Hana pov
O soco de Yoongi não chegou a quebrar o nariz de Taehyung, mas o fez sangrar até demais. Jin fez um curativo e garantiu que em alguns dias ele ficaria bem.
Eu me sentia um pouco culpada, como se toda tensão fosse por minha causa. Naquela noite Taehyung me deixou em casa e eu desejei que as coisas pudessem se resolver. Agora, sentada enquanto o observava revirar o guarda roupa em busca de algo, eu me perguntei se ele tinha medo também.
— O que você tanto procura? — me estiquei na cama e apoiei a cabeça sobre a mão.
— Armas, eu sei que tem mais aqui... — se virou brevemente para mim — quero me livrar de todas.
— Não precisa delas para se proteger?
Na situação em que estávamos, segurança era o que mais importava, mesmo que de uma forma ilegal.
— Sim, mas quando eu finalmente me livrar do Yoobum, é provável que a polícia reviste a casa. Não quero acabar preso por porte ilegal.
Talvez ele acabasse preso por outros motivos. Pensava naquilo constantemente, haviam grandes chances de Taehyung acabar atrás das grades e eu não fazia idéia de como lidar com aquilo.
— Tae, até agora você não me disse o que pretende fazer.
— É para a sua segurança — vi quando ele tirou uma maleta de dentro do guarda roupa — achei.
Fiquei de joelhos tentando ver mais de perto, no entanto Taehyung não abriu a maleta, apenas a jogou dentro da caixa de papelão próxima a seus pés.
— Nada mais de armas, tráfico de drogas e crimes — se virou para mim — vou pedir para o Namjoon se livrar de tudo que tenho aqui.
— Por que não tentou sair antes?
— Porque dava dinheiro e tudo ia bem. Mas depois do problema com a filha do Yoobum...— coçou a nuca — eu percebi que precisava parar. Estava tudo pronto, mas o Yoongi me fez perder o dinheiro que precisava para sair.
Pelo visto Yoongi era bem problemático.
— Eu só quero que as coisas fiquem bem — mordi o lábio — mas elas não estão no meu controle.
— Vai dar tudo certo — ele sorriu se aproximando — eu vou poder ter um emprego normal e você vai estar segura.
Queria acreditar, a possibilidade de termos uma vida normal, fazia meu coração se aquecer. Seria um sonho poder sair com Taehyung, sem me preocupar com um possível ataque, ou não acordar todos os dias com medo de que Yoobum o tivesse matado.
— Mal posso esperar — sorri fraco.
Me perdi no olhar de Taehyung por um momento, apesar de tudo, perto dele eu me sentia em casa, não havia nenhum outro lugar em que eu quisesse estar. Ele me fez sentir importante pela primeira vez em anos e eu não conseguia mais imaginar minha vida sem sua presença.
Nenhuma dose dele parecia suficiente, meu coração desejava mais. Queria mais de seus toques, mais de seu amor, mais de tudo aquilo que Taehyung verdadeiramente era.
— Hana? — Taehyung chamou baixo se aproximando — está distraída.
Ele se inclinou depositando beijos por meu rosto e eu sorri deixando-o continuar. Seus lábios trilharam uma linha pelo meu maxilar, eu corri a mão por seu braço incentivando-o a continuar.
Quando Tae ameaçou se afastar, eu o puxei pela camisa e o beijei. Nós pareciamos nos encaixar, por um momento não existia mais nada além dele e eu. Acabei me recostando na cama trazendo-o junto comigo.
Uma de suas mãos me acariciava fazendo meu corpo se arrepiar a outra ele utilizava para impedir que todo o peso ficasse sobre mim. Aprofundei o beijo, queria senti-lo e nada parecia bastar.
— Calma — sorriu quando me afastei ofegante.
— A culpa é sua — tracei a linha de seu rosto.
Taehyung me beijou, mas de maneira breve dessa vez, mordendo meu lábio inferior e em seguida descendo em direção ao meu pescoço. Meu corpo parecia estar pegando fogo, deixei um gemido baixo escapar quando ao se mover o quadril de Taehyung tocou o meu.
Ele ergueu a cabeça me encarando e eu assenti quase suplicante, sem tirar os olhos de mim Taehyung desabotou meu short e me olhou como se pedisse permissão.
— Por favor — murmurei sentindo meu rosto pegar fogo.
Ele retirou meu short e voltou a me beijar antes de seus dedos fazerem caminho para dentro da minha lingerie. O beijo abafava meus gemidos, eu estava totalmente entregue.
— Mais? — sussurrou mordiscando minha orelha.
Minha resposta foi algo entre um sim e uma súplica. Taehyung se afastou me encarando, suas mãos pousaram na lateral da minha lingerie e eu entendi o que ele estava prestes a fazer.
— Se você não...
— Tudo bem — mordi o lábio.
Tomar banho antes de sair foi uma boa idéia.
Tae removeu o tecido com certa delicadeza, nunca tinha ficado tão exposta a ele mas decidi me deixar levar pelo momento. Ele me puxou para a beira da cama e ficou de joelhos no chão. Suspendeu minha blusa, logo beijando minha barriga e fazendo um caminho até em baixo.
