15.07.2016
O ruivo decidiu parar de se esfregar quando percebeu a tonalidade avermelhada em seus braços e pernas. Deixou a água morna retirar a espuma de seu corpo e se secou, saindo do banheiro enrolado na toalha branca, parou frente ao seu guarda-roupas e procurou por uma roupa simples. Assim que encontrou, jogou-a na cama, terminou de se secar e deixou a toalha em cima da cadeira da escrivaninha de seu quarto. Se vestiu, calçou seus tênis e penteou os cabelos alaranjados, já um pouco desbotados.
Era rotina, fazia o mesmo todas as manhãs.
Mas aquela semana foi diferente. Faltou os últimos quatro dias por causa do medo, por causa das palavras de Jessica. Hoseok decidiu faltar até que a mulher parasse com aquilo. Mas, infelizmente, ela ainda estava com a mesma ideia.
As ervas que restavam não eram mais suficientes para esconder seu cheiro, ele até tentou se banhar com menos quantidade, mas foi inútil, seu cheiro continuava lá, podia sentir.
Havia apenas algumas folhas, e não eram suficientes. Havia se banhado na noite anterior, e naquela manhã também, mesmo sabendo que não faria diferença, pois o cheiro ainda estava em seu corpo.
Bem, não podia continuar faltando, ou teria problemas, matérias acumuladas, ensinamentos perdidos. Hoseok decidiu conversar com sua mãe, sempre buscava pela ajuda dela com coisas mais sérias, ela era uma ótima conselheira, era uma pena que morava longe, na China, com seu pai.
A Jung lhe disse o mesmo que Jessica, já estava na hora de parar, Hoseok hesitou, mas acabou cedendo. Não havia mais ervas mesmo, não podia mais esconder seu cheiro, agora deveria se mostrar, mostrar o mentiroso que era.
Naquela sexta feira todos descobririam a verdade. Estava com medo sim, mas não poderia fazer mais nada.
Desceu para à cozinha encontrando Jessica sentada na mesma cadeira de sempre, com a perna sobre a cadeira do lado e o cotovelo esquerdo sobre a mesa, enquanto segurava a xícara de café com a outra mão.
— Já estou indo — pegou uma maçã que estava dentro de uma vasilha de vidro sobre o armário e rumou apressado para à porta da frente. Estava chateado com Jessica, por culpa dela ele corria riscos, seu cheiro não estava totalmente coberto, as poucas ervas não o cobriam totalmente.
Respirou fundo e enfim saiu de casa, ouviu a mais velha lhe chamando, mas apenas ignorou, colocou os fones de ouvido e seguiu pelo caminho de sempre.
E como suspeitava, não passou despercebido por aqueles que convivia diariamente consigo. Seus colegas de classe, professores e até mesmo alguns funcionários com que conversava de vez em quando, todos o olhavam de forma curiosa. O ômega acabava por andar pelos corredores com a cabeça baixa, o passo apressado, querendo chegar logo em sua sala de aula.
Era uma pena não poder continuar faltando.
Jogou a mochila sobre a mesa assim que chegou na sala, se sentou e colocou a cabeça sobre os braços apoiados na bolsa. Ouvia cochichos das pessoas mais próximas, sabia que falavam sobre si, ele mesmo conseguia sentir o cheiro doce, seu cheiro.
Estava nervoso e o ódio crescia cada vez mais dentro de si, estava com tanta raiva de Jessica, ela que começou com aquela palhaçada de não querer mais comprar as plantas, deixando-o sem opções.
Assim que o professor entrou na sala, Hoseok se ajeitou na cadeira, retirando os materiais de dentro da mochila, organizando-os corretamente. O olhar de muitos estava sobre si, alguns disfarçados e outros não. A maioria era de alfas, não estava surpreso, aquilo era comum, até porque era um ômega.
Foi uma decisão difícil decidir levantar da cama naquela manhã, e já que estava ali, era melhor prestar atenção na aula.
