Nas Mãos do Diabo [1] O Maest...

By atimewritting

3.4M 447K 1.7M

[CONCLUÍDA, Jikook] Livro 1 da Saga Nas Mãos do Diabo. Há algo errado ocorrendo no Inferno. As gárgulas não r... More

Aviso Infernal
Aviso de Sobrevivência Infernal
Prólogo: o Limbo.
|01| Saia da fila do Inferno
|02| Saiba Como Morreu
|03| Conheça o Diabo
|04| Seja Mal Pela Primeira Vez
|05| Tente negociar com a ira
|06| Receba a ajuda de quem não quer
|07| Estranhe o Diabo
|08| Dance com ele
|09| Fuja do Circo Infernal
[10] Não morra em silêncio
|12| Vá para o Hotel Mortal
|13| Divida o quarto com Jungkook
|14| Sobreviva ao Hotel Mortal
|15| Descubra o erro da redenção
|666| A última pista: O X E L F E R
|16| Não olhe para os reflexos
Interlúdio: O Jogo.
|01| Veja através de outros olhos
|02| Comece a mentir de verdade
[03] Pule de um precipício
|04| Corra
[05] Dê prazer para ele
|06| Veja seu pior pesadelo
|07| Conte sua história: Horácio
|08| Conheça o Diabo: Adiv
|09| Deseje o Diabo: Devon
|10| Não chore por ele: Eliel
|11| Roube a memória dele e fuja: Samandriel
|12| Veja ele trocá-lo lentamente
|13| Faça-o olhar somente para você
|14| Entre na Sala Proibida
|15| As revelações: Eles
|15| As revelações: O veneno
|15| As revelações: Nêmesis
|16| O Apocalipse: Tânatos
|16| O Apocalipse: Khaos
|16| O Apocalipse: O Espelho
Epílogo - Nem tudo foi o que pareceu ser
ESPECIAL DE NATAL - !leoN iapaP o etaM
NAS MÃOS DO DIABO: ¿2?
O LIVRO FÍSICO DE NAS MÃOS DO DIABO
ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO - Como poderia ter sido: Parte 1.
ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO - Uma longa escada: Parte 2.
ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO - Um Hotel inusitado: Parte 3.
ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO - Fim: Parte 4.
NAS MÃOS DO DIABO [3]: APOCALIPSE
O Maestro está no Kindle e, temporariamente, DE GRAÇA!

[11] Deixe que ele o toque

110K 13.8K 53.2K
By atimewritting

Engoli em seco, sentindo o peso de seu olhar intenso sobre meu corpo.

— Você deve estar bem bêbado — forcei uma risadinha nervosa, olhando para qualquer canto que não fosse ele.

Algo que ele não me permitiu fazer por bastante tempo, pois segurou meu queixo e me forçou a olhá-lo diretamente. Fui obrigado a observar — e tremer — quando ele mordeu o lábio e negou com um simples balançar de cabeça. Tinha um sorrisinho no canto dos lábios e uma expressão de "te peguei, finalmente" brilhando em seu rosto.

— Não estou bêbado, Jimin — negou, lambendo os lábios brevemente. — Nem você está com dor, não mais, pelo que posso ver.

— Isso não...

Fechei os olhos por segundos, sentindo o leve dedilhar de seus dedos no cós de minha calça justa demais. Não queria admitir, mas seu toque suave estava influenciando demasiadamente em como meu corpo estava reagindo, assim como o ritmo que minha respiração estava tomando.

O que estava acontecendo? Como não havia notado o nível em que eu tinha chegado?

Apavorado por ter chegado àquele estado, logo na frente de Jungkook e.... por Jungkook, fiz uma careta chorosa e cobri meu rosto com minhas mãos em uma negação piedosa.

— Eu sinto muito! — funguei. — Isso é um pecado, eu sei, mas... — oh, não... eu já estava chorando?

Sim, eu estava apavorado pelas imagens de minha família e de minha igreja que apareceram como facas em minhas costelas, torcendo minha carne com a dor do pecado. Eu havia crescido em um lar puro, logo, me desenvolvido em uma igreja que repudiava tais atos e pensamentos que eu estava tomando naquele momento. Eu estava pecando!

Estava?

Oh, meu Deus!

Eu...

