Hurricane

By raiperosini

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Huracán, o deus das tempestades segundo a mitologia maia. Furacões, no entanto, são as tempestades mais forte... More

Preface
Prologue
Ett • Casino Night
Två • Dirty laundry
Tre • eLIAR
Fyra • Beauty and the Beast
Fem • Hotter than hell
Sex • Tacos
Sju • Until dawn (part I)
Sju • Until dawn (part II)
Atta • Here to create
Nio • Losing Sleep
Tio • Dark was the night, cold was the ground
Elva • My side of your story
Tolv • Indigo blue
Tretton • Passionfruit
Fjorton • Spanish guitar
Femton • Tre Kronor
Sexton • Paris

Sjutton • Hurricane Love

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By raiperosini


Rindo. Joan estava rindo desesperadamente enquanto andava com os dedos entrelaçados aos do namorado pela avenida mais famosa e luminosa de Paris, a Champs-Élysées.

Elias era de natureza uma criatura inusitada, era tão bobo e irônico que às vezes chegava a ser engraçado, mas não era sempre que ele se mostrava por inteiro. Divertido? Na maioria do tempo. Mas aquele jeitinho meio arrogante só algumas pessoas conheciam com exclusividade.

– Sempre soube que eu era o cara mais sortudo do mundo – disse quando pararam em frente ao Arco do Triunfo.

– Porque você é campeão mundial de hockey e tal? – Joan segurou as bochechas dele com uma mão e ficou na ponta dos pés para beijar seu dele.

– Não – respondeu quando ela o soltou, segurando a cintura da morena. – Sou sortudo pela mulher que tenho nos meus braços agora.

Own...

Então mais uma vez aquilo aconteceu, Joan se perdeu dentro dos olhos claros do namorado que sempre lhe causavam os mesmos efeitos. Era como se afogar em um mar calmo e ao mesmo tempo turbulento, lhe deixando sem fôlego de tantas maneiras diferentes que nada daquilo parecia real. Mas quando os dedos dela passearam pela barba loira e macia, o mundo pareceu se solidificar ao redor e o ar voltou aos seus pulmões.

Existia uma eternidade dentro dos poucos segundos que ela passava o encarando. Se a paz fosse um lugar, seria os olhos de Elias.

– Eu também sou sortuda – murmurou, pegando uma das mãos dele e colocando sobre o seu peito, mesmo com algumas camadas de roupa, era evidente o soar de um coração que batia rápido, que transbordava de um amor que ela nunca tinha sentido antes. – Isso é culpa sua.

– Devo me sentir lisonjeado ou preocupado? – Ele brincou, abrindo um sorriso e puxando a mão dela para o seu próprio coração. – Para alunos sinestésicos da vida, acho que hoje aprendemos o que é reciprocidade.

Joan sorriu e Elias não esperou mais nem um segundo para beijá-la, as mãos ainda paradas no mesmo lugar, um sentindo o que causava no outro, as batidas que juntas se assemelhavam a bateria de uma escola de samba.

– Como é possível, Elias? – questionou, ainda de olhos fechados, a testa que agora encostava na dele. – Como é possível você causar um rebuliço dentro de mim mesmo depois de tanto tempo? Eu não vou me acostumar com você nunca? Pelo amor de Deus, isso não pode ser normal.

– Eu não sei – respondeu. – Mas sou muito grato por você ainda se sentir assim, significa que estou fazendo alguma coisa certa nessa vida.

– Você faz coisas certas na vida desde sempre, nem comece. – Joan abriu os olhos. – Idiota!

Empurrou ele para longe dela, porém, tudo o que ele fez foi puxar ela de volta, colando mais uma vez os lábios nos dela.

– Acho que a gente já pode parar de fazer uma cena em pleno Arco do Triunfo... – ela começou e foi interrompida por um Elias que limpou a garganta.

– Bonaparte teria inveja do seu triunfo hoje – disse e Joan riu.

