Como não se apaixonar

By Kamisbsantos

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"Se persistirem os sintomas o livro deverá ser consultado." Luisa Lemez se apaixonou perdidamente aos quinze... More

Epígrafe
1° capítulo
2° capítulo
3° capítulo
4° capítulo
5° capítulo
6° capítulo
7° capítulo
8° Capítulo
9° capítulo
10° capítulo
11° Capítulo
12° Capítulo
13° Capítulo
14° Capítulo
15° Capítulo
16° Capítulo
17° Capítulo
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Bônus 25k
KAMIS: A FLOPADA

19° Capítulo

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By Kamisbsantos

Acordar cedo e bem disposta nunca foi meu forte, mas por incrível que pareça, mesmo eu tendo ido dormir de madrugada, eu não estava irritada com minha avó e com Mag por me acordar às nove da manhã para ir fazer compras de natal.

Poderia dizer até que estava feliz. Com o coração mais leve, como se um peso tivesse sido tirado de mim.

E odeio ter que admitir, mas a conversa com o Rafael tinha sido realmente boa para nós dois e até tinha me deixado menos insegura em relação a ele.

No começo da conversa, não foi fácil de aceitar que estava realmente falando com ele ao telefone. Não foi fácil de aceitar que eu estava quebrando um conjunto de regras só para ajudar ele. Logo ele.

Não foi fácil lutar contra meus pensamentos que me fazia lembrar do que ele fez comigo. Meu cérebro dizia pra eu o ignorar, que eu não tinha nenhuma obrigação de o ajudar, mas uma voz dentro de mim, conseguiu falar mais alto e eu não consegui evitar compartilhar a dor dele. Uma separação dos pais não deve ser fácil para ninguém e se eu tivesse em uma situação assim, eu também iria querer ajuda de alguém. Embora esse alguém nunca seria ele.

Confesso que uma pontada de insegurança insistia em fazer meu peito doer, sem saber como seria hoje, como ele reagiria em me ver, se ele mandaria mensagem, se ele me ligaria de novo ou se ao menos ele iria falar comigo decentemente.

Eu realmente não deveria estar me importando com isto.

Mas é mais forte que eu.

De segundo em segundo eu olhava para a tela do celular, esperando por uma mensagem sua ou qualquer sinal que fosse, mas nada. Minha bateria já dava seus últimos sinais de vida quando olhei para a tela pela última vez, desligando os dados móveis para que ela durasse por mais um tempo.

— Tá tudo bem? — Igor perguntou, sentado ao meu lado na mesa da praça de alimentação do shopping. Onde esperávamos minha avó, impacientes. — Você não para de olhar para o celular.

— Ah. Não, tá tudo bem sim — respondi sorrindo sem jeito, guardando o celular novamente na bolsa.

— Sabe — Mag começou, enfiando mais um punhado de Chips na boca. —, você tá muito estranha hoje. Acordou muito alegre, tá sorrindo pra todo mundo. Algo de errado não está certo.

— É verdade. — Jasmim se intrometeu, lambendo seu sorvete, vez ou outra. — Ela até pagou sorvete pra mim com o dinheiro dela! — ela exclamou, como se fosse um milagre divino.

— Eu sempre pago tudo pra você, pirralha mal agradecida — esbravejei, bagunçando os cabelos dela.

— Olha, não te conheço bem e não sei como você é todos os dias. Mas acho que você deveria sorrir mais. — Foi a vez de Igor dizer. — Você fica ainda mais linda assim.

Agradeci com um sorriso maior ainda, vendo seus olhinhos se fecharem cada vez mais que seus lábios se curvavam.

Por que tão fofo?

— Ah, é uma pena eu ter deixado minha fantasia de tocha humana em casa. Ela seria tão útil agora — Mag brincou, jogando chips em nossa direção.

Mostrei a língua para ela e voltei a saborear a fatia de pizza quentinha, que Igor havia buscado para mim a pouco tempo.

