Amélia - Filhos da Paixão #1

By rrbeatrice

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Esse é o primeiro livro da série Filhos da Paixão, spin-off da Série da Paixão. Amélia é o livro que dá inici... More

Sinopse
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 27
Epílogo

Capítulo 25

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By rrbeatrice

Sinto como se minha mente fosse uma daquelas rodinhas de hamster que estivesse girando sem controle e que então para abruptamente.

Meu primeiro pensamento é que não pode ser verdade. Essa mulher parada na minha frente não pode ser a mãe que abandonou Nate quando ele era pequeno demais para sequer se lembrar de como ela era.

Mas então começo a perceber como seus olhos são tão parecidos com os de Nate e como seu rosto me lembra dele.

Não pode ser verdade!

— Mãe? De Nate? Você é a mãe de Nate? — Pergunto, completamente chocada e sem saber o que pensar, o que dizer ou o que fazer.

Será que eu devo lhe dar um sermão por sua negligência? Ou talvez eu deva simplesmente ignorá-la, afinal, apesar de semelhança essa mulher pode estar mentindo.

— Sei que é difícil de acreditar, mas sou eu.

— Mas...o que...o que você quer? Onde você esteve esse tempo todo? Como você...

— Eu sei que mil coisas devem estar se passando na sua cabeça agora. Eu gostaria muito que a gente pudesse conversar em algum lugar mais calmo.

— Você quer conversar? Comigo? E quanto ao Nate, ao seu filho?

— Eu quero vê-lo mais do que tudo e quero me explicar, mas se eu aparecer agora ele vai...

— Ele vai mandá-la para o inferno. — Termino seu raciocínio.

— Exatamente. Eu sei que você é importante para o meu filho, eu estive por perto esperando uma oportunidade de falar com ele e percebi o jeito que vocês se olham. Você não sabe como é bom ver que meu filho se saiu tão bem na vida e encontrou alguém que ele ama.

— Nem sempre foi assim. — Digo de forma sombria só de lembrar as coisas que Nate me contou.

O sorriso no rosto de Libby some.

— O que quer dizer? — Ela pergunta e eu tenho vontade de gritar:

Você tem mesmo que perguntar? Vai fingir que não sabe? Você deixou seu filho com um monstro e ele sofreu por anos por sua culpa!

Mas apesar da minha raiva e indignação, sei que não é o meu lugar dizer para ela tudo o que Nate passou. Esse é um segredo dele e que eu não posso revelar.

Nate confiou em mim quando me contou sobre sua infância e por mais que eu queira gritar com essa mulher e lhe dizer tudo o que ela fez o filho passar, fico quieta e não digo nada do que penso.

— Você terá que perguntar a Nate.

— Será que podemos conversar?

— Não sei se essa é uma boa ideia. Não sei como Nate reagiria se descobrisse que eu conversei com você.

— Por favor, eu sei que preciso me explicar para o meu filho, mas de alguma forma sinto que preciso me explicar para você também. Você deve achar que sou um monstro.

Bingo, penso.

— Por favor! — Ela pede mais uma vez.

— Tudo bem. — Digo, suspirando. — Podemos tomar um café. Vamos.

Libby e eu seguimos em silêncio até uma Starbucks próxima. Pedimos café e nos sentamos em uma mesa para duas pessoas.

— Estou realmente curiosa para escutar o que você tem a dizer, porque pra mim nada justifica abandonar um filho. — Digo e não posso evitar o julgamento em minha voz.

Libby encara seu café e parece envergonhada e um pouco resignada.

— Primeiro eu gostaria de saber como minha mãe está. Você pode me dizer se ela está bem? Sei que ela não está mais morando na nossa antiga casa e...

— Abigail está bem sim, ela mora em um rancho agora.

— Bom, isso é bom.— Ela diz e toma um pequeno gole do seu café.

— Então? Diga o que você queria dizer.