– Sabe, acho que algum sueco aí disse que essa seria a melhor noite da minha vida e, eu juro, ainda tô na expectativa. Mesmo essa já sendo a melhor noite da minha vida.

– Ah é? Você quer ajuda pra procurar esse sueco? – Deu um sorriso lascivo e Joan quis socar a cara dele, só para beijar depois.

– Talvez. – Ela jogou a cabeça para o lado e Elias voltou a segurar a mão dela.

– Acho que sei onde você pode encontrar... – Piscou e puxou ela em direção a outra rua.

...

– Uma suíte presidencial, Elias? – Brant sussurrou quando foram fazer check-in em um hotel que a fazia pensar na palavra riqueza pela primeira vez naquele dia.

Às vezes ela até se esquecia do Aston Martin guardado na garagem de casa e do apartamento que Elias tinha em um dos prédios mais caros e luxuosos de Raleigh.

Estavam ali porque podiam.

O sueco é rico – ele disse em sueco, pegando o cartão do quarto deles e colocando a mão na base da coluna dela para levá-la até o elevador.

Joan tentava segurar o sorriso, até que as portas metálicas se fecharam e ela não aguentou, soltando uma risada e fazendo Elias rir junto.

– O que foi?

– Você é ridículo!

– Eu? Ridículo? Que calúnia. – Fingiu estar afetado e ela riu ainda mais alto. – Você é tão escandalosa.

– Ai cala a boca, Elias. – Ela revirou os olhos, mesmo que o sorriso ainda estivesse em seu rosto, mas parou com a visão do namorado encostado na parede contrária do elevador com uma expressão séria.

Joan ergueu uma sobrancelha em desafio e ele deu um sorriso de lado, aquele que fazia a americana se derreter.

– Vem calar – respondeu, como se fosse uma criança de 11 anos.

E ela realmente estava indo, parecendo também uma criança da mesma idade, quando a porta do elevador se abriu e os dois pararam, olhando para o corredor que parecia ser de outro mundo. Um quadro imenso de algum pintor famoso foi a primeira coisa que viram, depois as paredes que pareciam ter sido pintadas à óleo e o tapete extremamente de bom gosto no chão.

– Isso estava no seu bucket list? – indagou e ele deu de ombros, colocando uma das mãos nos bolsos.

– Achei que seria legal – foi tudo o que falou, segurando a mão dela e foram juntos até a porta de uma das suítes presidenciais daquele hotel que parecia uma mansão em meio a grande Paris.

As portas pareciam uma obra de arte de tão bem acabadas, mas enquanto Joan apreciava os detalhes, Elias se ocupou em abrir rapidamente a porta.

– Esse lugar de fato é legal... – disse e assim que a porta foi aberta, ela ficou boquiaberta. – E lindo.

A suíte, na verdade, parecia uma casa. Joan e Elias poderiam morar muito bem ali, mesmo que a tenista achasse tudo aquilo um pouco demais.

O primeiro cômodo era uma sala onde as cores vermelho e dourado se destacavam, estava nos sofás que pareciam ter saído de algum século passado, na mesa de centro de vidro com enfeites, nas cortinas e no tapete. Porém, o quarto era completamente de tirar o fôlego com uma cama gigante como aquela. Além da cama, tinha uma poltrona, uma mesa e uma televisão, isso sem contar a sacada imensa, onde o casal saiu para ver que as pessoas ainda passavam pelas ruas mesmo àquela hora da noite.

– Acho que você vai gostar da vista do banheiro – Elias comentou.

– A Torre Eiffel? – Ela o encarou, abismada, antes de sair correndo até o banheiro, sem antes jogar a bolsa na poltrona.

Diferente de toda a decoração meio antiga da sala e espaçosa do quarto, o banheiro parecia ser o mais moderno. A janela grande que cobria parte da parede dava para uma vista de tirar o fôlego para a torre e todas as suas luzes. A banheira de hidromassagem que tinha ali era só um detalhe a mais.

