- Lisa, não tem o porquê de me arrumar tanto não. - Digo pela terceira vez.
Lisa aparentemente quer testar minha paciência, pois é a 10° roupa que ela me faz provar.
- Adorada Ally, você vai sair com Thomas Cooper. Um dos caras mais gato da escola. - Acho que ela esqueceu que era um encontro de amigos- Você tem que está arrumada. - Reviro meus olhos com essa frase. - É essa!
Me viro para olhar a nova roupa que ela vai me fazer experimentar. Tenho que admitir que aquela roupa era linda.
- Realmente. Você acertou dessa vez Lisa. - Disse me olhando no espelho, realmente adorando o vestido.
- Eu sempre acerto. - Falou fazendo a gente rir.
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Mensagem de Thomas
Já está pronta?✔✔
Sim. ✔✔
Daqui a 5 minutos chego a sua casa.✔✔
Como sabe onde eu moro?✔✔
Perguntei para a Lisa.✔✔
Tudo bem. Espero você do lado de fora então. ✔✔
Certo, até daqui a pouco.✔✔
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Em menos de 5 minutos Thomas já tinha chegado. E devo dizer que ele estava muito lindo com aquela blusa azul escura, na verdade ele fica lindo de qualquer jeito.
Para de pensar isso Ally.
Porquê? O quê é bonito é pra ser admirado.
Me afasto desses pensamentos e ando em direção ao carro.
- Você está linda. - Ele diz assim que entro no carro. Seus olhos estão mais claros, e seu sorriso é lindo.
- Obrigado. Você também está muito bonito. - Digo com sinceridade.
Após isso não falamos mais nada. Estava ficando um pouco estranho, consegui perceber suas mãos suarem. E como ele não iria falar nada, resolvi eu mesma falar.
- Então... - Falo chamado sua atenção.-Pra onde vamos?
- Ah, eu pensei em irmos a um lugar que eu gosto muito. Bom, eu sou novo nessa cidade mas lá é um lugar que eu gosto muito. E eu trouxe algumas comidas também. - Ele disse com um sorriso um pouco sem graça. Acho que ele pensou que eu não como muito, bom pra mim quanto mais comida melhor.
- Pra mim está ótimo. Eu amo comida mesmo, e lugares calmos são uma bela paz. Não é o quê dizem. - Viro minha cabeça para olhar seu rosto. E ele solta uma pequena risada.
- Sim. É o quê dizem.
Depois disso, eu coloquei meu celular conectado no rádio e coloquei a música "Wake Me Up" e já comecei a cantar. Até porquê essa música não tem como não cantar.
Então, acorde-me quando tudo estiver acabado
Quando eu for mais sábio e mais velho
Todo este tempo eu estava procurando por mim mesmo
E não sabia que eu estava perdido
Enquanto eu fazia minha maravilhosa performance Thomas só ficava rindo de mim. Mas eu sempre gostei de fazer as pessoas rirem de minhas palhaçadas. Então fiquei fazendo isso até chegarmos lá.
Nossa, era lindo. Do lugar onde estávamos conseguíamos vê uma grande parte da cidade. Não acredito que mesmo vivendo minha vida inteira aqui não tinha conhecimento sobre esse lugar.
Me virei pra Thomas e o ajudei a pegar as coisas e colocar no chão. Começamos a conversar muito, até que paramos no assunto Família.
- Então, me conta sobre a sua família. - Thomas diz
- Bom... Meu pai abandonou eu e minha mãe há muito tempo, ele sempre disse que sua vida tinha parado quando eu nasci, que ele não conseguia fazer nada por nossa causa, sempre nos culpava por cada coisa que acontecia. Então um dia ele simplesmente arrumou suas coisas e foi embora. Desde então minha mãe tem trabalhado duro pra conseguir manter a nossa casa, eu queria ter arrumado algum emprego para ajudar, mas ela não deixou, disse que eu tinha que me focar nos estudos. Não tenho irmãos, e nem tios por parte de mãe. E os do meu pai, não conheço e nem quero, pois eles nunca ligaram para mim e nem pra minha mãe. - Minha voz mesmo não querendo, mostrava um pouco da raiva que eu sentia por esse homem e tudo que ele fez em minha vida.
- Me desculpa. Se eu soubesse não teria falado nada. - Senti sua voz um pouco pesada e um pouco estranha também.
