Cold Little Heart

由 louisgivenchy

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Louis é um ômega com um passado abusivo e uma criança alfa. Alguns meses depois de se divorciar, Louis conhe... 更多

1. Sterling.
2. Two 'B's.
3. Hot Cocoa.
4. Bunnies.
5. Green to Blue.
6. Camellia Snowflake.
7. Baba.
8. Cuddly.
Glossary (sort of)
9. Thank You.
10. Nest [part I]
11. Nest [part II]
12. Eggplant.
13. The Woods.
14. Snowdrop.
15. Water.
16. Air.
17. Earth.
18. Fire.
19. New Moon.
20. Sitka.
21. Late.
22. Matthew.
23. Flower?
24. Demetrius.
25. Aliens.
27. Long Enough I.
28. Long Enough II.
29. The End I.
30. The End II.
WARM LITTLE HEART (REPOST)

26. Poor omega.

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由 louisgivenchy

I'm backk!! Desculpa pela demora, tive muitos problemas nos últimos tempos. Anyway, amo vocês e larry!! 💚💙

-

                "Uau." Abraham apontou para a tela, "Irmãzinha e irmãozinho!"

                Harry sorriu, "Estes são os alienígenas."

                "Pare de chamar meus filhos de alienígenas." Louis suspirou, olhando para o monitor. "Eles são muito grandes." Ele sorriu, "E se mexem muito."

                "Sim," Mary cantarolou, "Eles estão muito bem."

Louis mordeu o lábio, observando seus filhotes se mexendo, "Eu quero isso emoldurado."

                Abraham deu um grande sorriso, "Diga xis!"

                Harry balançou a cabeça, "Eles não tiram a foto desse jeito, Abraham."

                Abraham não parava de sorrir, "Tem certeza, baba?"

                "Sim, alfa."

                O pequeno alfa disse, "Eu quero tirar uma foto junto com eles."

                Mary estava gargalhando no canto, "Eu adoraria tê-lo na sala quando eu estiver fazendo uma cirurgia, ele é tão engraçado!"

                Louis tocou o queixo de Abraham, "Ele é o menino mais engraçado do mundo."

                Abraham apontou para Harry, "O baba é o mais engraçado."

                Harry não estava sorrindo, "Não, Abraham, acho que você ganha nesse quesito."

                Abraham olhou novamente para a tela, "Talvez Demetrius e Abigail sejam mais engraçados?" Ele olhou para Mary, "Eles vão parecer com o baba ou com a mamãe?"

                "Eles devem se parecer com os dois, mas também podem ter traços de ambos os pais."

                Abraham balançou a cabeça lentamente, "Parecer comigo?"

                "Possivelmente."

                O menino riu, "Covinhas?"

                "Provavelmente."

                Ele riu mais um pouco, "Lobo que nem o baba?"

                "Eles poderão se transformar."

                Abraham apertou os olhos, "Não parece um lobo."

                "Bem, ainda não, mas à medida que crescerem, eles poderão se transformar."

                Abraham caiu no chão, rastejando ao redor, "Eu também sou um lobo, o baba disse!"

                Harry se inclinou para frente para olhar o alfa, "Abraham, por favor, saia do chão."

                Louis sorriu, "Você é um lobo, baby."

                Abraham tentou uivar e Harry balançou a cabeça, "O que foi isso? Você parece estar morrendo, precisamos trabalhar nisso."

                "Alfa!"

                Mary riu, "Que família adorável!"

-

Abraham estava certo, Louis estava gordo e ele se sentia assim.

"Alfa..." Louis gemeu, rolando para o lado. Ele se sentia tão pesado, faminto e necessitado. "Alfa..."

"Louis," Esther entrou no quarto, "Algum problema?"

Louis choramingou alto, "Alfa..."

Esther fechou a porta suavemente, caminhando até o ômega. Ela se ajoelhou na cama, tocando a testa de Louis, "Hm, você ainda está quente." Tomlinson pressionou o rosto em sua saia, apertando-a com força. "Coitadinho." Esther acariciou seu cabelo com ternura, inclinando-se para beijar sua têmpora. "Harry vai estar em casa em breve, eu prometo."

"Fome..." Louis murmurou.

"É claro, Louis." Ela gentilmente retirou as mãos, "Fiz uma sopa deliciosa, vou trazê-la." Esther curvou-se antes de sair do quarto.

Louis gostava dela, ela cheirava bem o tempo todo e ela cuidava muito bem dele, mas ela não era Harry. E já estava tornando-se normal ele desejar o alfa, ele precisava de Harry ao seu lado.

Louis se sentiu esgotado.

Ele ficava na cama a maior parte do dia, exceto por uma hora específica do dia em que Esther caminhava com ele. Seu corpo estava sentindo as diferenças provenientes da gravidez, -suas juntas definitivamente sentiam o novo peso-, especialmente em seus pés. Por essa razão, Esther sempre lhe dava uma massagem nos pés depois do almoço e Harry fazia o mesmo quando eles tomavam banho juntos.

O alfa estava sendo tão bom ultimamente trabalhando mais horas na construção da casa deles. Ele estava determinado a terminá-la em dois meses, o que era impossível, mas Louis confiava nele. Harry queria ter a certeza de que estava sempre no local quando a casa estava sendo construída, queria se certificar de que cada canto e fenda seria medido precisamente. Ele sairia cedo, quando Esther saísse da casa, e voltaria às oito horas a tempo de jantar com seu ômega e de ter seu banho noturno juntos.

Louis se banhava duas vezes por dia, uma de manhã com Esther e outra à noite com Harry.

A agenda do ômega estava mais ou menos desse jeito:

• Acordar
• Chorar
• Dormir
• Tomar banho
• Conversar com Abraham/Café da manhã com Abraham
• Dormir
• Chorar
• Almoçar
• Caminhada/Alongamento
• Chorar
• Dormir
• Esperar Harry voltar para casa
• Tomar banho
• Jantar
• Dormir

Era a agenda dele e ele se acostumara muito a isso. Louis se sentia irritado às vezes, ele não podia brincar tanto quanto queria com Abraham, e mesmo que seu bebê não se importasse, Louis importava-se. O garotinho adorava sentar na cama com Louis para brincar, pintar e colorir. De vez em quando ele se sentava ao lado da cama, montava quebra-cabeças e falava de seus irmãos ou Isaac até que Louis adormecesse.

Ele não queria dizer ao alfa para parar a construção e voltar para casa. Além disso, Harry estava sempre preocupado sobre a construção correta de sua casa, ele até ficava no local depois que todos já tinham ido embora. "O tempo deles" era após Harry chegar em casa. Quando Styles chegava, ele dava a Louis e Abraham muito amor e atenção mesmo estando exausto e suado.

Louis se sentia inútil porque não podia fazer nada para ajudar. Ele só chorava, gritava ou dormia.

Ele falava com seus bebês todos os dias. Louis sempre garantia que eles receberiam amor incondicional várias vezes durante o dia. Contudo, ele não estava acostumado com isso, Louis era uma pessoa ativa, ele gostava de se mexer, trabalhar, descer as escadas.

Louis chorou por uma hora quando não conseguiu ver os pés no chuveiro.

                Harry não importava-se com seu ganho de peso ou para qualquer outra coisa que Louis chorasse sobre. O homem o acariciava como se ele fosse uma joia rara. E quando Louis não pôde colocar sua tornozeleira porque seu tornozelo inchou, Harry o beijou, fazendo-o esquecer os motivos pelos quais ele estava chorando. No dia seguinte, quando Harry chegou em casa, Louis acordou com a tornozeleira no tornozelo junto com peças extras que a tornaram maior.

Harry era sua rocha, seu amigo. Harry era tudo para ele.

                Quando Abraham estivesse com Salomão, Louis escreveria em seu diário. Escreveria sobre o quão horrível se sentia, escreveria sobre Harry, Abby, Demetrius e Abigail. Ele escreveria sobre como desejava poder ver seus pés e sobre como sentia falta de Liam aleatoriamente ao longo do dia. O ômega queria ver sua nova família novamente, queria ver Isaac e passar mais tempo com Eva. Ele escreveria sobre como ansiava por sexo, algo que Harry se recusou a dar a ele até depois que seus filhos nascessem. Se Louis não estava escrevendo, ele estava se exercitando, certificando-se de que não ficasse rígido e se não estivesse fazendo isso, então Louis estava dormindo.

                "Louis." Esther voltou a entrar com uma tigela de sopa e pão. "Você está pronto para comer?"

                Louis assentiu, enxugando os olhos com o cobertor da fertilidade.

                Seu filho estava descendo as escadas com seu professor, Salomão. Harry teve que contratar um tutor quando chamou Esther para ficar com Louis. Esther não era a primeira opção de Harry, nem sua segunda ou terceira e Salomão também não era sua primeira opção para um professor particular.

-

               "Qual é o seu nome?"

                Louis sentou-se em silêncio ao lado de Harry, muito enjoado para falar.

                O alfa sorriu, "Meu nome é Judas."