Joan ficou longos minutos ali, até Elias aparecer com duas taças de champanhe e uma tigela de morangos.

– Hmm... – Ela sorriu, pegando a tigela da mão dele e apoiando na bancada da pia, antes de roubar um morango e morder. – Isso é incrível!

Elias sorriu, puxando a mão da namorada para si e comer o resto do morango, se certificando de limpar os dedos dela com a língua. Ela soltou um gemido baixo, quase inaudível, que ele fingiu não ouvir e entregou a taça dela em seguida.

– Um brinde à nós – propôs e ela bateu a taça na sua.

– Um brinde a nós – repetiu e ambos tomaram um gole da bebida, se deleitando com o sabor único que o Champanhe tinha na França.

O casal permaneceu ali, aproveitando a companhia um do outro com a vista privilegiada que tinham, até a tigela de morango ficar vazia e o champanhe de suas taças acabar.

Mas ela foi a primeira a voltar para o quarto em busca de mais bebida, encontrou o balde com gelo em cima da mesa e sorriu sozinha. Joan pegou o champanhe já aberto, enchendo novamente a sua taça e pensando no prazer que seria beber mais um pouco daquele elixir dos deuses. Mas ela sentiu a presença do namorado e perdeu o fôlego quando as mãos dele passaram por sua cintura, o que fez o seu corpo se aquecer só com aquele toque e pegar fogo quando ele fechou o espaço entre eles, colando o peitoral nas costas dela. Brant tinha lá seus 1 metro e 72, músculos e muita força de vontade, porém, era pequena comparada ao corpo de Elias Lindholm. Ele era um sueco de 1,85 de altura e, na opinião dela, na mesma dose que era imenso também era uma delícia de homem.

Ela sentiu um aperto no peito de puro nervosismo quando a mão dele escorregou pela barriga dela, Elias enfiou a cabeça entre seu pescoço e ombro, fazendo-a se inclinar para dar melhor acesso aos beijos dele. Joan quase largou a taça em cima da mesa novamente quando ele parou e fez um barulho de pura reprovação com a boca.

– Toma seu champanhe – sussurrou no ouvido dela –, até a última gota e, por favor, não tenha pressa.

– Isso é um pedido ou uma ordem? – provocou em um fio de voz.

Ele pareceu pensar, antes de puxar o lóbulo dela com os dentes.

– Uma ordem.

– Hum... – ela soltou ao passo que a boca dele voltou ao seu pescoço, dando beijos e usando a língua e os dentes hora ou outra.

Joan não era nem louca de não obedecer, apreciou a sua bebida da mesma forma que apreciava as carícias que em um momento estava na sua cintura e de repente ela sentia aquelas calorosas mãos em seu corpo todo. Quando terminou, deixou a taça em cima da mesa, descansou a cabeça no ombro dele e com uma das mãos segura a nuca dele enquanto a outra tentava se apoiar na superfície firme a sua frente para não derreter no chão.

Extasiada pelos beijos em seu pescoço e ombro, Joan só percebeu que a saia do vestido estava embolada na sua cintura quando sentiu uma daquelas mãos fazendo presença sem cerimônia nenhuma entre suas pernas, ainda que por cima da calcinha, ela soltou um suspiro audível que fez Elias sorrir.

– Você vai mesmo seguir com esse projeto de tortura medieval? – dramatizou e ele soltou uma risada, parando seus movimentos por um segundo para provocá-la.

– Você não tá gostando, amor?

– Inferno, eu tô derretendo aqui nos seus braços e eu ia adorar se você fizesse o favor de tirar todas essas roupas logo e me foder naquela cama imensa – respondeu de forma clara e Elias realmente contemplou as palavras dela.

– Paciência... – foi tudo que falou, antes de apertar um seio dela por cima dos tecidos e enfiar a mão dentro de sua calcinha. – Eu pretendo te fazer gritar meu nome hoje, Joan, mas primeiro eu queria que você gozasse nesses dedos que esperaram ansiosos para estar no meio das suas pernas.