Olhei para seu rosto e vi novamente seus olhos me olhando profundamente, eu me sentia estranha com esse olhar antes. Mas agora... Pareciam até acolhedores. Eu me sentia segura com esse olhar, o que me era muito estranho.
Resolvi tirar esse pensamento da cabeça, quando vi um pequeno sorriso em seu rosto. Com certeza da minha cara agora. Fingi procurar algo na cesta para amenizar meus sentimentos, enquanto lhe perguntava o mesmo.
- Então, e sua família? - Devolvi a pergunta para tirar o foco em cima de mim.
Senti ele ficar tenso, e seus olhos apagaram. Como se o assunto fosse algo proibido, já iria me desculpar quando sua voz me interrompeu.
- Meus pais me abandonaram quando eu era criança, disseram que não precisavam de um estorvo na vida deles, então me colocaram em um orfanato. Só que não era um orfanato comum, era uma espécie de escola, nos estudávamos a maior parte do dia e nunca brincavamos, de nada mesmo. - Sua voz estava fria, como se ele não sentisse nada, mas ao mesmo tempo sentisse tudo - Fiquei uns 5 anos lá, mas no terceiro percebi o motivo de ser assim,todos eram adotados apenas por pessoas ricas, por isso tínhamos que ser inteligentes, mas também descobri que quem deixava os filhos lá, recebiam uma quantia de dinheiro. – Ele virou um pouco sua cabeça para me olhar, talvez pensando que eu estava muito chocada com sua historia, eu estava, mas não deixei transparecer- Fiquei lá até os 11 se não me engano. Fui adotado pelo Senhor Michael. Era um senhor bem velho e bem rico, e como não teve filho, me adotou para cuidar das empresas dele. Ele morreu a alguns anos, e então estou sobre os cuidados de Nicolas. Desde então só o vejo quando me mudo de cidade, sozinho.
Depois de tudo o quê ele falou ele não virou o rosto para mim novamente, parecia com certa vergonha sobre sua vida. Não sabia o quê comentar sobre tudo o quê ele me disse. Eu queria falar que não foi culpa dele o abandono dos pais, o abuso da escola e do homem que deveria ter sido seu pai, e nem do descuido do Nicolas que deveria ser seu guardião. Acho que todos na vida dele nunca foram para ele o que deveriam ter sido.
- Mas agora. Eu tenho você. - Ele diz virando o rosto para mim. Sua voz calma, como se ele não tivesse me contado tudo.
- Eu? - Perguntei confusa.
- Sim, você foi a primeira pessoa que eu quis me aproximar em anos. Eu quero que você seja minha... - Senti sua voz hesitar - Minha namorada.
Senti meus olhos se arregalarem. Ele disse que quer quê eu seja o quê?
- Você está falando sério? - Minha voz saiu mais alto do quê eu pretendia. - Nós nos conhecermos a pouco tempo. Como pode dizer isso assim, como se tivesse certeza?
- Porquê eu me apaixonei por você. Você não sente nem um pouco de paixão por mim? - Ele diz segurando meu braço.
-Talvez. - Eu falei muito confusa. O quê estava acontecendo afinal?
- Então, porquê não mergulhamos nesse sentimento? Somos jovens afinal. Temos muito pela frente. E se não der certo... nós fazemos com quê dê. - Ele me olhou como se espera-se uma resposta, mas eu não conseguia falar nada naquele momento. - Tudo bem, você não precisa me dá uma resposta agora. Você pode pensar, tudo bem?
Balanço a cabeça concordando. Então voltamos pro carro, não falamos nada a viagem inteira. Eu só conseguia pensar no quê estava acontecendo e como eu estava muito confusa com a situação. Quando chegamos, peguei minha bolsa bem rápido e quando ia sair, meu braço é segurado. Olho para Thomas e ele estava com os olhinhos como o de um cachorro que caiu da mudança. Senti meu coração acelerar rapidamente.
- Pensa no quê eu disse tá.
- Tá bom. - Minha voz sai baixa, mas ele escuta.
Quando eu entro no meu quarto, vou direto para o banheiro. Precisava pensar e relaxar muito essa noite.
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Bem gente esse foi o capítulo de hoje. Me desculpe pela demora, mas eu estava bem ocupada com as reuniões de família. Mas está aí capítulo para vocês ^^
E gente EU PASSEI NA ESCOLA. Tô muito feliz com isso, e felizmente isso me deixou bem animada para escrever. E se essa animação durar muito, eu vou escrever bem mais que antes. E vocês passaram? Ou não?
Até o próximo ^-^