Meu Adorável Chefe Tirano • j...

By nyslua

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Ok, ok! Deixe-me ver se entendi. Meu chefe está me pedindo em noivado só para a família dele largar do seu pé... More

🙋🏻‍♀️
Personagens e avisos
Aquele do pedido
Aquele da mentira
Aquele em que o Jimin está pelado
Aquele do café da manhã
Aquele do golfe
Aquele da massagem
Aquele dos imãs e a tempestade

Aquele da descoberta

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By nyslua

conversinha séria com vocês nas notas 🤺

• ♡ •

Por favor, qualquer erro comentem "⚠", irá me ajudar bastante ♡

Boa leitura 🐣

• ♡ •

Autora pov's

— Não acredito que mentiu para mim, Sr. Jeon. — Ele declarou, suspirando pesadamente depois da crise de riso. — Sabe, o senhor realmente conseguiu me surpreender, por um momento eu achei que você estava sofrendo com tudo isso, mas parece que não pensou duas vezes antes de me enganar. Não sei se fico com raiva ou admirado por mentir tão bem.

— Não leve isso para o lado pessoal.

— Eu não estou levando, mas por que mentiu?

Jungkook se surpreendeu mais uma vez naquele dia, estava esperando um chilique por parte do assistente, mas foi o oposto do que imaginou. Apesar disso, não respondeu a pergunta, apenas virou o rosto na direção contrária e resmungou, mas Jimin não ouviu, estava pensativo sobre a situação em que seu chefe o colocou.

— Sabe, eu posso esquecer isso, mas só se esse anel caríssimo ficar comigo quando isso tudo acabar e esses cinco dias tiverem passado. — Jungkook o olhou, atordoado, e viu Jimin lhe encarar com um sorriso cara de pau.

Jimin definitivamente era um mercenário.

— Faça o que quiser. — O olhou nos olhos, que brilharam.

— Sr. Jeon, chegamos. — O motorista que até então estava quieto, anunciou.

O clima relaxante que Jimin criou dentro do carro foi substituído por tensão. O loiro observou pela janela o carro atrevessar um portão preto enorme, com alguns seguranças uniformizados fazendo a segurança do local, a estrada por onde o carro passava era toda de pedras pequenas e não demorou muito para ele avistar a mansão branca gigantesca a frente. Tinha três andares, um chafariz grande e elegante na frente, e um gramado verde rodeava toda a área ao redor do imóvel. Definitivamente ficou sem palavras.

Quando o carro estacionou, Jungkook respirou lentamente, tentando acalmar os pensamentos e a si mesmo. Mesmo nervoso, olhou ao redor, se preparando mentalmente para qualquer coisa que viesse acontecer e logo saiu o carro.

— Vamos, Jimin. — Chamou a atenção do loiro, que sentiu um arrepio subir a espinha quando seu nome saiu tão informal.

— Sim, Sr. Jeon... Quer dizer, Jungkook. — Sorriu tímido, ao se pôr de pé ao lado do chefe. — Mesmo mentindo sobre o falecimento de uma idosa a mentira continua de pé?

— Sim. — Jungkook passou a língua nos lábios, se dando conta da loucura infundada que se meteu.

Jimin assentiu, voltando a olhar maravilhado para tudo o que via. Quando seu chefe o olhou, revirou as orbes, entediado, ao contrário de Jimin tudo naquela casa lhe trazia lembranças nada agradáveis. Claramente aquele não era seu lugar favorito, nem de longe.

Jungkook agarrou a mão pequena do loiro de imediato quando viu a figura de sua mãe sair pela porta principal. Jimin engoliu em seco e sentiu a palma formigar ao sentir os dedos cumprindos do executivo segurar os seus com afinco.

A mulher que tinha traços parecido com os de Jungkook foi em direção aos dois com um sorriso grande no rosto, finalmente seu filho estava ali, depois de tanto tempo apenas ouvindo sua voz pelo telefone.

Ao contrário do seu chefe, Jimin demorou um pouco para deixar de encarar suas palmas unidas, sua mão tão pequena e branquinha em contraste com a grande e tatuada do maior. E no momento que direcionou seu olhar para a mais velha se deu conta de onde seu chefe tinha tirado tanta beleza.

