Anônimo

Galing kay CarolNeverBeTheSame

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"Oi, sabia que pode ser perigoso deixar seu número em um ônibus?" *Apresenta Intersexualidade Higit pa

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Galing kay CarolNeverBeTheSame

Acordo e tomo um banho, como algo rápido e me despeço da minha mãe. Se eu me atrasasse Dr.Montgomery iria me comer viva( e não é de um sentido bom).
Espero Callie, Arizona e Amelia no ponto de ônibus e vamos juntas para o hospital.

- Chegou com dois minutos de atraso - ela olha em seu relógio de pulso e depois pra minha cara.
O que ela tinha de bonita tinha de chata.

- Me desculpe senhora - falo baixo, afinal ela era minha superior e eu tinha muito respeito por ela.

- Venha comigo - ela me puxa pela mão e estranhamente meu coração ganha um ritmo mais rápido.

Ela me leva até uma sala, era a sala de cirurgia.

- Estarei aqui se precisar de alguma ajuda - ela para na porta e encosta suas costas lá.

- Posso? - pergunto ainda surpresa.

- Deve, não quero que fique reclamando pelos cantos - ela diz indiferente e cruza os braços.

Analisei o corte do paciente e peguei o que era necessário para uma sutura.
Não era grande coisa, mas era um começo.
Melhor do que carregar cafés com certeza era.

Terminei minha sutura e ela veio analisar.

- Perfeito, parabéns Grey, amanhã irá assistir uma cirurgia comigo pode ser? - ela pergunta.

Eu só consigo assentir com a cabeça, eu não estava acreditando. Finalmente eu estava fazendo alguma coisa naquele hospital e eu precisava contar isso pra Idiota Desconhecida, acho que ela iria ficar feliz por mim.

- Está liberada por enquanto, mas quando eu te chamar... a interrompo.

- Nada de atrasos - complemento.

Saio da sala cantarolando e vou até uma sala vazia, eu precisava contar pra desconhecida logo.

Me: Você não vai acreditar

A.Idiota: O que??? Me conta

Me: A chefe me deixou fazer uma sutura super legal hoje

A.Idiota: E você ficou feliz?

Me: Feliz???? Eu sou a garota mais feliz do mundo

A.Idiota: Por uma simples sutura?

Me: Já é alguma coisa, pelo menos melhor do que carregar cafés pra lá e pra cá

A.Idiota: Verdade kkkkkkk

Me: Vou comer agora, tchau

A.Idiota: Estou feliz por você, tchau

Me: Obrigada

Bloqueio o celular com um sorriso e saio da sala, indo para o refeitório.

- Sozinha? - o pica das galáxias me perguntou.

Olhei para os lados e respondi irônica.

- Bem, é o que parece

- Posso me sentar com você? - ele pergunta e eu digo sim.

- Está com a Dr.Montgomery né? - ele pergunta e eu assenti que sim.

- Não pensa em dar um pulinho na neuro? - ele sorri.

- Não, estou feliz na ginecologia - falo.

- Okay, decidida gosto disso

Ficamos em silêncio por alguns segundos, apenas trocando sorrisos.
Derek Shepherd era aquele típico homen dos sonhos, simpático, bem sucedido e um cara legal.
E com certeza não era só eu que achava isso.

Ouço meu pager vibrar.

- Tchau, foi ótimo conversar - saio apressada sem deixar ele responder.

- Estou aqui - tento controlar minha respiração.

- Três minutos atrasadas, se não tivesse de namoricos isso não aconteceria - ela diz brava.

Era incrível como aquela mulher mudava da água para o vinho em questão de segundos.

- Preciso que você realize uma histerectomia - ela fala naturalmente.

- Oi? Eu só entrei no programa à dois dias - falo assustada, eu tinha medo de não ser boa o suficiente.

- Não duvido de seus talentos, agora se apronte agora - ela diz e eu corro para me arrumar.