— Não sei o quanto você sabe sobre mim, mas quando era jovem eu costumava me meter bastante em problemas. Fiz amizades que não eram boas para mim e não demorou muito eu comecei a experimentar drogas. — Percebo que Libby diz isso com receio, ela me olha e espera para ver se eu digo algo, mas permaneço em silêncio.

— Eu achava que podia parar quando quisesse, não percebi que estava me tornando uma viciada. Nessa época eu brigava constantemente com minha mãe, eu tinha muita raiva dela. Quando descobri que estava grávida não disse nada. Tivemos uma briga e eu sai de casa, fui morar com o pai do meu filho. Sinceramente, foi um milagre Nate ter nascido tão perfeito e saudável porque eu não parei de usar quando estava grávida. — Libby diz e vejo lágrimas começarem a se formar em seus olhos.

— Sei o que você deve estar pensando, que eu era uma péssima mãe, e é verdade. Depois que Nate nasceu o meu vício começou a ficar pior. O pai de Nate não usava drogas, mas ele bebia. Nós dois tínhamos nossos vícios. Mas eu estava sem controle. Até que um dia eu simplesmente fui embora. Você pode me perguntar o porquê eu abandonei ele, mas não sei se consigo te dar uma resposta certa. Eu era egoísta e tudo o que importava para mim eram as minhas necessidades, eu sabia que nunca seria uma boa mãe. Eu constantemente pensava em como eu era uma pessoa horrível e me sentia um lixo, sabia que se eu continuasse usando nunca seria uma boa mãe, mas ao mesmo tempo não conseguia parar. Eu tentei, sabe, antes de ir embora eu tentei procurar ajuda, mas não durei nem três dias. A vontade de me drogar era a coisa mais forte que eu já tinha sentido. Achei que Nate ficaria melhor sem mim e fui embora.

— Por que voltar agora então?

— Porque eu finalmente estou limpa. Durante todos esses anos perdi a conta de quantas vezes eu tentei parar. Nunca consegui ficar sóbria por mais de seis meses. Eu sabia que se eu voltasse sem estar melhor, eu apenas seria uma decepção para o meu filho. Eu quase morri inúmeras vezes e nenhuma delas me ajudou a parar. Eu não ligava se iria morrer ou não, eu só precisava de mais. Sinceramente, não sei como estou aqui agora. Só estou viva porque é a vontade do Senhor.

— Por que agora é diferente, por que agora você acha que vai conseguir ficar limpa?

— Porque já faz três anos que eu não uso nada, eu finalmente estou conseguindo colocar minha vida de volta nos trilhos. Na última vez que eu fui para o hospital porque tinha sofrido uma overdose lembro que o médico me disse que minha saúde estava horrível e que mesmo que eu parasse de usar qualquer coisa daquele dia em diante eu não deveria viver mais do que um ano. Foi então que Deus me encontrou, ou melhor, que eu encontrei Ele. Um grupo de voluntários da igreja estavam trabalhando no hospital quando eu estava internada lá. Eles me salvaram, eles me mostraram o caminho do Senhor e só pela vontade Dele eu consegui ter forças para me tornar uma pessoa melhor. Eu consegui! Eu finalmente consegui! Eu estou viva e estou bem e é um milagre. — Libby ri e começa a chorar.

Olho para a mulher sentada na minha frente. É evidente o estrago irreversível que as drogas fizeram em sua aparência, ela parece terrivelmente mais velha do que é, mas por trás disso ela parece bem sóbria para mim.

— Você realmente está limpa há três anos?

— Sim!

— E é por isso que decidiu procurar Nate agora?

— Sim, agora que minha vida está...

— Libby, não quero ser rude, mas é melhor eu dizer isso de uma vez por todas. Se você estiver aqui por causa do dinheiro de Nate, então é melhor dizer logo. Se é dinheiro que você quer, eu te faço um cheque agora mesmo e você pode sumir de novo. Eu não vou permitir que você magoe Nate voltando para sua vida apenas para sumir de novo, ou pior, fingir que você o quer quando na verdade só quer o dinheiro dele. — Digo e Libby não se dá ao trabalho de fingir que está ofendida. Ela apenas sorri.

— É bom saber que Nate tem você para cuidar dele. Você o ama mesmo, não é?

— Amo. Muito.

— Eu não quero o dinheiro dele, não quero nem um centavo. Eu tenho um emprego bom e consigo me virar sozinha. A única coisa que eu quero é o meu filho de volta, e eu sei que isso talvez seja impossível, mas eu preciso pelo menos pedir perdão. Se Nate nunca mais quiser me ver eu vou entender, mas por favor, você precisa convencê-lo a me escutar pelo menos uma vez. Eu vou embora depois disso, se for o que ele quiser.

— Você quer que eu convença Nate a se encontrar com você?

— Quero muito. Seu nome é Amélia, não é?

— Sim.

— Amélia...— Libby diz e segura minhas mãos. — Por favor, eu só quero ter a chance de ver meu filho de perto e lhe pedir perdão. Só isso. Não quero nada dele, nem um centavo. Nem ao menos espero que ele me perdoe, mas eu preciso pedir do mesmo jeito pelo seu perdão.

Olho para as mãos de Libby segurando as minhas e olho para seu rosto. Seus olhos.

Seus olhos são tão parecidos com os de Nate e isso me faz sentir um aperto no peito.

Não quero magoar Nate e não sei qual decisão é a melhor. Será que ele gostaria que eu lhe contasse sobre sua mãe ou ele gostaria que eu ficasse calada?

Penso que se a situação fosse inversa, eu gostaria de saber que minha mãe voltou para me pedir perdão.

— Tudo bem, eu vou falar com ele, mas não vou prometer mais do que isso. Se ele não quiser vê-la então não haverá nada que eu possa fazer.

— Obrigada! Muito obrigada!

***

Coloco queijo dentro da panela e misturo com o macarrão. Depois coloco um pouco do conteúdo da panela em um prato e sento-me na bancada da cozinha para comer meu jantar.

Minha mente não descansa. Tudo em que consigo pensar é no fato de que Nate pode ser preso por minha causa e de que sua mãe voltou de sei lá onde e agora quer falar com o filho. E sou eu quem tenho de lhe dizer isso.

Pergunto-me se e quando nossas vidas se tornaram mais simples.

São tantas as coisas se remexendo em minha mente que não consigo sentir fome, porém me forço a comer uma pequena porção de comida antes de desistir e guardar as sobras na geladeira.

Tomo um banho quente que me ajuda a relaxar, coloco meu pijama e jogo-me no sofá. Encaro o teto por uns bons 20 minutos tentando criar um roteiro de como contar para Nate sobre sua mãe.

Uma batida interrompe meus pensamentos. Levanto-me e caminho até a porta.

Os olhos preocupados de Nate se encontram com os meus e ele começa a falar imediatamente.

— Eu sei que você queria ficar sozinha, mas eu precisava falar com você. Eu te amo, Amélia, e não posso suportar a ideia de você achar que eu sou algum monstro ou algo assim. Eu nunca machucaria você ou qualquer outra pessoa, eu fiz o que fiz para te proteger. Michael não era inocente e eu não podia correr o risco dele sair da cadeia e ir atrás de você e...

— Nate, respira, tá? — Coloco a mão em seu ombro e o interrompo.

Nate se cala, sua respiração voltando ao normal. Saio do caminho e o convido a entrar.

— Entra, o corredor não é lugar para conversar sobre essas coisas.

— Tem razão. — Ele diz e entra. Fecho a porta.

— Eu sei que você não é um monstro, Nate, isso nunca passou pela minha cabeça. Sim, fiquei meio sem chão ao saber que você mandou matar Michael, mas sei que você fez isso para me proteger. Michael provou mais de uma vez que era perigoso e vingativo. Acho que no fundo eu sabia que teria que ser ele ou eu.

— Exatamente, e eu garanti que fosse ele. Só a ideia de te perder para sempre, de você não existir nesse mundo é dolorosa demais para eu sequer conseguir imaginar.