– Nossa, você nunca foi de revelar seus pensamentos assim, tô adorando, continue – brincou, enquanto ele movimentava os dedos habilmente e ela começava a se remexer na mão dele.

Ela faltou morrer quando Elias desceu um pouco a sua calcinha para ter mais espaço e a penetrou com os dedos, fechando os olhos e perdendo o rumo de todos os pensamentos, focando naquela sensação que crescia e crescia... Mais um pouco e ela simplesmente iria se desfazer em seus braços, mais um pouquinho e...

Elias teve que segurá-la para que a namorada não fosse de encontro ao chão, perdendo o controle do corpo quando gozou nos dedos dele.

– Me diz se isso não foi ótimo? – perguntou presunçoso, quando ela recobrou os sentidos e sentiu algo muito duro atrás dela, virando o corpo para encarar a cara lavada dele de quem não tinha feito nada demais.

– Você é um babaca, agora faz o favor de tirar as minhas roupas, já que tá amando brincar com o meu corpo...

– E depois tirar as minhas e te comer devagar na cama?

– Pelo amor de Deus, Elias – Joan balançou a cabeça, tirando a camisa dele e jogando longe. – Eu não sei como você ainda tá se controlando.

– Eu sou jogador de hockey. – Riu. – Faz parte da minha estratégia ter paciência.

– E ficar de frente para o gol, faça o seu papel de atacante, por favor.

– Na verdade, eu sou muito bom em manter o puck e esperar...

– Não. Estamos. Na. Droga. Do. Gelo – frisou cada palavra para que não houvesse brechas ali, dando as costas para ele de novo e tirando a calcinha que ainda estava parada no meio das coxas. – O zíper do vestido.

Elias acatou a ordem e desceu o zíper, se deleitando com a visão do tecido caindo e da bunda deliciosa que ela tinha. Ele adorava deixar umas mordidas por ali, mas agora com uma peça a menos, o foco passou a ser o sutiã de renda que Joan ostentava com orgulho. Uma ideia surgiu antes que ela pedisse para ele abrir o fecho também e ele a puxou em direção a cama. O zíper da sua calça também já estava aberta, estava duro feito pedra e de fato estava louco para estar dentro dela, mas se tinha uma coisa que eles faziam muito bem é ser o inferno um do outro.

– O que...? – ela parou de falar e se perdeu nos olhos – agora escuros – dele, Elias se sentou na cama e a puxou para ficar de frente para ele no meio de suas pernas.

Ele gostava daquele sutiã por diversas razões, mas a principal era enfiar a boca ali e saber que Joan ia ficar louca para tirar a renda do corpo. E foi isso que ele fez, lambendo um dos bicos intumescidos por cima da renda, passeando com a boca pelo vão entre os seios – e nos desenhos da tatuagem – para fazer o mesmo com o outro. Ela apoiava as mãos no seus ombros e observava a tudo com os olhos tão negros e brilhantes que Elias sorriu satisfeito, ao prender o mamilo entre os dentes e subir com a mão pela coluna dela para abrir o fecho.

A pele dela se arrepiou inteira com o toque certeiro dele, mas era uma cena belíssima assistir o último pedaço desprezível de tecido cair pelos braços dela.

– Linda – disse e o sutiã voou pelo quarto também. Completamente nua a sua frente, Joan deu um sorriso cheio de malícia quando o fez levantar, arrancando a calça e cueca do corpo dele.

Gostoso – respondeu. – Camisinha?

Ele se sentou de novo na cama, rindo quando Joan colocou as mãos na cintura e arqueou uma sobrancelha como se já tivesse zerado a paciência.

– No bolso da calça.

Ela se abaixou para pegar o pacote de preservativo no bolso dele, homem reclamava das bolsas das mulheres, mas era coisa de outro mundo o tanto de coisa que eles carregavam nos bolsos. Contudo, sentiu uma mordida na bunda e uma risada ecoar pelo quarto quando ela continuou empinada, olhando para trás e observando atentamente quando ele deu um tapinha ali, apertando em seguida.

