Ele cambaleia para trás, sentando na poltrona.
— Sua doida!
— Você ainda não viu nada. — Caminho em sua direção e fico a sua frente.—Deixa eu te falar uma coisa, eu odeio mentira então vou esclarecer algo, apesar de gostar muito do Scott, infelizmente ele não é meu namorado. Mas isso não lhe dá o direito de fazer o que fez comigo, eu posso não namorar, mas se gosto de alguém exijo que me respeitem.
— Então o merdinha não é seu namorado? — Ele tem a cara de pau de sorrir.
— Mais uma coisa, o único merdinha aqui é você. Isso que você fez foi assédio, no seu ambiente de trabalho. Se isso tivesse avançado mais um pouco eu prestaria queixa. — ele arregala os olhos. — Não farei isso, mas devia. Só espero que nunca mais trate uma mulher assim.
— Eu sinto muito. Me... me desculpa.
— Não... eu sei que não sente. Reflita na sua atitude doutor, outra em meu lugar não daria uma chance de te fazer ver o seu erro.
— Você tem razão.
— Eu sei. Se me der licença, preciso terminar umas coisas.
— Ah claro, eu... vou deixá-la em paz. me desculpa por... você sabe.
— Todos somos idiotas uma vez na vida.
Ele engole em seco e sai da sala.
Volto a cama para terminar com as bolsar e sinto mãos grandes envolvendo minha cintura. Esse perfume inebriante...
Fecho os olhos.
— Scott...
— Como sabia?
— Não sabia, apenas senti.
Ele me vira e me beija. Não vou negar que já estava com saudades desse beijo.
— Você é a melhor pessoa que eu já conheci.
— Por que diz isso? — Não entendo.
— Estava aqui, já tinha chegado. Eu ouvi tudo. — Sorri.
— Você o que?
— Bom, quando cheguei precisei assinar os papeis da clínica. Quando estava quase acabando vi o doutorzinho me olhando e em seguida ele saiu em disparada nessa direção. Acabei e vim, quando cheguei na porta vi que ele te segurava, fiquei possesso de raiva, mas algo me segurou pra que eu não quebrasse a cara dele. Vi tudo o que disse a ele. — estou de boca aberta. — Sabe Ally, eu não sou uma pessoa muito calma, mas hoje eu resolvi ser, e cheguei a conclusão de que foi a melhor decisão que eu tomei.
— Obrigada por ter confiado em mim. Poderia ter ido embora ou quem sabe até pensar o pior, poderia ter se intrometido mas preferiu me deixar agir.
— Pois é.
Sorrimos.
— Obrigada.
Lhe dou um abraço e Scott beija o topo da minha cabeça, isso é tão bom.
— Janta comigo hoje?
— Como? — Pergunto.
— Janta comigo hoje a noite?
— Mas e a Glória?
— Não se preocupe, hoje ela ficará na minha casa.
— Sozinha?
— Não, com a Su.
— Su? — Olho desconfiada.
— Sim, ela é uma das melhores pessoas que eu já conheci.
— Devo ter ciumes? — Pergunto brincando.
Toda brincadeira tem um pouquinho de verdade, danada.
— Não, você vai gostar dela. Vai conhece-lá hoje.
— Então se Glória concordar, eu janto com você.
— Claro que concordo, saudades da Susan. — ela aparece na porta do banheiro entrando na sala.
Olhamos assustados para ela.
— Quê? Eu escutei tudo, só não quis atrapalhar o momento.
Eu e Scott nos entreolhamos e em seguida vamos até Glória e a abraçamos.
***
Já com as bolsas no carro, vamos até a casa de Scott. Ele e Glória não pararam de conversar o caminho inteiro, depois de quase meia hora, chegamos em frente a uma enorme mansão.
— Chegamos. — Ele diz.
— Você falou que era uma casa.
— E é. — Me olha. — Qual o problema?
— Isso é uma mansão.
Ele sorri.
— Vem, Susan está louca para te conhecer.
— Como ela sabe de mim?
— Acho que devo ter falado umas duas ou três vezes.
Caminhamos até a entrada da porta, eu ajudando Glória e Scott com as nossas coisas.
— Su, chegamos.
— Ah meu Deus. — Uma senhora de cabelos brancos aparece. — Glória
Ela corre até onde estamos e abraça Glória que também sorri dizendo que estava com saudades.
Em seguida a mulher me olha e parece que me estuda.
— Você deve ser a Ally . — Ela sorri e me abraça. — Scott do céu você não estava exagerando nadinha, olha isso, que mulher linda.
A cumprimento. Gostei dela, muito simpática.
— Duas ou três vezes Scott?
— Talvez umas quatro ou cinco.
— O que?
— Perguntei como a senhora sabia de mim, ele disse que falou de mim, umas duas ou três vezes - Faço aspas no ar.
Ela gargalha alto.
— Oh meu amor, desde que te conheceu que Scott não deixa de falar um dia de você. Todos os dias é algo diferente. Ally estava linda hoje, ou Que vontade de abraçar e não soltar mais.
Todas rimos. Olho para o Scott e vejo que ele está vermelho.
— Não precisa ficar tímido. É bom saber disso porque eu me sinto exatamente do mesmo jeito.
— Olha esse casal. — Glória suspira.
— Tão lindos — Susan a responde, também suspirando. — Por falar nisso você já a pediu em...
— Su... não.
— Tá, mas você já comprou a...
— Por Deus Su, ainda não.
OK, isso foi estranho.
— Tá lerdinho em.
Ele revira os olhos.
— Perdoa a minha mãe Ally, ela fala demais.
— Mãe? — Pergunto.
Olho para Susan e vejo que seus olhos estão quase transbordando.
— Sim, Susan sempre cuidou de mim, e eu a tenho como uma mãe. — Ele olha para ela e percebe que ela está chorando. — Ah Su, não é pra você chorar.
— Eu só fiquei emocionada, só isso.
Ela o abraça e ele pega sua mão.
— Apresentando formalmente agora, Ally essa chorona é a Susan, minha mãe.
A abraço e me emociono junto com ela, isso foi lindo.
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D
esculpem a minha demora ♥️
Susan quase da com a língua nos dentes em...
Scott é tão amorzinho gente ❤
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