Um Plano Maroto [TRADUÇÃO]

By wolfIstars

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E se Sirius decidisse ficar na Inglaterra e cumprir sua promessa de criar Harry em vez de se esconder em algu... More

Capítulo 1: Iniciando a Operação Prongslet: 1
Capítulo 2: Iniciando a Operação Prongslet: 2
Capítulo 3: Iniciando a Operação Prongslet: 3
Capítulo 4: Iniciando a Operação Prongslet: 4
Capítulo 5: Protegendo a Tutela de Prongslet: 1
Capítulo 6: Protegendo a Tutela de Prongslet: 2
Capítulo 7: Protegendo a Tutela de Prongslet: 3
Capítulo 8: Protegendo a Tutela de Prongslet: 4
Capítulo 9: Curando Padfoot e Prongslet: 1
Capítulo 10: Curando Padfoot e Prongslet: 2
Capítulo 11: Curando Padfoot e Prongslet: 3
Capítulo 12: Curando Padfoot e Prongslet: 4
Capítulo 13: Curando Padfoot e Prongslet: 5
Capítulo 14: Curando Padfoot e Prongslet: 6
Capítulo 15: Montando o Time Prongslet: 1
Capítulo 16: Montando o Time Prongslet: 2
Capítulo 17: Montando o Time Prongslet: 3
Capítulo 18: Montando o Time Prongslet: 4
Capítulo 19: Montando o Time Prongslet: 5
Capítulo 20: Montando o Time Prongslet: 6
Capítulo 21: Montando o Time Prongslet: 7
Capítulo 22: Montando o Time Prongslet: 8
Capítulo 23: Educando Prongslet: 1
Capítulo 24: Educando Prongslet: 2
Capítulo 25: Educando Prongslet: 3
Capítulo 26: Educando Prongslet: 4
Capítulo 27: Educando Prongslet: 5
Capítulo 28: Educando Prongslet: 6
Capítulo 29: Educando Prongslet: 7
Capítulo 30: Educando Prongslet: 8
Capítulo 31: Copa do Mundo de Prongslet: 1
Capítulo 32: Copa do Mundo de Prongslet: 2
Capítulo 33: Copa do Mundo de Prongslet: 3
Capítulo 34: Copa do Mundo de Prongslet: 4
Capítulo 35: Copa do Mundo de Prongslet: 5
Capítulo 36: Copa do Mundo de Prongslet: 6
Capítulo 37: Copa do Mundo de Prongslet: 7
Capítulo 38: Copa do Mundo de Prongslet: 8
Capítulo 39: Prongslet Retorna a Hogwarts: 1
Capítulo 40: Prongslet Retorna a Hogwarts: 2
Capítulo 41: Prongslet Retorna a Hogwarts: 3
Capítulo 42: Prongslet Retorna a Hogwarts: 4
Capítulo 43: Prongslet Retorna a Hogwarts: 5
Capítulo 44: Prongslet Retorna a Hogwarts: 6
Capítulo 45: Prongslet Retorna a Hogwarts: 7
Capítulo 46: Prongslet Retorna a Hogwarts: 8
Capítulo 47: Garantindo a Sobrevivência de Prongslet: 1
Capítulo 48: Garantindo a Sobrevivência de Prongslet: 2
Capítulo 49: Garantindo a Sobrevivência de Prongslet: 3
Capítulo 50: Garantindo a Sobrevivência de Prongslet: 4
Capítulo 52: Garantindo a Sobrevivência de Prongslet: 6
Capítulo 53: Garantindo a Sobrevivência de Prongslet: 7
Capítulo 54: Garantindo a Sobrevivência de Prongslet: 8
Capítulo 55: Cuidando de Prongslet: 1
Capítulo 56: Cuidando de Prongslet: 2
Capítulo 57: Cuidando de Prongslet: 3
Capítulo 58: Cuidando de Prongslet: 4
Capítulo 59: Cuidando de Prongslet: 5
Capítulo 60: Cuidando de Prongslet: 6
Capítulo 61: Cuidando de Prongslet: 7
Capítulo 62: Cuidando de Prongslet: 8
Capítulo 63: Prongslet Contra-Ataca: 1
Capítulo 64: Prongslet Contra-Ataca: 2
Capítulo 65: Prongslet Contra-Ataca: 3
Capítulo 66: Prongslet Contra-Ataca: 4
Capítulo 67: Prongslet Contra-Ataca: 5
Capítulo 68: Prongslet Contra-Ataca: 6
Capítulo 69: Prongslet Contra-Ataca: 7
Capítulo 70: Prongslet Contra-Ataca: 8
Capítulo 71: Encontrando o Poder de Prongslet: 1
Capítulo 72: Encontrando o Poder de Prongslet: 2
Capítulo 73: Encontrando o Poder de Prongslet: 3
Capítulo 74: Encontrando o Poder de Prongslet: 4
Capítulo 75: Encontrando o Poder de Prongslet: 5
Capítulo 76: Encontrando o Poder de Prongslet: 6
Capítulo 77: Encontrando o Poder de Prongslet: 7
Capítulo 78: Prongslet Vai à Guerra: 1
Capítulo 79: Prongslet Vai à Guerra: 2
Capítulo 80: Prongslet Vai à Guerra: 3
Capítulo 81: Prongslet Vai à Guerra: 4
Capítulo 82: Prongslet Vai à Guerra: 5
Capítulo 83: Prongslet Vai à Guerra: 6
Capítulo 84: Feliz Para Sempre Com Prongslet: 1
Capítulo 85: Feliz Para Sempre Com Prongslet: 2
Capítulo 86: Feliz Para Sempre Com Prongslet: 3
Capítulo 87: Feliz Para Sempre Com Prongslet: 4

Capítulo 51: Garantindo a Sobrevivência de Prongslet: 5

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*15 de novembro de 1994*

Era raro Hermione calcular mal, mas quando Dobby apareceu ao lado dela e a impediu de tocar na avalanche de correspondências que acabara de ser entregue por um bando de corujas, ela estava preparada para admitir que talvez ela tivesse subestimado o interesse do público no relacionamento dela com Harry.

"Você não precisa ajudar, Dobby," Hermione disse rapidamente, "eu vou ficar bem." Ela ignorou a dúvida que penetrou no fundo de sua mente enquanto inspecionava a pilha de correspondências.

"Lorde Black está ordenando que Dobby revise a correspondência de Grangy do Mestre Harry Potter." Dobby respondeu com uma firmeza que a surpreendeu.

Hermione cedeu. Sirius era seu guardião mágico e se ele realmente achava que era melhor ...

Neville deu um suspiro de alívio quando o elfo se afastou com a correspondência. "Graças a Merlin. Ele vai se certificar de que é seguro e separar a correspondência que você vai querer ler."

Ela mordeu o lábio. Ela não tinha considerado que havia perigo no correio, mas ela deveria ter pensado depois dos olhares sombrios que recebera desde que ela e Harry tinham chegado à cerimônia da varinha de mãos dadas. Alguns desses olhares tinham ficado ainda mais sombrios entre os artigos de jornal no dia anterior declarando completamente o status de Hermione como a primeira namorada de Harry, e Harry muito feliz andando para todas as suas aulas segurando a mão de Hermione.

O rubor aumentou quando ela se lembrou de seu próprio prazer em segurar a mão de Harry, mas mais, o que realmente significava sobre como Harry se sentia em relação a ela.

"Merlin!" Ron murmurou. "Você está pensando no Harry de novo, não está? Você fica com o mesmo olhar todo sentimental no rosto todas as vezes."

Hermione se virou para encará-lo. "Eu não tenho um olhar sentimental!"

Ron apontou a faca para ela. "Sim, você tem." Ele fez uma careta. "E o Harry também."

Ela reprimiu o desejo de argumentar, lembrando-se de que a mudança na dinâmica do trio era mais difícil para Ron, e que ela e Harry haviam prometido tornar isso mais fácil para ele. Seus olhos deslizaram para Lavender, que estava olhando para Ron com seu próprio olhar displicente. O que eles precisavam era de algum jeito de unir Ron com Lavender, Hermione determinou. Dessa forma, Ron não se sentiria excluído.

"Devemos ir logo ou vamos nos atrasar para Poções." Hermione disse em voz alta, não revelando seu outro motivo para se mover - ela queria ver Harry.

Ron resmungou, mas ele empurrou a última torrada em sua boca, limpou as migalhas da frente de suas vestes escolares e pegou sua bolsa.

Parecia ser um sinal para o resto do quarto ano da Grifinória; cada um deles abandonou a mesa do café da manhã ao mesmo tempo, caindo em um amontoado de estudantes enquanto saíam do Grande Salão.

O rosto de Hermione se iluminou quando viu Harry descendo a escada principal. Ele se aproximou e pegou a mão dela sem qualquer insinuação de autoconsciência, em vez disso mirou um sorriso para Ron e Neville quando os cumprimentou.

"Sirius disse que colocou um redirecionamento de cartas para você de mais ninguém somente da Casa de Black e dos seus pais," Harry disse, trocando sua mochila com a mão livre, "e que se algo passar, você deve chamar Dobby para cuidar disso."

Hermione suspirou. "Um redirecionamento de cartas? Ele realmente acha que é necessário?"

Harry encolheu os ombros. "Eu tenho um."

O que significava que sim.