[...]
Taehyung devorava seu sanduíche. Namjoon fazia alguns rabiscos em uma folha perdida por ali. Seokjin e Yoongi... Bem, eles discutiam sobre Hoseok. Não viam o beta há uns dias, ele não apareceu ali em nenhum dia da semana, o que era muito estranho, já que viviam todos juntos nos intervalos. O Jung também não avisou para nenhum deles sobre as faltas, na verdade só para Seokjin, dizia que logo voltaria, mas nunca explicava o motivo, e isso preocupava.
— Não é possível que ele não vai me contar o que está acontecendo! Já falei várias e várias vezes para me avisar! — Seokjin amassava a latinha de suco em suas mãos, estava preocupado com o Jung.
— Calma, hyung, vai ver ele se esqueceu, ou é coisa de família — Taehyung nem se importava em mastigar o lanche, e deixava algumas migalhas sujarem a mesa.
— Não fique tão preocupado assim, meu amor, Hoseok sabe se cuidar — Namjoon passou a mão pelo rosto do ômega, que sorriu meio forçado para si.
O outro alfa estava pensativo, sentia que algo não estava certo, era como um pressentimento.
— Yoongi? — ouviu a voz mansa de Seokjin e levantou a cabeça encarando-o. — Ouviu o que eu disse?
— Uhm... Não, perdão — se ajeitou na cadeira colocando os braços para cima da mesma.
— Eu vou ir até à sala de Hoseok, aquelas duas meninas que passaram aqui agora estavam falando dele, acho que ele veio... — o mais velho se levantou pegando sua blusa de frio, vestindo-a enquanto falava.
— Vou com você.
O alfa ameaçou levantar, mas Seokjin o impediu, fazendo sinal para que continuasse do mesmo jeito. — Não precisa, vou sozinho, já volto — acenou para os dongsaengs e seguiu em direção ao quadro de horários.
Zelava pela segurança e bem-estar dos mais novos, Seokjin odiava vê-los 'pra baixo, com algum tipo de problema. Não era do feitio de Hoseok faltar, e muito menos fazer isso sem deixar claro algum motivo. Seokjin ficava preocupado por qualquer coisinha, a mínima que fosse, e sempre deixou isso bem claro para os outros, exigia algum tipo de aviso se algo acontecesse, gostava de ajudar, oferecer algo.
Era uma coisa meio paterna, tinha um instinto paternal com os mais novos, pois, eram sua família.
Parou na frente da porta e colocou a mão na maçaneta, empurrando-a para assim fitar o ruivo encolhido em sua carteira, de cabeça baixa, respirando suavemente. Quase acreditou que ele dormia, mas nem por isso deixou de lado, entrou na sala e fechou a porta, não havia mais ninguém ali. Seguiu até à carteira do ruivo e se sentou na da frente.
Hoseok levantou a cabeça encarando o mais velho, sua expressão era de surpresa, apesar de já esperar por algo do tipo. Seokjin levantou a mão colocando-a sobre seu ombro, acariciou a bochecha e logo depois bagunçou os cabelos lisinhos do Jung.
— Quer me contar o que está acontecendo?
Era até engraçado, Seokjin parecia Jessica, era como se ele fosse a versão feminina da mulher, só que loiro.
Hoseok deixou seu rosto descansar na mão do ômega e fechou os olhos suspirando. Não mentiria mais para seu hyung, quer dizer, não poderia continuar fazendo-o de bobo, — nem tinha mais como também —, Seokjin se preocupava tanto consigo, Hoseok se sentia um tolo por mentir, logo para ele.
— Me perdoa, hyung? — abriu os olhos fitando o loiro.