                "Não." Harry piscou para Mary, que mordeu o dedo.

"Eu já trouxe nove pessoas para você," Ela ergueu as mãos, "Estou ficando sem enfermeiros 'dignos'."

'Enfermeiros dignos' são a descrição de Harry.

                Harry olhou para o homem, "O que você faz para viver?"

"Eu sou um homem de negócios."

Harry suspirou, revirando os olhos, "O que você faria se Louis desmaiasse?"

                Judas mordeu o lábio, "Eu o levaria para um hospital."

                Harry abriu o braço para Louis aconchegar-se a ele e o ômega começou a choramingar. "Eu não quero ele, me traga outro."

                Mary suspirou, "Que tal um ômega?"

                "Se Louis precisar ir a um hospital, um carro não funcionará, preciso de alguém que possa carregar meu ômega, se necessário. Se você puder me encontrar um ômega muito grande, então sim."

                Mary apertou os lábios, "Um ômega pode ser preferido por você, até porque você não iria querer um alfa dando banho em Louis."

                Harry desviou os olhos sombrios, "Ninguém vai dar banho no meu ômega."

                Mary se balançou para trás, "Bem, e se ele se sujar porque não consegue se levantar rápido o bastante, você não gostaria que ele ficasse nessa posição e adoecesse, certo?"

                Louis choramingou, pressionando o rosto no peito de Harry. Styles beijou sua testa, "Um ômega com um parceiro e eu falarei com Matthew sobre ter dois alfas fora da casa, apenas por precaução."

                Mary juntou as mãos, sorrindo, "Soa adorável." Ela deu um tapinha no ombro de Judas, "Obrigada por vir, talvez outra hora."

                Judas bufou, "Sinto muito por desperdiçar seu tempo."

                Mary sorriu, "Por favor, não se preocupe com isso."

-

                "Qual é o seu nome?"

                "Joseph." Ele sorriu, "Prazer em conhecê-la."

                Harry olhou para Mary, "Não."

                "O quê!" Ela gritou, curvando a cabeça rapidamente, "Por favor, desculpe-me." Mary suspirou, "Por que não? Ele é um homem muito bom, além de ser carpinteiro e bom em matemática."

                Harry olhou para Abraham, "Eu não preciso de um carpinteiro." Ele olhou para cima, "Eu preciso de alguém sábio. Você pode ajudar a construir minha casa, se quiser." O alfa olhou para Mary, "Traga-me outra pessoa."

                Abraham ergueu o punho, "Outra pessoa!"

-

                Abraham escolheu Salomão, o homem era sábio e muito gentil. Ele admirava Harry e não hesitou em aceitar o emprego. Abraham recebeu o dever de casa e isso manteve o menino preocupado em sua maior parte do tempo. Além disso, ele lia para Louis quando o ômega não estava se sentindo bem e embora não fosse o melhor nisso, Tomlinson apreciava sua companhia.

                "Venha, ômega." Esther se ajoelhou ao lado da cama, colocando a bandeja sobre ela. Ela mexeu a sopa e sorriu, "'Hora de comer." Louis assentiu meio grogue, abrindo a boca para a sopa quente. Ele engoliu o alimento, enxugando as lágrimas perdidas que caíram. Esther franziu a testa, "Qual é o problema, Louis?"

                "Está muito quente..." Louis sussurrou, deitando-se lentamente. Ele se afastou de Esther, agarrando-se ao travesseiro de Harry.

                Esther suspirou baixinho, "Sinto muito, ômega." Ela tocou suas costas, "Harry me disse que você deve comer."

                Louis choramingou, apertando o travesseiro mais perto. "Não."

                Esther ficou em pé, andando ao redor da cama para encarar o ômega sensível. "Você vai estar com muita fome," Ela tocou seu rosto. "Você deve pensar em seus filhos."

                Louis soluçou baixinho, "Quero meu alfa..."

                "Eu sei," Esther sorriu tristemente, "E ele estará em casa em breve."

                "Mamãe?" Abraham bateu na porta, colocando a cabeça para dentro do quarto. "Olá, mamãe. Boa tarde." O pequeno alfa correu para a cama, "Esther, Salomão está indo embora."

                Salomão entrou com uma sacola na mão, curvando-se em frente à cama, "'Por favor, desculpe-me, ômega. Como você está se sentindo?"

                Louis não respondeu e se aproximou de Esther.

                Esther esfregou a testa de Louis com o polegar, "Ele não está se sentindo muito bem, Salomão, se você puder sair do quarto, por favor. Harry não ficará satisfeito se seu cheiro estiver no quarto dele."

                "Sim, claro." Ele fez uma reverência, "As lições de Abraham do dia terminaram." O homem olhou para o menino que estava lambendo a bochecha de sua mãe, "Abraham, você pode me levar até o andar de baixo?"

                "Sim, Salo!" Abraham beijou o olho de Louis, "Já volto, mamãe." Ele desceu da cama, tomando cuidado para não deixar o almoço de Louis cair. "Vamos, Salo."

                Salomão sorriu, "Por favor, fique bem, Louis. Vejo você novamente amanhã."

                Louis aninhou o rosto no travesseiro, "E-eu quero comer agora."

                Esther riu, "Tenho certeza de que você deve estar com fome, ômega." Ela voltou para a cama para alimentar Louis. "Não se preocupe, Louis. Você terá boa comida e então podemos dar um passeio." Ela o alimentou com cuidado, não esquecendo de assoprar a comida. "E depois podemos nos alongar, soa bom?"

                Louis não disse nada, mas esfregou a bochecha com as costas da mão.

                Ele sentiu muitas coisas e nenhuma delas fazia sentido. Mary disse que isso era normal, que era algo esperado, mas Louis odiava. Ele só acalmava-se quando Abraham ou Harry estavam por perto, -principalmente Harry- e quando ele conversou com Liam pelo telefone ontem, ele chorou por uma hora.

                Seu corpo doía e ele poderia honestamente dizer que não queria ter outra criança depois disso.

                "Mamãe." Abraham fechou a porta, abraçando um livro no peito. "Estou de volta." Ele se sentou na cama, ao lado de Louis, e aproximou-se dele. "Mamãe está se sentindo mal?"

                Louis assentiu silenciosamente.

                Abraham agarrou a mão de Louis e beijou-a, "Tudo bem, mamãe." Ele tocou sua barriga gigante, "Pobre mamãe! Demetrius e Abigail, vocês precisam ser mais legais com a nossa mamãe." Abby beijou sua barriga exposta, esfregando-a. "Eu vou ler para a irmãzinha e o irmãozinho." Ele ergueu o livro enquanto Esther continuava alimentando Louis. "Eu li esse livro com o Salo, mamãe." O pequeno sorriu, abrindo a primeira página, "Oh, espere." Ele rapidamente fechou o livro, corando. "O título primeiro, o livro se chama: 'Não gosto...'"

                Louis afastou a colher, olhando para o filho.

                "Não gosto de comer bro-broc-brócolis..." Abraham sorriu, olhando para a próxima página. "Mas eu gosto da cor verde, está vendo mamãe? O brócolis é verde e ele está segurando o brócolis, está vendo?"

                Louis assentiu, deitando-se. Ele rolou de lado, esfregando a barriga.

                Abraham deu um tapinha na cabeça de Louis antes de virar a página, "Eu não gosto de lim-pe-za, mas eu gosto de brincar." O pequeno alfa riu, "Olha, mamãe, ele está brincando com seus brinquedos, mas não está limpando." Abraham apontou para a mãe chateada ao fundo, "Mamãe não está feliz."

                Louis sorriu, fechando os olhos enquanto seu filho continuava lendo.

-

                "Esther!" Abraham olhou para cima, "Eu quer outro biscoito."

                Ela sorriu, "E para quem será o outro biscoito?"

                "Para mamãe!"

                "Mamãe não quer um biscoito, Abraham, na verdade acho que é você quem quer um biscoito."

                Abraham sacudiu a cabeça, "Não..."

                "Você sabe que seu baba não gosta quando você mente."

                Abraham fez beicinho, "Quer um biscoito..."

                "Estou quase terminando com o jantar, e seu baba estará em casa muito em breve." Ela se inclinou, "Você terminou seu dever de casa?"

                "Eu fiz com a mamãe." Abraham olhou para o prato de biscoitos. "Eu gosto de biscoitos." Ele saiu na ponta dos pés, "Vou esperar pelo baba com a mamãe."

                "Bom menino."

                Abraham correu, "Mamãe!" Ele foi para a sala onde Louis estava deitado de costas. "Oi mamãe."

                "Oi baby." Louis respirou fundo, esticando os braços para cima e para baixo.

                Abraham pairou sobre seu rosto, "Tão bonito, mamãe." Ele beijou a testa de Louis, "Como uma flor."

                "Oh," Ele acariciou o cabelo de Abraham gentilmente, "Tão gentil comigo." Louis chutou os pés para cima e para baixo, "Obrigado, precioso."

                "De nada, mamãe." Ele olhou para o relógio e começou a contar rapidamente com os dedos. "Sete-três-quatro, mamãe!" Abraham se levantou, "Preciso do seu telefone para ligar para Isa."