Realizo a cirurgia e eu suava frio, Dr.Montgomery me observava a todo tempo, qualquer erro ela cortaria a minha cabeça fora.

Finalmente termino e dou a notícia de que estava tudo bem para a família da jovem.

Vou para o vestiário e me troco.

- Meus parabéns - ela entra no vestiário me assustando.

- Desculpe

- Tudo bem, obrigada Dr.Montgomery - sorrio.

- Eu estou indo com alguns amigos para o bar, quer ir? Se quiser pode levar seus amigos - ela põe as mãos no bolso de sua calça e me encara esperando a resposta.

- Sim, eu vou avisar a elas - digo sem nem pensar direito.

Ela sai do vestiário e eu vou atrás das minhas amigas.
E todas estavam de plantão, é apenas seria eu com um bando de residentes e o caralho a quatro.

Vou até ela e aviso que seria apenas eu.

- Vamos? - ela pergunta e eu sorrio.

Aquilo era estranho, acabei de chegar e já estou saindo com a minha superior e seus amiguinhos metidos.
Okay Meredith não surte.

Fomos em silêncio o caminho inteiro e a todo momento eu só desejava estar digitando para a desconhecida e contando pra ela na encasacada que eu havia me metido.

Estacionamos o carro e fomos para o bar.

- Oi pessoal, trouxe carne nova - ela diz com um sorriso e eu encolho meus ombros, eu estava me sentindo exposta até demais.
Ouço alguns gritos e cumprimento todos.

- O que você bebe? - ela pergunta.

- Tequila - menti, eu nunca tinha bebido.
Minha mãe não deixava, ela dizia que não queria que eu acabasse como o meu pai, um alcoólatra.

- Duas tequilas no capricho por favor - ela sorri pro barman.

Analiso o ambiente, nunca havia entrado num bar, Amelia me contava como era mas eu nunca tinha ido, ordens de Ellis Grey e eu as obedecia sem pestanejar.

- Aqui está, aproveitem - o barman pisca pra nós duas e entrega os copos.

Os amigos de Montgomery gritavam "Vira" e ela virava o copo todo de uma vez, pegando mais um e assim sucessivamente até que ficasse completamente fora de si. Eu não bebi, não desrespeitaria minha mãe.

Vou até o toalete e sinto que estou sendo seguida, dou de ombros e entro no toalete.
Retoco meu batom claro e lavo as mãos, quando estou as secando sinto duas mãos agarrar minha cintura.

- Não se assuste Grey - ela sussurra em meu ouvido.

Fico desconfortável com seu toque.

- Pode me soltar por favor - peço jogando o papel fora e tentando tirar suas mãos de cima de mim.

- Você não gosta? Achei que quisesse subir de nível, ter mais cirurgias talvez? - ela beija meu pescoço, reúno todas as minhas forças e a empurro pra longe.

- Não desse jeito, eu não quero transar com você para obter vantagens. Eu não sou assim está me ouvindo - grito colocando o dedo em seu rosto.

Aquele episódio no banheiro me fez lembrar uma noite em minha casa, meu pai estava tão bêbado que tentou me estuprar, se não fosse minha mãe batendo com um vaso em sua cabeça eu nem sei o que teria acontecido.

Saio do banheiro chorando e passo pelos amigos de Montgomery, que soltam alguns assobios pra mim, ela e todos eles eram nojentos.

Pego um táxi e chego em casa, faço o mínimo de barulho e subo para o meu quarto.
Tranco a porta e choro digitando uma mensagem para a desconhecida.

Me: Idiota preciso de você

Me: Minha chefe tentou me agarrar no banheiro do bar que ela me levou

Me: Eu achei que ela era legal mesmo sendo Insuportável daquele jeito

Me: Meu segredo é que eu sou virgem

Me: Eu tenho medo das pessoas por causa de algo que quase aconteceu no meu passado

Me: Idiota?????

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