— Jungkook, meu filho. — Ela disse, animada.

O tatuado soltou a mão de Jimin para retribuir um abraço caloroso que sua mãe lhe deu, fechou os olhos quando a apertou com um pouco mais de força, tentando inutilmente matar a saudade e preencher a lacuna que a distância causava. Apesar de sempre se falarem por telefone, nada substitui o calor e a sensação de segurança que era estar perto da sua melhor amiga.

Jimin apenas assistiu a cena, com um sorriso bobo brincando nos lábios.

— Olha só para você, sempre tão lindo, parece que cresce mais a cada vez que te vejo. — Ela afagou seus cabelos, ainda dentro do abraço. — Senti tanta a sua falta, meu grandão. — Agora ela lhe encarava, acariciando seu rosto e Jimin nunca pensou que veria o chefe parecer tão derretido.

— Também senti sua falta, mãe. — Ele sorriu sem mostrar os dentes, a olhando como se quisesse gravar cada traço da mesma.

— Jimin. — Ela disse, eufórica, quando percebeu o loiro ali. — Finalmente estou conhecendo o dono da voz que me atende sempre que ligo para Jungkook. — O abraçou rapidamente. — E olha só, será meu genro em breve, que reviravolta.

— É um prazer lhe conhecer pessoalmente, Sra. Jeon, agora entendo de onde o Jungkook puxou tanta beleza. — Sorriu grande.

— Se está tentando puxar meu saco, está funcionando. — Brincou, arrancando uma gargalhada de ambos. — Meu filho tem muito bom gosto, olha só para você, é lindo. — Jimin sorriu, sem graça.

Jungkook ficou realmente surpreso em como os dois se deram bem de imediato. Sua mãe normalmente desconfia de tudo e de todos, então ficou com medo de que ela notasse logo de cara que ambos estavam mentindo, mas ficou aliviado em como tudo parecia bem.

— Venham, vamos entrar. — A mais velha chamou, indo na frente. — Jungkook, sei que odeia e me desculpe por isso, mas resolvi fazer uma pequena festa...

— Festa? — Jungkook e Jimin perguntaram em uníssono, assustados.

— Não se preocupem, é coisa íntima. — Ela declarou, voltando a andar casa a dentro.

Jimin ficou aflito, mesmo sendo uma festa íntima, sentiu que não estava vestido bem o suficiente para a ocasião. Tudo estava acontecendo ao contrário do que imaginou, pensou que iria direto para o quarto e se prepararia para um velório, mas agora estava dentro de uma mansão se preparando mentalmente para uma festa com pessoas de classe alta, bem vestidas e esnobes.

Jungkook por sua vez, não conseguiu disfarçar a irritação ao se deparar com uma comemoração, que não sabia ser por sua chegada ou pelo casório de seu irmão idiota. Mal estava preparado para lidar com uma pequena reunião em família quando apresentasse Jimin, agora tinha que fazer isso em uma festa com mais pessoas do que esperava.

— Inclusive, você vai adorar a decoração que fiz no seu quarto, querido, mandei colocar uma cama de casal.

Jimin quase teve um treco, cama de casal?!

Como assim? Não ia dormir com seu chefe, isso definitivamente não fazia parte do trato que fizeram.

Jungkook olhou para Jimin, esse já lhe encarava com uma cara de espanto, com os olhos implorando por socorro, o tatuado por sua vez apenas franziu as sobrancelhas, pedindo calma.

Atravessaram toda a casa e Jimin mal conseguiu olhar para os detalhes depois da informação de que ficaria na mesma cama com o chefe, quando começou a ouvir vozes e uma música clássica tocar no fundo, jurou que seu coração ia parar de bater. Com certeza pediria um aumento maior.

Jungkook percebendo o nervosismo do menor, ignorou a falação de sua mãe e segurou novamente a mão do loiro num aperto reconfortante.

— Fica calmo, vai ficar tudo bem, ninguém vai descobrir. — Sussurrou quase colando os lábios na orelha de Jimin, falando mais para si do que para o outro.

Jimin tremeu, não sabia se pelo hálito quente de Jungkook em seu ouvido ou pelo nervosismo.