— Olhe para mim, Jimin — Jungkook ordenou, afastando minhas mãos para que eu pudesse cumprir sua ordem vergonhosamente.

Assim que abri os olhos, senti uma onda de calafrios ao ver seu olhar sério em minha direção.

Então, ele se inclinou e perguntou: — Quando você vai parar de pensar assim? — deslizou a ponta de seu indicador por minha barriga, até começar a fazer círculos imaginários envolta de meus mamilos eriçados. — Você já morreu, não estou certo?

Concordei rapidamente, observando com afinco cada gesto sugestivo de seus dedos em meu corpo. Estava fascinado.

— Sim, mas...

— Você não irá para o céu, de qualquer jeito? — sussurrou contra meu ouvido, mordendo o lóbulo suavemente.

Gemi e fechei os olhos, sentindo cada pontada nervosa que aquele simples gesto havia causado, além de um calor substancial que eu era incapaz de ignorar.

Por que ele estava em todos os lugares... assim como suas mãos.

— Sim — respondi, mordendo o lábio para conter qualquer outro som, além de minha tímida resposta.

— Então por que está se segurando? — questionou.

Ele raspou a ponta de seu nariz, de meu pescoço até minha bochecha, enfim chegando em meus lábios para me roubar um beijo delicioso demais para ser negado.

Me arrepiei quando ele gemeu — um som grave e rouco, enlouquecedor —, se afastando minimante, apenas para me olhar no fundo dos olhos.

— Por que não se solta e aproveita esses dias no inferno, Jimin?

Apertei meus braços contra seus ombros, pois a vergonha de estar embaixo dele também estava presente. Era pequena, mas continuava presente, de qualquer forma. Não queria falar para ele que estava me baseando em meus ideais religiosos, ou em minha própria visão de mundo, até por que tudo o que eu pensava, naquele lugar era tido como patético e repugnante.

Talvez eu devesse concordar um pouco com Rubel, quando disse que eu havia mudado, pois eu também estava achando que os motivos que me seguravam em um lugar como aquele não passavam de coisas pequenas demais para serem levadas à sério...

— Todos sabem como você pensa — voltou a falar, me lançando um sorriso compreensivo. — Isso não significa que você deve agir como um santinho por aqui, uma vez quem você mesmo disse que iria virar meu castelo de cabeça para baixo, não lembra? — arqueou uma sobrancelha.

— Eu sinto muito por aquilo — pedi desculpas novamente, com as bochechas vermelhas de vergonha e quase ri ao ver sua careta ao ouvir tais palavras horrorosas.

— Não se prenda, meu Jimin... — murmurou, voltando a serpentear sua mão por meu abdômen, até chegar novamente no cós de minha calça.

Entretanto, não apenas se limitou a ficar tocando o tecido; simplesmente avançou adentro e passou a brincar com o elástico de minha cueca.

Não comigo — pediu calmamente.

Gemi ao sentir um aperto incomum em meu ventre, nunca deixando seu olhar.

Por quê?

Eu não sabia.

Ele rosnou e capturou meus lábios com os dele, usando sua mão que não estava dentro de minhas calças para segurar um punhado de meus cabelos e me manter firme no lugar. Soltei a respiração de uma vez, abrindo a boca sorrateiramente para deixar sua língua entrar, assim como ele havia me ensinado anteriormente.

Estava embriagado pelo cheiro de Jungkook; ele estava em toda parte! Nos lençóis da cama, em meu corpo suado, no dele, em suas roupas, no ar.... juro que poderia ficar sentindo aquele cheiro por bastante tempo, assim como estava começando a perceber que poderia beijá-lo por horas à fio, sem sequer pensar em cansar.

Por que seus lábios chegavam a ser mais viciantes que seu toque, que seu cheiro e seu charme. Eram os primeiros que eu beijava! Os primeiros que se interessaram pelos meus, que ousaram se aproximar.

E eu estava maravilhado por tudo aquilo.

Por seu beijo; seu toque; por ele.

Ainda nervoso e com os dedos trêmulos, puxei-o para mais perto, sentindo os finos fios de seu cabelo macio os roçando. Era um cabelo muito macio, então foi quase impossível não começar a acariciá-lo e receber – para aumentar ainda mais minha libido – mais um de seus gemidos roucos que causaram arrepios a minha pele.

Em todo o meu corpo, para ser mais sincero.