"Eu não achei que as pessoas ficariam interessadas". Hermione comentou. "Eu acho que deveria ter percebido que nosso namoro teria alguma publicidade."

"Alguma?!" Rony disse, atraindo a atenção deles. "O jornal estava cheio de 'O Menino Que Sobreviveu Encontra o Primeiro Amor' ontem. Foi revoltante."

"Skeeter." Harry murmurou sombriamente.

"Não era só ela", Neville lembrou, "aquela mulher, Goose, tinha um parágrafo sobre você e Hermione no artigo dela também."

Harry empurrou os óculos no nariz. "Pelo menos o pai da Luna se concentrou no torneio e na cerimônia da varinha."

"Hmmm," Hermione disse, lembrando-se do artigo com uma carranca, "não tenho certeza se concordo inteiramente com ele sobre o simbolismo e as origens das criaturas que surgiram das varinhas durante os testes."

"Um monte de bobagens se você me perguntar." Ron concordou quando eles tomaram o corredor para as masmorras. "Veja bem, companheiro, aquela coisa de fênix flamejante foi muito impressionante."

"Foi o símbolo mais poderoso de todos os campeões." Neville alegremente entrou na conversa.

"Eu gostei das libélulas." Lavender disse atrás deles. "Elas eram muito bonitas, não como aqueles pássaros da varinha de Viktor Krum."

"Eles eram falcões!" Ron disse defensivamente. "Eles foram brilhantes." Ele apontou para Harry. "Quero dizer, não tão brilhantes quanto o de Harry, mas bastante decente."

"Há um debate sobre se os pássaros que surgiram da varinha de Viktor eram falcões ou pardais." Dean comentou em voz alta.

Ron se irritou. "Eles eram falcões."

Hermione lançou-lhe um olhar divertido. "Isso importa?"

"Falcões são melhores que pardais." Ron replicou.

"Simbolicamente isso é verdade." Lavender disse em apoio.

"Obrigado!" Ron declarou.

Lavender corou e Hermione resolveu novamente fazer algo, mesmo que a ideia de ser cupido a horrorizasse.

Todos diminuíram a conversa automaticamente quando se aproximaram do laboratório de Poções e de sua porta trancada, fazendo uma fila de estudantes que esperavam.

Hermione fez um feitiço de tempus e franziu a testa. "Nos estamos adiantados."

"Foi você quem nos tirou do café da manhã." Ron a lembrou, arrastando-se ao lado de Harry. "Eu nem tive a chance de ler minha carta de Charlie."

"Bem, todo mundo estava olhando." Hermione admitiu sem jeito.

Ela não ficou surpresa quando Harry apertou a mão dela e deu um sorriso simpático. Ele entendia como era desconcertante ser o foco de toda a escola.

"Vai passar." Neville disse. "A primeira tarefa é na próxima semana. Todo mundo vai se concentrar nisso então."

"Nev está certo", disse Ron, apoiando-se em um pedido de desculpas, "você será notícia antiga em pouco tempo."

"Boa dia", o sotaque de Draco percorreu a extensão do corredor enquanto os sonserinos chegavam, "quem diria que Grifinórios poderiam estar tão ansiosos pela aula de Poções?"

"Bom dia, Draco." Harry disse calmamente. Hermione seguiu Harry e acenou uma saudação para Theo quando ele ficou ao lado de Draco. Os dois estavam estranhamente se tornando uma boa dupla, embora os antigos companheiros de Draco, Crabbe e Goyle, continuassem como filhotes perdidos.

"Minha mãe disse que me veria no jantar na sexta-feira?" Draco ajustou o punho de suas vestes e Hermione ficou maravilhada com o brilho vermelho e dourado. Muitos Sonserinos usavam a de Cedric, embora alguns usassem as duas.

"Sim", Harry disse, "Sirius está reinstituindo os jantares em família. Andy e Ted também estarão lá."

Hermione notou o flash de desconforto que percorreu a maioria dos sonserinos em espera e escondeu um sorriso.

Pansy apareceu de repente, passando por Crabbe e Goyle em uma tentativa de ficar ao lado de Draco. "Eu estou atrasada?" Ela disse sem fôlego.

"Não," Draco zombou, "algo que você deveria ter percebido, já que todos nós ainda estamos do lado de fora da sala, Parkinson."

A aversão evidente não pareceu incomodar Pansy que enrugou o pequeno nariz arrebitado e lançou um olhar malévolo na direção de Hermione. Hermione endureceu automaticamente em resposta.

"Rita Skeeter estava me entrevistando." Pansy exultou. "Ela queria saber tudo sobre Granger."

Todas as conversas no corredor pararam abruptamente.

Hermione apertou ainda mais a mão de Harry quando ele se afastou da parede, sua raiva resplandecendo em seus olhos, e deu uma pequena sacudida de cabeça para tentar impedi-lo de fazer qualquer coisa precipitada. Ele parou quando Draco se moveu.

"Você é realmente tão estúpida?" Draco disse.

Pansy desviou o olhar de Harry e olhou com os olhos arregalados para Draco.

Hermione soltou um suspiro de alívio quando Harry relaxou um pouco ao ver que Draco lidaria com isso.

"Draco ..." Pansy reuniu o resto de sua coragem e auto-ilusão e continuou. "Você não pode negar que vai gostar de ver a verdade sobre Granger no jornal de amanhã!"

"Eu posso negar isso sim, já que sua verdade provavelmente envolve insultar Granger, que é membro da Casa de Black, assim como eu sou." Draco rosnou.

"Bem, pelo menos nós sabemos para quem apontar quando Lorde Black ler tudo sobre a fonte anônima de Hogwarts." Theo deixou escapar maliciosamente.

Pansy empalideceu, mas permaneceu desafiadora. "Eu mantenho o que eu disse."

"Então você não se importará de vir comigo na hora do almoço para se encontrar com Lorde Black e informá-lo da sua indiscrição em relação à sua protegida, senhorita Parkinson." O tom suave de Snape fez todos pularem enquanto observavam sua presença iminente.

Como ele tinha se esgueirado sem eles perceberem era um mistério, mas Hermione ficou satisfeita em vê-lo, apesar da batida de seu coração em sua entrada surpresa. Suas palavras foram absorvidas e ela trocou um olhar incrédulo com Harry e Ron, que pareciam tão chocados quanto ela se sentia com a repreensão de Snape para Pansy, uma sonserina.

"Professor Snape!" Pansy guinchou. "Senhor, eu não acho ..."

"Eu fui muito claro, senhorita Parkinson", Snape zombou ferozmente, "é um comportamento totalmente inaceitável para uma sonserina. A punição permanecerá." Seus olhos escuros vagaram pelo corredor e pousaram na mão de Harry segurando Hermione.

Hermione se mexeu nervosamente preparada para algum tipo de comentário zombeteiro, mas Snape se virou, destrancou o laboratório de Poções com um aceno de sua varinha e invadiu a sala. Os estudantes que esperavam seguiram atrás dele e Harry soltou a mão dela enquanto tomavam seus lugares habituais.

Hermione lamentou a distância, mas se concentrou na poção, jogando suas preocupações e sua felicidade com seu relacionamento com Harry para o fundo de sua mente.

O tempo se movia lentamente no tenso laboratório de Poções, com apenas o som ocasional de um copo tilintando contra um caldeirão ou o ranger de ingredientes. Snape parecia impassível para os alunos do laboratório.

Hermione mexeu sua mistura no sentido horário três vezes e ficou satisfeita quando se transformou em um azul vibrante. Estava quase pronta para os olhos de lagartixa em conserva e ...

Pansy gritou.

A cabeça de Hermione virou-se para olhar para a garota sonserina e arregalou-se de horror para a nuvem rosada e borbulhante que saía do caldeirão e engolfava Pansy. Se chegasse perto de mais alguém ...

"Arrestus!" Harry disse.

O caldeirão e a nuvem rosa pararam como se alguém tivesse acertado um botão de pausa em um programa de TV. Era um feitiço de tempo de poções que o tutor que eles tiveram no verão lhes ensinaram, Hermione percebeu distraidamente enquanto respirava aliviada. Normalmente, ele era usado para manter a poção em um momento perfeito, se houvesse um atraso na obtenção de um ingrediente, mas funcionava tão bem quanto uma medida de emergência urgente.

Milicent, que havia dado um grande passo para trás de seu próprio caldeirão, olhou para Harry atordoada. "Onde está ... onde está sua varinha, Potter?"

Um Harry vermelho brilhante abaixou sua mão vazia.

"Olhos de volta em suas próprias poções!" Snape estalou, se movendo para banir o caldeirão e dissipar a nuvem que lançou uma Pansy inconsciente em um baque no chão. "Bulstrode, leve Parkinson para a enfermaria!"

Os olhos de Milicent piscaram para Draco na frente dela, mas ele não lhe deu atenção.

Os olhos de Hermione se estreitaram. Ela poderia acreditar que Draco era o responsável. Ele jogou coisas nos caldeirões de Harry e Neville o suficiente para ela saber que ele era capaz disso. Era improvável que ele tivesse feito isso como vingança por Pansy conversar com Skeeter. Hermione percebeu que ele tinha feito mais por sua própria irritação com sua ex-bajuladora.

Ela cuidadosamente adicionou os olhos de lagartixa, mexeu cinco vezes no sentido anti-horário e sentiu o cheiro de maçãs flutuando da poção, que mudava de azul vibrante para verde.

