Crystal Cullen

By ittsroose

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CRYSTAL CULLEN - Livro 1, DUOLOGIA DESPEDAÇADOS. "Doce criança, seu sorriso é tão puro, seu olhar tão gen... More

Crystal Cullen
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INEFÁVEL

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By ittsroose

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CAPÍTULO 08
Adultos tem a tendência de
dificultar as coisas, adolescentes não.
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CHEGUEI EM CASA E CORRI PARA MEU QUARTO, não falei com ninguém apenas escutei meus tios me chamando, o que aquele ser lindo e odioso me disse fica martelando em minha cabeça. Mil vezes droga! Se bem que, eu sabia que uma hora ou outra ele iria voltar, o meu ser inteiro sabia eu só não acreditava, eu não vou deixar ele se aproximar, não posso, minha sanidade depende disso. Eu dependo disso e não é apenas por drama, é porque algo dentro de mim implora para não deixá-lo se aproximar, do contrário algo muito ruim vai acontecer.

– Nessie e Jacob nos contaram o que aconteceu – Papai chegou de supetão no quarto e se eu não estivesse tão afogada em meus pensamentos eu teria pulado de susto, ele e mamãe entraram lentamente, eu continuei na posição que eu estava deitada na cama com os pés na parede olhando para o floco de neve desenhado na parede.

– Eu sei, escutei e foi até melhor assim, eu não iria ter paciência pra contar – Resmunguei respirando fundo, fechando os olhos com força e os abrindo logo em seguida, ainda sem ter coragem de encarar meus pais, como eu iria lhes dizer o porque não quero Alec perto de mim sem parecer louca? Mais que o normal, claro – eu sei que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde, só que eu não quero nada disso para mim e vocês sabem – Olhei para eles com lágrimas nos olhos, mamãe em um segundo me pegou em seu colo e em abraçou forte, como se quisesse passar minha dor para si mesma – eu queria me apaixonar por um alguém que eu e apenas eu escolhesse, queria que fosse aquele amor puro, quero poder amar alguém incondicionalmente e sem o fardo de magia antiga nas costas, eu não quero um amor por causa de magia, eu quero isso para mim mamãe.

Meus pais nada falaram o que eu agradeço muito, não queria ouvir nada, eles só ficaram comigo ali me fazendo carinho e segurando minha mão, por um longo tempo, enquanto eu acabava com meu estoque de lágrimas.

– Rubi – Papai me chamou e sorriu amargamente – por mais que eu não deteste dizer isso, eu entendo Alec e mesmo que você ache, não deixa de ser um amor puro e lindo – Continuou ele, passando a mão em meus cabelos.

– Você não pode se fechar para ele – Mamãe cortou ele e me fez sentar – Alec também não tem culpa disso, não é algo que se escolhe, mas Alec lhe deu seu espaço e sabemos como é difícil ficar ficar longe do companheiro – Ela sorriu de modo apaixonado para meu pai, que devolveu em um olhar devoto, os dois são perfeitos um para o outro, o amor deles é lindo de se ver – tenta dar uma chance, sim Edward, ela deve dar uma chance para ele caso o contrário ela também vai sofrer, e no meu ponto de vista, é um amor lindo.

Os dois me deram um beijo na teste e saíram do quarto, me deixando sozinha com meus pensamentos nebulosos, que estão mais confusos ainda com essa conversa.

Porque eles não entendem que para mim, que vi o jeito que foi com Renesmee e Jacob é horrível e não tem nada de bonito nisso? Eu queria tanto que eles vissem o meu lado e entendessem que não é fácil dar uma chance para isso.

Talvez eu vá me machucar não deixando ele se aproximar e machuca-lo também, mas eu não quero isso para mim eu não posso querer, eu tenho isso certo em meus pensamentos, devo ficar longe dele e acho que isso não vai ser tão difícil, além do mais, o que ele pode fazer? Vir aqui bater na porta da minha casa? Obvio que não.

Suspirei alto. Não chegaria a nem uma conclusão desse jeito, nem pensar direito eu consigo.

Tomei um banho bem demorado e depois de me vesti, desci. Meus pais estavam falando em ir visitar a vovó e o vovô.

– Vamos então, quero comer aquelas comidas gostosas da vovó – Cheguei com um meio sorriso enquanto passava a mão por meus cabelos, tentando sem sucesso deixá-los mais apresentáveis.

– Você esta insinuando que minha comida é ruim mocinha?! – Ralhou mamãe comigo, sorri marota e lhe dei um beijo na bochecha.

– Mamãe, ambas sabemos a verdade, não é? – Gargalhei e corri quando ela ameaçou me pegar.

– Podemos ir, crianças – Falou Renesmee abraçada a nosso pai, enquanto os dois olhavam eu e mamãe brincarmos.

– Eu acho que troquei de lugar com minha filha, não é possível – Mamãe falou parando de correr e indo até Nessie e papai, lhes deu um beijo e piscou pra mim – ainda não acabamos aqui, mocinha.

