Regra de Três ou Rebuceteio

By DiedraRoiz

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Cris e Silvinha, duas amigas lésbicas, estão à procura de alguém para dividir o apartamento com elas, e quem... More

Capítulo 1
Capítulo 3

Capítulo 2

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By DiedraRoiz

Cris quase correu até a porta:


- Oi, prazer! Eu sou Cris, e essa aqui é a Silvinha.


Estacou com a visão que teve. A morena absolutamente...


- Bárbara.


A única coisa que Cris conseguiu pensar, enquanto apertava a mão que o mulherão estendeu, foi:


- Realmente...


Tempo para Silvinha se recuperar o suficiente para sair da frente, permitindo que a pessoa que mais combinava com o próprio nome que já haviam visto entrasse.


Depois de fechar a porta, Silvinha conseguiu gaguejar um inseguro:


- Não quer sentar?


Que Cris completou indicando a caipirinha que ainda segurava:


- Quer uma?


Com um sorriso tão simpático que chegava a ser indecente.


Bárbara sentou no sofá, cruzou as pernas absolutamente perfeitas, passou a língua nos lábios de uma maneira inacreditavelmente obscena, e só então respondeu:


- Obrigada. Eu aceito.


No primeiro momento, nenhuma das duas se moveu. Hipnotizadas pela mulher monumento. Depois, Cris deu um empurrão em Silvinha, dizendo:


- Vai lá você.


Muito a contragosto, Silvinha obedeceu. Cris então voltou toda a atenção ao espetáculo que tinha na frente:


- E então... Bárbara, né? – a morena assentiu com a cabeça – O que você...


Foi interrompida pela campainha. Caminhou até a porta após pedir:


- Com licença...


Aproximou-se do olho mágico achando estranho. Com certo receio. Afinal... Não estavam esperando ninguém, e assaltantes invadindo prédios e fazendo moradores de refém era moda na Zona Sul do Rio de Janeiro...


Silvinha gritou da cozinha:


- Quem é?


Ao mesmo tempo em que Cris olhava, e via... Uma garota de roupas muito coloridas voltar a tocar, com evidente impaciência, a campainha.


- Quem é?


Ainda perguntou, desconfiadíssima. Poderia muito bem ser a isca, e os bandidos estarem escondidos...


No entanto, a resposta foi surpreendente:


- Sou a Brenda. Vim ver o apartamento.


Abriu a porta, ainda sem entender. Não teve tempo de falar, porque... Foi com uma rapidez inacreditável que todo o resto aconteceu...


A garota vestida de forma carnavalesca arregalou os olhos, chocada com sabe-se lá o que... O berro de pavor que Silvinha soltou da porta da cozinha ecoou por toda a sala... Cris se virou e também não acreditou no que viu...


Bárbara inteiramente despida, com exceção de uma calcinha minúscula e absolutamente transparente, os sapatos de salto agulha e um chicotinho que brandia no ar, enquanto dizia com uma voz grave e dominadora:


- Vou mostrar quem é que manda aqui, cadelas!

A garota multi colorida exclamou:

- Meu Deus, o que é isso?

Silvinha gritou:

- Cacilda Becker! A prima da minha chefe é sadomasoquista!

Cabendo a Cris tentar recuperar a ordem e o controle:

- Que putaria é essa? Cadelas vírgula! Tá pensando o que, minha filha?

Bárbara abaixou o chicote, completamente surpreendida:

- Ué... Não era isso que vocês queriam? Mas foi o pedido...

Imediatamente, Cris inquiriu:

- Pedido? Que pedido?

Como resposta, a dominatrix ainda despida questionou:

- Aqui não é o 207?

Foi Silvinha quem respondeu:

- Não.

Com um suspiro exasperado, Bárbara soltou:

- Ai, cacete! – começou a se vestir, enquanto falava – Eu sinto muito, meninas. Errei de apartamento...

Cris deixou escapar sem querer:

- Tava bom demais pra ser verdade...

Bárbara parou na frente dela - toda arrumada de novo, com a bolsa pendurada, pronta para seguir seu rumo – e falou:

- Fica chateada não, gata. Toma. – entregou um cartãozinho para Cris – Me liga, que eu compenso o transtorno te fazendo um precinho camarada.

Completou a frase com uma piscada sedutora, antes de perguntar:

- Alguém sabe onde fica o 207?

Foi Silvinha quem respondeu:

- No corredor lá do outro lado.

Cris continuou parada, segurando o cartão, olhando fixamente para a retaguarda da prostituta que se afastava...

Só voltou a se mover quando ouviu Silvinha falar para a garota que permanecia boquiaberta do lado de fora:

- Vamos entrar?

Silvinha ofereceu a caipirinha que ainda estava segurando – a mesma que havia acabado de fazer para mulher de vida fácil – para a prima da chefe, com um sorriso quase melado:

- Quer?

Brenda olhou para ela, ainda desconfiada – ainda estava nervosa por causa do susto que havia levado - mas resolveu aceitar:

- Por que não?