— Jungkook... — gemi, incapaz de fazer qualquer outra coisa para explicar o quão quente eu estava me sentindo.

— Eu sei, Jimin — ele rosnou, dando uma mordidinha em meu lábio inferior antes de se afastar minimamente. Sua respiração quente colidia com a minha. — Eu sei...

Parando de brincar com o elástico de minha cueca e sem esforço algum, ele abriu o zíper de minha calça e pediu para que eu levantasse o quadril. No começo, não entendi sobre o que se tratava, mas assim que ele desceu minha calça até meus joelhos e pôs a mão sobre meu ventre, pedindo silenciosamente para que eu voltasse a me deitar completamente, percebi que aquilo estava tomando proporções que eu não era capaz de levar adiante.

— Para — pedi, tirando meus braços de seus ombros e os usando, ao mesmo tempo, para empurrá-lo para longe.

— Estava demorando... — ele resmungou, sentando-se lentamente.

Entretanto, continuava com a mão sorrateira sobre o tecido de minha cueca, raspando os dedos suavemente de uma maneira paciente demais para alguém com tamanho poder.

— Isso... isso está sendo demais — gaguejei, mordendo o lábio para tentar conter todo o meu nervosismo.

Por que estava difícil demais aguentar o calor em meu corpo, junto de seu sorrisinho brincalhão e seus olhos fervorosos, pois eu sabia... eu sabia que ele estava do mesmo jeito que eu. Eu sabia que sua respiração estava descompassada, que seus cabelos estavam desarrumados e que seus lábios estavam tão vermelhos quanto os meus.

Tão chamativos...

Abracei meus joelhos, afastando sua mão de uma forma nenhum pouco intencionada, porém totalmente bruta. Não era minha intenção, eu só estava assustado e trêmulo demais.

— O que achava que estávamos fazendo? — questionou, tombando a cabeça para o lado.

Por que ele parecia tão engraçado, naquela hora?

"Pare de pensar nele desse jeito, Jimin" esbravejei comigo mesmo, "ele continua sendo o diabo...".

— Nós estávamos... — engasguei, tentando recuperar minha respiração. Ele riu baixinho e continuou me olhando, esperando minha resposta idiota. —... indo rápido demais!

— Nós estávamos indo para onde, rápido demais?

Soltei um muxoxo, escondendo meu rosto com minhas mãos novamente. Que humilhação!

— Não me faça de idiota, Jungkook! — esbravejei fracamente, afastando um de meus dedos para poder ver seu rosto vermelhinho e sério, me observando calmamente. — Você sabe o que estávamos fazendo...

— Você fica muito engraçadinho quando fica vermelho, Jimin — comentou casualmente, pondo a mão em meu joelho. — Mas não precisa se preocupar. Faremos apenas o que você quiser, aqui.

Arqueei as sobrancelhas, questionador.

— Sério?

— Sério — ele sorriu um sorriso que mostrou suas presas salientes, me reconfortando de uma maneira estranhamente boa. — Você está precisando de um banho.

Fiz uma careta, desviando o olhar para meu corpo sujo de sangue seco.

— Também acho.

[...]

— Não era isso o que eu tinha em mente, me larga! — esbravejei, me debatendo em uma tentativa em vão de me livrar de seu aperto.

Após eu concordar que necessitava de um banho, notei um brilho extremamente incandescente atravessar os olhos de Jungkook como um raio. Ele foi rápido em levantar da cama — tanto que pensei que estava indo embora para me dar a privacidade de tomar um banho sozinho, mas acabei me enganando de uma maneira catastrófica, pois ele apenas me pegou como um boneco sem peso algum, me jogou sobre seu ombro e me carregou como um maldito saco de batatas até um pequeno corredor que havia em seu quarto, bem atrás de uma gigante pilha de castiçais amassados.

Tentei me soltar diversas vezes, batendo em suas costas, beliscando, arranhando..., mas ele apenas ria e continuava a andar como se eu fosse um peso morto qualquer.

— Você é um idiota! — gritei assim que ele me jogou, completamente vestido, dentro da banheira cheia de água.

— E você já está com essa língua afiadinha de novo — cruzou os braços, largando sua bengala de lado, que ficou apenas levitando completamente parada. — Levanta os braços, vou tirar esses restos de seu paletó.

