Revisado*
— Tem certeza? — ele pergunta.
— Eu sei dirigir.
— Não quero que morrer — ele diz.
— A culpa foi sua!
— Parece que não — ele bufa.
— Só porque aquele senhor não olhou para os lados não significa que eu não sei dirigir — me defendo.
— Você quase atropelou ele. O sinal estava fechado.
— Vou com mais cuidado dessa vez.
Andrey põe o cinto e me entrega a chave do SUV. Ligo o carro e saimos para a casa dele.
Quando saimos do apartamento de Rachel eu pedi para dirigir. Mas quando estavamos indo para a casa dele, Andrey comeceu a tocar minha coxa. Suas mão tinham ido em direção da minha margarida. Eu estava em uma nevóa de prazer que nem vi que o sinal tinha fechado e quase atropelei um senhorzinho. Ele ainda me mostrou o dedo e me chamou de barbeira. Me recuperei e fomos para a casa de Andrey.
Depois de alguns minutos chegamos na casa dele. Andrey me disse que Kristana estava na casa. Eu queria vê-la.
— Pode ir. Eu preciso resolver algumas coisas na boate — ele diz — Quando quiser ir, me ligue.
Saio do carro e ele também. Entrego a chave e ele me beija.
— Talvez os negócios possam ficar para depois — ele diz quando se afasta.
— Depois. Preciso falar com Kristana.
— Ok.
Andrey me abraça. Eu retribuo. Ás vezes um abraço é melhor que palavras. Ele parece não querer me soltar.
— Você está bem? — pergunto.
— Só...
— Diana! — escuto Kristana gritar.
— Vá, depois eu te pego — ele diz e me beija.
Me afasto. Olho em seus olhos.
— Fique bem.
Ele assente e entra no carro.
💎
Kristana me leva até a cozinha. Pego um pouco de água e bebo.
— Como você está? — pergunto.
— Depois de acordar com uma ressaca de matar e ainda ouvir um sermão do poderoso Ivan, eu estou bem.
Me sento em uma banqueta e ela fica em pé.
— Sinto muito pelo trabalho que te dei ontem.
— Mas o importante é que estamos bem — falo.
Conversamos mais um pouco até que vi Ivan parar na entrada da cozinha. Kristana como não parava de falar, não viu ele.
— Ontem quando ele me trouxe pra cá eu tive vontade de beijar ele — ela diz — Sei que ele é mais velho. Mas já transei algumas vezes, e nunca senti nada como sinto quando ele está por perto.
Ivan trinca a mandíbula e fecha as mãos em punhos, sua expressão não é nada boa.
Balanço minha cabeça tentado impedí-la de falar algo mais.
— Hoje enquanto ele falava comigo eu só conseguia imaginar o que aquelas mãos dele podia fazer no meu corpo.
— Kristana?
— Mas ele não tem olhos para mim. As mulheres que ele tem são tão bonitas.
— Kristana...
— Ele está aqui não é? — ela pergunta.
Assinto. Seguro o riso quando ela amarra o cabelo verde e se vira.
— Quero conversar com você — ele diz a ela.
— Tudo bem.
Eu vejo os dois saindo e sorrio. Esses dois ainda vão dar certo.
💎
Fiquei esperando Kristana perto da piscina. Fico pensando em como as coisas mudaram para mim. Do nada toda minja vida virou do avesso.
Escuto o barulho de saltos caminhando até onde estou.
Viro e vejo Megan. Ela não parece nada bem.
— Você causou tudo isso — ela diz.
— Do que você está falando? — pergunto.
Ela tira uma arma da bolsa e aponta na minha direção.
— Ele era só meu! Mas você tirou ele de mim.
— Se acalme Megan.
— Eu vou te matar sua vadia! Ele não te ama.
Vejo Kristana se aproximando por trás dela. Ela balança a cabeça.
— Você não precisa fazer isso Megan.
Tudo acontece rápido. Kristana se joga em Megan e as duas caem no chão. Megan pega a arma e atira na coxa de Kristana. O grito da garota é forte.
Corro até Megan e a puxo pelo cabelo. Consigo tirar a arma dela e a jogo longe. Chuto a barriga dela e ela grita.
Vou até Kristana e me ajoelho ao lado dela.
— Isso dói — ela choraminga.
Ivan aparece e quando vê Kristana seu rosto muda. Ele olha para Megan e pega uma arma. Ele descarrega todas as balas nela.
Ivan se aproxima de nós. Fico com um pouco de medo dele. Sua expressão se acalma quando ele pega Kristana no colo.
— Você está bem? — ele me pergunta.
Assinto.
— Entre na casa e fique no quarto de Andrey. Vou levar ela até um hospital.
— Tudo bem.
Ele sai carregando Kristana. Me levanto e olho o corpo de Megan e a poça de sangue ao redor.
Meu estômago embrulha e vomito no chão.
Me recupero e entro na casa. Subo a escada e entro no quarto de Andrey.
Me deito na cama e fico olhando para o teto.
Ivan nem pensou ao atirar tantas vezes em Megan. Seu olhar ao ver Kristana naquele estado foi de medo e preocupação e algo mais.
A porta do quarto é aberta e me sento na cama.
Andrey caminha rapidamente até mim. Ele segura meu rosto com as duas mãos e analisa meu corpo.
— Você se machucou?
— Não.
Ele me olha para confirmar e me beija.
— Eu vou cuidar de você — ele diz me deitando na cama.
Nem me importo pela morte de Megan. Só me deixo levar pelas sensações que Andrey causam em mim.
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