"Seu tempo acabou!" Snape afirmou bruscamente. "Engarrafe suas poções e não se esqueçam de marcá-las!"

Hermione rapidamente colocou sua poção em um frasco já nitidamente rotulado. Ela o tapou e colocou cuidadosamente na mesa de Snape, dando uma olhada na poção de Harry (um verde levemente mais pálido que o dela, o que significava que ele acrescentou um pouquinho demais de olhos de lagartixa) e de Ron (um azul escuro que significava que ele foi muito lento em obter os olhos de lagartixa e, possivelmente, tinha mexido muito antes de adicioná-los).

A limpeza foi superficial e, em poucos instantes, os quarto anos da Grifinória e da Sonserina estavam se espalhando pelo corredor e a caminho de Runas. Hermione pegou a mão de Harry novamente e eles trocaram olhares de satisfação.

Ela poderia, Hermione pensou melancolicamente, estar muito aberta a fazer mais do que dar as mãos. Sua mente voltou ao Momento (como ela o rotulara em sua própria cabeça) na sala de aula quando ela pensou que ele ia beijá-la, quando ela queria que ele a beijasse e ... e ao invés disso eles foram interrompidos pelo diretor. Ela tentou não corar novamente.

Realmente não houve nenhuma oportunidade desde então.

Tanto ela quanto Harry passaram o dia anterior cercados por outras pessoas, a saber, Ron, e não houve privacidade para roubar um beijo. E Hermione não queria roubar um beijo. Ela queria que seu primeiro beijo com alguém, com Harry, fosse especial. Ela achava que Harry sentia o mesmo, e era por isso que ele não a pressionava ou tentava arranjar um jeito deles ficarem sozinhos, além de querer manter sua promessa a Ron de facilitar as coisas para ele. Ela esperava que ele quisesse beijá-la tanto quanto ela queria beijá-lo.

Runas era sempre agradável. Os quartos anos ocupavam a parte de trás em seu próprio grupo pequeno do quinto ano. Hermione ocupou seu lugar habitual perto de Daphne quando Harry se sentou ao lado de Anthony.

"E Rita pensando que vocês dois estavam grudados pelo quadril." O sussurro divertido de Daphne fez Hermione sorrir quando começaram o trabalho.

Os quatro conversaram sobre sua mais recente redação de Runas até o almoço, onde Hermione teve que parar de segurar a mão de Harry para comer, mas ela se consolou com o fato de que Harry estava realmente na refeição. Ela entendia o combinado de Sirius que Harry tomaria café da manhã e jantaria com ele em seus aposentos, mas ela sentia falta dele e de suas conversas. Neville e Ron sentaram-se ao lado deles com um baque.

"Eu digo que Trelawney fica mais louca a cada aula." Ron reclamou, pegando vários alimentos em um prato de uma vez.

Hermione fez uma careta de desaprovação por ele não escolher as opções mais saudáveis. "O que ela estava prevendo agora?"

"Provavelmente minha morte ainda." Harry murmurou ao lado dela. Ele empurrou um salgadinho em uma poça de ketchup.

"Não, ela ficou tonta com um incenso que ela acendeu e começou a balbuciar ..." Ron fez uma pausa e pegou outra montanha de batatas fritas no prato. "O que ela estava balbuciando?"

Neville engoliu a garfada de torta que ele pegou. "Algo sobre insetos?"

"Ela é completamente maluca se você me perguntar." Ron mergulhou em sua comida com entusiasmo.

Neville assentiu. "Ela estava muito maluca hoje."

"Eu não sei como vocês estão nessa matéria." Hermione admitiu. "Veja bem, Luna é muito elogiosa sobre Firenze."

"Centauros são famosos por suas proezas de adivinhação." Neville concordou. "Eu gostaria que ele estivesse nos ensinando."

"Hmnfph." Ron acenou expressivamente com o garfo.

Todos eles olhavam para ele.

Ele engoliu em seco. "Eu também."

"Onde estão Lavender e Parvati?" perguntou Hermione. As duas garotas amavam Trelawney. Ela não achava que a queda de Lavender por Ron a teria impedido de defender sua professora favorita.

"Elas ficaram para trás para consolar Trelawney." Neville explicou. Ele cutucou Harry. "O que você vai estar fazendo esta tarde enquanto estivermos tendo Feitiços?"

Harry sorriu para ele. "Eu estou indo para o Hagrid. Ele vai me dar um tutorial especial sobre criaturas mágicas."

"Bem, se você sobreviver à isso, a primeira tarefa será muito fácil." Neville disse com um sorriso de resposta.

"Felizmente ele não pode te dar uma aula prática com algumas das criaturas mais perigosas." Hermione disse com alívio porque, tanto quanto ela amava Hagrid, Merlin sabia que ele tinha uma completa falta de clareza sobre o perigo que algumas das criaturas representavam.

Harry acenou para ela de acordo.

"O que você vai fazer na aula de Feitiços hoje à noite com o professor Flitwick?" Hermione mudou de assunto, em parte porque queria que Harry almoçasse sem falar sobre o torneio e em parte porque estava morrendo de vontade de saber como eram as lições individuais dele.

"Feitiços Avançados de Convocação." Harry disse com um encolher de ombros. "Nós cobrimos a teoria básica com o poder versus ensaio mágico, lembra? E no verão eu consegui o básico que vocês vão fazer em breve, então ele acha que eu vou entender o suficiente para ser capaz de fazer na prática."

"Eu gostaria que estivéssemos fazendo Feitiços Avançados de Convocação." Hermione refletiu melancolicamente.

"Nós não temos energia suficiente para os mais sérios, não é?" Neville argumentou. "Quero dizer, de acordo com as teorias que tivemos que ler para esse trabalho?"

"Exatamente." Hermione assentiu. "Nosso poder mágico não é maduro o suficiente. Harry é uma exceção."

"Esse sou eu." Harry murmurou. "Embora a teoria seja que meu poder ainda está amadurecendo."

"Não tome isso como uma coisa ruim", disse Neville, "mas isso é bastante assustador."

Hermione estava prestes a dizer algo reconfortante quando Ron gemeu dramaticamente.

"Isso é um monte de besteira!" Ron disse em voz alta.

Os três se viraram para olhá-lo.

Ele acenou com um pedaço de pergaminho manchado para eles. "Carta de Charlie. É um monte de besteira. Ele fala sobre como ele está de volta ao país para trabalhar, mas não pode dizer em quê porque é tudo muito secreto e ele me verá no dia 24, embora pareça mais preocupado em contar isso para o Harry." Ele colocou a carta na mesa e olhou para Harry de repente pálido. "Você não acha que talvez ... talvez Charlie tenha uma queda por você?"

Os olhos de Harry se arregalaram com alarme.

Uma suspeita se reuniu na cabeça de Hermione e ela pegou a carta, levantando uma bolha de privacidade em torno dos quatro.

"Oy!" Ron balbuciou.

"Ron", Hermione leu em voz alta, "só queria dizer a você e Harry - Harry está sublinhado - que eu estou de volta por um tempo para um trabalho - o trabalho também está sublinhado. Não posso dizer muito mais sobre isso por causa de todo o sigilo em torno deste evento particular, mas basta dizer que vou vê-lo no dia 24. Não se esqueça de dizer à Harry. Charlie."

O garfo de Harry ressoou quando ele deixou cair no prato e Hermione sabia que ele havia chegado à mesma conclusão que ela.

"Oh Merlin!" Ron abaixou a cabeça entre as mãos. "Ele tem uma queda por Harry! Como se não fosse ruim o suficiente Ginny ser louca por ele!"

Neville engasgou com a torta dele.

Hermione baixou a carta e olhou para Ron com pena. "Charlie não tem uma queda por Harry."

"Hermione, eu sei que Harry é seu namorado agora e você não quer pensar nisso, mas você não pode negar que isso parece ruim." Ron disse, levantando a cabeça para olhar para ela.

Hermione revirou os olhos para ele e acenou com a carta. "Ele está tentando nos dizer algo, seu idiota!"

"O que?" Exigiu Ron com raiva, cruzando os braços sobre o peito e olhando para ela.

"Dragões". Harry conseguiu passar a palavra pelos lábios pálidos e Hermione não podia culpá-lo; era absolutamente horripilante. "Ele está tentando nos dizer que ele estará aqui para o trabalho no dia 24, para a primeira tarefa. São dragões."

"Caramba." Ron disse, ficando branco sob suas sardas.

Neville empurrou o resto do almoço. "Eles não pensariam seriamente em usar dragões, não é?"

"Eles já foram usados ​​antes." Hermione disse com um nó na garganta, deslizando a mão na direção de Harry.

Harry entrelaçou seus dedos juntos em cima da mesa.

"Tem certeza de que ele simplesmente não tem uma queda por Harry?" Ron perguntou suplicante.

"Eu acho que eu sei o que o Hagrid provavelmente vai me testar esta tarde então." Harry disse, ignorando Ron.

Hermione franziu a testa, porque - sim, era bom saber, mas se eles sabiam então ... "Isso não é trapaça?"

"Não é exatamente contra as regras." Harry disse defensivamente. "Os professores e diretores não podem dizer aos Campeões as especificidades das tarefas, mas não há nada que declare explicitamente que alguém neutro não pode descobrir e informar os Campeões." Ele suspirou. "Eu acho que Viktor sabe."

