Amélia - Filhos da Paixão #1

By rrbeatrice

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Esse é o primeiro livro da série Filhos da Paixão, spin-off da Série da Paixão. Amélia é o livro que dá inici... More

Sinopse
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Epílogo

Capítulo 14

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By rrbeatrice

Primeiramente gostaria de agradecer a minha leitora querida @Gabrielle_s3  por ter feito essa nova capa de Amélia como um presente para mim. Muito obrigada!! Segundo, gostaria de dizer que devido a correria de final de ano não vou mais conseguir postar todo dia, acredito que o próximo capítulo ficará para quinta-feira (se por acaso conseguir terminar antes, posto antes.) Beijos!


Uma linha fina sobe do chão até o céu laranja por causa do entardecer. Outra linha faz o mesmo movimento e as duas explodem, desabrochando no céu como duas flores na primavera.

Mantenho meu queixo erguido e os olhos atentos aos fogos de artifício. Sinto a presença dele, mas não tenho coragem de olhar.

Tudo seria mais simples se o que eu sentisse fosse apenas desejo. Nate e eu estaríamos na mesma página e eu não teria que me preocupar e me conter, poderia me jogar de cabeça.

Mas é claro que não é tão simples assim. Eu o amo.

Sinto-me tão patética agora. Mais patética do que me senti quatro anos atrás.

Naquele dia eu disse que o amava e o beijei, mas foi isso. Hoje eu o fiz gozar com minha boca e minhas carícias e pra mim foi muito mais do que simplesmente sexo.

Foi um momento íntimo, erótico e bonito. Meu corpo estava pulsando assim como meu coração e eu simplesmente deixei escapar, me deixei levar pelo momento.

Aposto que aquilo era a última coisa que Nate queria ouvir depois de receber um boquete. Fecho os olhos por um momento e amaldiçoo minha estupidez.

Preciso dar um jeito nessa situação, mas o que devo fazer? Simplesmente dizer "sabe, eu falei aquilo da boca pra fora, eu não te amo mais" não vai funcionar.

Estamos afastados da cidade então os fogos não duram muito. Papai solta alguns, mas logo voltamos para a piscina para nos refrescar.

Não vejo Nate em lugar algum, o que é bom. Respiro um pouco melhor sem a presença dele.

Sento-me na beira da piscina e coloco apenas meus pés na água. Converso com Kath e Jacob.

Logan também parece não estar em lugar algum. Talvez ele e Nate estejam juntos.

Depois do almoço reforçado ninguém parece querer que mamãe faça algo para o jantar, então Kath e eu fazemos um sanduíche leve para nós duas e Jacob depois que o Sol se põe. E os outros comem o que sobrou do almoço.

Quando vejo que já são 21h08 decido ir tomar um banho e me deitar. Ainda não há nenhum sinal de Nate ou Logan.

Despeço-me de todos e Kathleen decide subir comigo. Passo pela porta do quarto que Nate divide com Logan e observo a porta fechada.

Kath me deixa tomar banho primeiro e depois que saio do banheiro ela vai tomar o seu.

Visto um shorts de flanela e uma camiseta velhinha e sento-me na cama. Hesito antes de pegar meu celular, com medo de ter recebido alguma mensagem de Michael, mas não há nenhuma notificação nova.

Respiro aliviada. É tão bom poder contar com Logan para me ajudar com essa situação. Eu nunca vou ser capaz de agradecê-lo o suficiente.

Ouço uma batida na porta e congelo. Só poder ser Nate.

— Não! — Gemo baixinho. Não quero falar com ele agora.

Nate bate de novo e eu continuo quieta. Fico imóvel, como se ele pudesse me ouvir do outro lado.

— Amélia? — Ouço a voz abafada e com alívio reconheço a voz de Logan.

Vou até a porta e a abro.

— Oi.

— Oi. Olha só, de cupido fui rebaixado a garoto de recados. Nate quer falar com você e pediu pra você ir até o nosso quarto.

— Não. — Digo imediatamente, balançando a cabeça.

— Não seja covarde, Amélia.