                Louis sorriu, levantando a mão para que Abraham pudesse ajudá-lo a se sentar. Abraham, com muito cuidado, esfregou as costas de Louis quando ele ficou de pé, exatamente como Harry faria. "Está lá em cima, baby."

                "Obrigado!" Ele beijou a bochecha de Louis duas vezes e depois mais uma vez antes de correr para as escadas. "Isa, Isa, Isa." Assim que chegou ao quarto, Abraham procurou pelo telefone e o encontrou na mesa de cabeceira, logo depois ele se sentou no chão e pressionou o nome de Liam para fazer uma chamada de vídeo. Abraham mexeu os dedos ansiosamente, sorrindo enquanto o aparelho tocava.

                "Olá?"

                "Isa!" Abraham sorriu, "Oi Isa!"

                Isaac franziu a testa, "Atrasado, Abby."

                Abraham fez beicinho, "Desculpe, Isa, eu estava fazendo lição de casa e tive que cuidar da mamãe."

                Isaac assentiu, "Okay, mas não faça de novo!"

                "Sim!"

                Isaac riu, "Olha!" Ele colocou o telefone em direção à Eva, que estava tentando se sentar, "Ela está maior!"

                Abraham colocou o telefone mais perto de seu rosto, "Uau, ela tem cabelo preto como você!"

                "Sim, ela é tão inteligente também! Mamãe disse que ela será um gênio."

                "Demetrius e Abigail ainda estão dentro da mamãe, m-mas baba disse que eles virão muito em breve."

                "Sim e pabbi disse que nós voltaremos em breve para ver você!"

                Abraham colocou o telefone no chão, deitando-se, "O que você fez hoje, Isa?"

                "Eu brinquei com Eva, ela bate muito forte e ela é uma alfa!" Isaac fez beicinho, "Mamãe disse que está tudo bem, mas eu gostaria que ela fosse ômega."

                "Por que?"

                "Porque eu sou um ômega e talvez ela seja má para mim. Eva, não!" Isaac pegou o lápis da mão dela, "Mamma, Eva está comendo o lápis!" Isaac balançou a cabeça, "Talvez ela não goste de mim porque eu sou um ômega."

                Abraham franziu a testa, "Eu gosto de você."

                Isaac corou, "V-você gosta?"

                "Sim, eu gosto muito de você, Isa!" Abraham sorriu, "Ômega, alfa ou apenas Isa, eu gosto de você de qualquer jeito."

                Isaac sorriu timidamente, "Obrigado, Abby... -Eva, não!"

-

                Louis choramingou alto assim que sentiu o cheiro de Harry. Ele lutou para ficar de pé, engatinhando em vez disso, "Alfa!"

                "Ômega," Harry deu risada.

                Louis se levantou com a ajuda da parede, indo em direção à porta onde Harry estava tirando os sapatos. Louis cheirou o ar, apressadamente caminhando até ele. Tomlinson amava ver Harry assim, coberto de sujeira e suado e aquele homem era todo dele. Styles veio direto para casa, sempre na hora certa, nunca fazendo um desvio de caminho.

                "Minha linda Camellia." Harry riu, abrindo os braços para Louis. "Oh," Ele aromatizou o ômega, "Todos os dias que eu chego em casa você cheira melhor." O alfa beijou o pescoço de Louis, lambendo sua glândula aromática com simpatia. "Eu teria vindo até você, Camellia."

                Louis segurou o casaco de Harry, "Eu senti sua falta."

                "Eu sei, eu sei, também senti sua falta." Ele se afastou para olhar para Louis, "Eu senti tanto a sua falta." Ele beijou seu nariz, "Lindo, tão lindo, ômega." Harry colocou as duas mãos na barriga de Louis "E como todos estão se sentindo hoje?"

                Louis balançou a cabeça "Mal..."

                "Oh, não..." Harry disse triste, abraçando Louis novamente, "Venha, eu vou dar um banho em você, meu amor." Louis choramingou baixo, envolvendo seu corpo em torno do braço de Harry enquanto caminhavam para a cozinha. "Esther, boa noite."

                Ela estava servindo a comida, "Olá, Harry. Como você está hoje?"

                "Muito bem, mas estou mais feliz porque cheguei em casa." Harry pressionou o nariz no cabelo de Louis, "E meu filho?"

                Esther sorriu, "Ele está no andar de cima ao telefone com Isaac."

                Harry concordou, "Isso é bom. Por favor, coma, vou tomar banho com o meu ômega."

                Esther se curvou, "Obrigado, Harry." Ela se aproximou de Louis, "Ele não comeu muito hoje." A mulher suspirou, "Ele não estava se sentindo bem."

                Harry assentiu seriamente, "Então amanhã eu ficarei em casa. Por favor, tire o dia de folga." Ele tentou mover o braço, mas Louis rosnou, apertando-o mais forte. "Sim, tire o dia de amanhã para descansar."

                "Tem certeza, senhor?"

                "Sim, obrigado." Ele guiou Louis para fora da cozinha, "Venha, ômega. Vou ver Abraham e depois vamos tomar banho, okay?"

                Louis concordou com a cabeça no braço de Harry, mordiscando seu casaco. Eles demoraram algum tempo para subir as escadas, como de costume, mas Harry o ajudou por todo o caminho.

                O alfa abriu a porta do quarto deles, "Abraham."

                "Baba!" Abraham virou-se rapidamente, "Oi, eu senti o seu cheiro!"

                "E você não veio me cumprimentar?" Harry sorriu, tocando a cabeça do menino, "Eu senti muito a sua falta."

                "Eu também senti sua falta, baba." Abraham levantou o telefone, "Eu falei com Isa e eu estou assistindo Kenny!"

                Harry tentou não revirar os olhos. "Entendi." Ele olhou para Louis, que estava olhando para o espaço e aquela era a hora do banho. Tomlinson sempre tinha esse olhar dócil e perdido em seus olhos, e Harry aprendeu que o ponto de ruptura estava chegando logo depois disso. Ele tinha que banhá-lo, deixando-o quente e perfumado ou ele pediria por um colapso. "Eu vou tomar banho com sua mãe agora. Ester partirá em breve, certifique-se de dizer adeus."

                "Okay." Abraham colocou a mãozinha no barrigão de sua mãe. "Mamãe não está se sentindo bem." Ele o acariciou suavemente, "Cuide bem da mamãe, okay?"

                Harry se ajoelhou, deixando a mão sobre a de Louis. "Bom menino." Ele beijou a testa de Abraham, "Eu prometo que cuidarei."

                Abraham sorriu, "Eu-eu li para a mamãe hoje."

                "Você leu, alfa? Esqueci que você tinha aula hoje."

                "Uhum, com o Salo." Abraham tocou as covinhas de Harry, "Nós lemos o livro 'Não gosto'."

                "Bem, amanhã eu vou ficar em casa, você vai ler para mim esta noite?"

                "Sim, sim! Você ficar em casa amanhã?"

                "Sim," Harry olhou para cima quando Louis começou a chorar e suspirou, "Nós falaremos sobre isso depois, Abraham."

                Abraham assentiu rapidamente, "Sim, baba."

                Abraham ficara extremamente confuso quando as emoções de Louis começou a mudar. Harry teve que sentar com ele e explicar a situação. A criança pode não entender completamente, mas ele aceitou. Ele fez qualquer coisa para tentar ajudar Louis enquanto nunca pedia para ele não chorar. Harry explicou que Louis não iria parar de chorar mesmo que Abraham se esforçasse muito, porque ele simplesmente estava chorando sem nenhuma razão. Apesar de toda a tentativa de explicação, aquilo não fazia sentido para o menino, porém, novamente, ele aceitou.

                Abraham tinha sido a âncora deles em uma tempestade muito ruim. Às vezes a tensão era tão alta que a única vez em que eles se acalmavam era por causa do garoto. Ele era o alívio cômico em suas vidas e estava crescendo mais e mais rápido todos os dias. Abraham estava se tornando mais responsável, ele estava chorando menos e estava os respeitando muito mais. O alfa estava crescendo bem diante de seus olhos e Harry queria chorar quando pensava nisso.

                Quando ele conheceu Abraham, as emoções da criança eram diferentes de agora. Ele progrediu mais do que Harry poderia imaginar e o pequeno fez de tudo para tentar ajudar Harry com Louis. Abraham sempre fez questão de se deitar com Louis quando Harry saía de casa e seu ômega ficava histérico. Abraham estava sempre lá quando Harry esquecia a toalha de Louis, mas ele não podia deixá-lo, ou quando Harry precisava de água ou de qualquer outra coisa. Abraham estava sempre pronto para atender ao seu chamado, sem queixas, e isso fez Harry querer voltar e sufocar CJ, estando ele vivo ou morto. Styles queria perguntar como ele poderia machucar uma criança como Abraham, como ele poderia chamar um menino tão forte de alguém sem valor ou inútil. Harry queria levantar seu filho e mostrá-lo ao mundo, ele queria que todos se orgulhassem de seu garoto.