"Você acha?"

"Ele sabe?"

Ron e Neville falaram ao mesmo tempo.

Harry assentiu pensativo. "Na verdade, acho que ele estava tentando me dar uma dica em nosso último treino de quadribol. Ele me perguntou se eu já tinha visto um dragão antes." Ele fez uma careta que dizia claramente 'eu sou um idiota'. "Eu pensei que ele tinha ouvido um boato sobre aquela coisa toda com Norbert, então eu contei a história."

"Eu deveria saber que Karkaroff iria encontrar uma maneira de contornar as regras." Ron bufou em desgosto.

"Não é justo com Fleur ou Cedric, é?" Hermione apontou.

"Isso depende de como você vê a competição." Neville disse, recuperando o apetite suficiente para alcançar uma fatia de torta de maçã depois que as sobremesas haviam aparecido. "Você pode considerar que a informação é inteligência, e uma vantagem."

Harry cantarolou. "Eu quero uma competição justa, e embora eu saiba que Charlie dando uma dica grande o suficiente em uma carta para o Ron para eu entender não é uma trapaça em si ..."

"Ainda parece que você conseguiu as informações injustamente." Neville derramou bastante creme em sua tigela para afogar a torta.

"Talvez seja por isso que Viktor também tentou me contar." Harry pensou, soltando suas mãos enquanto se servia de torta. "Talvez ele tenha achado que não era totalmente justo a maneira como ele descobriu e tentou dizer aos outros campeões."

Hermione evitou as sobremesas e pegou um cacho de uvas para fazer um lanche. "Então o que você quer fazer?"

Harry suspirou e engoliu um pedaço da torta. "Eu acho que vou falar com Viktor e ver se ele realmente já contou para Fleur e Cedric. Se ele tiver então ... bem, eu não preciso fazer nada. Mas se ele não tiver ..." seus lábios firmaram, "Eu direi a eles."

"Não tenho certeza se o Diggory vai acreditar em você." Ron disse sem rodeios, pegando uma enorme fatia de bolo.

"Não importa se ele acreditar ou não", Harry respondeu: "Eu sei que fiz a coisa certa e tentei dizer a ele".

Neville fez um gesto com a colher de acordo.

Hermione sorriu com aprovação para Harry. "Então, eu vou reunir tudo sobre dragões que eu puder e nós vamos passar isso hoje à noite depois de sua aula com o professor Flitwick, tudo bem?"

Harry concordou e mudou de assunto para o relacionamento contínuo de Neville com Hannah. Hermione não podia culpá-lo.

Dragões.

Quem pensou que era uma boa ideia, Hermione pensou preocupada. Será que já era parte da tarefa antes que Voldemort teve a chance de mudar os parâmetros, ou ele que os adicionou?

Foi o pensamento que ficou com ela depois que Harry a acompanhou para a aula de Feitiços antes de partir para sua própria aula com Hagrid. Isso a distraiu durante toda a aula e foi um alívio quando terminou. Ela tinha Aritmancia para chegar e ela acenou um adeus para Ron e Neville fora da sala de aula antes de ir na direção oposta.

Ela mal chegara ao pé da escada que precisava quando ouviu o grito de um feitiço acima dela. Ela se abaixou, mas não rápido o suficiente e o feitiço a pegou no rosto, fazendo com que ela caísse para trás.

"Granger!" Daphne correu até ela e a ajudou a se sentar com uma pequena multidão reunida ao redor.

"Você viu quem fez isso?" Lisa Turpin perguntou.

"Veio de cima." Alguém mais murmurou. "Eu vi a luz do feitiço descer as escadas."

Hermione balançou a cabeça e foi responder, mas uma estranha sensação a impediu. Sua mão voou para sua boca, onde os dentes da frente estavam crescendo rapidamente como se ela fosse uma espécie de esquilo demente. Ela olhou para Daphne com horror.

"Enfermaria." Daphne disse rapidamente. "Vamos." Ela puxou Hermione para seus pés e a apoiou enquanto seus dentes continuavam a crescer. Ela praticamente empurrou Hermione para a enfermaria e gritou para a enfermeira.

Hermione mal avistou Pansy ainda com frio em uma das camas enquanto Madame Pomfrey aparecia em seu escritório e apontava a varinha diretamente para Hermione. Seus dentes pararam de crescer e Hermione soltou um pequeno suspiro de alívio.

"Desagradável esse feitiço." Madame Pomfrey disse. "Mas vamos ter você consertada em um instante." Ela entregou a Hermione um espelho. "Apenas acene quando quiser que eu pare."

Hermione viu seus dentes da frente recuando e sentiu o peito se arrepiar ao perceber que podia consertar os dentes. Desde que ela tinha crescido os dentes da frente, ela sempre pensou que eles eram um pouco grandes, apesar da garantia de seus pais de que eles estavam bem. Eles não estavam bem e Hermione não pôde resistir à tentação de deixar Pomfrey continuar por mais um momento do que ela precisava, garantindo que seus dentes parecessem perfeitos.

"Bom, bom." Pomfrey fez outro feitiço de diagnóstico. "Você teve um pouco de choque, então você está dispensada das aulas pelo resto do dia. Volte para o seu dormitório e descanse. Vou informar a professora McGonagall." Ela olhou para Daphne, desconfiada.

"Daphne não foi responsável", Hermione disse rapidamente, "ela me ajudou."

"Dez pontos para a Sonserina então." Madame Pomfrey disse com uma fungada. "Vocês duas podem ir."

"Obrigada." Hermione disse a Daphne quando saíram da enfermaria, mas franziu a testa quando ela continuou ao lado dela. "Você não tem que me levar até a torre, você vai se atrasar para a Aritmancia."

Daphne soltou um suspiro. "Potter vai ter minha cabeça se você não for escoltada depois de ser atacada."

"Oh Merlin." Hermione murmurou com desânimo. Harry ia enlouquecer e ... e ele iria reconsiderar seu relacionamento? Ela esperava que não. Ela realmente esperava que não. Talvez ela tivesse que convencê-lo de que ela estava bem sendo um alvo; que ela sabia que seria um alvo concordando em sair com ele. E não houve nenhum dano - na verdade, seus dentes pareciam melhores do que nunca.

Elas estavam apenas na metade do caminho quando Ron e Neville dobraram a esquina e quase se chocaram contra elas.

"Hermione!" Ron se jogou para ela e a abraçou.

"Oomph!" Hermione deu um tapinha nas costas dele desajeitadamente. "Eu estou bem, Ron."

Ron rapidamente se virou e assentiu. "O que aconteceu? Katie Bell disse que você foi atacada nas escadas e ..."

"Feitiço de fazer crescer os dentes." Daphne interrompeu-o bruscamente. "Malicioso e desagradável, mas não perigoso. Pomfrey disse que ela deveria descansar."

Neville assentiu para ela. "Você pode ir para a aula. Nós vamos levá-la daqui."

Daphne afastou o cabelo do rosto e acenou para Hermione. "Procure-me amanhã para o trabalho de casa, Granger."

"Obrigado novamente." Hermione disse. Ela odiava admitir isso, mas ela se sentiu mais segura com Ron e Neville, Ron pegando sua bolsa mesmo com seus protestos de que ela poderia carregá-la.

"Você tem alguma ideia de quem fez isso?" Neville perguntou, todo o seu ser irradiando preocupação.

"Não", Hermione suspirou pesadamente, "Eu estava no pé da escada, ouvi um grito", ela parou pensando em sua memória por um momento, "Eu acho que era uma menina? Então, o feitiço me atingiu no rosto."

"Bem, não é como se houvesse falta de suspeitos." Ron declarou com autoridade. "Entre os Sonserinos que estão tentando impressionar Você-Sabe-Quem, os fãs de Diggory, e as fãs de Harry que provavelmente te odeiam ..." ele fez um gesto hesitante, "quem você escolheria primeiro?"

Hermione fez uma careta, mas sabia que ele estava certo. Ela se sentiu mais leve quando chegaram à segurança da torre. Ela pegou de volta sua mochila na sala comunal.

"Vocês podem encontrar Harry e contar à ele antes que ele ouça de outra pessoa?" Ela implorou. "E diga a ele que estou bem e não estou mudando de ideia sobre namorar com ele."

Neville assentiu. "Eu acho que ele ainda está no Hagrid."

"Eu vou checar lá", Ron sugeriu, levantando as mangas das vestes nos braços, "você checa os quartos dele e de Sirius. Se Harry não estiver lá, você sempre pode contar para Sirius."

Neville concordou e Hermione fez seu caminho para o dormitório. Ela odiava admitir isso, mas ela estava se sentindo um pouco instável e ansiosa para se enrolar na cama com um livro por uma hora antes do jantar para recuperar seu equilíbrio. Ela desacelerou quando entrou no dormitório.

Lavender e Parvati estavam sentadas na cama de Hermione com uma Ginny chorosa entre elas.

"O que está acontecendo?" perguntou Hermione, uma sensação de nervoso em seu estômago.

Lavender olhou para cima, seu lindo rosto completamente sério quando ela afastou o cabelo de Ginny longe de seu rosto manchado de lágrimas. "Ginny tem algo para lhe dizer."

E ela tinha a sensação de que não queria ouvir o que Ginny queria dizer, pensou Hermione com melancolia.

"Não fui eu!" Ginny disse imediatamente, passando a mão no rosto.