— Promete?

— Confia em mim. — Jungkook soltou sua mão, apenas para passar o braço por sua cintura, tirando Jimin de órbita mais uma vez.

Quer dizer, ele sabia que os dois tinham que manter as aparências, mas por achar que seria um funeral, não seria necessário tanta demonstração de afeto. Tudo estava acontecendo ao contrário do que ele pensou, e o  contato inesperado e a mão de Jungkook o tocando com tanta firmeza lhe deixava tenso, porém não de um jeito ruim.

Jeon Somin os levou até o jardim na parte de trás da casa, um brunch¹ era realizado a céu aberto, algumas mesas estavam postas com uma louça bonita e vasos de flores sobre elas, as cadeiras com detalhes em madeira branca deixava tudo mais elegante. A música clássica vinha de uma pequena banda no canto do gramado, tornando o ambiente aconchegante.

Todos estavam bem vestidos, os homens estavam com traje social, enquanto boa parte das mulheres estavam com vestidos consideravelmente simples, mas não deixavam de ser chiques. Alguns estavam com taças de vinho, outros com champanhe em mãos e mesmo papeando, quase não se ouvia a voz alguma.

Jimin, por não estar acostumado com tanto requinte, se sentiu em algumas décadas atrás, e se amaldiçoou por não estar vestido adequadamente para ocasião, queria estar em um dos seus ternos que sempre usava em eventos importantes da empresa. Sentiu vergonha até de seu coturno, amarrado de maneira desajeitada.

Aquilo definitivamente não era para ele, mas decidiu confiar na palavra de Jungkook e a repetiu baixinho para si.

— Eles chegaram. — Somin anunciou, em alto e bom som.

Todos olharam na direção do novo casal, e o loiro jurou sentir a alma sair do corpo diante de tantos olhares. Jungkook conhecia a maioria das pessoas que estava ali, viveu toda a sua infância e adolescência no meio daquela encenação, sabia que grande parte dos que estavam presentes ali eram hipócritas e mentirosos.

Com o anúncio dado, não demorou para que a atenção de todos estivem nos dois recém chegados. O pai e o avô de Jungkook foram os primeiros a se aproximar.

— Meu filho! — Jeon Saem disse, animado, acolhendo o filho num abraço.

— Oi, pai. — O respeito era explícito na voz.

— Finalmente comprometido e vejo que é um belo rapaz. — Saem disse, depois de olhar para Jimin e lhe estender a mão, o cumprimentando.

Jimin, mesmo nervoso, sorriu para o mais velho e apertou sua mão de bom grado. O que o surpreendeu foi a gentileza dos pais de seu chefe, eles eram legais, pelo filho que tinham, imaginou que o humor de todos seriam iguais.
Quem Jungkook puxou para ser tão rabugento?

— É um prazer, Sr. Jeon.

— Nada de senhor ou senhora aqui, envelheço um ano a cada vez que sou chamado desse jeito. — O casal riu, acompanhado de seu avô. — Pode nos chamar pelos nomes, sei que é questão de respeito, mas não temos esse costume aqui.

— Pode deixar. — Jimin assentiu.

— Esse é meu pai, Saem. Pai esse é meu noivo, Jimin. — Jungkook tardou em apresentá-los.

— Seja bem vindo, Jimin, estávamos ansiosos para a sua chegada.

— Obrigado senhor... quer dizer, Saem. — Se corrigiu rapidamente.

— Jimin, esses são meus avós, Jeon Woori e Jeon Hana. — Jungkook aproveitou para apresentar a avó, que acabara de se aproximar.

— É um prazer, querido, seja bem vindo. — Woori disse, simpático, apertando a mão do loiro.

— O prazer é todo meu, Sr. Woori.

— Eu vou aceitar o senhor porque a idade permite, mas me chame como se sentir confortável. — O homem grisalho disse.

— Força do hábito. — O loiro deu uma risadinha contida.

Quando Jimin foi cumprimentar a matriarca da família, se assustou ao ser pego pelos ombros e virado de costas, recebendo um tapa na sua bunda, coberta pelo jeans. Atordoado, Jimin olhou para Jungkook que também estava em choque, o que estava acontecendo com aquela senhora?