                "Venha, Camellia." Harry foi até o armário e procurou por um dos longos robes de Louis. Matthew enviara muitos presentes para Louis e brinquedos para Abraham. O ômega e ele tinham ficado acordados até um pouco mais tarde na noite passada olhando para algumas fotos de Eva.

                Zayn disse que havia pessoas em sua casa a maior parte do dia. Eles não podiam andar pela rua sem alguém tentar se curvar para eles ou tentar tirar uma foto. Eles também foram bombardeados com presentes em abundância e Liam estava pensando em fugir com seus filhos. Malik aconselhou que eles ficassem longe de Barrow até que as coisas se acalmassem.

"Vamos usar este hoje." Harry tirou o robe de seda rosa do armário, admirando-o. "Vai ficar lindo em você, não acha?"

                Louis bufou, segurando mais firme em seu braço.

                "Okay, okay." Harry sorriu, levando a peça de roupa com ele. "Abraham, vá para o seu quarto, por favor, para que eu possa despir sua mãe."

                "Sim, baba." Ele se levantou, "Posso pegar o telefone da mamãe?"

                "Pode."

                "Obrigado." Abraham caminhou até a porta, entrando nela enquanto assistia seu programa favorito. "Oof, -estou bem."

                "Preste atenção ao seu entorno, alfa, e não se esqueça de se despedir de Ester."

                "Sim, baba."

                Harry trouxe Louis para a cama, gentilmente deitando-o enquanto ele fazia pequenos ruídos de protesto. "Sim, meu doce ômega." Ele falou suavemente, "Eu estou aqui agora." O alfa estava muito cansado, eles finalmente terminaram o interior da casa e isso demorou algum tempo. Ele queria um carpete para seu quarto, mas por alguns problemas que aconteceram ele decidiu optar por um piso de madeira. Agora era hora de decorar e arrumar o exterior. Amanhã os eletricistas estariam lá, e embora Harry dissesse que estaria no local o tempo todo, Louis precisava dele.

                Normalmente, quando Harry chegava em casa, Louis estava chorando, cansado e emocional. Hoje estava tudo igual, mas Louis parecia fisicamente doente, então Harry sabia que devia ter sido um dia ruim. Ele amava seus filhos, mas ele realmente odiava o que eles estavam fazendo com ele. Louis iria chorar e chorar sobre como ele não poderia fazer nada, sobre o quão triste ele estava por estar de cama. Por isso, estes podem ser seus últimos filhos, visto que ele não queria fazer seu ômega passar por algo tão desgastante novamente.

                "Sh, sh, não." Harry tirou os dedos da boca de Louis, "Estou muito sujo, ômega." Louis gritou alto, tentou rolar para o lado e escondeu o rosto. Harry segurou-o, removendo suas calças folgadas com cuidado e beijou a barriga de Louis, pressionando o ouvido contra ela. "Calma, Camellia, calma." O alfa sorriu com os pequenos movimentos que sentiu e com os altos batimentos cardíacos que ouviu. "Olá meus filhotes..." Ele lambeu a barriga de Louis, massageando-a sob os dedos até que Louis parou de se contorcer. "Olá, baba está em casa..." Styles respirou o aroma de seu ômega, suspirando com a sensação de sereno.

                Ele esfregou a coxa de Louis com as duas mãos, os dedos entrando em profundidade, rolando os músculos com as pontas do polegar. Louis gemeu alto, arqueando as costas sobre a cama enquanto a cabeça virava para o lado, Harry estaria mentindo se dissesse que aquilo não o excitou.

Ele deu o mesmo tratamento à outra perna, descendo até sua panturrilha. A pressão naquele lugar era pesada e Harry podia sentir a tensão sob as pontas dos dedos, "Você está tão tenso, ômega." Ele passou as mãos pelas pernas de Louis e desceu, "Minha pobre florzinha."

                Louis respirou, levantando o pé para a massagem da mão de Harry e essa era definitivamente a parte favorita de Louis. Harry acariciou cada pé suavemente, beijando cada dedo com atenção. Ele pressionou a junta na parte de baixo do pé de Louis, "Como está se sentindo, meu amor?"

                Louis assobiou, suspirando, "Bem, alfa..."

                "Oh, finalmente uma voz." Harry riu, "Uma voz tão linda, Camellia, meu lindo parceiro."

                Louis choramingou quando os dedos dos pés estalaram, "Eu te amo..."

                "Eu te amo tanto." Harry esfregou seus tornozelos, "Você parece tão cansado, baby, vou cuidar tão bem de você."

                Louis assentiu timidamente, erguendo os braços para Harry tirar sua camisa (a camisa grande de Harry). O alfa sorriu, removendo cuidadosamente a peça do ômega, "Eu amo mimar você."

                Louis piscou seus cílios molhados para seu alfa, "Quero tomar banho..."

                "Claro, ômega." Harry dobrou a roupa, colocando-a na cama, e em seguida ajudou Louis a se levantar com cuidado. "Venha, meu amor, vamos tomar banho."

-

                "Bem aqui?"

                Louis assentiu, "Sim."

                Harry rolou a bola da mão contra o ombro de Louis e sorriu quando ouviu um estalo. "Vamos lá."

                Louis tirou a mão da banheira, esfregando o olho, "E-eu quero ir lá fora."

                "Você saiu da casa com Esther hoje?"

                "Sim..." Louis choramingou, "Quero ir de novo."

                "Hm," Harry sorriu, pegando um pano. Ele o mergulhou na água e o esfregou sobre o peito de Louis. "Okay, ômega, faça o que quiser."

                "Eu quero ver nossa casa."

                "Mesmo? Não parece tão ruim. Você, Abraham e eu faremos uma pequena viagem até nossa casa." Ele colocou o pano quente por cima da barriga saliente de Louis. "Acho que você vai gostar muito."

                Louis assentiu, "Sei que vou gostar, até porque eu amo qualquer coisa que você faz." Ele beijou a mão de Harry, "Senti tanto a sua falta, alfa."

                Harry sorriu, "Meu pobre ômega, em breve estarei sempre em casa com você." Ele beijou a testa de Louis, "Eu prometo."

-

                "Ooh!" Abraham apontou, "Casa!" Ele desafivelou o cinto do carro com certa dificuldade, "Sair!" Ele tentou abrir a porta, "Abrir, baba!"

                "Calma, alfa." Harry desligou o carro, "Primeiro devemos ajudar a mamãe." Ele saiu primeiro, indo para a porta de Abraham, "Abra a porta para sua mãe."

                Abraham estendeu a mão, abrindo a porta. "Oi, mamãe. Posso segurar sua mão, por favor?"

                Louis sorriu cansado; ele normalmente dormia a essa hora. "Obrigado, precioso." Ele agarrou a mão do garoto e a mão de Harry também. O ômega estremeceu, abraçando-se, "Oh, uau." Tomlinson colocou a mão em sua barriga. "Isso é-, como você fez isso?"

                Harry ficou atrás dele, colocando o queixo no ombro de Louis, "Fiz tudo isso com muita ajuda graças ao Matthew, mas acho que você vai adorar o interior da casa." Ele beijou a marca de Louis, "Venha, vamos entrar."

                Abraham segurou o casaco longo de Louis, "Esta é a nossa casa, baba?"

                "Sim, Abraham. Você gostou de como a casa está ficando?"

                "Adorei!" Abraham apontou para a chaminé, "Chamié para presentes!"

                "A palavra chaminé tem um 'n' e os presentes não virão de lá."

                "Harry!"

                Harry abriu a porta, "Eu não vou mentir para o nosso filho."

                Abraham franziu a testa, "Baba é bobo, mamãe." Ele choramingou quando olhou para a casa escura, se escondendo atrás de sua mãe.

                "Tudo bem, precioso." Louis bocejou, "Baba tem uma lanterna em seu telefone."

                Harry deu seu celular para Abraham, "Vá em frente, alfa."

                Abraham hesitou, mas entrou no local, apontando a luz brilhante para o chão. "Bonita."

                "Aponte para cima, por favor."

                Abraham fez o que lhe foi dito e sua boca se abriu em sinal de surpresa, "Uau! Olha, mamãe!"

                Louis olhou para o grande lustre pendurado na entrada que parecia ter sido feito com cristais e a luz refletia em cada um deles. Ele piscou rapidamente, "Deus, isso é tão lindo, alfa."

                "Foi dado a nós pelo Conselho como um presente e é feito à mão." Harry os ajudou a caminhar pela casa. "Ainda há muita limpeza a ser feita, mas pelo menos o interior está completo. Vou começar a mover nossos pertences. O eletricista virá amanhã." Ele segurou Louis pela cintura, caminhando com cuidado, "Há quatro quartos, um deles será transformado em um berçário e ficará próximo ao nosso quarto." O alfa pegou a lanterna da mão de Abraham quando ele começou a brincar com o objeto.

                "Ei!"

