Capítulo 11
“ Tudo o que quero é te ver amanha, e todos amanhãs, talvez você até me empreste seu coração no dia de domingo? E se não for pedir muito você poderia emprestá-lo todos os dias?. Eu sei que as pessoas costumam fazer promessas todo o tempo e nos viram as costas as quebrando(...) Baby não é uma coisa ruim se apaixonar por mim, você precisa saber que seus sonhos poder tornar-se realidade comigo!”
Not a bad thing – Justin Timberlake
Laura Miller
Parecia que o mundo todo estava contra mim. Minha relação com Vivian estava indo de mal a pior, ela estava constantemente esforçando-se para parecer no seu normal, falhando ridiculamente. Eu me sentia uma péssima amiga por não ser capaz de descobrir o que estava a fazendo mal para ajuda-la. Isso me fazia doente, Vivian que sempre fora tão alegre, engraçada e cheia de vida de repente estava apática e sempre se policiando sua maneira de agir e falar.
Para piorar minha situação minha mãe estava achando-se no direito de se intrometer na minha vida amorosa. Está certo que ela é a minha mãe, porém tudo tem um limite e agora ela tinha que intender que sou uma mulher adulta, responsável por mim mesma e tenho que resolver meus problemas sem interferência dela. No presente as escolhas são por minha conta e risco.
O motivo que ela estar tão “chateada” provavelmente e emburrada, é porque magicamente soube do retorno de Eric e estava achando um absurdo que supostamente eu dei um fora nele, como se quisesse me vingar, já que ele é quem me deixou anos atrás.
O que é totalmente mentira, eu apenas disse ao Eric, deixando bem claro, de que NESSE momento eu não estava disposta a me envolver num relacionamento sério, entretanto não descartei totalmente a possibilidade de que no futuro poderíamos da certo.
Fechei meus olhos e soltei um suspiro alto, tudo estava tão tenso, estava constantemente me sentindo acuada e solitária, uma das pioras sensações que eu já tive.
Heloisa era outro caso a que não queria me deixar em paz, a situação estava cada vez mais insuportável, ela se empenhava diariamente em me humilhar, me colocando em situações constrangedoras sempre que tinha uma oportunidade, Raul nunca a advertia, permanecia calado fingindo não compreender, isso me deixava ainda mais nervosa. Afinal ele era a razão das coisas que estava acontecendo.
Por varias vezes pensei em abandonar tudo, minha casa, meu emprego todas as pessoas que estavam ao meu redor e simplesmente fugir, sem dar satisfações para ninguém, um tempo só pra mim longe de problemas e das pessoas que só querem o meu mal. Mas se eu fizesse isso eu deixaria Heloisa sentir-se vencedora e me negava a deixá-la com um sentimento vitorioso nem que seja por míseros segundos. Isso pra mim era um assunto impensável.
Minha vida tinha dado um giro de trezentos e sessenta graus sem minha permissão!
(...)
Depois de mais um almoço solitário (drama), porque Vivian simplesmente estava muito ocupada para vir almoçar comigo, passo pelo hall de entrada de empresa quase vazio e em silencio caminho até minha sala.
Sem dar muita atenção virei-me e fechei a porta dei-me conta de que minha sala já não estava como eu tinha deixado a mais ou menos uma hora atrás. Havia uma única rosa vermelha em cima do teclado do meu computador, o qual estava aberto uma pagina onde informava a significado de rosas vermelhas. Paixão intensa, ou amor.
Fiquei totalmente confusa, quem entrou na minha sala? O que isso significava? Será que era mais uma das humilhações que Heloisa estava planejando?
Eu não sabia mais o que pensar, estava estupefata, e estava principalmente cansada de tantas perguntas sem respostas, porque minhas duvidas não poderias sem sanadas?
Hipótese possíveis, ou quase possíveis, passam pela minha mente o resto da meu dia eu simplesmente não conseguia fazer minha mente parar de tentar encontras esses estupidas respostas.
Acho que esse foi o dia mais exaustivo que já tive em toda a minha vida, ou melhor ainda acho que nessas semana foram cheios de dias exaustivos com esse. Cansada ao extremo resolvi pegar o elevador em vez de descer de escadas eu estava habituada a fazer depois desses terríveis acontecimentos na minha vida.
Chamei pelo elevador, e meu celular vibrou alertando que uma nova mensagem havia chegado, esperava do fundo do meu coração que não fosse minha mãe, porque acho que mesmo não querendo magoá-la eu faria.
Felizmente era apenas Vivian avisando-me que mais uma vez, pra variar. Chegaria tarde que não era para eu esperar por ela. Bufei irritada, e percebi que a elevador estava próximo.
Quando as portas se abriram entendi porque de tanta demora, senti meu estomago se embrulhar e por momento pensei que colocaria meu almoço para fora. Finalmente notando minha presença Raul empurra Heloisa pelos ombros, pondo fim em um beijo selvagem.