— Você não entende, eu disse que o amava logo depois de...— Sussurro e Logan faz uma careta.

— Você é tipo uma irmã pra mim agora e não preciso dessa imagem na minha cabeça, obrigado. Nate me contou o que aconteceu, quer dizer, ele não contou os detalhes sórdidos, mas ele quer falar com você e me mandou aqui para te convencer.

— Eu não quero, Logan. Ele vai quebrar meu coração de novo.

— Não teria tanta certeza disso se fosse você. Vai lá e conversa com ele. Faça isso por mim. — Ele diz e eu o olho de cara feia.

— Isso é golpe baixo.

— Mas funciona, não é? — Ele pergunta e sorri.

— Tudo bem, eu vou, mas você vem comigo.

— De jeito nenhum! Não quero nem imaginar o que é que vocês vão fazer lá dentro. Ah, agradeceria se pudessem fazer os negócios de vocês longe da minha cama.

— Logan! — Chamo, sentindo meu rosto ficar vermelho.

— Vai logo, Amélia, ele está te esperando.

— Tudo bem, mas eu não vou fazer nenhum...negócio com ele.

— Aham, claro. Você e Nate em um quarto sozinhos com toda a tensão sexual que vocês acumularam durante anos...é, não vai acontecer nada. Fiquem longe da minha cama. Agora vai. — Ele diz e aponta para o quarto atrás dele.

Vou até o quarto de Nate e paro em frente a porta. Olho para Logan e ele levanta o polegar e depois faz um gesto obsceno e bem sugestivo.

Reviro os olhos e bato na madeira. No mesmo instante a porta se abre.

Nate deve ter acabado de tomar banho, pois seus cabelos ainda estão molhados e sua camisa está grudada em alguns pontos do corpo, como se ele tivesse se secado com pressa.

— Que bom que você está aqui. Entra, precisamos conversar. — Ele diz e abre espaço para que eu entre no quarto.

Eu entro e ele fecha a porta.

O estrago está feito, eu já disse que o amo. A única maneira de arrumar essa situação toda é fingir que não é nada demais, que está tudo bem.

— Nate, eu sinto muito, não deveria ter dito aquilo. Não sei o que me deu. Não se preocupe, eu sei o que você quer me dizer.

— Sabe mesmo? — Ele pergunta, cruzando os braços.

— Sei e saiba que está tudo bem. Eu sei que você não sente nada romântico por mim. Essa situação não precisa ser constrangedora, afinal, você faz parte da família e nós vamos nos ver sempre em reuniões como essa e eu não quero que fique um clima ruim entre a gente. Eu sei que...

— Você acha que sabe muita coisa, não é? — Ele pergunta, se aproximando.

— Não entendi.

— Amélia, eu não sou indiferente a você. Nem um pouco. Estou bem longe disso. Sim, é verdade que você me excita até os ossos e eu desejo o seu corpo mais do que eu já desejei qualquer outra mulher. Todo santo dia eu penso em novas maneiras de te foder até você ver todas as estrelas da porra do universo. Mas...

"Foder" e "comer" foram duas palavras que Nate já usou enquanto descrevia o que queria fazer comigo. Nunca "fazer amor," nunca nada meramente romântico.

Não que eu tenha algo contra foder, meu corpo está aqui para provar isso, porque no mesmo instante que ele disse "te foder" meu corpo ficou bem animado, mas eu gostaria de fazer amor com ele também, pelo menos uma vez.

— Mas? — Incentivo, quando ele não continua.

— Eu tenho sim sentimentos por você. — Ele diz e acho que devo ter entendido errado.

— Tem?

— Sim. Eu não sei explicar o que eu sinto e eu certamente não consigo entender. Você deu um nome pra esse sentimento que você tem por mim, você chama de "amor" e pensar que uma mulher maravilhosa como você me ama é inacreditável. Você merece muito mais. Só que eu ainda não tenho um nome pro que eu sinto por você, desculpe. Eu sei que eu te desejo e eu sei que eu sinto carinho por você, sei que quero te proteger e que não quero que nenhum outro homem te toque, sei que você é uma das poucas pessoas que consegue me fazer sorrir e eu adoro estar perto de você, só sentir seu perfume e ouvir sua voz e sei também que pra muitos isso pode soar como estar apaixonado, mas eu...eu não estou pronto pra isso ainda, sinto muito, mas não estou. Estar apaixonado me apavora, Amélia, não sei explicar, mas eu entro em completo pânico.