– Eu tô louco pra saber o que você vai fazer agora – confessou quando ela se levantou e colocou o preservativo nele.

– Você vai deitar na cama e ficar quietinho enquanto eu monto em você, talvez segurando as suas mãos na parede porque eu quero – disse e ele continuou olhando para o sorriso arrogante dela, ao passo que a mão dela subia e descia calmamente.

– Depois sou eu o especialista em torturas medievais. – Ele mantinha o sorriso no rosto e Joan queria tirá-lo dali com beijos, o que foi o que ela fez antes de empurrar ele para que deitasse e ficasse por cima ali mesmo.

As mãos dele estavam uma em seu queixo e outra na cintura, quando ela se posicionou em cima dele antes de sentar devagar, os dois emitiram um gemido reprimido pelas línguas coladas uma na outra, quando Joan puxou as mãos dele para cima da cabeça e entrelaçou os dedos dela aos dele, criando um ritmo que fazia daquilo mais intenso do que já era. Elias deixou ela guiar os movimentos, se segurando muito para que não fosse ele o primeiro a chegar ao ápice, deixando que aquilo fosse tão prazeroso para ela como estava quase o fazendo visitar o céu.

Depois de vários beijos demorados e aquela mesma posição, Joan soltou alguns palavrões antes de soltar as mãos dele e ele a encarou com curiosidade. Ela parou, enfiando a cabeça no peito dele, sentindo a respiração pesada.

– Você por cima – falou baixinho, se jogando para o lado e esperando por ele.

– Por que isso? – Elias perguntou, franzindo a testa porque ela geralmente era bem decidida.

– Porque eu passei a semana fantasiando com você por cima – admitiu e ele sorriu, esperando ela se ajeitar nos travesseiros para se posicionar entre as pernas dela.

– Você é um sonho – disse e agora foi ele que guiou os movimentos.

Os dois já sabiam do que gostavam na cama e ele encontrou o ritmo que a fazia se contorcer, Elias segurou as mãos dela novamente.

– Olha pra mim – pediu e ela obedeceu relutantemente. – Eu quero que você olhe pra mim.

– Seus malditos olhos... São as coisas mais lindas que eu já vi na vida... Eu não tô mentindo. – Ele riu enquanto Joan falava pausadamente, entre um gemido ou outro.

– Como você consegue me elogiar enquanto eu tô aqui me concentrando pra te foder direito?

– Você prefere que eu fique repetindo "oh fuck"?

– Eu prefiro você gritando o meu nome enquanto goza – disse e ela sorriu.

– Não é um problema.

– Então, goza pra mim?

A boca dele encontrou a dela enquanto ambos sentiam o clímax chegando, quando Joan realmente começou um mantra de "E-lee-as" e o próprio se sentia entrando no paraíso, com os olhos nela, acompanhando cada movimento quando ela gozou e ele foi logo em seguida.

...

A claridade invadia a suíte presidencial onde Joan agora se encontrava ainda nua dormindo como um anjo por baixo dos lençóis brancos.

Elias admirava a cena desejando lá no seu eu mais profundo ser um artista para esquadrinhar em uma tela a visão que tinha, uma obra de arte rica em curvas e desenhos que se espalhavam por seu corpo. Uma das tenistas mais criativas e originais que já colocou os pés em cortes do mundo inteiro, a mulher mais linda que ele já teve o prazer de dividir não só a cama, mas a vida.

Ainda não podia acreditar no quão sortudo era. E quando seus pensamentos chegavam a esse nível, a recordação das palavras do amigo dela o incomodava. Ele tinha que se certificar disso, de que Joan estava mesmo fazendo o que queria, era ridículo chegar mesmo a cogitar que ele estava prendendo-a com ele. Eles não passaram o maior tempão separados por causa dos próprios torneios? Para Elias isso não foi um problema, como ela mesma salientou diversas vezes, eles iam dar um jeito, sempre dariam. Era assim que funcionava um relacionamento, afinal.