                "Há um escritório no andar de baixo e um quarto pessoal para você, ômega. Ele servirá como uma espécie de ninho para se aconchegar. Também temos três lareiras, uma em nosso quarto e outra no seu ninho pessoal. O quintal também é muito grande, como você pediu."

                Louis o beijou rapidamente, "Sempre pensando em mim, Harry."

                "Sempre."

                "Baba!" Abraham rosnou, pulando na tentativa de pegar o telefone, "Dê para mim!"

                Harry levantou mais alto, "Cuidado ao rosnar para mim, alfa."

                Abraham agarrou sua perna, "Malvado, baba."

                "Não sou, mas você pode pensar assim se quiser." Ele tocou a cabeça do menino, "Nós precisamos ver o ambiente e você está simplesmente brincando com a luz."

                Abraham segurou a perna de Harry, sem dizer outra palavra.

                Louis esfregou a barriga, "Eu gostaria de ver a casa novamente amanhã quando houver luz natural."

                "Nós não vamos fazer isso." Harry os levou de volta para a porta. "É muito perigoso vir aqui de dia."

                Louis revirou os olhos, "Eu vou ficar bem."

                "Eu já disse que não." Harry fechou a porta, dando a Abraham seu telefone. O menino rapidamente iluminou a floresta. "Vou tirar fotos, se quiser."

                Louis se afastou de Harry, "Eu não sou criança, muito menos delicado." Ele rosnou quando o alfa tentou agarrá-lo. "Não me toque."

                Harry inclinou a cabeça, suspirando suavemente. "É muito tarde, eu deveria ter deixado-o descansar."

                Louis desviou os olhos do alfa quando Abraham apontou a lanterna para sua barriga. "Não, Harry."

                "Você está agindo-"

                "Harry!" Louis gritou, batendo o pé, "Não me diga como estou agindo!" Ele aperta as chaves das mãos de Harry.

                Abraham saltou com a repentina tensão e deixou o telefone cair. Ele rapidamente o pegou, apontando-o para o rosto de Louis e depois para o de Harry, "Baba, acho que mamãe está chateado."

                "Sim, Abraham, eu percebi."

                "Cuidado, alfa." Louis agarrou a mão de Abraham, "Não fale com meu filho como quiser."

                Harry levantou uma sobrancelha, "Nosso filho."

                Louis desviou o olhar e voltou para o carro com Abraham. O menino olhou para trás com olhos grandes, estendendo a mão para Harry, "Mamãe está com sono."

                "Eu quero silêncio!" Louis abriu a porta dos fundos e conduziu Abraham para dentro, "Aperte os cintos."

                Harry rapidamente pegou as chaves e Louis se virou para ele. Assim que isso aconteceu, o alfa sorriu, balançando a cabeça, "Você não vai dirigir." Styles agarrou os dois braços de Louis quando ele tentou bater nele novamente. "Ômega, ômega!"

                "Deixe-me ir agora!"

                Harry bufou, retirando as mãos, "Você não vai dirigir."

                Louis tentou pegar as chaves do bolso de Harry, "Eu posso dirigir!"

                "Você não pode e você sabe que não pode." Harry se moveu quando Louis tentou agarrá-lo novamente -e novamente-.

                "Harry Styles!"

                "Acalme-se, você está colocando estresse em seu corpo."

                Louis rosnou, "Me dê as chaves, você pode ir para casa!"

                Harry balançou a cabeça, "Eu não vou."

                Louis pisou em direção a ele, "Harry!"

                Harry se moveu, "Você está criando uma cena." Ele olhou para a luz que apareceu ao redor do carro, "Embora nosso filho esteja entretido com essa situação."

                Louis agarrou a camiseta de Harry e o alfa foi pego de surpresa. Ele recuou rapidamente e Tomlinson caiu. O coração de Harry afundou naquele momento e ele o ajudou, "Ômega, ômega, eu sinto-, eu não queria que isso acontecesse!"

                Louis franziu a testa, segurando a barriga. "E-eu estou bem." Ele olhou para seu casaco sujo e começou a chorar. "Quero ir para casa..."

                Harry assentiu, garantindo que Louis não estava realmente ferido. "Okay, okay, estamos indo embora agora."

-

                "Eu sinto muito por ter ficado mal-humorado."

                O alfa balançou a cabeça, "Não tem problema. Só estou chateado comigo mesmo por não ter segurado você. Não posso acreditar que o deixei cair."

                Louis mordeu o lábio, "Eu me segurei."

                "Eu deveria ser sempre capaz de te pegar." Harry cortou as unhas de Louis rapidamente, "Estou com tanta raiva..."

                Louis balançou os dedos dos pés até que Harry olhou para ele, "Foi minha culpa, eu não estalei os dedos como de costume."

                Tomlinson tornando-se mal-humorado era uma coisa muito normal no período da gravidez. Havia se tornado tão normal que até mesmo Abraham sabia quando algo estava errado com sua mamãe. Louis ficava tão irritado, dizia coisas e fazia coisas que geralmente ele não faria. Um exemplo disso foi quando ele jogou o controle remoto em Harry no outro dia apenas porque o alfa disse que não poderia levá-lo para fora por estar muito frio.

                Mais uma vez, Louis amava seus filhos, mas essas foram as piores flutuações emocionais que ele já sentiu em toda sua vida. E, infelizmente, ele não conseguia controlar isso, apenas acontecia. Se algo pequeno e insignificante fosse dito já era motivo para o ômega explodir. Harry estava sempre auxiliando-o e Louis mal podia esperar que eles saíssem de sua barriga para que o alfa pudesse ter uma pausa.

                "Não se sinta mal, alfa. Você está sempre certo, você sempre me mantém seguro." Ele fez beicinho com seus braços abertos, "Eu quero você aqui em cima."

                Harry rastejou sobre ele enquanto sua barriga estava no caminho entre eles. O alfa o beijou lentamente, "Eu amo você e sempre quero mantê-lo seguro. Por isso, não fique chateado comigo, estou sempre pensando em você e Abraham antes de tudo."

                Louis lambeu a bochecha de Harry, "Sempre." Ele olhou para baixo, "Está todo mundo bem." O ômega sorriu, "Eu amei a casa, amei muito e eu sei que quando eu a ver de novo, vou amá-la ainda mais."

                Harry inclinou a cabeça, "Obrigado, ômega."

                "Você é um perfeccionista e criou a perfeição, alfa... sei que sou difícil de lidar e sinto muito por exigir tantas manutenções-"

                "Nunca fale de si mesmo de tal maneira, você não é uma máquina. Você precisa de amor assim como eu, e você me dá muito amor, por isso espero fazer o mesmo por você. Somos parceiros e estamos apaixonados e isso é apenas um momento que vai passar." Ele lambeu o nariz de Louis, "Eu amo voltar para casa para você, você simplesmente não entende. Se você está chateado ou não, eu amo voltar para casa para o seu cheiro," Styles acariciou a bochecha de Louis, "E seus ruídos, seu amor e suas lágrimas. Eu te amo tanto, ômega. Você pode jogar um controle remoto ou me chutar para fora da cama," Louis fez beicinho, o que fez Harry rir, "E eu ainda vou te amar com toda frieza do meu pequeno coração."

                Louis enxugou os olhos marejados, "Obrigado, obrigado por tudo, Harry... você deu ao termo 'casa' um novo significado para mim mais uma vez."

                Harry sorriu, "Eu prometo que da próxima vez que você cair, eu vou te segurar. Eu sempre vou te segurar."

                "Você sempre está lá por mim." Louis sorriu, esfregando o rosto contra Harry, "Sempre."

-

            "Bom dia, mamãe." Abraham disse enquanto entrava no quarto com um prato com duas torradas em mãos. Ele o colocou na ponta da cama, como fazia todas as manhãs. "Hora de acordar." O garotinho caminhou para o lado de Louis, "Você esqueceu de tomar banho, mas eu trouxe o café da manhã." Ele tocou a bochecha de Louis, "Não é a comida que Esther faz, mas é uma torrada feita por mim."

                Louis se contorceu, choramingando alto. Harry o apertou mais perto, erguendo sua cabeça, "Abraham, hoje sua mãe vai dormir."

                Abraham franziu a testa profundamente, "Não, é hora do café da manhã."

                Harry sorriu cansado, "Hoje eu cuidarei da mamãe, Abraham, você pode dormir um pouco mais."

                O pequeno alfa bufou alto, voltando para a extremidade da cama. Ele pegou o prato de torrada e saiu do quarto. "É hora do café da manhã da mamãe." O pequeno Tomlinson murmurou por todo o caminho de descida pelas escadas. "Esther diz que mamãe tem que tomar café da manhã na hora do café da manhã." Abraham colocou o prato na mesa, olhando para a porta quando ouviu uma batida na mesma.

                "Salo?" Abraham correu para a porta, "Quem é!" Ele pressionou o ouvido contra a porta à espera de uma resposta, decidindo abri-la ligeiramente, olhando para o homem. "Oi?"

                Ele sorriu, "Olá, meu nome é Abel, você lembra de mim?"

                Abraham abriu mais a porta, "Eu lembro, -oi..."