Esse que sorriu meigo para si, passou os dedos pelas bochechas secando as duas lágrimas que rolaram por ali. — Um ômega reconhece o outro, Hoseok — riu baixo. — Senti seu cheiro assim que parei na porta, não vou mentir, eu estou decepcionado, mas entendo, qualquer que seja seu motivo, eu te entendo — se levantou quando Hoseok fez o mesmo, abraçou o mais novo apertado deixando-o descansar a cabeça em seu ombro. — Só me prometa que nunca mais me esconderá algo, nadinha de nada!
O ruivo riu, apertando mais o ômega. Seokjin era tão precioso, amava muito ele, era seu hyung preferido, o melhor de todos. — Eu prometo, hyung — se afastou.
Seokjin segurava por baixo de seus braços. Estava orgulhoso do Jung, apesar de ter sido enganado por tantos anos. — Tudo bem, Hobi, não precisa chorar, huh? — o garoto balançou a cabeça em afirmativo, recebendo o beijo na testa. — Quer ir comigo?
— O intervalo já está quase terminando, hyung, e... — estava na cara que Hoseok não queria ir se encontrar com outros. Não era somente por eles, mas também pelas outras pessoas, o pátio, a cantina, os corredores principalmente, ficavam lotados de gente, ele não queria ser o centro das atenções, não queria ser o beta que cheirava como ômega.
— Tudo bem, Hobi, está tudo bem — Seokjin lhe abraçou mais uma vez se afastando em seguida. — Mas ainda tenho que conversar sério com você, ouviu, mocinho?! Não estou feliz por ter sido feito de trouxa por esses anos! — Hoseok gargalhou, fazendo Seokjin sorrir involuntariamente. Era daquela forma que gostava de ver o beta... Ou melhor, ômega. — No final das aulas você não me escapa! — abriu a porta e acenou para o ruivo que fez o mesmo, logo voltando a se sentar em seu lugar.
Estava mais leve, pelo menos um pouquinho. Contar para Seokjin não foi lá uma coisa tão ruim. Mas isso não significava nada.
A vida era uma bosta. Tanto esforço, tantas desculpas, tanto dinheiro gasto para se cobrir, e agora tudo estava descoberto. Era uma bosta a forma como as coisas deram tão errado; em um dia estava normal, sem cheiro, e no outro, estava escondido debaixo das cobertas por não ter mais ervas, por não poder mais se esconder debaixo dos efeitos delas.
Ouviu o sino, e não demorou muito até que os outros chegassem, para enfim continuar com o restante da aula.
Apesar de querer, Hoseok não conseguia prestar atenção em muita coisa, e o pior era que precisava, falou há quatro dias seguidos e havia perdido muita coisa.
E a falta de atenção piorou depois que tudo ao seu redor girou. Foi estranho, teve que se apoiar na mesa segurando bem em suas laterais para não cair com a cara nela. Apertou bem os olhos e respirou fundo três vezes.
Pegou seu celular no bolso de sua calça e pediu a Deus por estar errado. Infelizmente não, estava entrando no período do cio.
É, muita bosta mesmo.
Voltou com o celular para o bolso e se xingou de diversas coisas por ter sido tão idiota de não ter prestado atenção na data, pelo contrário poderia estar em casa, seguro, pronto para começar toda aquela merda de prazer descontrolado. Mas não, estava na escola, rodeado de alfas, e pior, eles podiam sentir seu cheiro, e muito bem.
Hoseok se levantou, atravessando a sala numa correria que assustou até mesmo o professor, mas nada de se surpreender, não era o único aluno que tinha seu cio no meio de uma aula. Só era estranho e inesperado por ser com Hoseok, bem, todos acreditavam que o ruivo alegre e saltitante era um beta, então... Era complicado de entender.
As pernas do ruivo estavam bambas, era difícil correr, mas estava nervoso, com medo e ansioso, tinha que sair dali, tinha que achar um lugar para ficar, ligar para Jessica e pedir para que ela o buscasse.