Lindholm aprendia rápido.

Estava vestido com a calça e a camisa quando o serviço de quarto finalmente chegou com o desjejum que havia pedido, queria acordar Joan do jeitinho que ela gostava, com cheirinho de comida. Por isso quando voltou ao quarto levantando a tampa das coisas, a namorada se remexeu na cama, deixando um seio descoberto. Elias estava hipnotizado por aquela mulher, ainda mais quando ela sorria sem ao menos ter aberto os olhos direito, espreguiçando e deixando que o lençol abaixasse mais.

– Meu Deus – sussurrou e ela abriu ainda mais o sorriso.

– Você tá com muita roupa, meu amor.

– Você queria que eu atendesse a porta pelado?

– Só se fosse eu te entregando o café da manhã – ronronou, tirando o lençol do corpo lentamente.

Elias se sentia tão duro como quando acordou aquela manhã, por isso, não se demorou em tirar a camisa e a calça, mostrando claramente os efeitos que Brant fazia nele.

– E o que exatamente seria o café da manhã? – perguntou se aproximando da cama e ela deu um sorriso cafajeste, abrindo as pernas e passando os dedos ali antes de chamá-lo.

– Servido?

Ele não pensou duas vezes antes de aceitar a proposta, abocanhando aquela mulher sem ao menos tirar os olhos dela. Assim como ela tinha feito com ele na noite anterior, quando foram para a banheira que tinha uma vista privilegiada para a torre Eiffel, depois de trocarem alguns planos e muitas palavras sujas. Passaram a noite fodendo após isso, na banheira, no sofá, no tapete, nos lençóis brancos. Colocando em prática tudo o que prometeram durantes semanas afastados.

...

Depois que o casal deitou e rolou na suíte presidencial, fizeram o check-out e voltaram para o apartamento, encontrando uma Ravena ainda sonolenta jogada no sofá.

– Vocês esqueceram da existência do celular? – ela perguntou, espreguiçando e se levantando. – Joan, tia Tessa e Jonas voltaram hoje de manhã junto com a equipe, John tá sendo desnecessário por aí ainda e não esquece que nosso voo é de noite.

– Sim, senhora – a tenista respondeu, indo até o quarto para trocar de roupa e arrumar as malas.

Elias veio atrás, fechou a porta e deu um beijo no ombro da namorada quando ela começou a se despir. Mas logo fez o mesmo, dando um jeito com a própria bagunça de roupas e mala.

– Joan – Rav gritou da sala –, o que acha de almoçar e darmos uma última volta na Champs-Élysées?

– Pode ser – Jo berrou em resposta e Elias só olhou para ela com uma cara que dizia claramente que ela era escandalosa.

Ela só riu, era incrível como já se comunicavam só com um olhar.

Depois de tudo arrumado, seguiram o roteiro de Ravena. Primeiro o almoço, depois visitaram lojas como Louis Vuitton, Adidas, H&M, MAC... Mas eles só foram felizes mesmo nas loja do PSG e da Disney. A Brant mais velha estava muito certa em dizer que eram duas crianças, Joan nem negava mais.

No fim da tarde encontraram John em uma confeitaria, onde eles encheram a cara de macarons e pegaram as malas para irem para o aeroporto. Os quatro ficaram jogando baralho no tapete enquanto esperavam pelo voo, que estava um pouco atrasado, mas ainda assim o sorriso de Joan e Elias era fácil. Quando estavam juntos, tudo parecia mais fácil.

(06.01.2k19)
E aí, estamos vivas após um capítulo desses? AHAHHAHAH eu confesso que foi difícil até pra mim passar pela revisão, mas olha TÁ QUENTE AQUI NÉ?
Esse é meu presente beeeem atrasado pra vocês e espero que tenham gostado bastante, por favor, compartilhem comigo qual o sentimento ahahaha.
Um beijão e até a próxima <3

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