Mas Ginny sabia quem era, Hermione percebeu. Ela se sentou e fez sinal para a irmã de Ron. "Comece a falar, Ginny."

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*19 de novembro de 1994*

Cedric jogou o jornal através dormitório e enterrou o rosto nas mãos.

Ele ouviu Mike (seu melhor amigo e confidente) expulsar os outros três lufa-lufas do sexto ano e fechar a porta. Houve um ruído enquanto Mike pegava o papel e lia o artigo ofensivo.

Era outra peça de Skeeter sobre Potter, embora a maior parte tenha sido sobre o ataque a Hermione Granger na terça-feira, que levou Lydia Inglebee e Ginny Weasley a receberem um mês de detenções, e a expulsão de Jessica Philpott que era quem havia lançado o feitiço ferindo Granger. Skeeter era maliciosa, chamando de frágil o novo relacionamento de Potter e Granger enquanto questionava por que a Casa de Black tinha pedido punição completa sob a nova política Anti-Bullying de Hogwarts quando o dano a Granger não fora permanente e tinha sido facilmente consertado.

Pessoalmente, Cedric acreditava que, se estivesse no lugar de Lorde Black, teria feito exatamente o mesmo. Se as pessoas achassem que podiam se safar com feitiços desagradáveis ​​em Potter ou Granger ... bem, alguns idiotas fariam isso. Dessa forma, todos saberiam que a Casa de Black não iria aceitar nenhum tipo de ataque.

Cedric suspirou quando abaixou as mãos e caiu de volta em sua cama. O que o perturbara era que sua visão era diametralmente oposta à visão que seu pai expressara a Skeeter e que ela incluíra no artigo como uma citação do distinto pai do campeão de Hogwarts.

Alguém o culparia se ele matasse o pai dele? Certamente agora ele tinha motivos para um homicídio justificável.

Mike suspirou pesadamente, largou o papel e sentou-se na cama ao lado dele, dando um tapinha em seu joelho em um gesto distraído mas reconfortante. "Você precisa conversar com seu pai, Ced."

"Mandei três cartas implorando para que ele parasse de falar com a imprensa." Cedric disse secamente. Ele levou a mão na direção geral de onde Mike havia jogado o papel. "Você vê o quanto de atenção ele me dá. Ele não se importa como eu me sinto com tudo isso."

Seu pai também não respondeu a nenhuma das cartas. Ele não escreveu para Cedric desde sua primeira carta dizendo a Cedric que estava orgulhoso dele por ter sido escolhido, e instruindo-o a procurar informações sobre criaturas mágicas como dragões para a primeira tarefa, já que o torneio sempre começava com uma tarefa focada nelas.

Cedric acabou escrevendo para sua mãe sobre os comentários públicos indiscretos de seu pai, e ela enviou uma resposta desanimadora confirmando que ela havia tentado falar com o pai dele também, mas que ele estava tentando fazer com que Cedric recebesse mais publicidade do que Potter; e que não era tudo sobre Cedric porque havia política envolvida com as leis de criaturas mágicas sob revisão.

Cedric esfregou a cabeça, cansado. Ele estava farto de estar no meio das maquinações políticas de seu pai e tentando manter algum tipo de neutralidade em suas relações com Harry.

Ele gostava de Harry. Havia algo infinitamente simpático sobre ele. Harry não tinha ares ou graças de superioridade quando ele era só 'O Menino Que Sobreviveu' e mesmo depois de ter descoberto sobre ser Lorde Potter, quando adquiriu polimento em algumas de suas atitudes, ainda assim ele continuara o mesmo. E Merlin sabia que, se alguém tinha conquistado o direito de se sentir um pouco superior com tudo o que se dizia ter acontecido nos últimos três anos, era Harry. Pareceu a coisa certa a fazer, ficar ao lado dele no Halloween, apoiando-o. Ficara claro naquela noite que Harry estava com medo de entrar no torneio, mas ele também tinha sido incrivelmente corajoso em aceitar a ligação para garantir a segurança dos outros Campeões.

Cedric lhe devia.

E parecia errado abandonar seu apoio visível e manter seu silêncio porque não queria discordar publicamente de seu pai, ele sabia que seu pai ficaria zangado com ele se discordasse dele publicamente.

É certo que Cedric reconhecia com um rubor de vergonha que ele tinha ficado chateado no primeiro dia após o sorteio. Os jornais se concentraram tanto na inclusão de Harry, que foi difícil não se sentir menosprezado. Ele não tinha entrado na competição pela publicidade e glória, mas era difícil não se ofender por ele sendo escolhido como um Campeão ser tratado como uma nota de rodapé na maior história da inclusão de Harry. Ele até ficou orgulhoso no segundo dia, quando o jornal incluiu uma citação de seu pai dizendo que o torneio não era sobre Harry, mas sobre todos os campeões. Mas depois disso ...

Ele realmente não sabia por que seu pai havia ficado tão malvado em seus comentários. Uma coisa era apontar que havia outros Campeões, outra coisa totalmente diferente era sugerir que Harry era algum tipo de apanhador de atenção, um maluco que não duraria um minuto em comparação com os outros Campeões e especificamente com Cedric.

Cedric ficou horrorizado. E então culpado que sua própria pequena irritação de que o foco da publicidade fosse exclusivamente em Harry poderia ter encorajado seu pai de alguma forma. E ainda mais horrorizado quando alguns de seus partidários em Hogwarts pegaram os comentários de seu pai e usado eles, mas preso, porque como ele poderia dizer que discordava de seu pai?

Oh, ele eventualmente pediu que as pessoas parassem de falar mal de Harry - e a discussão com Robert Ogden, que o levou a ter que fazer esse pedido, foi um dos momentos mais embaraçosos que Cedric já teve - mas ele não tinha feito mais nada. Ele recuou, esperando que, ignorando Harry, o problema todo fosse embora.

Mas isso não aconteceu e não iria acontecer.

"Você precisa fazer alguma coisa, Ced, porque você está saindo como o cara mau aqui." Mike disse baixinho. "Os partidários de Potter tem sido sólidos em apoiá-lo, mas são muito respeitosos com você, Krum e a moça francesa. Quanto mais seu pai o denigre e você não diz nada ..."

"Eu sei!" Cedric interrompeu, levantando. "Eu sei, tudo bem? Mas não é tão fácil assim! Eu não posso discordar do meu pai sem machucá-lo politicamente e arruinar meu relacionamento com ele." Ele suspirou pesadamente. "Droga! Eu só entrei para fazê-lo feliz!"

Ele não queria entrar. Ele preferia ter permanecido no time de Quadribol, já que ele vagamente pensava em tentar algumas equipes depois da escola. Ser um Campeão do Torneio Tribruxo abriria portas para ele, mas não se ele aparecesse como um idiota.

Mike deu um tapinha no ombro dele desajeitadamente. "Olha, eu sei que é complicado, mas ... você não tem que fazer uma entrevista ou algo assim só ... pare de ignorar o Potter. Vá e fale com ele. Diga a ele que a visão do seu pai é a opinião dele e não a sua. Tenho certeza que ele vai entender."

Cedric fez uma careta, mas ele não podia argumentar com o conselho. Ele não podia continuar com seu plano atual de 'tentar ignorá-lo e esperar que tudo acabasse', já que não estava funcionando. "Você não está errado." Ele admitiu. Ele se empurrou da cama. "Acho que vou voar um pouquinho, clarear minhas idéias."

Mike fez um gesto para ele. "Você quer companhia?"

"Não." Cedric deu uma palmada no ombro de Mike. "Obrigado." Ele pegou sua vassoura e seu manto externo e estava fora da Sala Comunal da Lufa-Lufa antes que alguém pudesse pegá-lo. Ele foi direto para o campo de Quadribol.

Estava felizmente vazio. Os três primeiros jogos foram disputados antes do torneio e o resto não seria até depois do Ano Novo. O tempo estava ficando muito ruim para jogar - chuva e vento fazendo as condições arriscadas. Não eram exatamente boas condições climáticas para voar. Mas houve uma pausa na chuva e o vento diminuiu para uma brisa forte.

Cedric montou na vassoura e deu o pontapé inicial. Alguns circuitos do campo o aqueceram e ele começou a passar pelos exercícios que sempre fizera, deixando a familiaridade dos turnos, voltas e mergulhos clarear sua mente enquanto ele se concentrava em nada além do vôo.

Quando uma hora se passou, Cedric estava se sentindo muito melhor. Seus ombros pareciam mais leves; ele podia respirar. Ele desceu à terra e aterrissou com uma sensação de desapontamento por não poder ficar no ar para sempre.

Torneio idiota, pensou Cedric, com ar sombrio. Ele deveria passar o resto da tarde lendo sobre criaturas mágicas, uma vez que a pesquisa dele e de Mike havia apoiado a sugestão de seu pai. Ele planejava passar o dia seguinte praticando feitiços e tinha muitos voluntários para ajudar com isso. Tudo bem então, ele determinou; tomar banho no banho dos monitores e depois ler pelo resto da tarde.

Ele pegou sua vassoura e começou a caminhar em direção ao castelo.

"Psiu!"

O som o fez girar para olhar o que parecia ser um espaço vazio ao lado dele. De repente, o ar ondulou e Harry espiou para fora de uma... uma capa de invisibilidade!

Cedric arregalou os olhos.