— O quê? — arregalei os olhos, me abraçando instintivamente. — Você não vai tirar minha roupa!

— E você vai tomar banho vestido? Os humanos são tão estranhos! — resmungou, revirando os olhos teatralmente.

— Eu não vou ficar sem roupa na sua frente! — gritei, alterado. — Você é que é estranho!

— Jimin, Jimin... — ele negou lentamente, se ajoelhando até ficar frente a frente comigo, com seus olhos na altura dos meus.

E eles estavam escurecendo à cada respiração pesada que ele puxava.

— Você continua se prendendo...

Desviei o olhar, brincando com o tecido sujo e molhado de minhas vestes.

— Não consigo evitar — expliquei com um sussurro bem fininho, fazendo um biquinho de descontentamento e vergonha, ao mesmo tempo.

— Você só precisa relaxar... — comentou, se aproximando ainda mais para capturar o lóbulo de minha orelha entre seus dentes. — Deixa eu tocar em você, Jimin.

Fechei os olhos com a sensação de sua respiração contra meu pescoço, quase em uma carícia velada sobre minha pele molhada. Eu não pretendia transparecer o quão afetado eu ficava por cada movimento que ele fazia, mas acabava sendo impossível não mostrar que ficava arrepiado a cada toque que ele me dava, a cada sorrisinho de presas que ele me oferecia e, principalmente, a cada pedido que ele me fazia.

"Deixe ele te tocar! Deixe ele te tocar!" Gritei em minha mente, buscando algum modo de respondê-lo sem perder o compasso de minha respiração.

Me encolhi inteiro quando ele esfregou a ponta do nariz contra meu pescoço. Era uma sensação boa demais, quente demais, e eu não poderia ficar impassível com ela. Era tudo novo, tudo apavorante! Tudo bom demais... ah, como eu queria apenas me deixar levar...

Mas eu não podia.

— Eu não consigo, Jungkook... — neguei rapidamente.

E o pior: eu temia que ele perdesse a paciência e fosse embora.

Não queria que ele fosse embora...

— Calma, calma... — pediu ele, acariciando minha bochecha com as costas de sua mão. — Só levante os braços, que irei tirar essas roupas sujas de você e, infelizmente, não poderei ver muita coisa... veja, a água nem está mais tão transparente.

Atento às suas palavras, olhei para a água e suspirei em alívio ao ver o tom avermelhado que ela tomava gradativamente.

Concordei em silêncio e levantei meus braços, recebendo seu sorriso como resposta.

Ele deslizou as mãos por todo o cumprimento de meus braços, até chegar em minhas mãos, depois as desceu e começou a desabotoar os últimos botões restantes de minha camisa. Os do paletó haviam sumido durante o ataque. Assim que desabotoou o último, me lançou um olhar brilhante e esperou que eu concordasse com seu pedido silencioso por permissão.

Primeiro, tirou o paletó, jogando-o para longe. Depois, pediu para que eu me afastasse do encosto da banheira e segurou o pano de minha blusa social em frangalhos, removendo-a pouco a pouco, até me ter nu da cintura para cima.

Voltei a abraçar meu corpo, inseguro demais para agir normalmente diante daquela situação.

— Não se esconda, não há por que — sussurrou ele, afastando minhas mãos até coloca-las sobre minhas cochas. — Eu preciso que você se levante, agora.

— Jungkook...

— Vamos, Jimin, nada de mais irá acontecer aqui — encorajou com mais um sorrisinho pequeno.

Apreensivo, levantei aos poucos, enquanto ele se afastou, ainda sobre os joelhos, e me olhou de longe com um brilho no olhar. O brilho que eu estava aprendendo ser comum em seus olhos avermelhados, mas que ficava mais forte toda vez que me via. Como naquela hora.

— Tire sua calça para mim — pediu roucamente, manejando um simples estalar de dedos.

Eu estava suando, eu podia sentir. Levei meus dedos trêmulos até minha calça – que, graças a ele, já estava em minhas cochas – e me inclinei para removê-la completamente, percebendo segundos depois que estava empinando minha bunda demais.

Entreguei a ele os restos de minha calça e voltei a submergir na água vermelha de meu sangue na banheira. Estava esperando mais instruções, como um cachorrinho obediente.

Por que eu estava tão suscetível aos seus pedidos?