                Abel sorriu calorosamente, "É um prazer vê-lo novamente, seus pais estão em casa?"

                "Eles estão dormindo agora mesmo sendo a hora do café da manhã da mamãe."

                Abel riu, "Bem, estou aqui apenas para cumprimentá-los e para checar sua mãe. Como ele está?"

                Abraham estremeceu, "Entre, entre." Ele agarrou a mão de Abel, ajudando-o a entrar e fechou a porta, "Comer torrada comigo." O garoto puxou-o para a mesa, sentando-o. "Mamãe está bem, mas está chorando muito também."

                Abel riu baixinho, "Entendi, sinto muito por isso."

                Abraham deu uma grande mordida na torrada. "Okay, o baba disse que a mamãe ficará bem depois que Demetrius e Abagail estiverem aqui."

                "Eles já escolheram os nomes e eles são maravilhosos."

                Abraham sorriu, entregando um pedaço de torrada para Abel, "Obrigado, eu escolhi o nome."

                "Oh, sério?" Abel apoiou a torrada na mesa, "Isso é interessante."

                Abraham assentiu, "Obrigado, baba e mamãe gostaram dos nomes."

                Abel sorriu, "Bem, Abraham, eu também estou aqui por outra coisa. Matthew me pediu para falar com você."

                "Matthew?" Ele sorriu, "Matthew é bonito."

                "Você acha isso mesmo?" Abel murmurou, "Matthew é muito gentil, ele quer que você saiba que foi muito bem em seus testes."

                Abraham bateu palmas, "Yay! Eu ganhei a moeda!"

                Abel sorriu, "Você ganhou." Ele mordeu o lábio. "Vou ter que explicar o resto para seu pai."

                "Sério?"

                Abel se levantou da cadeira, curvando-se para Harry. "Harry, por favor, com licença."

                "Você não deveria estar em minha casa." Harry se aproximou, rosnando. "E não converse com meu filho quando eu não estiver por perto."

                "Claro, senhor." Abel olhou para cima, "Vim para simplesmente entregar uma mensagem, mas vejo que deveria ter ido embora, peço desculpas."

                Harry passou pelo agitado alfa e caminhou até o filho. "Abraham, você não deve abrir a porta sem sua mãe ou eu por perto, entendeu?"

                Abraham franziu a testa, "Sim, baba."

                Harry se virou, "Que mensagem é essa?"

                Abel engoliu em seco, "É sobre os testes de Abraham..."

                "Hm, e ele não poderia ter ligado?"

                "Ele prefere que conversemos cara a cara, senhor, também vim para verificar como Louis está."

                "Meu ômega está bem, diga ao Alasca se precisar. Quando meus filhos nascerem, você pode vir, até então, não. Eu não quero ninguém que eu não permitir em minha casa, entendeu?"

                "Sim, senhor."

                "Abraham, vá lá para cima."

                Abraham deslizou da cadeira, "Café da manhã da mamãe..."

                "Vou pegar o café da manhã dele, vá para o seu quarto."

                O garoto fez um som de choro frustrado antes de subir.

                Harry cruzou os braços, sentando-se na cadeira, "O que é isso?"

                Abel esfregou as mãos nervosamente, "Eu devo vê-lo como uma ameaça agora, alfa?"

                "Se você acha que deve, então sim, eu sou uma ameaça."

                Abel deu um passo para trás, "Não estou aqui para desrespeitar ninguém, senhor, sou apenas o mensageiro, até porque jamais o desrespeitei antes, e não o farei agora."

                Harry suspirou, "Abel, se você acordasse e sentisse o cheiro de um alfa em sua casa, e você o escutasse conversando com seu filho, mas você não o deixou entrar; diga-me se não ficaria bravo?"

                "Claro que sim, senhor."

                Harry esfregou os olhos, "O que ele disse?"

                "Ele compartilhou a informação com o resto do Conselho de Barrow e eles estão extremamente impressionados com a situação, estão até solicitando se você estaria interessado em ir até Barrow com Abraham, é claro, depois que as crianças nascerem." O ômega limpou a garganta, "O sangue de Abraham voltou normal, exceto por uma coisa..."

                Harry olhou para cima, "O que?"

                Abel apertou os lábios, "Lobos têm um órgão vomeronasal* no fundo do nariz, como você sabe. Quando Luke estava testando o olfato dele e fazendo uma tomografia, -Abraham é uma criança e seus sentidos não deveriam estar totalmente desenvolvidos-, mas estão. Além disso, esse órgão é sensível ao feromônio e a qualquer coisa que entra na boca. Ele parece estar totalmente desenvolvido e isso é milagroso," Abel elogiou. "Não vou perguntar, mas sei que filhotes de meias-raça nascem surdos e cegos até poucos dias depois do parto, por isso quando você puder pergunte ao Louis se Abraham nasceu nessa mesma condição?"

                "Vou considerar isso."

                "Okay, eles também descobriram que ele tem muitos glóbulos brancos e vermelhos, muito mais do que qualquer criança deveria ter. Por esse motivo, ele deve se curar extremamente rápido, -o garoto é diferente de qualquer outro."

                Harry mastigou o interior da boca, "Entendi..." Ele suspirou, "Quando Luke fez a tomografia, como os pulmões dele estavam visivelmente?"

                "Maior do que o de um lobo de cinco anos de idade." Abel balançou a cabeça, "Seu filho é verdadeiramente único."

-

                "Abraham."

                "Não, baba, você está sendo malvado." O garotinho rapidamente se escondeu embaixo das cobertas.

                Harry caminhou até a cama, sentando-se gentilmente, "Abraham, por favor, olhe para mim."

                "Não," O garoto choramingou, "Malvado!"

                Harry deu um tapinha na bunda de Abraham, "Então eu posso me desculpar?" Ele levantou a cabeça para cima, fazendo Harry rir. "Sinto muito se pareceu que sou malvado, mas não gosto de cheiros desconhecidos em minha casa."

                Abraham sentou-se, "Eu também não!"

                "Bem, então... eu já disse para não abrir a porta, não é?"

                "Sim..."

                "Okay, então," Ele passou os dedos pelo cabelo bagunçado de Abraham, "Você vai me perdoar por estar chateado?"

                "Sim, baba, m-mas não para o café da manhã da mamãe!" Abraham cruzou os braços com raiva, "Mamãe toma café da manhã às 9 horas pelo que Esther me disse! E eu tomo café da manhã com a mamãe também e depois nós colorimos desenhos."

                "Okay," Ele beijou a testa do menino, "Sinto muito por atrapalhar seu planejamento com sua mãe, decidi ficar em casa e mamãe escolheu dormir, então hoje vamos tomar um café da manhã tardio."

                Abraham balançou os dedos dos pés, "Okay, baba."

                Harry sorriu suavemente, "Você gostaria de se deitar conosco?"

                "Não, eu tenho minha torrada... e preciso ligar para Isa às 10 horas."

                Harry riu, "Entendi. Você tem um cronograma muito responsável."

                "Muito responsável, baba." O pequeno alfa fez um punho com a mão, "Tenho que cumprir o cronograma assim como Esther disse."

                Harry sorriu, "Muito bom, alfa." Ele olhou para cima quando ouviu um choro. "É sua mãe, eu vou consolá-lo, okay?"

                "Sim, baba, mamãe come cereal com uma maçã, okay! A maçã precisa ser cortada em pequenos pedaços," Ele fez um movimento de corte com as mãozinhas. "O cereal tem que ter ca-ne-la no topo, mas não muita porque mamãe pode tossir."

                Harry olhou para ele totalmente apaixonado, "Oh meu Deus! Como você cresceu."

                Abraham corou suavemente, "E mamãe precisa tomar remédio com água e depois precisa tomar banho."

                "Oh, obrigado, alfa." Ele beijou a bochecha do menino mais uma vez antes de se levantar. "Você vai me ajudar já que sabe tanto, até mais do que eu?"

                Abraham balançou a cabeça rapidamente, "Sim, eu ajudar Esther também!" Ele apontou para seu peito, "Ela me dá um biscoito depois do almoço!"

                Harry agarrou a mão da criança enquanto eles caminhavam para o quarto, "Ela faz isso?"

                "Sim! Esther diz que sou o pequeno ajudante da mamãe!"

-

"E eles viveram felizes pa-para sem-," Abraham arqueou as sobrancelhas com a palavra, "Não consigo."

"Você consegue." Salomão disse, "Vamos lá! Qual é o som que a letra "p" faz?"

"P."

Salomão riu e olhou para Harry, que riu baixinho. "Ele é muito engraçado." O homem olhou para Abraham, "Sim, soa como "p" mais a terminação "re."

                "Lágrimas, lágrimas! Chorando!"

                "Não, não. A terminação é SEMPRE."

                "Sempre! Se diz sempre."

                "Muito bem, agora comece de novo."

                "E eles viveram felizes para sempre."

                "Você não deve pular o final das palavras, filhote. Viver e viveram são diferentes, felizes e feliz também."

                "E eles viveram felizes para sempre."

