TEAR
Yoongi
Ano 16, 19 de setembro
As chamas ardiam furiosamente. Minha casa estava em chamas até esta manhã. Pessoas que me conheciam correram e gritaram para mim. As pessoas do bairro deram passos curtos. A entrada não era segura e o caminhão de bombeiros não podia entrar. Eu parei lá.
O final do verão foi o começo do outono. O céu estava azul e o ar estava seco. Eu não sabia o que pensar, o que sentir e o que fazer. Então pensei: 'Ah, mãe'. No momento seguinte, a casa caiu com um estrondo. A casa em chamas, ou a casa que agora era o próprio incêndio. O telhado, os pilares e os muros caíram como se a casa fosse construída de areia. Olhei para ela sem expressão.
Alguém me empurrou para o lado. Foi dito que o caminhão de bombeiros havia entrado, e mais uma vez alguém me agarrou e gritou comigo. Olharam-me nos olhos e gritaram, mas eu não pude ouvir nada.
- Quem está aí? – olhei fixamente para a pessoa – Sua mãe está aí dentro? – ele agarrou meus ombros e me sacudiu.
- Não. Não há ninguém – respondi sem aviso prévio.
- O que é isso? – disse a senhora do local – Que tal ela? Onde ela está?
- Não há ninguém – eu não sabia do que estava falando.
Alguém me empurrou novamente.