Tremi quando seus lábios beijaram a parte interna das minhas coxas, quando Taehyung finalmente chegou lá, jurei que podia morrer ali mesmo.
Sua boca fazia um bom trabalho, suas mãos fortes me mantinham no lugar apesar dos espamos e eu mal conseguia pensar em nada que não fosse quão bom era tê-lo lá em baixo.
— Tae...— mordi meu lábio tentando me conter.
Uma de minhas mãos segurou seu cabelo, meu corpo pedia por mais. Minutos depois, eu me desfiz sentindo o prazer tomar cada parte do meu corpo.
Taehyung me soltou e eu me sentei, observando-o lamber os lábios enquanto me dirigia um sorriso safado.
— Você é deliciosa — sentou-se de frente para mim.
— E você ótimo nisso — resolvi deixar a vergonha de lado.
— Estou ao seu dispor — sorriu e fez menção de levantar mas segurei seu braço.
— Onde você vai?
— Fazer algo para comer, pensei que...
— Eu quero mais, quero tudo de você, Taehyung — acaricei sua mão.
— Tem certeza? — ele parecia nervoso — eu estava esperando um momento melhor ou...
— O momento é agora — disse antes de beijá-lo.
Não sabia de onde estava tirando tanta coragem, talvez fosse a excitação falando mais alto. Sentir meu gosto era estranho mas não de um jeito ruim.
Finalmente sentia que podia fazer aquilo, confiava em Tae o suficiente para saber que ele iria ser cuidadoso.
Ele se livrou da camisa e eu o empurrei levemente na cama, distribuindo beijos por seu abdômen. Haviam pequenas cicatrizes, nós dois éramos cheios de marcas e talvez por isso nos dessemos tão bem.
— Não sabe como foi difícil não te tocar assim — se livrou de minha blusa.
Sua boca envolveu meu seio e eu não pude conter os gemidos, seus lábios quentes deixavam marcas em minha pele. Tae me tocava como se eu fosse a mulher mais atraente do mundo.
Minha mãos puxavam seus fios enquanto eu me contorcia sob seus toques.
— Tae — arfei — pare de me torturar.
Eu sabia que ele queria tanto quanto eu, podia senti-lo duro através da calça.
— Só quero ter certeza que está pronta — comentou beijando o vale entre meus seios.
Seus lábios tomaram os meus, eu senti seus dedos serpenteando por meu corpo até tocarem minha intimidade. Taehyung pareceu satisfeito e se afastou saindo da cama.
Observei tímida enquanto ele se livrava da calça de moletom e da boxer. Engoli em seco, ok talvez não fosse tão fácil assim.
Tae pegou um pacote de preservativo e uma embalagem de plástico para qual franzi o cenho.
— Comprei isso um tempo atrás, porque você me contou aquela história — o modo como ele parecia desajeitado era engraçado — Só para ajudar.
Apenas assenti, agora que tudo parecia mais real, eu começava a ficar um pouco nervosa. Tae colocou o preservativo sem dificuldade e despejou um pouco de lubrificante sobre o mesmo.
Quando seu corpo ficou sobre o meu, pude notar que ele também estava um pouco inseguro.
— Se quiser parar, a qualquer hora, avise.
Deixei meus braços apoiados em seus ombros e o envolvi com minhas pernas. Respirei fundo quando senti o membro de Tae fazendo pressão.
— Shh, fica calma — ele distribuía beijos por meu ombro e pescoço.
Apertei os olhos fechados quando o senti me penetrar, doía mas de uma maneira muito mais suportável. O beijei tentando me distrair, Tae esperou por um momento antes de começar a se mover.
Ele me encarava com tanto amor, que fazia com que eu me esquecesse de tudo.
— Mais rápido — pedi quando me senti melhor.
Taehyung me segurava de modo firme, o som de sua pele contra a minha enchia o quarto. Gemi seu nome quando ele pareceu acertar o lugar certo, ainda havia um certo desconforto.
— Hana.. — sua voz rouca podia me levar a loucura — você é tão incrível, tão..... — estocou mais forte — me deixa louco.
Éramos uma bagunça de gemidos e beijos. Em algum momento eu fui parar no colo de Tae, suas mãos em meu quadril impedindo que fosse fundo demais.
— Tae — beijei seu pescoço — eu amo você.
Seu braço me envolveu e Taehyung me fez encará-lo, ele parecia surpreso e sorria bobo.
— Repete — pediu mantendo o ritmo.
— Eu. Amo. Você — sorri beijando-o.
Taehyung me beijou e me fez deitar de novo, suas mãos mantendo meus braços contra o colchão enquanto ele parecia me dar tudo de si.
Me desfiz pela segunda vez naquela noite e enquanto eu tentava recuperar a respiração, Taehyung continuou até que se desfez minutos depois com um gemido rouco, caindo sobre mim.
— Me ama mesmo? — questionou numa voz arrastada.
— Amo você, sem hesitar nenhuma vez — afaguei seus cabelos.
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Depois de mil anos eu consegui escrever esse capítulo.
Hana disse eu te amo ♡♡♡
A fic chegou a 215k, muito obrigada ♡♡♡♡