— Belo corpo, bumbum redondinho, coxas grandes e um rosto delicado, Jungkook, você é um homem de sorte. — A atenção da mais velha foi para Jungkook, que ainda estava assustado com a atitude repentina da avó.

Jimin queria enfiar sua cabeça num buraco, tamanho era o constrangimento.

Enquanto isso, a mulher apenas ria, contente com a escolha do neto.

— Essa Hana tem cada uma. — Somin disse, sem graça.

— Vejam se não é o casal mais lindo de Busan. — Yoongi se achegou, praticamente gritando. — Jimin, você está lindo. — Abraçou o loiro de repente, o balançando de um lado para o outro.

— Obrigado, Yoongi. — Jimin sorriu grande, aliviado por finalmente ver um rosto conhecido. — Por que não nos acompanhou na viagem?

— O panaca do seu ch... noivo, não me avisou que viria de particular, mas tudo bem porque eu peguei o número de uma aeromoça sensacional no vôo pra' cá. — Yoongi estava um pouco agitado, resultado de algumas taças de vinho.

— Você não tem jeito... — Jungkook murmurou.

— Quando Yoongi achar a pessoa para casar, eu quero estar aqui para ver, porque com certeza será um milagre e eu nunca presenciei um. — Saem brincou, arrancando a risada de todos em volta.

— Essa eu vou passar para o meu grande amigo Jungkook, o noivado dos dois pombinhos foi um grande feito e precisamos comemorar.

O publicitário deu leve batidas nas costas de Jungkook, o empurrando disfarçadamente para ficar mais perto de Jimin. O tatuado envolveu novamente a cintura do noivo, sabia que para manter a mentira alguns toques eram necessários.

Pouco a pouco, Jimin foi apresentado a todos da festa, se sentia tonto com tantos rostos novos, conversas fiadas e alguns comentários que não o agradavam, como quando uma mulher os questionou sobre de que forma iriam dar herdeiros para os Jeon's. Quando olhou para Jungkook, percebeu que o chefe também não estava á vontade com a situação.

Apesar de se sentirem muito abraçados pela família quando se tratava da sua sexualidade, às vezes algum conhecido fazia comentários preconceituosos para Jungkook e Junghyun, até mesmo para Mark. Somin já chegou a expulsar convidados de festas que se atreviam a falar qualquer coisa com os filhos, ela os amava acima de tudo e jamais deixaria qualquer pessoa os destratar por algo tão banal. Somin e Saem sempre pregaram que há várias formas de dar herdeiros a família e que a maneira convencional não era a única legitima.

Sempre ao seu lado, Jungkook fazia papel do noivo sério, já o loiro sorria tanto que podia sentir dor nas maçãs do rosto. Jeon não conseguia esquecer o fato de sua mãe ter feito uma festinha nada íntima no dia de sua chegada, era patético o modo como ela exibia o noivo e o anel de diamantes em seu dedo para todos ali.

Se sentiu culpado por ter lhe arrastado para aquele mar de mentiras, mas essa culpa se esvaiu ao se lembrar o quanto tudo aquilo custou, além de seu aumento salarial, Jimin também levaria o anel que custou cerca de meio milhão de dólares, ele venderia facilmente para qualquer ourives² e sairia dali com um bolada.

Jungkook sabia que na festa de noivado de seu irmão teriam pessoas do ramo de joalheria, por isso, garantiu que Jimin usasse uma jóia de grande aparato e que de preferência houvesse a participação de diamantes legítimos. Além disso, sua mãe o conhecia o suficiente para saber que ele não daria qualquer bijuteria para a pessoa que estivesse apaixonada.

O tamanho foi um palpite de sua parte, analisou a mão do loiro ao lhe fazer o convite para que viajasse até ali, e com isso, escolheu um número que deu em seu dedo mindinho, levando em consideração os dedos pequenos e delicados.

Apesar de não gostar tanto dos amigos e conhecidos, Jimin estava se dando bem com a família, conversava com Somin e Hana como se fosse íntimos. Jungkook não queria admitir, mas seu secretário era ótimo quando o assunto era encantar as pessoas, disso ele não podia reclamar, estava mais do que satisfeito.