Jungkook também tirou seu paletó, arregaçando as mangas de sua blusa social branquinha até os cotovelos. Ele também estava suando; eu podia perceber isso pelos cabelos que grudavam em sua testa, e em como sua pele parecia brilhar junto à luz dos poucos candelabros que iluminavam o grande banheiro.

Procurei por alguma espécie de sabonete ou shampoo, mas só havia uma pequena esponja em suas mãos.

— Diga-me, Jimin... — murmurou, começando a esfregar a esponja por toda a extensão de minhas costas. Quase não consegui conter um suspiro, por que estava bom demais. — Você tem nojo de seu próprio sangue?

Olhei-o confuso e neguei, voltando a brincar com meus dedos.

— Isso é bom — suspirei, fechando os olhos com minha respiração pesada.

Com uma mão, ele forçou meu peito para trás, até que eu estivesse com as costas apoiadas na cerâmica da banheira. Depois começou a esfregar a esponja por meu pescoço, descendo suavemente pela pele de meu peito.

— Não abra os olhos, apenas sinta... — pediu com um sussurro soprado contra minha orelha.

Encolhi meu pescoço com as cócegas que sua respiração quente me causava e concordei.

Logo, estava limitado apenas a ouvir e sentir tudo o que ele fazia.

Podia ouvir sua respiração lenta colidindo com a minha, o barulho que a água produzia ao ser movimentada por gotas e mais gotas que escorriam de seus braços firmes, enquanto ele massageava deliciosamente meu peito, meus ombros, meus cotovelos e pulsos. Soltei um risinho quando ele esfregou todos os dedos de minha mão, dando uma mordidinha leve em meu mindinho esquerdo. Suas presas eram tão afiadas, que me causavam cócegas.

Foi pouco perceptível, mas pude sentir como o ar da atmosfera mudou ao nosso redor, quando ele passou a mover a esponja macia pela extensão de meu abdômen, não deixando nenhum pedaço, nem mesmo um centímetro de minha pele desamparado de seu carinho.

Incapaz de me controlar, gemi com seu toque e me arrepiei por inteiro ao ouvir seu rosnado responsivo por meu ato.

Sem aviso algum, Jungkook passou a esfregar minhas coxas, subindo sua mão até o limite de minha virilha, somente para recuar até meus joelhos. Ele fez isso diversas vezes, até chegar em meus pés. Então, barulho algum foi emitido por um bom tempo, e quando abri os olhos para investigar o que estava acontecendo, soltei uma exclamação de surpresa ao vê-lo desabotoando os últimos botões de sua blusa.

E ao mesmo tempo em que a removia, não tirava seus olhos vermelhos e escuros de mim. Parecia que só consegue olhar para mim.

Para mais ninguém.

— Não é justo se só você está sem as roupas, não é mesmo? — questionou com um sorriso ladino pendendo em seus lábios.

Assim que a retirou por completo, tive o vislumbre de seu peito e abdômen definidos, brilhando pela fina camada de suor que adornava sua pele branca.

Engoli em seco quando ele levantou, desafivelando o cinto com a maior calma e lentidão possível. Parecia que estava aproveitando cada movimento que seus dedos ágeis faziam. Parecia que estava adorando ver meu olhar curioso sobre ele, assim como quando eu inalava cada vez mais forte ao observá-lo.

Ele gostava de ser observado.

Gostava quando eu o observava.

Sem vergonha alguma, Jungkook desabotoou sua calça e a removeu, sem nunca deixar de me olhar. Uma vez com o pano em mãos, ele a jogou ao lado de onde havia deixado a blusa e caminhou lentamente em minha direção.

Me assustei, por que aquela cueca parecia pequena demais para segurar aquele volume...

Meu Deus, o que estou fazendo com minha morte?

— Feche os olhos — pediu, voltando a se ajoelhar ao meu lado.

— Eu...

Como eu poderia?

Como eu poderia fechar meus olhos, se ele estava desnudo tão próximo a mim? Ou quando eu podia sentir todo o calor que seu corpo emanava? Ainda mais, quando aquele volume cutucava sorrateiramente meu ombro...?

Como eu poderia?

— Vou lavar seus cabelos, Jimin — revelou. — E não quero queimar, literalmente, seus olhos com esse shampoo amaldiçoado.

