Shikan

Bởi user87065648

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Shikan é a velha cidade habituada no norte do país, de uma cidade pacata a um assassinato da familia real. U... Xem Thêm

O sol de põe

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Existe inúmeras coisas que Cauã tinha medo, dentre elas sua fobia com ratos. Sua agonia ao vê-los era tão grande que despertava em mim uma enorme vontade de rir loucamente, mas mantinha a serenidade no rosto e dizia para acalmar -São apenas pequenos roedores, não faça nada com eles, que eles iram ignorar sua presença. - Ele balançava a cabeça e dizia que eu era incapaz de ver o que ela enxergava naqueles ratos.

- Me diga o que você enxerga neles que o apavora? - Disse enquanto espreitava pelo beco da rua.

-Seus olhos são enormes, seus pelos não são agradáveis, o cheiro deles são podres. - Voltei concentrar minha atenção nele enquanto descrevia cada detalhe dos ratos, a iluminação amarelada do beco demonstrava o menino raquítico de 6 anos tagarelando, suas maças do rosto quase eram invisíveis, suas sarnas que herdara de mamãe era um marca de como eu sentia falta dela. - Mas sabe, falando dessa forma com você não parece serem algo de si ter medo.

-Às vezes nossos maiores medos são aqueles que criamos para nós mesmo. - Curvei para amarrar seu tênis, cada vez que tentava fazer um nó no cadarço ele desgastava mais, a sola do tênis estava quase no final, seu tênis estava totalmente surrado, seria questões de dias para ele ficar descalço. - Não se preocupe, irei atender hoje, o dinheiro será suficiente para comprarmos algo para comer e tênis novo para você.

-Você vai fazer aquilo de novo? - Acenei concordando -Você sabe que não gosto que você faça isso, você fica vários dias aéreo, como se estivesse em outro lugar. Igual aqueles filmes de zumbi. – ele levantou as ma~so e ficou zizagueando de forma desnorteada, era engraçado aquela imitação fajuta, alguns passos ecoaram pelo beco, disse para ficar quieto. Olhei no relógio da catedral, imponente, já se marcava quase 00:00.

-Preciso que você se esconda. - Ele olhou meio desconfiado - Prometo que vou tentar não ficar do jeito zumbi, mas preciso que vá, - vasculhei com os olhos os arredores - Está vendo aquelas lixeiras mais escondidas, fique atrás delas e não saia. Por favor - Ele relutou por alguns instantes, mas finalmente correu para atrás das lixeiras.

-Jovem Lucas - A voz simbilou atrás de mim, respirei aliviado por Cauã não está tão perto, mesmo que ele conseguisse ouvir toda a conversa. - Sim-, respondi enquanto encarava um homem magro se aproximando, parecia ter 1,90, seus olhos estavam abatidos. -Um lugar peculiar para atender um cliente.

-Cliente não meu caro, prefiro espelhador. – ficamos em silêncio po alguns segundos - O que posso lhe ser útil? - Ele estava tão próximo que conseguia ver as rugas ditadas pelo tempo, ele exalava um essência de canela, sua camisa preta estava impecavelmente engomada.

-Se os boatos forem veredictos e você realmente possuir o dom de conectar com meu futuro, estarei pronto para pagar pelo seus serviço.

-Se você ouviu que posso ver o futuro meu camarada, você está totalmente equivocado e infelizmente não posso ajudá-lo. - Caminhei na direção oposta que Cauã estava, não queria que ele soubesse da existência dele, e o jeito prepotente daquele homem conseguia me irritar de maneira nauseante.

-Irá deixar o garoto escondido atrás das lixeiras enquanto caminha na direção oposta para não achar que está acompanhado, Sr. Lucas? Que estratégia mais tosca de uma pessoa que prever o futuro.

-Já disse que não posso ver o futuro. - Queria manter minha voz mais tranquila, mas aquele homem conseguia transmitir uma posição ameaçadora, senti indefeso e encolhido naquele beco sujo de Mantena. Preciso ser forte e astuto por mim e por Cauã, e demonstrar meu medo nesse exato momento era algo totalmente diferente do que precisava.

-Acho que não estamos seguindo uma direção de empatia nesse encontro nosso. Por favor deixa eu remodelar minha fala. Preciso da sua ajuda. - Minha respiração ainda estava um pouco agitada, mas conseguia controla-la. -Diga o que você pode fazer. -Não queria conectar a aquele homem, mas se quisesse que ele fosse embora, precisava sucumbi a tal papel, e convenhamos, eu aceitei encontrar com ele.