Lágrimas rolavam por suas bochechas enquanto corria pelos corredores longos; se sentia um idiota, muito idiota, deveria ter prestado atenção na data, deveria ter se preocupado mais, deveria ter continuado em casa, deitado em sua cama.
Passou a manga da camisa pelo rosto e continuou correndo. Tinha medo de que algum alfa começasse a correr atrás de si, seu cheiro estava forte, mais do que o normal — por causa do cio —, então por onde passava aquele cheiro doce e desconhecido ficava.
E foi exatamente dessa forma que os alunos de uma certa sala ficaram inquietos, inspirando o cheiro no ar, tentando descobrir de quem era. Para eles era desconhecido, mas para Yoongi não, conhecia bem aquele cheirinho de morango.
Se levantou de sua carteira e parou na porta de sua sala, o cheiro ficava mais fraco a cada instante, a pessoa deveria estar se afastando.
Desobedeceu às ordens da professora em voltar para dentro da sala e começou a correr pelo corredor atrás daquele cheiro.
Era tão doce, estava tão forte, tão delicioso.
Hoseok sentiu suas pernas tremerem e caiu de joelhos no chão, olhou em volta com a visão embaçada pelas lágrimas e agradeceu mentalmente a Deus por não haver ninguém o seguindo. Se levantou, com dificuldades, mas muita força de vontade, queria chegar até ao jardim, atrás do prédio do colégio, lá ninguém o acharia, seu cheiro não chegaria até às salas, lá ele ficaria seguro até sua irmã chegar.
Apoiou uma mão nos armários, tentava apressar os passos para tentar correr novamente, mas seu ânus se contraía de forma dolorida, e incomodava muito.
Yoongi parou assim que viu o ruivo, seu estado não era dos melhores. Ficou parado em uma certa distância, encarando-o, sentindo o cheiro; não entendia como aquilo era possível, mas no momento isso não importava. Correu em direção ao ômega, recebendo sua atenção assim que ele sentiu sua presença.
O ômega se encolheu encostado-se nos armários, Yoongi prensou-o ali colocando o rosto na curvatura do pescoço alheio. Inspirou aquele cheiro, estava tão forte, tão mais viciante, tão gostoso. Colocou as mãos na cintura do ruivo e apertou, trazendo o corpo magrinho para si.
Hoseok fechou os olhos com força, levantou as mãos e as colocou no peito do alfa, tentando empurrá-lo. — Não, Yoongi... Por favor — choramingou sentindo o alfa mordiscar seu pescoço.
O loiro levantou a cabeça fitando o rosto apavorado do ômega. Os olhos do mesmo estavam arregalados, o rosto vermelho, a boca seca.
— Hoseok...
— Me tira daqui, por favor, Yoongi — a voz do ômega saiu baixinha. Ele fechou os olhos deixando a cabeça escorada no ombro do alfa.
Yoongi apertou os olhos e se afastou com cuidado para não desequilibrar o ômega. Prendeu a respiração e retirou a blusa fina de frio que vestia, amarrando-a no rosto, sobre seu nariz, tampando-o. passou um braço sobre as pernas do mais novo e o outro sobre suas costas, pegando-o no colo. Hoseok entrelaçou seus braços no pescoço do alfa. Chorava baixinho, ainda sentia medo.
Yoongi era um alfa, ele um ômega, e no cio, só para piorar a situação.
Yoongi correu até ao estacionamento da escola. Seu rosto já estava vermelho, e ficaria meio roxo se não respirasse logo. Colocou o ruivo na moto com cuidado, e se sentou no devido lugar logo em seguida, pegou a chave no bolso de trás de sua calça e ligou a moto. Abaixou um pouco a blusa podendo respirar, o cheiro do ruivo entrou intensamente por suas narinas, deixando-o quase sem controle.
Mas a vontade de tirar Hoseok dali e o levar para casa em segurança falava muito mais alto que seus instintos.
