Está chovendo lá fora.
Não havia parado desde a noite passada, e uma ligação me desperta no meio da escuridão.
São 5 da manhã. Atendo. É a voz de uma mulher que não reconheço. Desligo.
Abro as cortinas e olho para a rua solitária, apenas iluminada por uma lâmpada de rua.
Aí está você, encharcado e sorridente, aprisionando uma mulher e apontando uma arma em sua cabeça. Esta mantém um telefone contra o ouvido; você forçou-a a fazer a ligação.
Eu fecho as cortinas e corro para me esconder debaixo da cama, como se isso fosse defesa suficiente contra ti.