– Minhas meninas – Vovó veio nos abraçar, praticamente me espremendo contra Nessie, inspirei o cheiro dela e abri um sorriso, por mim eu moraria em um única casa com a família toda, detesto ficar sem vê-los..

– Também estava com saudades vovó – Falou Nessie divertida.

Pulei no colo do vovô e dei um beijo na bochecha dele. Entrei em casa e dei de cara com meus tios. Pulei neles também, enchi todos de beijos e abraços, me levantei e fui para a cozinha, tinha várias rosquinhas com calda de chocolate, peguei quatro, coloquei em meus dedos e comecei a comer.

– O que a senhorita estava aprontando? – Tio Jas brotou no meu lado, não preciso nem dizer que dei um gritinho por causa do susto. Eu detesto essa mania horrível de aparecerem do nada.

– Você quer me matar do coração, é isso tio? – Fiz um drama e ele passou seu braço por cima de meu ombro – Porque se é, logo logo vai acontecer.

– Você é muito dramática pra tão pouca idade, pequena – Ele apertou meu nariz e sorriu de lado quando eu fiz um bico igual de um pato – o que você acha de treinarmos depois, ein?

– Adorei a ideia, Deus da Guerra – Eu lhe dei um beijo na bochecha e ele sorriu abertamente, tia Alice me disse uma vez, que são raras as pessoas que tiram um sorriso verdadeiro de tio Jas, meu coração se encheu de alegria quando eu percebi que eu sou uma destas pessoas.

– Venha comer na sala então e depois treinamos, soldado – Fiz uma continência, que não deu muito certo porque eu estava com uma rosquinha no meu dedo mas serviu para arrancar risadas de ambos.

Tio Jas pegou o pote de rosquinhas e fomos para a sala, ele se sentou ao lado de tia Alice que sorriu para mim assim que viu a face feliz de seu companheiro e antes que eu pudesse retribuir, me deparei com ele em pé na porta, conversando com papai e vovô. Arregalei os olhos e pensei mil vezes MERDA!

– Crystal Cullen – Papai me olhou brabo, fazendo todos olharem para mim, espremi meus olhos e dei uma mordida na rosquinha os ignorando com uma carranca.

– Ei, não precisa comer tudo isso ao mesmo tempo, não vão fugir – Tio Em falou tirando comigo e gargalhou, mostrei a língua para ele que fez careta e falou "Eca".

Papai ainda estava me olhando feio.

"Não adianta me olhar com essa cara, estou crescida já" falei em sua mente e dei um sorriso totalmente inocente para ele.

– Não está crescida não e eu não preciso falar né? – Falou ele, arqueando a sobrancelha.

Durante essa briguinha, Alec não tirava os olhos de mim e em sua boca, um sorriso singelo se encontrava. Desviei meus olhos do papai para ele. Tão lindo, mas tão odioso aos meus olhos, porque ele tinha que aparecer na minha vida? Ein universo, poque?

– Tão bela – Sussurrou ele, com os olhos vidrados em mim, seus sentimentos estavam com tanta intensidade que ficava difícil ignorar.

– Não ouse, Alec – Apontei um dedo para ele quando vi que ele queria se aproximar e dei um passo para trás, seu sorriso rapidamente desmoronou e ele me olhou como se implorasse por algo. Trinquei os dentes desviando o olhar quente dele..

Vendo o clima estranho que se formou, tia Rose veio até mim e me levou para a cozinha.

– Você pode sim ficar aqui conosco – Escutei vovô falando.

– Tia Rose, não me diga que... – Minha voz morreu no final da frase, ela apenas assentiu e me abraçou, me encolhi em seu colo.

"Eu não posso ficar com ele e também não quero tia Rose" ela limpou meu rosto, tirando qualquer vestígio de lágrimas? Porque eu estou chorando? É só dizer não, embora eu não saiba como dizer não para esses estranhos sentimentos que aparecem quando Alec está por perto.

"Rubi, você sabe que eu te amo como se fosse a filha que eu nunca tive, não é?" concordei com ela "Então escuta o que vou te dizer, Crys eu não quero que você faça nada contra sua vontade, porém não posso dizer que acho certo isso que você está fazendo, tanto você quanto ele não tem culpa do que aconteceu..." tia Rose suspirou fundo e passou a mão nos seus lindos cabelos loiros "Deixa para lá, só quero que saiba que deve seguir seu coração e não ficar pensando no que vai ou não acontecer e o principal, não ficar medindo o imprinting de Jacob com o que aconteceu entre você e Alec, jamais faça isso, aquela coisa de cachorro não tem nada a ver" gargalhei com esse último pensamento dela e a abracei, não queria sair de seus braços, nunca.

– Vamos para o meu antigo quarto, queria que você ficasse comigo até eu dormir – Sussurrei ainda abraçada nela, minha segunda mãe.

– Fico sim, até você acordar meu rubi – Dito isso, saímos da cozinha e eu sem olhar para ninguém subi as escadas em direção ao meu antigo quarto, que continuava intacto, pois quase sempre eu vinha dormir aqui também.

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