Harry levou um dedo aos lábios e apontou para as arquibancadas de quadribol antes de se cobrir novamente. Por um segundo, Cedrico pensou em ir na direção oposta, mas Harry tinha feito um esforço para procurá-lo e ... e Cedric não ia recusar o acordo de paz que ele é quem deveria ter feito. Ele caminhou rapidamente, e ficou satisfeito quando Harry descobriu uma mão para que ele a seguisse sob a arquibancada da Corvinal e para as sombras. Ele observou Harry sair da capa.

"Eu vou colocar um feitiço de não-me-note e um par de outros feitiços para incentivar as pessoas a nos deixarem em paz, se estiver tudo bem com você?" Harry perguntou cautelosamente.

Cedric assentiu.

Harry foi trabalhar e Cedric ficou inquieto enquanto ele distraidamente notou que a magia de Harry era rápida, eficiente e eficaz. Mas sozinho com Harry de perto, ele se lembrou novamente de quão jovem Harry era, e ele começou a se sentir mal de novo.

"Desculpe por isso", Harry disse, finalmente parando e chegando na frente dele, "mas eu tenho tentado falar com você por um par de dias agora e ... e, bem ... você raramente está sozinho."

Cedric pigarreou. "Eu deveria ser o único a pedir desculpas e aquele a procurar você." Ele suspirou. "Meu pai é ...", ele se esforçou para encontrar as palavras e no final optou pela verdade bruta: "Eu não concordo com ele, mas ele é meu pai".

Houve um pedido de compreensão e Harry deve ter ouvido porque ele assentiu.

"Você não precisa se explicar, Cedric", Harry disse seriamente, "Eu entendo, e sei que alguns dos planos de jogo do seu pai com a publicidade têm mais a ver com a agenda política do que você e eu competindo neste torneio. Sirius entende isso também."

Cedric passou a mão pelo cabelo.

"Olha, eu disse que eu entendo e eu realmente entendo." Harry brincou com a borda de sua capa. "Eu até meio que concordo com o seu pai que não é justo quando você estava esperando que toda a escola estivesse atrás de você, e ao invés disso o pouco do seu apoio está apontado na minha direção." Ele apertou os lábios juntos. "Sirius e eu estávamos conversando no outro dia e ... nós conversamos sobre o fato de que nós realmente estávamos considerando fazer o mínimo para o torneio e apenas deixar vocês jogarem pela vitória. Mas nós dois concluímos que não podemos por causa das razões por que decidimos jogar para ganhar em primeiro lugar, que não tem nada a ver com você ou os outros campeões, e tem tudo a ver com ... "

"Derrotar os bandidos que colocaram você em primeiro lugar." Cedric disse. "Eu li a entrevista que você deu e eu entendi."

E Harry não falou sobre seus outros competidores em termos brilhantes naquela entrevista? Cedric sentiu um arrepio de vergonha fluir através dele novamente e ele ajustou seu aperto em sua vassoura. "Eu sei que não é sua culpa que você esteja nessa posição." Ele disse se desculpando.

Harry corou.

"E eu sinto muito sobre os distintivos." Cedric continuou. "Eu não tive nada a ver com eles, mas ... eles passaram dos limites."

Os lábios de Harry se contorceram. "Sim, eles foram um pouco demais." Ele empurrou os óculos de volta no nariz. "Seria bom se você pudesse dizer a seus partidários que você quer uma competição justa, sem xingamentos ou ataques ou ..."

"Táticas sujas". Cedric assentiu lentamente, porque ele podia fazer isso. "Um jogo justo. Eu gosto disso."

"Ótimo", Harry sorriu para ele, "e falando sobre isso, meio que me traz para o que eu queria falar com você em primeiro lugar."

Cedric ficou quieto. "Oh?"

"Quando eu estava no treino de Quadribol com Viktor ele me perguntou se eu já havia encontrado um dragão antes", Harry explicou, "e eu pensei que ele estava me perguntando sobre algo que ... bem, isso não importa, mas eu, hum, realmente não prestei atenção em Viktor até que uma fonte me sugeriu que a primeira tarefa poderia ser dragões."

Dragões.

E de repente ele pôde entender a carta de seu pai com a insinuação de dragões, que foram escritas em maiúsculas e tinta vermelha. Seu pai havia tentado dizer a ele, Cedric percebeu, possivelmente porque seu pai tinha que ter sido informado sobre a importação de dragões para o país como parte de seu trabalho. Ele perdeu completamente a pista, colocando os dragões como uma pequena possibilidade, uma vez que ele fez sua pesquisa sobre o torneio.

Cedrico sentiu a necessidade de se sentar, os joelhos fracos de repente. "Isso é..."

"Insano." Harry terminou com um aceno de cabeça. "Eu sei. De qualquer forma, eu verifiquei com Viktor e ele admitiu que estava insinuando para mim porque ele descobriu de alguém, e ele tentou encontrar você sozinho para sugerir a você também, mas ... como eu disse, tem sido difícil, então eu disse que tentaria dizer a você também."

Cedric franziu a testa. "Por quê?" Os outros dois teriam uma enorme vantagem se tivessem guardado as informações para si mesmos.

As bochechas de Harry ficaram vermelhas. "Bem, mesmo que nem Viktor nem eu soubemos de uma forma que as regras não permitem ... nós dois queremos um jogo justo." Ele gesticulou para Cedric. "E além disso as tarefas ficaram mais perigosas porque eu entrei, e se eu puder ajudar a manter todos vivos ..."

Isso fazia sentido, Cedric refletiu, percebendo a evidente culpa de Harry sobre isso, apesar de não ser culpa dele. Crouch Junior tinha muito a quem responder.

"Então Fleur sabe?" perguntou Cedric. Ele se deu bem com a Veela de Beauxbatons. Ela veio e sentou ao lado dele na biblioteca em algumas ocasiões e ... e de repente ele percebeu por que ela havia colocado um livro sobre dragões ao seu lado no outro dia.

"Aparentemente ela pegou a sugestão de Viktor imediatamente." Harry revirou os olhos.

"Sim", Cedric murmurou, "Eu acho que ela tentou me dizer também, mas eu não peguei a dica." Ele decidiu não dizer nada sobre seu pai; essa situação já era complicada o suficiente.

"Pelo menos você sabe agora, certo?" Harry disse encorajadoramente.

"Certo." Cedric concordou fracamente, porque era melhor saber do que ter sido surpreendido com isso no dia da tarefa. "Merlin! Dragões!"

Harry assentiu com simpatia. Ele lançou um olhar para o castelo. "Eu deveria voltar antes que Sirius comece a pensar que eu fui sequestrado ou algo assim."

Cedrico respirou fundo. "Por que não andamos de volta juntos? Talvez isso ajude a acabar com alguns dos ... você sabe."

O rosto de Harry se iluminou e ele apressadamente guardou sua capa de invisibilidade em um bolso em seu manto externo antes de desfazer os feitiços, mantendo-os escondidos. "Eu observei você voando por um tempo", admitiu ele enquanto saíam das arquibancadas, "onde você aprendeu os exercícios que fez no final?"

Eles conversaram sobre Quadribol por todo o caminho de volta para o castelo e Cedric tentou não se sentir autoconsciente com a atenção que estavam atraindo. Ele não ficou surpreso ao ver Granger e Weasley esperando por Harry perto da escadaria principal.

"Ei, por que você não se junta a mim e Viktor amanhã? Vou perguntar a Fleur também". Harry convidou quando chegou perto deles. "Nós temos o campo reservado para às onze."

"Parece bom." Cedric disse genuinamente. "E Harry: obrigado."

Harry acenou e saiu para se juntar a seu amigo e nova namorada. Cedric balançou a cabeça, ignorou o olhar dos outros alunos e dirigiu-se para a Lufa-Lufa apressadamente.

Ele tinha algumas leituras sobre dragões para fazer.

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*20 de novembro de 1994*

Remus despejou sua mala no chão da recepção na Mansão Black e esfregou a nuca cansadamente enquanto vagava pela biblioteca e ostensivamente seu escritório e de Penny.

"Você parece exausto." Penny comentou quando ele entrou. "Sente-se! Vou fazer um chá para você."

Remus franziu a testa. "Onde está o Kreacher?"

"À procura do elfo do Crouch." Bill levantou o livro que ele segurava em saudação. Ele estava em uma das cadeiras confortáveis ​​na frente da mesa de Penny. "Oi."

"Oi." Remus respondeu automaticamente e suspirou quando percebeu que sua troca com Bill permitira que Penny saísse para fazer chá.

O que ele realmente apreciaria então talvez ele não se queixasse, mas simplesmente diria um agradecimento.

"Eu não sabia que você tinha outra viagem ao exterior planejada." Bill disse, abaixando o livro.

"Sirius me mandou para a Romênia." Remus disse sucintamente. Ele fez uma careta e fez um gesto fraco com a mão quando caiu em sua cadeira com um suspiro. "Na verdade, eu me ofereci."

Os olhos de Bill brilharam de repente quando fez a conexão. "A reserva de dragões onde Charlie geralmente trabalha? Você estava verificando quais dragões estão faltando."

"Exato." Remus disse. "Nós não queríamos colocar Charlie em uma posição difícil, questionando-o ainda mais. Foi bom dele enviar uma dica por Ron mesmo assim."

"Esse é o Charlie." Bill disse com carinho fraternal. Charlie era brilhante por se colocar em risco assim. "Então, descobriu alguma coisa?"

"Tanto quanto eu pude questionar o pessoal da turnê enquanto percorríamos os diferentes habitats, há quatro tipos de dragão faltando." Remus disse com satisfação. Ele teve que ser incrivelmente sorrateiro em suas perguntas, mas ele não tinha sido um Maroto por nada. "Um Meteoro-Chinês, um Rabo-Córneo húngaro, um Focinho Curto sueco e um Verde-Galês."

Bill piscou. "Caramba. Eles não estão exatamente evitando o perigo então."

"O Rabo-Córneo húngaro é o pior." Remus disse pensativo. "Tem muitas questões extras, considerando a cauda e geralmente o temperamento. O Meteoro-Chinês tem um colar de espinhos que pode ser ruim ... de todos eles eu espero que Harry enfrente o Verde-Galês. É uma raça dócil e bastante letárgica em seus movimentos." Ele fez uma careta. "Conhecendo a sorte de Harry, ele provavelmente vai pegar o Rabo-Córneo húngaro."

Penny entrou com uma grande bandeja de chá. "Eu trouxe para você também, Bill."

"Obrigado, Penny." Bill saltou para ajudá-la a abrir um espaço em sua mesa.

Penny serviu o chá, acrescentando leite e açúcar a gosto. Ela passou para Remus uma caneca imediatamente e ele envolveu suas mãos ao redor dela com um suspiro.

"Case comigo, Penny." Remus brincou.

Penny riu. "Você só me quer por minhas habilidades de fazer chá."

"Isso não é verdade!" Remus respondeu sorrindo. "Você é brilhante em organização também!"

Penny riu novamente, mas diminuiu com um suspiro sincero. "Eu não acho que vou casar com ninguém em qualquer momento tão cedo."

Bill estremeceu e soprou o chá. "Percy vai mudar de ideia."

"Ele foi bastante explícito em me dizer que acabamos, Bill." Penny disse tristemente.

Remus mandou um olhar para Bill perguntando se isso era verdade e Bill deu um aceno desajeitado.

"Sinto muito, Penny," Remus disse compassivamente, "Eu não sabia que vocês tinham terminado." Embora ele não estivesse surpreso que Percy estivesse afastando as pessoas após o que aconteceu.

Penny assentiu com a cabeça, pálida, mas determinada. "Eu não tenho dito a ninguém porque eu estava me acostumando com a ideia e ..." ela bateu na caneca e deu de ombros. "Eu ainda achava que seria capaz de convencê-lo de que é um erro."

"É um erro." Bill disse com firmeza. "Ele está tomando muitas decisões agora que não tomaria se estivesse pensando direito."

"Talvez, mas como minha amiga Julie disse, talvez ele precise de espaço para lidar com o que está passando." Penny respondeu com a mesma firmeza. "Eu preferiria ainda ser sua namorada e estar lá para apoiá-lo, mas se ele precisar de espaço ... bem, eu vou dar espaço a ele."

Havia uma resolução em seu tom que evidentemente advertia Bill a não discutir, já que o irmão mais velho dos Weasley assentiu em vez disso.

"Talvez espaço seja o que ele precisa." Bill suspirou. "Merlin sabe que nada mais parece estar funcionando."

"Sirius me disse que Percy se demitiu do Ministério." Remus disse devagar. Ele não tinha certeza se o plano de Sirius de empregar Percy era bom, por mais bem-intencionado que fosse. Ele gostava de Percy, mas Percy precisava ganhar alguma maturidade e, talvez, as lições que teria que enfrentar, aprendendo com as consequências da personificação de Crouch Senior por Crouch Junior, o ajudariam a fazer isso.

"Hatter aceitou imediatamente." Bill disse. "Eu acho que foi uma das coisas que Percy ficou tão chateado. Ele trabalhava duro e ele era bom nisso. Ele tinha muitos planos e ambições ligados ao Ministério, então todo o seu plano de carreira acabou de entrar em combustão. É muito para absorver."

E havia a questão óbvia de Percy ter que lidar com o conhecimento de que ele trabalhou ao lado do inimigo por tantos meses - na verdade, ajudou o inimigo.

"Não parece que ele está lidando bem." Remus murmurou.

Bill bebeu sua bebida. "Ele está empurrando as pessoas para longe. Ele mal fala com meu pai ou comigo; não enviou uma carta para Charlie ou os gêmeos ou Ron ou Ginny, mesmo depois daquela bagunça com Jessica Philpott. Ele fica em seu quarto o dia todo, rasteja para fora pelas refeições que mamãe faz, e é isso." Ele inclinou a cabeça na direção de Penny. "Ficamos todos desapontados quando ele nos disse que tinha terminado com Penny, mas ele não fala sobre isso."

"Ele definitivamente está machucado." Penny concordou com um suspiro suave. "Eu acho que ele está afastando as pessoas porque ele se culpa por todo mundo se ferir na Copa do Mundo, mas ..." ela deu de ombros desamparada. "É difícil ajudar alguém que não quer ser ajudado".

Parecia que Percy estava se afogando em auto-recriminação.

Remus assentiu. Ele teria que falar com Sirius e dizer a ele que o negócio de assistente do administrador era um não. Pelo menos até que Percy fizesse alguma coisa. Eles não fariam qualquer favor em resgatá-lo de sua própria bagunça.

"Como foi a Romênia?" Penny perguntou, mudando de assunto de uma forma óbvia, o que indicava que ela já tinha falado o suficiente sobre o ex-namorado.

Remus contou sobre seu sucesso. "Eu já contei a Sirius as notícias pelo espelho para que ele pudesse começar a especializar a preparação de Harry nos próximos dias; criar uma estratégia para cada dragão."

"Ele vai dizer aos outros campeões sobre quais tipos serão incluídos na tarefa?" Penny perguntou.

"Eu não sei, mas suspeito que Harry vai dizer a eles." Remus disse.

Penny empurrou uma mecha de cabelo atrás da orelha. "Sirius mencionou que Harry estava determinado a fazer uma luta justa, então eu acho que isso significa que todos eles têm a mesma informação."

"Eu tenho a impressão, depois de falar com Harry, que ele quer ter certeza de que todos saiam vivos". Bill comentou baixinho. "Ele está ciente de que as tarefas foram feitas mais perigosas por Voldemort por causa dele então ..."

Isso soava como Harry, Remus meditou. Ele teria que contar a Sirius, mas duvidava que Sirius já não estivesse ciente. Ele estava muito satisfeito que Sirius estivesse no local para Harry. Se Harry tivesse que passar por isso tudo sozinho ... ele estremeceu.

Graças a Merlin, Cedric Diggory finalmente fez um gesto de amizade para Harry. Com esperança, isso poderia acabar com o pior de alguns dos comentários que ele teve que sofrer desde o seu retorno a Hogwarts.

"Você deveria tê-los visto esta manhã, Remus. Todos os quatro Campeões tiveram uma sessão de treino de Quadribol." Bill comentou ironicamente. "Totalmente confundiu a imprensa que estava assistindo."

"Bem, um dos objetivos da competição é promover relacionamentos dentro da escola". Remus disse secamente.

"Isso é o que Fleur disse quando eles foram questionados."

Os olhos de Remus se estreitaram com as manchas vermelhas nas bochechas de Bill. "Fleur, hein?"

Penny sorriu provocativamente para Bill e ele revirou os olhos.

"Ela tem dezessete anos e ainda está na escola." Bill disse. "Mas sim, ela é uma garota bonita e nós nos encontramos algumas vezes desde o Halloween."

"Ela não é uma Veela?" Remus perguntou em voz alta.

"Parte, eu acho." Bill disse casualmente, como se quisesse dizer que não havia nada incomum em saber uma informação tão específica.

"É mais provável que ela esteja rastreando você e esbarrando em você acidentalmente." Penny disse.

"Caro pode ter dito a mesma coisa." Bill murmurou, escondendo o rosto na caneca.

Remus tomou um gole de chá. "Eu pensei que você ainda estava vendo Alicia?"

"Eu estou", disse Bill, "e é por isso que não há nada acontecendo com Fleur, e mesmo se eu não estivesse vendo Alicia, não haveria nada acontecendo com Fleur porque ela é jovem demais para mim."

Penny levantou uma sobrancelha. "Parece-me que ela tem uma pequena paixão por você, no entanto."

"Bem, se ela tentar algo mais do que 'esbarrar em mim', eu vou deixar às coisas bem claras", disse Bill com um toque de exasperação, "mas enquanto isso, não há mal algum."

"Falando de paixões ..." Penny sorriu e entregou a Remus uma carta.

Remus pegou com cuidado porque era um pergaminho roxo. Fez uma careta ao abrir a missiva e depois ficou vermelho com o que estava escrito.

"Uau", disse Bill, "deve ser uma carta e tanto."

Remus cuidadosamente dobrou.

Penny sorriu para ele. "Tonks foi muito insistente que você recebesse assim que voltasse."

"Maldito Padfoot!" Remus murmurou e acenou a carta. "Isso é culpa dele!"

Os dois olharam para ele interrogativamente.

"Vocês dois sabem que Harry está namorando Hermione?" Remus começou.

Bill ergueu as sobrancelhas. "Eu acho que o mundo inteiro sabe que Harry está namorando Hermione, Remus, tem sido notícia de primeira página desde a semana passada."

"Sim, bem, no jantar de família, Andy pegou o novo romance de Harry para significar que era hora de Sirius começar a considerar sua própria vida amorosa." Remus explicou. "Sirius, em uma tentativa de desviar sua atenção, declarou que eu estava procurando por alguém."

Penny explodiu em risadas.

Remus tentou olhar para ela seriamente e falhou.

"Você está procurando por alguém?" perguntou Bill, uma diversão que brilhava no rosto sardento dele.

Remus apertou a caneca com mais força. "Não. Não realmente? Eu só ... eu me deparei com uma pessoa do meu passado quando fui para Paris, na primeira viagem, e eu posso ter, em um momento de fraqueza, mencionado para Sirius que seria legal estar com alguém." O que realmente seria.

"Então Tonks ..."

"Não é sério." Remus afirmou com firmeza. Ela o provocou depois do jantar e a carta provavelmente era uma continuação disso. "É uma piada." Tinha que ser. Não havia como uma jovem como Tonks se interessar por um lobo velho como ele.

"Você tem certeza?" Penny perguntou, enxugando as lágrimas de riso. "Porque eu tenho que dizer, ela parecia muito séria quando deixou a carta." Ela balançou as sobrancelhas.

Remus corou e se amaldiçoou por corar.

"Tonks é direta. Você deveria apenas perguntar a ela." Aconselhou Bill, esvaziando a caneca e colocando de volta na bandeja.

"Mesmo que ela esteja falando sério", retrucou Remus, "ela não é alguém que eu namoraria".

Bill e Penny olharam para ele com várias expressões de surpresa.

"Por que não?" perguntou Penny encontrando sua voz primeiro.

"Tonks é ótima." Bill acrescentou, claramente se preparando para defender sua amiga.

"Sim, ela é", Remus disse rapidamente, "ela é inteligente, engraçada e muito charmosa à sua própria maneira", ele continuou, "mas, deixando de lado que ela também é muito mais nova do que eu, ela também é membro da Antiga e Nobre Casa que eu trabalho, o que torna qualquer relacionamento além de amizade um pouco inapropriado e arriscado."

A confusão de Penny desapareceu. "Eu posso entender isso. Se as coisas correrem mal ... duvido que Sirius te demitisse ou qualquer coisa assim, mas isso tornaria as coisas estranhas, não é?"

"Eu acho que eu entendo isso", Bill encostou de volta em sua cadeira, "mas devo avisá-lo que Tonks não é o tipo de desistir tão facilmente."

"Como vai a busca em Hogwarts?" Remus perguntou, decidindo que uma mudança de assunto seria definitivamente apreciada.

Bill enviou-lhe outro olhar divertido para evitar falar mais sobre Tonks. "Mal. Nós cobrimos uma boa parte da rota que achamos que Riddle deve ter feito ao escritório do Diretor para a entrevista do cargo de DCAT, mas não encontramos nada até agora." Ele fez uma careta. "Honestamente, poderíamos procurar por anos e não encontrar nada. Hogwarts é um prédio estranho."

Remus suspirou e esfregou a testa, considerando o problema. "Talvez devêssemos perguntar aos retratos ou aos fantasmas se eles viram alguma coisa ou onde esconderiam alguma coisa?"

"Não é uma má idéia, embora eu não saiba ao certo o quão útil seria, na verdade. Poderíamos acabar expandindo a possível lista de lugares para pesquisar." Bill disse pensativo. "Pelo menos nos dá um segundo plano de ataque além de ampliar o padrão de busca, se não encontrarmos nada na rota. Vou falar com Caro; ver o que ela pensa." Ele suspirou. "Você ouviu sobre Lawrence ter sido admitido no St Mungus?"

Remus assentiu com tristeza. O ex-membro da equipe do tesouro havia sido amaldiçoado quando colocou o anel Gaunt, tentando chegar à pedra da ressurreição para falar com sua filha morta. Ele vinha decaindo constantemente em saúde desde então e nada que eles tivessem feito com a exceção de uma poção que Severus havia criado ajudara. Eventualmente, Lawrence parou de tomar a poção, aceitando seu destino.

Remus os deixou cair em silêncio enquanto saboreava o chá e se preocupava em como dizer a Tonks para se afastar, sem que as coisas ficassem constrangedoras.

"Como está indo no castelo?" A pergunta de Bill arrastou a atenção de Remus de volta para a biblioteca.

"Há onze lobisomens lá agora." Remus disse lentamente, organizando seus pensamentos. "Dez deles são do bando de Fenrir, a maioria casais, mas dois lobisomens solteiros ... e um lobisomem de nenhum bando que ouviu de um dos bandos europeus que eu estava oferecendo santuário."

"Isso é bom, não é?" Penny disse. "Que está se espalhando?"

"Eu não sei." Remus suspirou pesadamente e tentou ignorar o começo de uma dor de cabeça que sempre aparecia quando ele pensava em ser um Alfa e formar um bando. Não estava em seu plano. Ele não queria um bando por si só. Ele queria a família que construiu com Sirius e Harry durante o verão. Mas ele não podia negar a outros lobisomens uma saída das visões distorcidas de Fenrir, especialmente quando isso servia para garantir que Fenrir não pudesse contar com seu bando para apoiar Voldemort. Nem Remus poderia afastar alguém como Clara.

Sua história era muito semelhante à de Remus - mordida quando criança, criada por seus pais e educada por eles com a esperança de que ela ainda pudesse ter uma vida semelhante àquela que ela teria sem licantropia, apenas para o sonho deles se extinguir com a realidade de como era difícil para os lobisomens encontrarem trabalho no mundo dos bruxos. Clara tinha ido ao continente para procurar trabalho. Ela tinha sido apresentada aos bandos, mas assim como Remus, ela não concordava que deveria se identificar como lobisomem antes de se identificar como uma bruxa.

"Eu fui uma bruxa primeiro e meus pais me criaram para ser uma bruxa." Clara dissera como haviam conversado na noite em que chegara, com uma garrafa de vinho tinto e algumas bolachas e queijo. "Eu não nego a necessidade de pertencer a algum lugar, mas eu quero ... Eu quero que as pessoas entendam que ser um lobisomem é apenas parte de quem eu sou, não a soma de mim."

Isso ressoou profundamente com as próprias opiniões de Remus. E talvez, refletiu Remus, ele podia admitir que a ruiva de trinta e um anos com um sorriso doce e quentes olhos castanhos era um tanto atraente. O que era outro bom motivo para se encontrar com Tonks e esclarecer as coisas antes que ela levasse muito a sério tudo isso ... o que quer que fosse que estivesse motivando sua perseguição por ele.

Ele tardiamente percebeu que Penny e Bill estavam esperando por ele para expandir sua última declaração.

"Eu nunca quis construir um bando?" Remus ofereceu. "E, no entanto, aqui estou eu construindo um bando." Ele lançou um olhar ansioso para a caneca vazia e Penny arrancou-a de suas mãos para encher novamente. "Eu também estou preocupado que uma vez que seja conhecido, cause danos para Sirius e Harry politicamente."

Penny serviu mais chá em sua caneca e devolveu a ele. "Sirius tem planos sobre planos para lidar com as notícias que vão a público". Ela o lembrou. "Você não deveria se preocupar."

"E ainda assim eu me preocupo." Remus respondeu-lhe com um agradecimento silencioso pela segunda caneca.

"Qualquer outra pessoa construindo um bando e eu me preocuparia", admitiu Bill, "mas você é tão ... isso é alguma coisa, não é? E talvez a maneira de olhar para isso não é que você está construindo um bando, mas criando um santuário para outros lobisomens poderem viver e trabalhar em relativa paz com Wolfsbane para ajudá-los."

Era a imagem que Sirius iria expressar para a imprensa eventualmente; Remus sabia disso. "Só não é uma posição confortável para mim." Ele suspirou e tomou outro gole do chá. "Eu acho que eu deveria me acostumar com isso. Emile está esperando que mais cinco apareçam esta semana."

"Você vai voltar lá?" Bill perguntou, pegando o livro que ele descartou.

"Depois da primeira tarefa." Remus disse decisivamente. Ele tinha que voltar, saudar os recém-chegados e ter certeza de que eles entenderiam as regras. Além disso, seria bom ver Clara de novo, ele pensou melancolicamente. Ele colocou o chá para baixo e pegou a pilha de correspondências não abertas em sua mesa.

Sirius estava certo em que estava ficando cada vez mais óbvio que ele precisava de um assistente, Remus considerou cansado. Ele definitivamente precisava de alguém, mesmo que não fosse Percy. Manter-se em contato com as propriedades Black e Potter e manter o controle das finanças de Malfoy era um trabalho em tempo integral sem o trabalho extra de ajudar Harry no torneio e estabelecer o santuário de lobisomens. Talvez a verdade fosse que ele não tinha tempo para ter uma vida amorosa.

E naquela nota deprimente, Remus pensou com tristeza divertida, ele deveria voltar ao trabalho. Ele abriu a primeira carta e a endireitou.

POP!

Penny gritou quando Remus empurrou a cadeira para trás, seu coração batendo forte em seu peito com o barulho alto, sua varinha já em mão, assim como a de Bill enquanto olhavam para a visão na frente deles.

Kreacher.

Ele estava inconsciente e estava enrolado no corpo de outro elfo.

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