Eu não sabia como lidar com ele. Igor era fofo demais para o meu psicológico e eu definitivamente não estava disposta a me apaixonar por ninguém outra vez. Mas seu jeitinho me encantava de uma maneira indescritível, e era impossível eu não sentir uma chama se acender dentro de mim toda vez que ele sorria ou fazia algo gentil.

Se um dia eu casasse, que fosse com alguém assim como ele.

Igor sorriu para mim novamente, ao ver que eu não tirava os olhos dele. Aquilo já vinha se tornado um hábito frequente, era difícil de eu conseguir evitar.

Quando olhei para frente Mag dançava de um lado para o outro, fazendo coração com as mãos e ainda por cima colocou Jasmim também. Quando Igor olhou, ela fez cara de paisagem e rapidamente abaixou as mãos da minha irmã.

Já era quase meio-dia e meio, segundo Mag, quando avistamos meus avós vindo em nossa direção com dezenas de sacolas em mãos.

Meu avô tinha uma expressão de desgosto, assim como ficamos quando elas nos carregou para a quarta loja e nos fez a acompanhar por todas as prateleiras. Quem nos salvou foi Jasmim, que disse que estava cansada de tanto andar. Mag e Igor aproveitou a brecha para nos seguir, mas com o coitado do meu avô, nenhuma desculpa colaria. Ele era o encarregado de levar as sacolas dela.

Eu também deveria estar entrando em todas as lojas em busca de alguns presentes para meus familiares e também para Igor, para o retribuir o de meu aniversário. Mas só de olhar para aquele amontoado de gente andando pra lá e pra cá, esbarrando uns nos outros, já me dava preguiça.

O número de moradores de Macarena, pareciam ter se duplicado e que todos decidiram comprar os presentes de última hora, assim como minha avó. E como eu.

Igor se levantou pegando as sacolas das mãos de minha avó e meu avô turrão, não o deixou ajudar.

Logo que terminamos de comer fomos até o carro, o que não foi uma tarefa fácil atravessar o shopping com aquele monte de compras e chegar ao estacionamento que estava lotado também.

Eu nem sabia mais qual era o carro de Igor.

O mesmo apertou um botãozinho no controle que vinha junto com a chave e seu carro piscou os faróis e soou o alarme. Descarregamos a metade das compras no porta-malas, mas não couberam todas e tivemos que irmos encolhidas no banco de trás, com Jasmim em meu colo e algumas sacolas, me impedindo de fazer qualquer movimento que exigisse muito esforço.

Foi um custo pra que eu conseguisse pegar o celular de dentro da bolsa, quando o mesmo soou o aviso de que minha bateria estava acabando, mais uma vez.

Quando consegui capturar o aparelho, liguei os dados móveis e logo uma notificação do número de Rafael apareceu na tela.
Instantaneamente meu coração palpitou, minhas mãos suaram e agradeci por estar sentada, pois, minhas pernas vacilaram.


— Que sorrisinho bobo é esse, hein dona Luisa? — Mag xereta se curvou em cima de mim.

Eu nem sabia que estava sorrindo até ela dizer, e com o susto para desligar a tela depressa, o meu celular caiu no chão do carro.

— Olha o que você fez, Mag!

— Eu não fiz nada! — se defendeu. — Que mistério todo é esse? Eu não sabia que guardávamos segredos uma da outra.

— E eu não sabia que você era tão curiosa assim — indaguei. — Ah não, eu sabia sim!

Empurrei o corpo de Jasmim para a frente tentando ver se conseguia o achar, mas era impossível com aquele monte de tralha em cima de mim.

— Isso. Essa é a Luisa que conheço — Mag retrucou, brava. — Mal-humorada que só!

— Ai Magda, cala a boca.

— Vamo parar com esse briguinha boba aqui, vamo? — Meu avô se intrometeu, ao lado de Igor, com a voz firme.