— Ele... — gaguejei, tentando puxar conversa para me distrair da visão desconcertante que ele me oferecia. — Amaldiçoado?

— Sim, — deu de ombros. — Algo entre cuspe de dragão e catarro de demônio.

— O quê? — gritei, desacreditado. — Você não vai passar isso no meu cabelo!

Shh! — pediu ele, colocando o indicador contra meus lábios.

Fiquei em silencio imediatamente, concentrado quando ele começou a raspar a ponta de seus dedos em meus lábios com extrema atenção. Ele franziu o cenho e mordeu a língua, contraindo o abdômen em uma respiração mais lenta e pesada.

— Tem cheiro de morango — sussurrou como se fosse uma espécie de segredo, retirando seu dedo lentamente, como se não quisesse fazê-lo de verdade.

— Eu não acredito... — eu estava pronto para refutar a ideia de que iria passar um shampoo feito com cuspe de dragão e catarro de demônio, mas ele foi mais rápido em me driblar para despejar boa parte daquela gosma em meu cabelo. — Ai!

— Calado — ordenou, começando a esfregar os fios de meu cabelo com a maior delicadeza possível.

Ele estava certo... tinha mesmo cheiro de morango.

Acabei fechando os olhos, embriagado demais para brigar uma vez que tinha seus dedos fazendo carinho em meu couro cabeludo. Ele tinha grandes mãos; mãos rudes e violentas, mas... de alguma forma, não parecia querer ser violento comigo.

Não percebi quando se inclinou sobre mim, mas ele o fez, simplesmente para me roubar mais um beijo avassalador. Gemi quando nossas línguas colidiram e nossos lábios começaram a se mover com desespero. Por que eu não sabia o quanto eu desejava aquilo, e também tinha uma breve desconfiança de que seu anseio era mútuo.

Notei que estava ficando cada vez mais viciado nos beijos de Jungkook.

Coloquei meus braços em seus ombros e o puxei mais para perto, gemendo quando ele trouxe uma de suas mãos deslizantes até meu abdômen, que não demorou a chegar no o elástico de minha cueca e invadi-la, envolvendo meu membro duro em seus dedos calejados.

Soltei uma exclamação, mordendo seu lábio sem ter intensão, em uma mistura de surpresa e nervosismo. Ele estava me tocando, e eu ligava sim para aquilo, mas... ao mesmo tempo, me obrigava a não me importar nenhum pouco.

Por que estava bom demais.

— Não se prenda — sussurrou com os lábios afastados minimamente dos meus, voltando a me beijar em seguida.

Não se prenda!

Não se prenda!

Não se...

Me assustei quando ele baixou minha cueca até minhas coxas e voltou a segurar meu membro, dessa vez com mais precisão e habilidade, começando a mover sua mão para baixo... para cima...

Oh!

— Jungkook... — gemi arrastado contra seus lábios, incapaz de fazer qualquer outra coisa além de puxar os cabelos molhados pelo suor de sua nuca.

— Eu sei, Jimin... eu sei — murmurou gravemente, acelerando o vai e vem de sua mão em um ritmo alucinante.

Cortei nosso beijo para deitar minha cabeça contra o encosto da banheira e abrir minha boca em um gemido incrédulo e demorado, fechando os olhos com força ao que sentia cada poro de meu corpo ferver e borbulhar em uma mistura do diferente, novo e incrivelmente enlouquecedor.

Jungkook voltou a me beijar e parecia que meu ventre iria explodir em um milhão de pedaços de emoção pura.

Por que era assim que eu estava; somente emoção e desejo.

Desejo por seu beijo, por seu corpo e por sua mão que me tirava a respiração a cada movimento preciso que realizava.

— Jung... Ah! — gritei, com meu corpo entrando em uma onda de convulsões extremamente fortes.

Por segundos, tudo o que fui capaz de ver foram manchas vermelhas que surgiam e desapareciam sequencialmente, até que consegui piscar novamente e fui, pouco a pouco, recuperando a compasso de minha respiração.

— Meu... satanás! — exclamei, deitando minha cabeça contra seu ombro.

Estava exausto.

Jungkook segurou minha cabeça e trouxe seus lábios até os meus uma última vez, deixando um beijinho em meu queixo antes de se levantar e estender a mão em minha direção.

— O que foi? — perguntei, engolindo em seco ao ver seu membro duro marcando sua cueca.