Suas palavras me deixam totalmente sem chão. Nate não disse que está apaixonado por mim, ele não me disse que eu sou a coisa mais importante em sua vida, que eu sou seu mundo e que não consegue viver sem mim. Ele não disse nada das coisas que eu fantasiei por tanto tempo quando era adolescente.

Mas se eu parar para pensar, todas as coisas que eu queria ouvir de Nate são coisas dos livros que eu lia, não são coisas que casais reais dizem. Tudo o que eu queria ouvir era fantasia, mas isso, isso que ele acabou de me dizer é real.

E o real é bom o suficiente para mim. O real é melhor do que total indiferença.

O que Nate está tentando me dizer, e eu estou lendo nas entrelinhas aqui, é que ele gosta muito de mim, que não é só desejo que ele sente e que um dia, possivelmente, ele poderá se apaixonar por mim.

Pra mim está ótimo. Sinceramente, não posso me dar ao luxo de ser exigente.

Eu não poderia aceitar apenas sua luxuria, mas agora, isso, esse carinho...é algo mais. É algo com o qual eu posso trabalhar.

— Eu entendo o que você está querendo me dizer. Mas o que isso significa, quero dizer, para nós?

— Eu quero...eu quero ficar perto de você. Quero que a gente continue se vendo, continue curtindo um ao outro. Sem pressão. Sem controle. Só curtir o momento sem pensar demais no futuro.

— Entendo. Você quer que sejamos amigos que ocasionalmente dormem juntos.

— Ocasionalmente não, eu gostaria que fosse com bastante frequência, pra ser sincero. — Ele diz e eu sorrio.

— Tudo bem. Você quer amizade, sexo e liberdade, sem rótulos.

— Isso! Pelo menos até eu entender o que está acontecendo comigo, até eu lidar com essa tempestade dentro de mim. Não quero me sentir pressionado a entender nada agora, quero que aconteça naturalmente. Tudo isso é novo demais pra mim, todos esses sentimentos, eu nunca me senti assim com relação a nenhuma outra mulher que eu conheci.

— E você quer continuar saindo com outras mulheres? Quer que a gente tenha liberdade de ver outras pessoas?

— Deus, não! Não quero nem pensar em você com outro homem e eu também não vou sair com mais ninguém. É só você.

É só você. É só você! Caramba, quantas vezes eu sonhei em ouvir essas palavras?

Nate quer que sejamos exclusivos, que sejamos amigos e não só parceiros de foda. Não posso nem começar a descrever o quanto isso significa pra mim.

Saber que ele preza minha companhia e não só o meu corpo me dá esperança de que um dia possamos ter um futuro juntos. Me faz ter vontade de me arriscar.

— Nate, eu não poderia ficar com você se tudo o que você quisesse de mim fosse sexo, mas se você quer minha companhia, se você quer conversar comigo e criar um vínculo, então...por mim tudo bem.

— Caramba, não percebi o quanto eu estava ansioso para ouvir o que você tinha a dizer. Sinceramente, estava morrendo de medo de você não concordar e me pedir para nunca mais encostar o dedo em você. Não sei como eu conseguiria lidar com isso. — Ele diz, parecendo aliviado.

— Mas tem um problema. — Digo.

— Qual?

— Nossa família. Temos que continuar agindo normalmente perto deles. Se começarmos a agir como melhores amigos de um dia pro outro eles vão perceber que tem algo a mais nisso tudo.

— Tem razão. Além do mais, somos dois adultos e com quem nos relacionamos não é da conta de ninguém. Vamos manter esse acordo entre nós.

— E Logan. Com certeza ele está ouvindo atrás da porta. — Digo, brincando e Nate ri.