Hoseok agarrou na cintura do loiro com toda força, apoiando a cabeça em suas costas. Yoongi enfim seguiu pelas ruas, sentindo o aperto das mãos do ômega em suas roupas.
Hoseok esfregava o rosto nas costas do Min, seu ânus se contraía, o líquido só escorria. Se sentia tonto, duro. Era vergonhoso, mas não se segurava e acabava rebolando contra o assento da moto.
Yoongi apertava forte no guidão, Hoseok ofegava e gemia baixo, aquilo estava deixando-o louco, perderia o controle se não chegasse logo na casa do Jung.
— Alfa... — o Jung gemeu, passando as mãozinhas pelo abdômen do loiro, que apertou o guidão com força e acelerou mais.
Hoseok não tinha controle sobre seus instintos, e eles lhe mandavam foder, ser fodido. Precisava urgentemente de algo, de preferência algo grosso, entrando e saindo de seu interior. Se contraía todo, e aquilo era um incômodo muito doloroso.
Choramingava, gemia, ofegava.
Estava fora de controle.
Yoongi parou a moto depressa, desceu assim que a desligou. Voltou com a blusa para o mesmo lugar e desceu Hoseok da moto, deixando-a caída no jardim da frente da casa do ruivo. O ômega praticamente se jogou em seu colo, o Min o segurou pelas coxas e andou com pressa até à porta da casa.
Aquilo era outro problema, não sabia se Hoseok tinha alguma chave consigo, e bem, ele não estava bom o bastante para responder a qualquer pergunta. O que lhe restou foi chutar, chutar a porta colocando toda a sua força na perna. Não foi a coisa mais fácil que conseguiu em sua vida, mas a trinca de dentro rompeu e a porta abriu.
O loiro sorriu vitorioso entrando na casa, procurou pelas escadas com o olhar e seguiu em direção à elas assim que as encontrou. Pelo que sabia, o quarto do ruivo era lá em cima, e não foi difícil encontrar, entrou com o ômega em seu colo e o colocou na cama.
Ou pelo menos tentou, já que Hoseok não se soltou de seu pescoço. Já estava difícil ficar tão perto assim do ruivo, apesar de respirar fraco e devagar, e ainda ter a camisa tampando seu nariz, o cheiro de Hoseok estava forte demais e não o sentir era impossível.
— Hoseok... — tentou retirar os braços do ômega que estavam entrelaçados no seu pescoço, mas o Jung se ajoelhou na cama e colou seu corpo com o do alfa, que estava parado na beirada da cama.
O ômega o beijou, e mesmo sabendo que se continuasse daquela forma não resistia a tomar o Jung para si, Yoongi não o afastou, seus instintos não permitiam. A camisa que estava amarrada em seu rosto foi retirada pela boca do mais novo que a puxou com toda a força que possuía.
O alfa inspirou aquele cheiro doce, sendo tomado por completo pelo mesmo. Fechou os olhos e gemeu arrastado. Seu corpo todo se arrepiou, suas mãos apertaram a cintura fina do ruivo que passou o nariz em seu pescoço.
Quando Yoongi abriu os olhos e encarou o ômega, seu olhar possuía desejo, seus olhos estavam com uma coloração mais escura que o normal.
— Alfa... — Hoseok gemeu manhoso, sem sanidade alguma, fora de si.
Yoongi o segurou com mais força na cintura e o deitou na cama se colocando por cima, começando a beijar seu pescoço até chegar nos lábios rosados.
Hoseok era seu beta/ômega, sua alma gêmea. De uma forma ou de outra passariam por aquele momento, não imaginava ser no cio dele, já que o mesmo era — ou pelos menos dizia ser —, um beta.
Não importava. Tudo o que teria que fazer dali por diante era saciar os desejos do mais novo, deixá-lo preso no prazer, livrá-lo da dor.
Só teria que fazer Hoseok ser totalmente seu durante o cio.
⊱✿⊰
Tá acabando riririririr