— Você precisa se secar — deu de ombros.

Estendi a mão e agarrei firme na sua, aceitando sua ajuda para me levantar. Precisei pedir para que ele tomasse cuidado, pois minhas pernas estavam moles e bambas demais para me sustentar totalmente.

Assim que sai da banheira, abracei meu corpo e olhei ao redor em busca de uma toalha – o que ele não tardou em me oferecer.

Estava pronto para sair correndo daquele banheiro, mas ele me pegou por trás e envolveu minha cintura com seus grandes braços, sussurrando contra meu ouvido: — Você ainda irá me retribuir o favor, Park Jimin, mas não agora.

Engoli em seco, tentando não entrar em pânico ao sentir seu membro duro sendo esfregado sorrateiramente contra minha bunda, para também não pensar em como suas mãos me seguravam firmes no lugar. Eu não poderia surtar, não naquele momento.

Por que em minha mente... eu já estava surtando!

— Vá para o quarto e se arrume — ordenou roucamente, se afastando de meu corpo conforme falava. — Você irá dormir em meu quarto pelo resto de seus dias no inferno.

— Por quê? — perguntei confuso, me virando para olhá-lo nos olhos.

Ele mordeu o lábio e pendeu a cabeça para o lado, acariciando o volume em sua cueca com os olhos brilhantes.

— Quer ser atacado por meus monstros todos os dias? — perguntou simples.

Tremi, lembrando que ainda detinha o ódio de boa parcela dos moradores infernais.

— Mas eu sou apenas um humano... — ressaltei, baixando o olhar.

— Isso não importa, só coloque alguma roupa. Você quase nu em minha frente está me impedindo de pensar corretamente — sorriu.

Balancei a cabeça para cima e para baixo de maneira rápida e condescendente.

— Obrigado, Jungkook — sussurrei.

Ele fez uma careta e apontou para a saída do banheiro. — Você ainda insiste em falar essa palavra horrorosa. Não pode falar algo mais desastroso, não? Tipo desobrigado. Isso, sim, seria um bom desagradecimento!

E ele continua a agir como se fosse o Chapeleiro de Alice.

— Obrigado, mesmo assim! — gritei e praticamente dei no pé, saindo o mais apressado possível daquele lugar que cheirava a sangue, suor, Jungkook e gozo.

Por que eu havia gozado pela primeira vez e, não, não era um caso de polução noturna¹!

Assim que saí do banheiro, fechei a porta atrás de mim e me encostei na madeira áspera, respirando profundo. Estava começando a sentir o suor voltando a escorrer por entre meus dedos, assim como meu peito parecia que iria explodir a qualquer momento.

Por que Jungkook havia me tocado, me levado ao ápice... e eu havia gostado de tudo.

O quão errado eu estava?

[...]

Acordei com um estrondo vindo da entrada do quarto. A porta havia sido arrancada de suas dobradiças e jazia inerte no chão.

Olhei ao redor e me desesperei ao ver que Jungkook não estava no quarto. Percebi que nem sabia se ele havia dormido no quarto, pois tinha demorado demais no banheiro e eu estava exausto demais para esperar sua vinda. Para ser mais sincero, estava envergonhado demais por estar dormindo em sua cama, me enrolando em seus lençóis macios, e não queria falar, nem olhar para a cara dele por um bom tempo.

Pelo menos, tempo o suficiente para eu aceitar que estava dormindo na cama do diabo.

Acordando de meu sono turbulento, me afastei o máximo possível da entrada e quase caí no chão do outro lado da cama.

— Onde está Jungkook? — era Jennie que perguntava.

Ela entrou brutalmente, derrubando tudo por onde passava. Vestia uma armadura amarela, com uma espada em mãos e parecia furiosa.

— Calma, Jeeeeeeeeeen... — a Preguiça apareceu em seguida, e parecia ter dificuldade para colocar o capacete de sua armadura verde. —... ie.

— Vai se ferrar, Dong Han! — ela gritou em resposta, batendo a ponta metálica e extremamente fina de sua espada no chão, o que acabou produzindo um estridente tilintar.

— Ai, vocês são muito barulhentos! — Luxúria entrou em seguida. Ajeitava uma flor morta em seu capacete vermelho. — Geralmente, o barulhento é o Wonho...