— A minha maior preocupação é você acabar pagando por isso. E se descobrirem que você pagou para acabarem com Michael? E se você for preso? — Pergunto, aproximando-me de Nate e deixando todo o meu medo transparecer por meio de minhas palavras, meu olhar.

— Não se preocupe comigo, meu amor. — Nate diz e acaricia carinhosamente minha bochecha.

— Eu me preocupo com você e sempre vou me preocupar. Eu te amo. — Digo e abraço sua cintura, deitando minha cabeça sem eu ombro.

— Eu também te amo. — Fecho os olhos ao sentir suas mãos deslizando para cima e para baixo em minhas costas.

— Não quero que nada de ruim te aconteça. — Sussurro.

— Não vai, acredite em mim. Eu tomei providências para que nunca descubram que fui eu.

— Você vai me contar o que fez?

— Não.

— Achei que não. — Digo e tento aceitar suas palavras, tento forçar meu cérebro a acreditar no que Nate disse. Tento acreditar que ele está seguro e que nunca vão descobrir que ele foi o mandante de um crime.

— Acho que estou me sentindo um pouco culpada. — Confesso, ainda abraçada com ele.

— Culpada?

— É, por não me sentir triste pela morte dele, por não ligar em saber que você mandou que...você sabe.

— Você não está triste porque sabe que ele era uma pessoa horrível. Não tem nada de errado em não lamentar a morte de alguém que merecia morrer.

— Será? Sempre me falaram que apenas Deus pode julgar alguém e hoje conheci uma pessoa que aparentemente é bem chegada à religião. Acho que talvez tenha sido um sinal.

— Quem você conheceu? — Ele pergunta e eu me afasto dos seus braços.

— Nate, eu preciso de contar algo. — Digo, tão baixinho que tenho certeza que ele não me ouviu. Mas como sou covarde não repito.

— O que?

— Não sei como te contar isso. — Confesso, me acovardando, sem saber como começar. Parece que as palavras "sua mãe me procurou hoje" ou "conheci sua mãe biológica essa tarde" simplesmente não saem, como se fossem grandes demais, estranhas demais para sair por entre meus lábios.

— Você está me deixando preocupado, Amélia. — Nate diz.

— Nate, uma mulher me abordou hoje quando eu estava saindo da Intelli.

— E?

— E ela se apresentou como Libby, a sua mãe. — Digo e observo a reação dele.

Nate fica parado como uma estátua, acho até que ele parou de respirar. Ele fica assim por muito tempo e começo a me perguntar se eu deveria dizer algo para quebrar o silêncio.

Mas não é necessário. Nate quebra o silêncio quando começa a rir.

— E você acreditou? Amélia, minha mãe não se importa comigo, provavelmente ela está morta, não sei. Deve ser uma louca tentando ganhar uns trocados.

— Eu pensei que poderia ser isso também, mas não sei, acho que ela estava falando a verdade, Nate. Ela me contou coisas.

— Que tipo de coisas? — Ele cruza os braços.

— Coisas como...o porquê ela te abandonou, o que aconteceu com ela durante todo esses anos. Ela me pediu para conversar com você. Ela quer te encontrar, Nate e a sua avó também. Libby disse que sabe que não tem o direito de querer o seu perdão, mas ela quer se explicar, quer pedir desculpas, mesmo que você não as aceite. Eu acho que ela estava falando a verdade e ela realmente é a sua mãe.

Nate fica em silêncio novamente e encara algum ponto fixo atrás de mim. Ele caminha até a bancada da cozinha onde alguns minutos atrás eu estava jantando e espalma ambas as mãos na pedra fria, abaixando a cabeça.

— Não pode ser ela. — Ele diz. — Não pode!

Dou um pulo quando ele grita e acerta um soco no balcão.

— O que ela quer aparecendo agora, hum? O que ela quer? — Nate grita e olha para mim com um olhar confuso e furioso.

— Ela disse que precisar pedir perdão.

— Mentira! Ela quer alguma coisa! Dinheiro, com certeza.

Abro a boca para lhe contar que lhe ofereci dinheiro, mas decido permanecer em silêncio.