Dei de ombros, encarando a paisagem que era deixada para trás através da Janela. Vez ou outra eu pegava Igor me olhando do banco do motorista, pelo retrovisor. Ele me lançava um sorriso e logo voltava seus olhos para a estrada novamente.

Quando o mesmo estava fazendo o contorno para entrar na rua de minha casa, minha vó reclamou que não queria chegar e fazer almoço para nós.
Foi quando Mag sugeriu que almoçássemos no Flop's. Meu estômago roncou na hora. A comida do Flop's é maravilhosa, assim como todos os outros aperitivos.

Igor deu marcha ré e seguiu pelo caminho do Flop's, que ele já tinha decorado.

Uns cinco minutos depois despachei Jasmim de meu colo, indicando que ela entrasse com os outros, enquanto eu tentava achar meu celular.

Igor ficou para me ajudar, passando as sacolas para o banco da frente, para abrir espaço no chão do carro.
Depois de minutos, eu o encontrei debaixo do banco do motorista e Igor trancou o carro e me puxou pela mão para que entrássemos.

Assim que passamos pelas portas, aquela expressão abobada de quando Igor veio pela primeira vez aqui, tomou conta de sua face.

— Eu nunca vou me cansar de dizer como esse lugar é lindo — falou com brilho nos olhos, contemplando detalhe por detalhe do Flop's.

Encarei seu rosto com um sorriso nos lábios. Acho que o jeito que ele olha para cada canto do local, com tanta admiração, nunca vai deixar de me encantar.

— Tem certeza que você mora em uma cidade grande? — perguntei em tom brincalhão, esbarrando meu ombro no dele.

— Nada se compara com esse lugar, sério! — exclamou, me dando um sorriso ainda mais lindo. — Só não é tão lindo quanto você — concluiu, tocando a ponta do meu nariz com o dedo indicador.

Concordei com a cabeça, meio atônita.

Flop's realmente é um lugar lindo.

O lugarzinho de toda a cidade que antigamente me trazia paz.

— Vamos, já estão todos sentados — o chamei, puxando sua mão.

— Vamos, mas eu não vou embora daqui sem antes tirar umas mil fotos, ok? — ele brincou voltando a andar.

Quando dei o primeiro passo onde minha família estava, avistei Rafael em uma curta distância.

Meu sorriso sumiu no instante em que nossos olhos se cruzaram. Mais especificamente quando vi uma garota grudada em seu braço, me olhando com cara de desdém.

Só podia ser a tal namorada.

Uma sensação ruim se apossou de mim, assim como um nó em minha garganta. Eu senti meus olhos arderem um pouco, mas fui forte o suficiente para não deixar sequer uma lágrima cair.

Eu odeio o Rafael.

Eu me odeio.

Odeio que ele realmente tenha uma namorada.

Odeio não ter o matado quando pude. Eu poderia alegar legítima defesa por ter o coração partido e sairia ilesa.

— Luisa? — Igor cutucou meu ombro, chamando minha atenção. — Vamos?

Novamente concordei, vendo a menina dar tapas em Rafael e começar a discutir com ele, gesticulando com as mãos sem parar.

Andamos em direção a mesa e Igor se sentou ao meu lado já puxando o cardápio. Todos pareciam entretidos com suas conversar paralelas e novamente minha atenção foi capturada para o casal lá na frente.

Rafael realmente tinha bom gosto. A vaca da menina era sem dúvidas, linda!

Ela tinha a pele morena, era alta, tinha o corpo escultural e seus cachos perfeitos eram dignos de um comercial da Pantene.

Eu já tinha visto ela, provavelmente no colégio, visto que era o único lugar que eu ia com mais frequência.

Eles continuaram a discussão até que Rafael caminhou para longe dela, mas a mesma o seguiu de braços cruzados, apontando em minha direção algumas vezes sem ao menos me olhar.

Não nego, eu estava gostando de os ver discutindo.

Tomara que ela termine com ele.