Eu amo a risada dele. E o fato delas serem tão raras só as torna mais especiais.

— Bem, já é mais tarde. — Ele diz e eu concordo.

— É mesmo, acho melhor eu voltar para o meu quarto e me preparar para dormir. — Digo e Nate dá um sorriso de lado.

— Eu disse que é mais tarde e não que está tarde, Amélia. E se me lembro bem, existe algo que ficamos de terminar mais tarde.

Seu tom de voz muda completamente. Suas palavras são baixas e quentes, soam tão aveludadas que é quase como se eu pudesse sentir o tecido roçando meu corpo nu.

Fico arrepiada na hora. De repente o quarto parece menor e mais abafado. Insuportavelmente quente. Tão quente que é preciso tirar toda a roupa.

Sorrio e dou um passo em sua direção.

— Nunca gostei de deixar as coisas inacabadas. — Digo, dando o melhor de mim para soar sexy.

— É mesmo? Sorte a minha, eu acho. — Nate segura minha cintura e me puxa com força, sua mão desliza até meu pescoço e ele enrola meus cabelos em seu punho e puxa.

Meu pescoço fica exposto e ele o ataca. Eu gemo.

Agarro-me a Nate como se ele fosse minha boia salva-vidas e eu estivesse me afogando em prazer.

Sua boca encontra a minha e ele me devora. Nate não é gentil. Seu beijo é desesperado e selvagem. O tipo de beijo que faria qualquer mulher se sentir desejada, se sentir a mulher mais poderosa do mundo.

Em um segundo estou retribuindo as carícias de sua língua e no outro estou sendo jogada na cama.

Sem fôlego, observo Nate parado em pé. Ele me olha como se eu fosse algo raro e precioso. Ele me olha como imagino alguém olharia para um oásis depois de vagar por anos no deserto.

Eu sou seu alívio, eu sou sua perdição assim como ele é a minha. Estávamos condenados desde o princípio.

— Quero você nua. — Ele diz e começo a tirar minha roupa, mas Nate me impede.

— Não, eu quero fazer isso. — Ele diz e começa a tirar meu shorts junto com minha calcinha. Em seguida minha camiseta e meu sutiã.

Estou nua, completamente nua na frente do homem que eu mais amo e desejo. E o modo como ele me olha me dá ousadia, me dá poder, me dá a sensação que estou viva e sou invencível.

Abro a perna devagar e sorrio, posso jurar que Nate está prendendo a respiração, esperando pelo momento em que poderá me ver e conhecer cada pedacinho do meu corpo.

— Nem nos meus sonhos mais perfeitos você era tão linda assim, Amélia.

— Eu sou sua, Nate. — Digo e percebo que sim, é verdade. Eu sou de Nate, sempre fui. Meu coração sempre será seu e meu corpo também será.

— Existe uma coisa que eu sonho em fazer com você, algo que eu fantasio há muito, muito tempo.

— Eu sou sua. — Repito, para que ele saiba que pode se libertar comigo, pode me contar seus desejos mais secretos e eu farei tudo o que posso para realizá-los.

Nate tira a camiseta e sobe na cama. Ele segura meus pulsos e os leva para perto da cabeceira da cama, bem acima da minha cabeça.

— Não se mexa. — Ele diz e sinto como se fosse uma ordem e não um pedido. Então Nate começa a amarrar meus pulsos com sua camiseta.

— Não abaixe suas mãos. — Ele diz. Outra ordem.

Nate então se levanta e vai até o banheiro, voltando segundos depois com uma camisinha na mão.

Suas mãos ágeis arrancam seu shorts e o jogam para longe.

Finalmente! Finalmente posso vê-lo inteiro, sem barreiras. E ele é tão perfeito quanto eu sonhava.

Sempre em minhas fantasias quando eu imaginava Nate sem roupa eu o imaginava sendo um Davi de Michelangelo, um Apolo. E agora vejo que ele é exatamente isso. Ele é perfeito.

Cada curva, cada músculo definido. Tudo dos pés a cabeça. Ele é simplesmente a coisa mais linda que eu já vi.