Nate parece realmente muito perturbado e acho que o que ele precisa agora é desabafar e não me ouvir defendendo sua mãe.

— É melhor que essa mulher não seja ela, me ouviu? É melhor que não seja ela!

Nate começa a andar de um lado para o outro resmungando coisas que consigo entender parcialmente.

— Ela acha que pode aparecer depois de tantos anos? Ela realmente acha que eu vou querer ter qualquer coisa a ver com ela?

Nate finalmente parece se acalmar depois de alguns instantes. Ele para, coloco as mãos no quadril e olha para mim.

— Você consegue acreditar nisso?

— Eu sei que você deve estar bem magoado, mas...

— O que? Você não acha que eu deveria ir vê-la, não é?

— Na verdade eu acho sim.

O que? — Nate reage como se eu tivesse acabado de lhe dar uma facada nas costas.

— Eu sei que você tem todo o direito de não querer vê-la, sei que ela te fez passar por coisas horríveis e você tem todo o direito de sentir ódio dela.

— Mas mesmo assim você acha que eu devo vê-la? — Nate pergunta, indignado.

— Nate, nós temos passado muito tempo juntos desde que começamos a nos envolver. Eu já vi você acordar no meio da noite depois de ter um pesadelo inúmeras vezes e mesmo que você não diga, eu sei que você não sonha apenas com seu pai. Eu acho que seria uma boa coisa sim você ir falar com ela. Eu acho que você precisa de algum tipo de conclusão. Você precisa encontrá-la e lhe dizer tudo o que está entalado na sua garganta todos esses anos e precisa ouvi-la também. Só assim você vai conseguir finalmente seguir em frente. Só assim vamos ter paz e seguir nossas vidas normalmente. Você pode escolher perdoá-la ou não, eu vou te apoiar em qualquer que seja sua decisão, mas acho que você tem que passar por isso. Além do mais, sua avó também merece isso, não acha?

— Não, não acho! Essa mulher...essa mulher não pode simplesmente achar que pode aparecer do nada e pedir desculpas como se ela tivesse esquecido meu aniversário ou coisa do tipo. Ela nunca ligou pra mim! Ela me abandonou!

— Eu sei disso, Nate. Mas você não acha que viveu com ódio por tempo demais? Não importa se você vai perdoá-la ou não, vá e fale com ela, diga tudo o que quer dizer e independente de você perdoá-la ou não, depois dessa conversa esqueça tudo. Deixe para trás esse ódio, esse rancor. Ninguém pode mudar as coisas que você passou, mas se existe alguém capaz de transformar seu presente e seu futuro, esse alguém é você. Escolha viver sem ódio no coração, vamos ser felizes. Eu, você e nossa família e amigos.

— Não posso fazer isso.

— Tudo bem, eu não vou forçar a barra. Eu prometi que falaria com você, mas se é isso que você quer, se você tem certeza que é isso que você quer, então vou apoiar sua decisão. — Digo e vou até ele.

Fico na ponta dos pés e beijo seus lábios. Acaricio seu rosto e sinto o começo de sua barba áspera.

Nate me abraça e me puxa para mais perto. Sua língua invade minha boca e eu solto um gemidinho quando ela encontra a minha.

Não sei o que faria sem esse homem. Seu cheiro, seu gosto estão impregnados em mim. Sua voz ressoa em meus ouvidos mesmo quando ele não está por perto. Minha pele se arrepia somente com a lembrança de seus toques.

Acho que devo me considerar sortuda por ter tido o amor da minha vida tão perto o tempo todo.

Sei que muitas pessoas precisam procurar durante anos para encontrar o verdadeiro amor, mas eu não. O meu verdadeiro amor estava lá quando fui para casa pela primeira vez, no meu primeiro Natal e nos meus aniversários, ele estava lá durante toda a minha vida e eu sempre soube que era ele. Que era Nate.

— Vamos para o quarto. — Sussurro e então seguimos para meu quarto sem nos largarmos.

Sempre foi Nate. Sempre. 

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