                "Muito bom, alfa!" Salomão aplaudiu, dando ao menino um biscoito.

                Abraham o ergueu orgulhosamente para Harry, "Olhe, um prêmio!"

                Harry sorriu, inclinando a cabeça, "Muito bom, Abraham."

                Abraham partiu o biscoito ao meio, levantando-se para dar a Harry metade do lanche. "Aqui, baba."

                "Para mim, alfa?"

                "Sim, porque eu te amo!" Ele beijou o joelho de Harry antes de voltar para a mesa. "Fique aqui, okay? Para a aula de matemática!"

                Harry sorriu orgulhoso e satisfeito com o progresso do filho. "Okay, Abraham, eu ficarei."

-

                "Olá, Liam." Louis cantarolou, "Como vai você?"

                "Muito bem," Liam sorriu, lutando para manter Eva em seus braços. "Eu estou lidando com uma bebê muito inquieta agora."

                "Eva!" Isaac choramingou, movendo a câmera ao redor, "Não toque." Ele posicionou a câmera de volta em direção à sua mãe, "Desculpe, frænka."

                "Está tudo bem, Isaac." Louis sorriu, "É muito bom ouvir você. Ela está tão grande." Ele sorriu, "Oh, mal posso esperar para vê-la novamente."

                "Grande e muito selvagem." Liam a balançou, "Nóg, hvolpur." (Já é o suficiente, filhote)

                Eva choramingou, tentando pegar o telefone novamente. Isaac colocou a câmera no próprio rosto, "Faðir disse que Eva é muito mal-humorada."

                Louis riu, "Isso é muito engraçado."

                "Mamãe..." Abraham saltou ao lado dele. "Eu quero segurar o telefone, por favor."

                "Claro, precioso." Ele deu o telefone para Abraham, bocejando, "Onde está seu pai?"

                "Fazendo o jantar, mamãe." Abraham sentou-se, "Oi, Liam. Oh, Eva!"

                "Abby!" Todo o rosto de Isaac cobriu a tela, "Oi!"

                Louis sorriu, saindo com cuidado da cama. Ele gemeu quando se levantou, esfregando a parte inferior das costas. "Mamãe..." Abraham rapidamente se levantou, "Baba quer que você fique na cama."

                "Eu estou bem, Abby, continue falando ao telefone."

                Abraham correu para a porta, abrindo-a. "Eu te ajudo, espere um pouquinho, Isa!" Ele ajudou sua mãe a subir as escadas, dando um passo de cada vez. "Vá devagar, mamãe."

                Louis riu, "Sim, baby."

                Assim que chegaram, Abraham levou-o para a cozinha onde Harry estava lendo uma receita. "Você deveria estar na cama, Camellia."

                Louis revirou os olhos, "Eu quis descer."

                "Eu disse isso à mamãe, baba." Abraham correu para Harry, "Mm, cheiro gostoso."

                "Não é?"

                "Sim!" Abraham colocou o telefone sobre ele.

"Frændi!"

                Harry sorriu, olhando para o aparelho, "Olá, Isaac."

"Oi! Mamãe foi trocar a fralda de Eva!"

"Diga a ele que eu disse olá e que mandei beijos para sua irmã."

"Sim, senhor!"

Abraham fugiu depois disso, deixando o casal na cozinha. Louis sorriu, caminhando para o lado de Harry. "Um livro de receitas?"

Harry se virou para beijá-lo e agarrou a cintura de Louis. "Estou trapaceando um pouquinho."

Louis agitou seus cílios, "Você está se saindo muito bem." Ele deitou a cabeça no ombro de Harry, "Falou com Zayn sobre o que Abel disse?"

"Ainda não, mas falarei em breve." Ele balançou a cabeça, "Não tenho certeza do que fazer, eu não quero fazer escolhas para o nosso filho, especialmente quando ele é capaz de fazê-las sozinho." Harry lambeu os lábios. "Eu tenho uma pergunta, ômega."

                "Por favor."

"Quando Abraham nasceu, ele nasceu cego e surdo como todos os outros filhotes de meias-raça?"

Louis sorriu, "Não, e esse foi um dos motivos pelos quais os médicos ficaram surpresos. Eles até checaram para ter certeza de que ele não era um raça-pura."

"Hm."

"Por que?"

"Abel queria que eu perguntasse sobre isso, o mais provável é que tenha sido uma dúvida de Matthew." Ele balançou a cabeça.

Louis brincou com o colar de Harry, "Ele ainda é muito jovem, alfa, e eles certamente não vão querer ele agora e nem vão tirar meu filho de mim."

Harry sorriu, "Uma mãe tão boa." Ele o beijou novamente, "Você brilha em certas horas do dia, é uma visão gloriosa."

Louis franziu os lábios para mais alguns beijos. "O que eles disseram sobre nossa casa? Você nunca me contou."

"Oh, sim, todas as luzes estão acesas agora." Harry sorriu, "Eles dizem que está lindo e eles também colocaram o parquinho de Abraham no quintal da casa, o que eu descobri ter sido um presente de Zayn. A cerca provavelmente estará completamente terminada assim que nos mudarmos para lá."

"Oh, ele vai ficar tão feliz, devo me lembrar de agradecê-los." Louis mordeu o lábio. "Eu gosto quando você fica em casa, o ambiente muda."

Harry colocou o cabelo atrás da orelha de Louis, "Eu sei, ômega, é por isso que estou trabalhando o mais rápido que posso para que nossa casa fique pronta rapidamente."

"Você," Louis balançou a cabeça, "Fez o impossível por essa família e eu ainda estou pedindo coisas mesmo depois de você correr mais de quatro mil quilômetros na neve..."

Harry segurou seu rosto, "E eu faria tudo de novo."

            Louis emocionou-se, "Eu sei que você faria, mas mesmo assim eu nunca mais pedirei algo assim novamente." Ele suspirou, "Não deveria pedir outra coisa de você mas, por favor, eu quero casar com você." Harry corou, "Eu quero ser um Styles, quero ser seu marido. Por favor, sei que não deveria pedir mais de você, mas se você puder perguntar, talvez eles digam sim."

-

"Olhe!" Abraham apontou para o boneco de neve. "Amigo!"

"Abraham, os bonecos de neve têm três bolas para o corpo, não uma."

                Louis bateu em Harry, "Deixe-o." O ômega se abraçou, "Parece maravilhoso, precioso, mas onde estão seus olhos?"

Abraham deu de ombros, "Baba disse para usar as uvas-passas para fazer cocô."

"Não, eu disse que quando você não puder fazer cocô, você deve usá-las para ajudar."

Abraham pegou uma pedra grande, "Olho?"

"Sim, se você quiser um ciclope."

"Harry!" Louis bufou, "Não há nada de errado em ter um ciclope, baby."

"O que é um ci-clope?"

"Ciclope"

"Ci-clope."

"Ciclope"

"Ci-clope."

"Deus."

Louis bateu nele novamente, "Seja gentil com nosso filho, alfa, ele está tentando seu melhor." Tomlinson sorriu, "Você está indo muito bem na escola, Abby."

Abraham sorriu, "Salo me dá biscoitos, mamãe. Quando eu vou bem ele desenha sorrisos no meu papel."

Louis bateu palmas, "Eu ouvi isso, baby! Estou tão orgulhoso de você, Abby!"

Abraham sorriu, "Mamãe está orgulhoso!" Ele se sentou na neve fofa, enfiando a pedra em sua bola de neve. "Ci-clope?"

"Ciclope é uma criatura com um olho."

O queixo de Abraham caiu, "Um olho?" Ele cobriu o olho, "Eu sou um?"

"Não, você ainda tem dois olhos."

Abraham cobriu ambos os olhos, "Ci-clope?"

"Não, agora você está apenas cego."

"Harry!"

A casa era grande, muito grande. Era espaçosa o suficiente para Harry andar pelo ambiente em forma de lobo e para Abraham correr de um lado para o outro. Além disso, ela estava coberta de janelas grossas, o que trazia luz natural para o local.

          A cozinha era grande, espaçosa e muito moderna. A sala tinha piso de mármore, mas o lustre na entrada era o destaque do espaço. Ele foi feito à mão com cristais e havia sido dado a eles como um presente do Conselho. Os pisos eram brilhantes o suficiente para refletir e os tetos eram altos.

            O quintal era amplo o suficiente para Harry até mesmo correr e então seria mais do que suficiente para Abraham e seus futuros irmãos. Havia também um pátio com alguns móveis como decoração. O som do vento pendia do lado de fora da porta, emitindo o melhor som quando o mesmo soprava.

Uma coisa que Louis adorou na casa de Harry foi a simplicidade e o alfa seguiu isso lindamente. A mobília era como uma autêntica casa de lobo, tudo encontrava-se no chão. Desordem significava uma vida confusa e Louis já havia passado dessa fase.

A mesa de jantar era grande, baixa e tinha travesseiros onde as cadeiras ficariam (Abraham amava não ter que subir em uma cadeira). Ademais, a cozinha estava coberta de granito preto e uma grande janela expondo o quintal.