Quero tocá-lo, preciso tocá-lo.

Meus olhos absorvem cada detalhe. Desde o seu pescoço até seus mamilos, os pelos macios em seu peito, sua barriga sarada e finalmente seu membro.

Nate não é um monstro, mas é grande o suficiente para me preencher. É quase como se ele tivesse sido feito para mim. Ele é grosso e ao mesmo tempo que parece ser tão duro, sei que sua pele é macia e quente.

Sinto algo pulsar no meio de minhas pernas. Acho que seria capaz de fazer qualquer coisa para senti-lo dentro de mim agora.

— Nate...— Gemo baixinho.

Nate sobe na cama mais uma vez e vem como um furacão para cima de mim. Sinto seu corpo todo colado ao meu quando ele se deita em cima de mim e começa a me beijar.

Suas mãos exploram e apertam meu corpo, sua boca desliza por meu pescoço e encontram meu seio.

Arqueio o corpo quando sua língua encontra meu mamilo duro. Nate me ataca sem piedade. Ele lambe, chupa e morde meus seios me deixando perto de ter que implorar para que ele me toque onde eu mais quero.

Tenho que morder os lábios ou até mesmo meu braço para não gemer alto e acordar toda a maldita casa.

Deus me ajude, mas o fato de eu não poder fazer barulho só me dá mais vontade de gritar. E o fato de que qualquer um pode nos descobrir só me excita mais ainda.

Nate só se afasta dos meus seios quando eles estão vermelhos e sensíveis. Então ele começa a beijar minha barriga e não demora muito para que sua língua encontre as dobras do meu sexo.

Nate me lambe com fome, com vontade. Ele segura meus quadris com força e me devora.

E quando sinto que estou tão perto de gozar, ele para e se levanta.

— Não, não para. — Protesto.

— Quero que você goze sentindo meu pau dentro de você. — Ele diz, abrindo a camisinha e a colocando.

É isso, finalmente vai acontecer. Finalmente vou senti-lo me preencher.

Nate me puxa para mais perto dele e abre mais minhas pernas. Sinto seus dedos por minha intimidade, seu polegar esfregando meu clítoris, dois dedos me penetrando.

Nate então me dá os dedos lambuzados e eu os chupo, sentindo meu gosto. Um ronronado sai de sua garganta, quase como se ele fosse um gato selvagem.

Ele então segura sua ereção e encaixa em minha entrada.

Eu sempre soube que Nate não é um cara delicado ou romântico, mas o modo como ele me penetra me pega de surpresa.

Nate com um único movimento me preenche por inteiro. Sem delicadezas ou floreios. Simples e duro.

Não consigo me segurar e grito com a ardência e a picada de dor.

— Quietinha. — Nate sussurra e começa a me penetrar com força e rapidez.

Ele não começa devagar para depois aumentar o ritmo. Não. Nate já começa em velocidade total.

Nate me penetra como um louco. Um selvagem. Meu corpo balança, fazendo a cama balançar e bater na parede.

Nate aperta meus seios, belisca meus mamilos, ataca minha boca e faz tudo isso sem diminuir seu ritmo.

Seu membro é grosso demais e a cada estocada sinto como se ele estivesse tentando fazer algo enorme caber em um buraquinho pequeno.

Sinto-o me abrindo e apesar de arder, a sensação é muito boa. Me sinto completamente cheia, dolorosamente satisfeita.

Preciso gozar, não consigo pensar em mais nada. Começo a acariciar meu clítoris, mas rapidamente Nate segura meus pulsos amarrados com sua camiseta e os leva para cima de novo.

— Eu disse para não...— Ele sibila e me dá um tapa no lado do meu corpo, praticamente em minha bunda.

Não é um tapa muito forte, não é feito para machucar, mas mesmo assim me surpreende.

—...abaixar suas...— Outro tapa.

—...mãos! — Outro tapa.

Fico completamente aturdida com seus tapas. Claro que eu não esperava que Nate fosse colocar velas no quarto e fazer amor comigo, mas sua agressividade me deixa confusa.

Penso então na última pessoa desse mundo que eu gostaria de pensar em uma situação dessa.