Surpreendentemente, Silvinha continuou tomando a frente:

- Senta. Fica à vontade.

Cris ficou observando, sem dizer uma palavra. Na verdade, ainda pensando no que poderia ter acontecido se a chatinha no sofá não houvesse aparecido e feito a gostosuda descobrir que estava no lugar errado...

- Mas então... Fala um pouco de você, Brenda. O que você faz?

A pergunta inesperada a assustou. Ou talvez Brenda tenha chupado o canudinho com vontade demais... O fato é que se engasgou, tossiu, e acabou respondendo um pouco afogada:

- Sou figurinista, aderecista e cenógrafa.

Cris a olhou como se ela fosse de Marte:

- Ãh?

Brenda então fez questão de informar:

- Formada em Belas Artes na UFRJ.

Mas Cris ainda estava achando sobrenatural:

- Você vive de teatro?

O canudo fez um barulho alto, informando que a caipirinha dela havia terminado, antes de Brenda completar:

- Também trabalho com Carnaval. Bom, se isso é um problema, eu...

Fez menção de levantar, mas Silvinha a interrompeu:

- Pelo contrário! É muito legal. Eu acho o máximo!

Brenda tentou entender:

- O que? Carnaval?

Imediatamente, Silvinha esclareceu:

- Não! Quer dizer.... Também... Eu... Eu adoro arte!

Cris franziu a testa... O passeio preferido de Silvinha era ir ao Shopping Center... Mas não falou nada.

Com uma ousadia que nunca havia sonhado, Silvinha voltou a perguntar:

- E você está... Solteira?

A resposta foi rápida:

- Acabei de me separar.

Não satisfeita, Silvinha foi ainda mais arrojada:

- Era casada com homem? Ou mulher?

Cris não conseguiu segurar. Deixou escapar um:

- Afe!

Brenda também soltou sem pestanejar:

- Homem. Por que? Faz diferença pra vocês?

Cris começou:

- Na verdade...

Mas Silvinha não a deixou terminar. E foi verdadeiramente abusada:

- Nós somos lésbicas. – olhou Brenda dentro dos olhos, antes de completar: - Algum problema?

A resposta veio sem hesitar, nem piscar:

- Claro que não.

Continuaram se fitando profundamente. Um olhar repleto de significado. Até Brenda desviar para o copo que ainda segurava.

Toda solícita, Silvinha fez questão de oferecer:

- Quer mais?

Brenda aceitou, e agradeceu. Silvinha pegou o copo que a outra estendia, prolongando o contato das mãos muito mais do que o necessário...

Depois puxou Cris para a cozinha, se desculpando de forma exagerada:

- Com licença. Só um momentinho. Minha amiga vai me ajudar. Vamos te deixar um pouco sozinha, mas é rápido. Por favor, fique à vontade. Sinta-se... Em casa!

Assim que se viram à sós, Silvinha sussurrou:

- Nossa... Você viu que perfeita?

Cris respondeu com um sorriso safado:

- Bárbara, de verdade! Era algo, mas...

Silvinha a cortou, indignada, mas ainda sem falar num volume normal:

- Não... A Brenda...

Cris não entendeu mais nada:

- Brenda? Quem é Brenda?

Silvinha tapou a boca da amiga bem rápido, antes de voltar a sussurrar:

- Psiu! Ela vai ouvir... Fala baixo... A mulher da minha vida, que tá sentada lá na sala.

A perplexidade fez Cris quase gritar:

- Quê? A Carnavalesca que pelo jeito passa o ano fantasiada?

Com um olhar perdido, de um jeito quase visionário, Silvinha prosseguiu:

- Minha alma gêmea... Meu par perfeito... Minha cara metade... Tenho certeza! Posso sentir que estamos... Pré destinadas...

Cris só percebeu que estava sacudindo a amiga quando levou com os cabelos dela na cara:

- Silvinha, para com isso! Deixa de loucura! A maluca beleza multi color é prima da sua chefe, vai morar com a gente, não tá vendo que é roubada?

A primeira reação de Silvinha foi gemer e xingar:

- Ai! Cacilda Becker! Meu braço vai ficar todo roxo... Me solta! Puta que o pariu, Ana Cristina! Ai, ai!

Sem dar a menor importância para os protestos de Silvinha, Cris voltou a avisar:

- Esquece essa insanidade! Vamos voltar lá pra sala, e você vai fingir que é uma pessoa normal, tá?

Depois que Cris finalmente a soltou, Silvinha pareceu concordar:

- Tá.

Para logo depois, mostrar o quanto estava mal intencionada:

- Mas antes vou preparar mais caipirinhas para nós. Várias!

Sussurrou para si mesma:

- A bebida entra e a verdade sai...

Não baixo o bastante para a amiga não escutar. Cris tentou dar de ombros, sem resultado. Tinha certeza, antes mesmo de voltarem para a sala:

- Isso não vai prestar!

ATENÇÃO: ESSE LIVRO NÃO ESTÁ COMPLETO, APENAS 3 PRIMEIROS CAPÍTULOS PARA DEGUSTAÇÃO.

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