               O escritório tinha uma lareira, a sala de estar também. A lareira era feita de tijolo vermelho e as taças de vinho de Harry e Louis ficavam em cima da mesma. A casa era feita de tijolos, mantendo o frio de fora e o calor entrava para dentro. No escritório, o espaço pessoal de Louis, havia cobertores sobre cobertores e travesseiros sobre travesseiros. Muitos dos cobertores vieram como presentes do povo de Sitka. No canto da sala estava pendurada a escultura de conchas, logo acima de um ninho pré-fabricado, feito por seu alfa.

          No andar de cima localizava-se o quarto de Abraham. Sua cama ficava no canto do quarto enquanto um apanhador de sonhos balançava silenciosamente acima do ninho. Os cobertores que ele havia escolhido há algum tempo foram colocados ao lado de seus travesseiros. Além disso, o quarto era em um tom roxo suave e uma caixa de brinquedos coberta de adesivos estava ao lado de sua cômoda. Ele tinha uma pequena estante de livros, que era pequena o suficiente para o comprimento de seu braço, -e que estava cheia de livros e quebra-cabeças-. No centro havia uma pequena mesa, equipada com quatro cadeiras, todas do tamanho dele.

           O berçário era em um tom amarelo claro, coberto de nuvens brancas. A lâmpada do Himalaia foi colocada em uma prateleira alta acima dos berços. Cada criança teria o próprio berço, ainda que eles não tivessem comprado-, na verdade, Louis não comprou nada do berçário e embora isso o incomodasse, ele não foi ingrato. Havia muitas coisas no local e todas estavam em dois. Aquilo ainda o deixava nervoso.

            O quarto deles era o maior da casa, um pouco grande demais, mas Harry tinha espaço para dormir naturalmente e se tinha algo que Louis realmente queria era que seu alfa se sentisse completamente confortável, o que ele não poderia sentir enquanto estava na casa de férias de Zayn e Liam. Até o casal planejou reformar a casa em algum momento.

               O quarto era escuro, coberto de madeira e calor. O ninho estava no centro do quarto, com cobertores da casa dele e de Harry, -empilhados juntos para formar um grande espaço para os dois corpos. Também havia outra lareira no final do cômodo. A ampulheta cheia de areia negra estava no manto. A faca de Jasper de Louis estava pendurada na parede acima das portas duplas. A energia entrava de diferentes plantas em todos os cantos, além da grande quantidade de janelas.

Era como se Harry lesse sua mente, como se Louis tivesse tirado tudo dele. Louis disse a si mesmo cem vezes que Harry não terminaria a casa até o dia que ele desse à luz. Ele jurou que Harry estava apenas tentando ser positivo.

Nunca, jamais, Louis duvidaria de seu alfa. Nunca mais Louis iria contra ele. Porque quando ele jura, quando Harry promete, ele faz.

E se demorou duas horas para ele parar de chorar, e se demorou duas horas para ele se acalmar, então cada lágrima valeu a pena.

Porque Harry era um Deus do caralho.

-

                 "Sim, Esther, vou estar apenas uma hora atrasado, sim, obrigado." Harry desligou, batendo o pé no chão. Ele estava sentado dentro do escritório de Abel, irritado e nervoso. O alfa havia praticamente o ameaçado cerca de um mês atrás por ter vindo à sua casa, e agora está pedindo um favor a ele.

             Quando Louis mencionou o casamento pela primeira vez, seu coração palpitou. Harry queria o mesmo para seu ômega, -ele queria que Louis e Abraham tivessem seu nome. Às vezes ele ria de como tudo parecia irreal. Como no outro dia ele estava "morto", sozinho, sendo um líder de tortura. Ele diria a si mesmo que não merecia alguém como Louis e Abraham porque eles mereciam o melhor. Mas então eles não estariam com ele, e Louis era esperto, ele era o ser mais inteligente que Harry já conheceu. Por isso, se Louis está com ele é porque ele deve estar fazendo algo certo.

           Quando ele se olhava no espelho, encarando todas as tatuagens, todas as marcas que o definiam, era chocante. Como um ser tão lindo, doce, gentil e carinhoso poderia amá-lo por inteiro. E então Louis aparecia atrás dele, envolvendo seus braços em torno de cada imperfeição de seu corpo e o apertava com tanta força até que Harry não sentia nada além de calor. Naqueles momentos ele sentia o que verdadeiramente era o amor entre ambos.

Amor.

O que ele ansiava por tanto tempo era o que Louis tinha para oferecer-lhe. Ele deu tudo o que tinha para Harry, mesmo podendo fazer isso com outra pessoa. Louis salvou todo o seu amor só para ele.

O ômega nunca pediu muito, mas ele pediu por isso e Harry precisou dar para ele.

"Harry." Abel fechou a porta. Ele sentou-se em sua mesa, "Boa noite, tudo bem?"

Harry lambeu os lábios, "Eu preciso de um favor, Abel, um favor muito grande."

Abel olhou para ele, "Qual favor?"

Harry respirou fundo, "Quero me casar com Louis pela lei e preciso de alguém que realize nosso casamento, por favor."

Abel engoliu em seco, "A lei precisará ser aprovada primeiro."

O alfa balançou a cabeça, "Eu não posso esperar por um ano para que uma lei seja aprovada, Abel." Ele fechou os olhos brevemente, "Louis quer se casar comigo e eu quero o mesmo, eu quero que Abraham tenha meu nome. Sei que estou pedindo muito para você, e sei que o tratei mal no nosso último encontro, mas eu só quero fazê-lo feliz, por favor."

Abel se inclinou para frente, "Eu só posso fazer isso se todos no Conselho concordarem comigo."

Harry cerrou o queixo, "E eles não vão concordar?"

"Eles todos te amam, então eles podem concordar, mas lei é lei. Se a mudarmos para você, então perderemos a ordem, você sabe disso."

Harry assentiu, "Eu sei, obrigado."

Abel recostou, "Vou falar com o Conselho e tentarei convencê-los, mesmo que façamos isso em particular."

Harry piscou para ele, "Sério?"

               "Sim." Abel respirou, "Mesmo que eu deva fazer isso em particular, eu irei." Ele inclinou a cabeça, "Você tem feito muito em meu nome, Harry, -e eu o respeito muito-, mesmo quando você me aterroriza," O homem riu. "Você ama tanto esse ômega e isso é nítido, como eu posso ser o único a lhe dizer não?" Ele sorriu, "Ainda que isso me complique, eu os casarei assim que ele der à luz."

-

"Mamãe, está tudo bem, o baba vai estar em casa em breve."

Louis soluçou, "Alfa, alfa!"

Ester enxugou as lágrimas com um pano macio, "Ele vai chegar uma hora atrasado, ômega."

"Dói." Louis gritou, "Eu quero ele aqui!"

Abraham enxugou as próprias lágrimas e depois as de sua mãe, "Olha, mamãe." O pequeno Tomlinson pegou o cobertor e colocou em cima da cabeça de Louis, "Cobertor seguro mantém mamãe seguro."

Louis gritou mais alto e Esther suspirou, "Abraham, se piorar você pode sair."

"Não..." Abraham abraçou a mãe, "Eu fico com a mamãe." Ele beijou o ombro de Louis, olhando para sua barriga. "Eu fico..." O menino se mexeu levemente, "Mamãe está fazendo xixi."

                Esther deu um pulo, "Oh meu Deus! Eu vou chamar os guardas!"

                Louis chorou alto, "Dói!"

                Abraham saiu da cama e correu para o banheiro. Ele voltou com um rolo de papel higiênico em mãos, "Não se preocupe, mamãe. Não se envergonhe, eu limpo!" Ele bateu o papel contra o lençol molhado, "Limpo, limpo, não se preocupe."

                Os dois homens entraram, "Louis." Um deles afastou o cobertor de cima dele, ajudando o ômega a levantar. O outro mudou suas roupas, permitindo que seu amigo colocasse o ômega em cima de suas costas, "Aguente firme, ômega."

                Louis segurou a pele do lobo, "Eu preciso de Harry!"

                Esther correu para o telefone e Abraham seguiu os lobos enquanto desciam as escadas com sua mãe. "Ei, ei! Cuidado com a mamãe!"

                "Nós cuidaremos dele, Abraham, vá para dentro."

                O garoto saiu correndo quando eles foram embora. Abraham enxugou as lágrimas, tremendo de frio. "Mamãe! Vou te seguir!"

                "Abraham!" Esther agarrou-o, colocando rapidamente seu suéter, "Seu pai não respondeu, nós vamos para o hospital com sua mãe, okay?"

                Abraham franziu a testa, "Mamãe vai para o hospital?"

                "Sim, Abraham, a bolsa dele estourou." Ela colocou uma de suas botas, "Ele está tendo os bebês."

                O queixo de Abraham caiu, "O que!"

-

-

*O órgão vomeronasal serve para detectar feromônios emitidos por certos animais. Ele também detecta outros compostos químicos além deste.

Sempre aviso quando vai sair att na minha conta do wattpad. Sigam-me: elstommo

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