Michael.

Os tapas e o modo agressivo de Nate me lembram dele, e ao mesmo tempo que sei que Nate nunca me machucaria do modo que Michael fez, sinto-me culpada por uma parte de mim gostar da agressividade de Nate.

Será que tudo que aconteceu com Michael foi mesmo culpa minha? Será que no fundo eu estava gostando e isso o incentivou?

Ao mesmo tempo que quero pedir para Nate ser mais gentil, não consigo lhe dizer nada pois sei que estou perto de gozar.

Uma parte de mim está completamente exitada nesse momento e a outra quer sair correndo.

Estou confusa com a atitude de Nate. Será que ele sempre é assim tão agressivo e controlador quando faz sexo com alguém?

Sinto meu orgasmo se aproximar e então ele chega e me consome inteira.

Nate coloca a mão em minha boca, para me impedir de gritar, algo que eu com certeza teria feito, pois meu orgasmo é arrebatador. É violento. Meu corpo todo treme e eu gemo contra sua mão.

Lembranças de Michael tampando minha boca e me dizendo para ficar quieta invadem minha mente.

Nate está fazendo o mesmo, mas ele não é como Michael, eu sei disso. Uma mistura de prazer e sensações ruins me dominam no que foi o orgasmo mais intenso e estranho da minha vida.

Por mais que Nate tenha sido rude e nem um pouco sensível, meu corpo ainda arde por ele. Eu ainda o quero. Quero mais. Muito mais.

Nate geme ao gozar e me segura com tanta força que sei que amanhã estarei com roxos pelo corpo.

Quando ele desaba ao meu lado finalmente tomo coragem para abaixar os braços.

Nate desamarra meus pulsos e joga a camiseta para longe. Permaneço deitada ao seu lado, tentando recuperar o fôlego.

Era isso que Nate sonhava em fazer comigo? Ele quer que eu esteja sempre vulnerável e a sua mercê?

Me assusta um pouco pensar que isso o excita. Talvez se eu nunca tivesse conhecido Michael eu teria enlouquecido de tesão com o modo possessivo e controlador de Nate.

Sei que um homem dominador na cama pode ser bem excitante, assim como pode ser assustador se você não confia na pessoa o suficiente.

Acho que no fundo eu nunca confiei em Michael, mas com Nate é diferente. Sei que ele nunca levantaria a mão para me bater com força, com a intenção de me machucar, de me agredir.

Olho para Nate. Eu amo esse homem. Eu simplesmente amo. Pode ser que seja errado, pode ser que seja um desastre, mas eu o amo.

Nate se levanta e vai até o banheiro. Levanto-me também e começo a me vestir.

Bem, a nossa primeira vez não foi exatamente como eu imaginava, mas não quer dizer que tenha sido ruim. Só foi...bem, não foi como eu esperava. Sinceramente não sei o que pensar.

— O que está fazendo? — Nate aparece e pergunta.

— Hum, me vestindo?

— Ah não, ainda não. Nós não terminamos aqui ainda.

— Não? — Pergunto e minha voz falha. O calor se ascende novamente como se nunca tivesse deixado de existir.

Sim, as coisas não aconteceram como eu esperava, mas isso não quer dizer que eu não o deseje mais. Por que a verdade é que eu desejo. Eu quero tudo que Nate estiver disposto a me dar.

Quero ele. Quero seu corpo. Quero sua risada, suas palavras, seu cheiro, sua atenção e um dia, espero conseguir seu coração também.

— Mas nós acabamos de...você consegue...— Nate entende minha pergunta não dita e sorri.

— Vou precisar de mais alguns minutinhos, mas isso não quer dizer que eu não possa usar minha boca, não é? — Ele diz, malicioso, e me agarra.

Sou jogada na cama mais uma vez. Nate me ataca. Ele me beija com ferocidade e eu me sinto como fogos de artifício.

Sinto que estou sendo lançada para cima, rumo a explosão que me fará desabrochar como uma flor. 

Música do capítulo: You Can Be the Boss da Lana Del Rey.

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