Por pior que a pessoa seja, não merece namorar alguém como Rafael.

Quando pensei que as coisas estavam ficando boas por lá e que acabaria mal, do nada ela se agarrou a ele novamente e começou a beija-lo.

Mas cadê a briga? Tapa na cara? Ele merece tudo isso e muito mais!

Ao invés disso a menina se pendurou ainda mais em seu pescoço e beijou todo seu rosto, me olhando com desprezo. Quando achei que já era o suficiente ela apertou as nádegas de Rafael o fazendo pular para trás.

ELA ACABOU DE APERTAR A BUNDA DELE!

Como assim?

Meu rosto queimou de raiva por eu ter tido que presenciar aquela cena patética.

Entretanto, não parecia que Rafael estava gostando. Quando vi ela sair pelas portas, seus ombros relaxaram, parecendo que ele estava aliviado. Assim que ele olhou em nossa direção e me pegou observando todo aquele circo, tratei logo de desviar meu olhar, enfiando a cara no cardápio.

— São tantas coisas gostosas que eu nem sei o que pedir — Igor comentou, olhando para mim.

Dei um pequeno sorriso em concordância. Mas vi pelo canto do olho Rafael parado acompanhando meus movimentos e soltei uma gargalhada, me debruçando em cima do ombro de Igor pra que ele pensasse que eu estava muito feliz e que eu não me importava nem um pouco se ele tinha uma namorada.

E não me importava mesmo.

Que ele se dane.

— Tá rindo do quê? — Mag quis saber com uma de suas sobrancelhas franzida, me olhando como se eu fosse uma demente, assim como todos os outros da mesa.

— É que lembrei de uma piada muito engraçada — menti, com um largo sorriso, vendo Rafael se aproximar cada vez mais.

— Você é louca! — Igor exclamou, fechando o cardápio e todos concordaram com ele.

Quando Rafael chegou até nossa mesa, ele nos cumprimentou com um meio sorriso, sem nem olhar para mim.

— Já sabem o que vão pedir? — perguntou em um tom de voz calmo, olhando para a minha avó.

— Ah, eu já escolhi! — Igor se manifestou, levantando a mão. Rafael o olhou com cara de poucos amigos, com a caneta já em cima de seu bloquinho. — Esses tacos são apimentados?

— Se tá escrito aí que tem pimenta, é porque são apimentados — Rafael respondeu grosseiro, revirando os olhos e Igor abriu a boca, mas não disse nada. Era nítido que ele havia ficado sem graça com a resposta.

— Nossa, acho que vocês deviam colar alguns incensos por aqui. A aura desse lugar tá muito carregada! — Mag se manifestou, escorando o queixo sobre sua mão. — Acho que aqui deixa os ânimos muito exaltados. Deixam as pessoas grosseiras — ela concluiu, dando um sorriso irônico para Rafael.

— Mais alguma coisa? — ele quis saber, ignorando o comentário de Mag.

Depois que Rafael anotou todos nossos pedidos, ele nos deu as costas, entrando por uma porta autorizada somente para funcionários.

Por minutos Igor permaneceu calado ao meu lado, ainda meio sem jeito, envergonhado com a situação. Acho que ele era sempre tão simpático com todo mundo, que acabava não sabendo lidar com pessoas desagradáveis como Rafael.

Mas que droga ele estava fazendo aqui a essa hora também? Pensei que ele trabalhasse a noite.

Será que eu teria que deixar de vir ao Flop's de vez por causa dele?

Pelo visto eu estava certa sobre tudo voltar ao normal no dia seguinte. Rafael não é gente de se conviver decentemente.

Quando ele voltou com nossas comidas, Victor o outro garçom que fazia parte da lista de Mag, o ajudou a trazer os pratos. Rafael nem olhou em nossas caras, só largou os pratos de qualquer jeito e nos deu as costas.

Terminamos de comer, meu avô pagou a conta e saímos de lá para ir pra casa. Agradeci aos céus por não ter que ficar nem mais um segundo ali, perto de Rafael.