— Quem você está chamando de barulhento? Fica na tua, Zen — Wonho surgiu gritando, dando um soco certeiro na parede. Vestia uma armadura violeta.

O que estava acontecendo?

Ai, acho que minha armadura está pequena demais! — Mino choramingou, passando por debaixo das pernas de Wonho.

Tentava vestir a parte de cima de sua armadura, mas parecia que ela havia entalado bem na área de sua grande barriga.

— Ou talvez sua barriga cresceu demais! — Wonho rosnou, dando outro soco na parede.

Sem falar nada, Avareza atravessou a parede ao lado da Gula, ajeitando um pequeno chapéu-carteiro cinzento em sua cabeça sem formato algum. Ele não vestia armadura alguma, o que era explicado por seu corpo não possuir forma alguma, também.

— Esse chapéu fica uma gracinha em você, Jooheon! — comentou Luxúria, dando pulinhos animados até ele.

— Cadê o Jungkook? — vociferou Jennie, o que me assustou mais ainda.

— Olha sóooooooo.... O humano! — Dong Han riu e apontou o dedo lentamente para mim.

— Humano, cadê o Jungkook? — Wonho gritou, dando passos pesados em minha direção.

— Estou aqui — respondeu Jungkook, caindo do teto da maneira mais graciosa possível.

Vestia um pijama branco de seda, e não estava nada feliz com toda aquela invasão.

Espera aí... ele estava dormindo no teto... bem acima de mim?

— O que querem? — ele rosnou, me lançando um rápido olhar.

— Se arruma, Lúcifer — Luxúria comandou, soprando suas unhas com descaso teatral.

— Por que eu faria isso? — riu, bocejando em seguida.

Wonho soltou um risinho apavorante, ficando sério em questão de segundos, depois falou: — Estamos com um tumultuo no sétimo círculo do inferno.

Jungkook perdeu o sorriso debochado, adquirindo uma expressão e postura mais séria. A mesma postura que possuía quando eu o vi pela primeira vez.

— Saiam todos! — ele ordenou entredentes.

Finalmente, ele vai se arrumar — Gula, que ainda não havia conseguido colocar sua armadura por completo, gritou, jogando os braços para cima, depois deu as costas e saiu do quarto e foi seguido por todos os outros.

O último que saiu foi Wonho; seus olhos estavam fixos em mim, brilhantes e ameaçadores. Ele só saiu mesmo, quando Jungkook o acertou um soco no ombro e apontou para a porta.

— Saia! — gritou.

Wonho ainda me olhou uma última vez, depois saiu pisando firme.

Assim que estávamos sozinhos, me virei para Jungkook – ainda abraçado aos travesseiros, provando do gosto amargo de meu próprio medo – e perguntei:

— O que está acontecendo? — perguntei, tremendo. — Por que todos eles estavam vestidos em armaduras?

— Explicarei no caminho — murmurou, arrancando os lençóis que me cobriam. — Vá vestir outra roupa, vamos até o sétimo círculo.

— O quê?

Ele sorriu e pegou sua bengala, que flutuava ao lado da cruz invertida que havia usado como cama alguns dias atrás, depois voltou a me olhar. Seus olhos pareciam duas esferas vibrantes e poderosas, pois mesmo com a pouca luz das velas no quarto, eles se destacavam sobre tudo.

— Espero que não fique enjoado com trens.

Continue Reading

You'll Also Like

1.3M 112K 31
Jeon Jungkook é ganancioso, principalmente por dinheiro. Desde quando completou a maioridade, acostumou-se a cantar em um bar afastado, e seu sonho...
1.4K 315 58
Uma raposa com mais de 1000 anos que decidiu ser um modelo na Coreia do Sul e finge ter 25 anos e tem amigos famosos e tem uma paixão por um rapaz fa...
319K 623 3
[CONCLUÍDA] Por onde posso começar, a contar sobre minha vida? Bem, não que tenha acontecido algo surpreendente ou que sempre estive repleto de felic...
140K 8.4K 77
𝑬𝒍𝒂 𝒑𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆𝒔𝒂 𝒆 𝒆𝒖 𝒇𝒂𝒗𝒆𝒍𝒂𝒅𝒐, 𝑨 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒍𝒖𝒙𝒐 𝒆 𝒆𝒖 𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒆𝒏𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒓𝒐...