Eu não sei o que eu quero
Escolho o verde
Também amarelo
Para depois trocar por azul
Me vejo perdida
Submersa em mim
Não sei se o que desejo
É a minha sina
São tantas coisas
Dadas como opção
Quero amor
Quero atenção
Mas quero eu mesma cuidar de mim
Quero roubar um beijo
De um querubim
De um doce que não engorda
Nem que me deixa tão fora de mim
Não quero me ir
Quero refletir
Fazer meus planos e desgraça-los
Para depois reconstruir
Como me refaço diariamente
Me enlaço em cada passo
Tropeçando em alguns barros
E lameando meus sapatos
Em cada vez que eu lamento
Eu quero água
Mas amo o fogo
Quero o doce
Mas prefiro amargo
Quero o amor
Mas protejo minha liberdade
Liberdade.
Eu nunca soube se isso seria o que tenho
Tenho lamurios
Alguns tormentos
Mas tenho também tanta saudade
Tenho ânsia em tamanha felicidade
É a linha tênue entre ter e querer
Sonhar e poder
Eu não sabia classifica-los
Se não fosse por igualdade
Assiduidade.
Eu busco
Da mesma forma que igualdade
Quero autonomia
Astrologia
Geografia
E toda a sociologia de um querer
Sou confusão
A pura combustão de um saber
Porque
Simplesmente
Eu não sei
Mas eu sei de uma coisa
Quero meu doce bem
Quero a geografia apenas no papel
Quero a paz de pensamento
E uma vasta conclusão sem um véu
Não é a finalidade de meu propósito
Meu objetivo é saber viver
Poder montar meus próprios planos
E a felicidade se submeter
A conversar comigo boa parte do dia