Igor deixou Jasmim e eu em casa, e ficou de levar Mag até a sua e depois seguir para o hotel com meus avós.

Assim que entramos em casa, foi uma briga entre minha irmã e eu para ver quem tomaria banho primeiro. Esse é o problema de ter só um em casa. Mas como sou a irmã mais velha, acabei indo primeiro e a deixei na sala chorando.

Ao sair coloquei o celular para carregar e dormi até meus pais chegarem, deixando Jasmim sozinha assistindo Tv.

Minha mãe entrou em meu quarto toda sorridente e veio logo me abraçando e beijando cada lado de minhas bochechas.

Esse clima de natal deve mesmo fazer milagres.

— Que foi mãe, ganhou aumento? — perguntei, logo que consegui me desvencilhar de seus braços.

— Não, pedi demissão! — ela exclamou empolgada, enquanto batia palmas.

Fiquei a olhando sem expressão, achando que a mesma estava brincando.

Minha mãe cuidava de uma idosa desde que eu tinha sete anos, e eu nunca a vi reclamar de seu emprego. Ela realmente tinha o dom de cuidar das pessoas.

— Pensei que você gostasse de cuidar da dona Benedita.

— E eu gosto! Quer dizer, gostava — ela se corrigiu, com um sorriso mais largo ainda. — Mas você sabe,  sempre quis abrir meu próprio negócio. E agora com o dinheiro que juntei, finalmente vou consegui realizar esse sonho!

Ela voltou a me esmagar entre seus braços novamente.

Minha mãe sempre teve o sonho de ter sua própria floricultura. A minha casa já parecia uma por sua causa, e confesso que amo o cheiro gostoso que as flores deixam no ambiente.

Mas esse sonho estava adormecido dentro da minha mãe desde o ano passado, quando já estava tudo certo para ela alugar um ponto no centro da cidade, até minha avó dizer que as pessoas só compravam flores hoje em dia para defuntos.

Foi um tiro certeiro no peito de minha mãe. Ela havia ficado realmente triste e nunca mais tocou no assunto "floricultura".

— Fico muito feliz por você, mãe — admiti, retribuindo ao seu abraço. — Você finalmente vai realizar seu sonho, isso é um máximo!

— Não é? Não estou nem acreditando que deu certo! — disse. — E já tá tudo programado para abrir as portas, ano que vem.

Sorri, vendo seus olhos brilharem de tanta felicidade.

— Estou muito feliz por você, mãe. De verdade. Vai ser um sucesso, você vai ver — incentivei.

— Só não conta nada pra Naja da sua avó, ok? Eu não quero que ela venha com aquela energia negativa pra cima de mim — ela pediu e acenei em concordância, vendo a mesma se levantar de minha cama. — Vou contar para seu pai, pois ainda não contei a ele. Nada mais justo do que compartilhar com você primeiro!

Eu a agradeci e ela me deu mais um beijo, se preparando para sair de meu quarto.

— Ah, esqueci de dizer — ela começou — Convidei aquela amiga minha pra passar o natal com a gente. A mãe do Rafa, sabe?

Sorri forçado só de ouvir o nome dele.

Que ótimo!

— Ela tá passando por uma situação difícil e acho que se ela passar um natal alegre, com os filhos ao lado, vai ajudar ela a se animar um pouco, sabe?

Concordei, desgostosa.

Nada melhor do que Rafael estragar o meu natal também.

— E o natal com a casa cheia é sempre bom também! — minha mãe continuou a falar. — Bom, vou ir falar com seu pai e preparar o jantar.

Esperei que ela fechasse a porta para que eu pudesse gritar, mesmo que ele tenha sido abafado pelo travesseiro.

Era carma demais pra uma pessoa só.

E como se o demônio soubesse que estava pensando nele, meu celular vibrou. Quando olhei para a tela indicava uma nova mensagem de Rafael.

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