Se Marie estivesse neste lugar, ela ficaria muito contente. Aqui é o lugar perfeito. Simplesmente o melhor lugar do...
- Pai, socorro!!
Kratos despertou de seus pensamentos e avistou o filho sendo atacado por um Mongol.
Mongóis eram fortes e astutos. Usavam seus braços longos e finos para agarrar o pescoço de suas vítimas. Kratos viu que a habilidade do Mongol estava sendo usada naquele momento. Ficou desesperado.
- Use seu Arco, filhote! - gritou Kratos para o filho.
Atreus correu para longe do Mongol, tirou seu Arco das costas e mirou no inimigo.
- Seu filho da..
Atirou.
A flecha voou em câmera lenta pelo ar e acertou o alvo em cheio.
- Isso aí, garoto! - gritou Kratos, contente.
O Mongol gemeu alto e explodiu em vários pedaços.
Aliviados, Kratos e Atreus correram um para o outro e se abraçaram.
- Você viu aquela coisa, pai? Era um Mongol! Eu derrotei ele, pai!
- Eu vi, filho.
- Será que tem mais bichos como aquele por aí?
- Com certeza.
- Então quer dizer que vou poder usar meu Arco de novo?
- Claro que vai, Atreus.
- Legal!
Kratos deixou o filho e caminhou um pouco pelo pátio poeirento. Estava impressionado com o lugar no qual o Portal havia levado ele e seu filho. Não deixou de reparar nas grandes estátuas de Deuses ao longo das paredes de pedra. Tocou em uma delas e sentiu-se magnetizado.
- Com certeza, aqui é o melhor lugar do mundo - disse, apesar de há pouco ter presenciado uma luta entre um menino e um Mongol.
Continuou caminhando pelo pátio. Então olhou para cima e, para sua surpresa, avistou algo azul e brilhante cravado na rocha.
Não pode ser, pensou.
- O que foi, pai? - perguntou Atreus, indo em sua direção.
- Acho que encontrei uma raridade -respondeu Kratos.
Ele pulou e agarrou-se na parede. O filho pulou em suas costas.
Kratos começou a subir pela parede, como se fosse uma aranha astuta. Chegou em um parte plana e desceu nela.
- Aquele negócio azul que chamou sua atenção? - perguntou Atreus, curioso.
- Sim.
Kratos aproximou-se de onde o negócio azul estava preso e torceu para que aquilo fosse o que tivesse imaginando.
- Atreus - chamou.
- Sim, pai.
- Abra o diário que Marie lhe deu. Página 233.
Atreus obedeceu e entregou o diário para o pai.
Kratos comparou a imagem do livro com o objeto que encontrara e concluiu que era extamente o que havia imaginado.
Um Braseiro.
Kratos pegou o braseiro e olhou para ele.
- Eu estava procurando por braseiros há muitos anos. Tive muita sorte de encontrar um aqui.
- O que é um Braseiro, pai? - perguntou Atreus.
- Braseiros servem para aumentar a força de qualquer armadura. No meu caso, eu posso aumentar a força da minha Lâmina.
- Genial!
Kratos arrancou o Braseiro da rocha e tentou tirar a Lâmina de suas costas, mas não conseguiu. Afinal, sua Lâmina havia sido deixada do outro lado do Portal, quando ele destruiu as Pombs.
- Droga! - disse, irritado.
Deu um pulo e caiu lá embaixo, em terra firme. Caminhou de volta ao Portal, que agora estava fechado, e abriu uma das mãos.
- Venha! - disse, botando sua Energia em sua mão.
Em segundos, a Lâmina atravessou o Portal e voltou para Kratos sã e salva.
- Pensei que não iria funcionar com este Portal fechado - pensou Kratos, aliviado.
- Ei, pai! - gritou Atreus, lá de cima da parede - Parece que o senhor se esqueceu de mim.
- Não me esqueci, filho - respondeu Kratos, indo até debaixo do filho - Pule! Eu vou lhe segurar.
O garoto hesitou por um momento, e então pulou.
Kratos pegou o Braseiro e o enfiou em sua Lâmina, que brilhou depois do ato.
- Pronto! - disse Kratos - Agora vamos!