-Apenas estenda a mão, você vai sentir como se uma enorme descarrega elétrica percorresse por todo seu corpo, mas depois de um tempo vai parar. - caminhei até ele, o cheiro da canela era mais intenso, lembrava chá, daqueles eram servidos nas manhã de domingo. Estendi as mãos e encontrei com as deles, suas mãos eram frias e macias. Fechei os olhos e consegui parear com a linha da vida dele, era um vermelho bem claro, que beirava ser um rosa. Não era quente e muito menos fria, todavia não chegava ser morno.

Atrevo a dizer que ficava em uma escada de 0 a 10, a 6 perto do frio. Mas era tudo escuridão perto daquela linha, aproximei lentamente e os sentimentos que ele guardava naquele beco era todos descoberto. Ele também estava com medo e se sentia ameaçado. Sufoquei um riso naquele momento.

Sua linha mantinha sempre em constância, o vermelho sempre na mesma tonalidade e distante. Mas tinha algo que não tinha percebido, sua linha estava paralela a outra, um branco intenso. E eu sabia exatamente o que aquilo significava. Sua linha da vida estava para cruzar com o final. Quem acredita, era a próxima vida. Senti a tristeza tomar conta, aos poucos desespelhei dele. Ao abri os olhos ele me encarava de maneira curiosa, suas sobrancelhas estavam arqueadas. Havia uma cicatriz perto do seu rosto que o deixava mais com aspecto de um velho. Sua boca estava em uma linha tênue, bem curioso.

-O que você pode dizer? - Sua voz mantinha um tom neutro, não esperava notícia boa, da mesma forma que não sabia o que estava para acontecer.

-Sua linha da vida está acabando. – Seu olhar caiu em uma tristeza súbita, Cauã sempre disse que eu era péssimo em dar noticia as pessoas, era muito direito, não preparando-as para o que estava para acontecer. Se não querem a verdade, não venham a mim.

-Eles estão vindo – Seu rosto era o retrato perfeito de medo e enigma.

-Não me interesso na vida das pessoas que espelho, mas quem esta vindo? - Ele ficou alguns minutos conversando sozinho

- Consegue saber quando vai acontecer? - balancei a cabeça em sinal negativo. -Então tenho muita coisa para fazer. - Ele enfiou a mão no bolso e me entregou uma quantidade generosa de dinheiro -Espero que seja suficiente, e meu obrigado por ter me ajudado.

-Não tem o que se desculpar. - fiquei calado enquanto ele virava as costas - Adeus - Eu sabia que era realmente um adeus, a morte era um dos mistérios mais difícil que a humanidade procura desvendar, se ela é agressiva ou uma boa pessoa, se ela é velha ou nova. Uma coisa todos sabíamos, ela iria nos encontrar.

Aquele homem caminhava pelo corredor. Cauã saiu do meio das latas e veio para perto - Precisa de um banho garotinho. - Apertei ele enquanto o achegava mais perto. O homem mantinha seus passos apressados. Senti um calafrio percorrer a espinha, depois uma buzina, um tiro e um corpo colidindo no chão.

Tudo tão rápido que a única coisa que conseguimos fazer foi correr, havia uma grade enorme que separava o beco de um terreno baldio, não sei como consegui pular e leva o garoto. Mas em questão de segundos estávamos correndo pelo terreno, havia inúmeros buracos, o medo percorria por cada extremidade de nossos franzinos corpos. Pulávamos pelos buracos e lixos que estava espalhados. De vez em quando trocávamos um olhar, mas continuávamos correndo. Depois de um certo tempo Cauã parou todo ofegante.

-Precisamos correr garoto - gritei enquanto a adrenalina percorria por cada perímetro do meu corpo.

- Eu não consigo – ele fez uma longa pausa - Acho que já estamos muito longe. Olhei para os arredores e vi a igreja iluminada pelos inúmeros refletores, levei um tempo para localizar. Estávamos longe o suficiente para alguém nos associar como testemunha de um assassinato. Olhei para Cauã e seus olhos estavam tão arregalados como se pudesse dizer algo. Ele levantou sua mão e apontou para a arvore, maldita miopia que não permita enxergar tão bem de longe, cheguei mais perto da arvore e sentir o pavor se derramar por todo meu sangue.

Na base da arvore, uma série de pombos mortos, deixados na seguinte forma: Cuidado, estranho.

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