Pude ver seus olhos espelharem horror por eu estar ali, algo que ele não esperava encontrar, um algo que ele havia usado talvez para conquistar a cretina da Heloisa. Recusei-me a virar minhas costas para eles, como se nada de anormal tivesse acontecido, recolhi meus pedaços, ergui minha cabeça e finalmente agi como uma mulher forte e adulta. Ignorei os dois e os acompanhei até o térreo do prédio.
Raul parecia querer explicar-se, porém foi interrompido pelo toque de seu celular. Eu não queria explicações fajutas, para mim tudo estava claro. Ele havia me usado e conseguiu o que queria agora eu já não tinha serventia, ele me descartava como se nada tivesse acontecido. Eu deveria ter sido mais firme, mas como diz minha mãe “não adianta chorar pelo leite derramado”.
Raul Storini
Havia muito trabalho a ser feito hoje. A maioria das propagandas teria que estar prontas até o final do dia, a pauta da reunião já deveria estar finalizada.
Os funcionários corriam de um lado feitos baratas tontas, como se a pressa fosse compensar a falta de competência. Isso era umas das coisas que estavam contribuindo para meu mau humor.
O que aconteceu entre Heloisa e eu chegou aos ouvidos de Laura e pelo os excessos de sussurros quando passo pelos corredores, toda a empresa estava ciente também.
Laura me ignora a todo momento, não usa mais ou tem usado o elevador ultimamente, todos os relatórios que peço ela sempre entrega para minha secretaria.
Nas reuniões mantinha-se distante e quando era realmente necessário falar comigo usava seu tom profissional e seus olhos sempre estavam frios, nunca conseguir enxergar emoções através de seu olhar gelado.
Eu sabia que ela estava chateada, o que não sabia era como eu iria reparar meu erro e conseguir seu perdão. Tudo bem que não estávamos tendo nada sério, e mesmo assim feri seus sentimentos talvez seja mais frágil do que quer parecer.
Heloisa estava aproveitando de toda a situação, é claro, mantinha-se por perto o tempo todo e não perdia uma oportunidade de depreciar Laura, deixando-me em uma situação difícil perante as pessoas ao nosso redor.
Parecia que o universo conspirava contra mim, toda vez que tentava me aproximar de Laura Heloisa vinha a meu encontro e me envolvia em uma conversa, a qual eu não queria participar, tendo um olhar de desprezo de Laura como lembrança.
Ainda não tinha certeza dos meus sentimentos por ela, a única coisa que estava cem por cento certo é que Laura não era o tipo de mulher a ser usada.
(...)
Não tive tempo para um almoço descente tive que me contentar com um sanduiche natural, bem mal feito, o dia todo foi uma grande correria era tanto coisa na minha cabeça que eu mal pude me concentrar para ajustar alguns documentos.
Exausto, desliguei meu computador recolhi a papelada espalhada pela mesa, decidido a terminar o trabalho em casa.
Hoje realmente não era o meu dia de sorte, era a ultima pessoa que queria ver nos próximos mil anos, Heloisa estava parada no meio do elevador com um sorriso um tanto presunçoso, como se eu fosse seu pote de ouro no final do arco-íris.
Mesmo sabendo do “risco” que corria em estar no mesmo ambiente do que ela, não tive outra opção. Assim que as portas se fecharam fui atacado por Heloisa, que cobriu minha boca com a sua beijando selvagemente. Eu estava ciente do meu erro, entretanto, não pude deixar de correspondê-la.
Como todo erro tem suas consequências, não foi diferente no meu caso esqueci completamente que poderíamos der pegos a qualquer momento. Não percebemos a que o elevador parou que as portas se abriram.
Separei-me rapidamente de Heloisa e quando olhei para a pessoa parada na porta senti um arrepio na minha espinha. Se antes Laura, talvez, tinha me concedido o beneficio da duvida quando soube dos boatos, agora sim eu pude presenciar sua conclusão dos fatos.
Cheguei a pensar que ela correria quando vi uma expressão vencedora em Heloisa, mais como sempre Laura me surpreendeu ergueu a cabeça e entrou no elevador descendo conosco até o térreo.
Eu queria explicar-me imediatamente, mas fui interrompido pelo meu telefone, o qual me deixou ainda mais estressado. Respondi a ligação com grosseria descontando toda minha raiva em terceiros, eu queria apenas achar um culpado para minha situação mesmo sabendo que esse era eu.
Chegando ao nosso destino final chamei pelo seu nome, mas tudo que recebi foi seu desprezo. Rapidamente senti—me mal como se algo tivesse sido arrancado de mim. Será que ela voltaria?
“Nada está bem, estou despedaçada, perdi minha fé e é assim como me sinto, fria e envergonhada. A ilusão nunca muda.”
Torn
Natalie Imbruglia
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Como havia prometido, aqui está o capitulo novo espero que gostem,!
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