Quando o mais baixo se aproximou novamente, Jungkook se afastou dos pais e avós, que ainda conversavam enquanto bebiam. Deram alguns passos e quando viram que a distância era segura, ficaram cara a cara.

— Sabe, Sr. Jeon, ou melhor, Jungkook, sua família é realmente adorável, mas não posso dizer o mesmo sobre os convidados, acho que não era necessário uma festa. — Jimin disse, sem tirar os olhos do chefe.

— Minha mãe é um pouco extravagante às vezes, não se preocupe, cinco dias passam rápido.

— Eu realmente gostaria de saber o porquê de todo esse teatro.

— Isso não...

— Veja se não é meu irmãozinho!

Jungkook sentiu sua coluna gelar ao ouvir a voz que sempre detestou, era Junghyun, seu irmão adotivo. Jimin viu a expressão de seu chefe mudar de séria para desgostosa quando o homem alto, que apesar de não ser irmão legítimo, tinha alguns traços parecido com o tatuado. Ao seu lado, tinha um outro homem com os cabelos castanhos, aparentemente naturais, e os olhos eram mais claros do que os demais ali.

Os dois estavam de ternos caros, com sapatos sociais trabalhados em couro e brilhantes de tão limpos, e diferente de Jungkook e Jimin, não tinham brincos ou tatuagens pelo corpo. O loiro ficou impressionado com a beleza de ambos.

O tatuado observava seu irmão com um sorriso no rosto, o mesmo sorriso cínico de sempre, e Mark, sua paixão da adolescência, estava ali, impecável. Se viu surpreso ao ver como ele estava mais lindo do que nunca.

Mark sorriu em sua direção, com o sorriso doce e gentil, idêntico ao de anos atrás.

— Então é verdade, está mesmo comprometido? — Junghyun perguntou, abraçando a cintura de seu futuro esposo, levemente incomodado com a troca de olhares.

Desviando o olhar, Jungkook pareceu fechar ainda mais a cara, Jimin não entendia a mudança de humor do chefe, mas percebeu que o irmão realmente o incomodava e não sabia o porquê.

— Sim, eu sou Park Jimin, o noivo. — O loiro se adiantou, entrenlaçando seus dedos com o do noivo de forma carinhosa.

Jungkook ficou surpreso com a atitude do mais novo.

— Prazer, sou Junghyun, irmão do Jungkook. — Ele disse estendendo a mão. — Ele já deve ter falado de mim para você.

— Na verdade não. — Jimin falou, sincero, apertando a mão estendida.

— Oh, sério?

— Só falo de quem realmente importa. — Jungkook falou, implicante.

— Esse é meu futuro esposo, Mark Tuan. — Junghyun disse, ignorando o irmão.

— É um prazer, Jimin, sinto em informar que você foi o assunto desses últimos dias. Foi realmente muito inesperado a novidade que Yoongi nos contou sobre o noivado de Jungkook. — Mark falou, pela primeira vez.

— É mesmo? Por que? — Jimin perguntou, não se abalando com o charme do rapaz.

— São coisas do passado, mas me admira ele não ter te contado já que são noivos, certo? — A pergunta de Junghyun foi para Jimin, mas olhos não deixaram de encarar o irmão.

— É passado, como você mesmo disse, não há motivos para falar sobre isso no presente. — O tatuado falou, cortando qualquer comentário que o irmão viesse a fazer.

Jimin sentiu o clima tenso entre os dois, mas até onde ele sabia, Jungkook só tinha dois irmãos mais novos, esses que se chama em Sana e Jiwoo, que até aquele momento ele não tinha conhecido.

— Sabe, achei que você só tivesse dois irmãos mais novos. — O loiro tentou mudar de assunto quando olhou para Jungkook, mas percebeu que só piorou a situação quando seu chefe deu um sorriso sarcástico, esse que chamou sua atenção.

— Junghyun é adotado. — Respondeu, venenoso.

Jimin arregalou os olhos, surpreso, e olhou para o casal parado em sua frente no exato momento em que a expressão de bom humor de ambos se esvaiu, sentiu que tinha acabado definitivamente com o clima, que já não era tão bom.

— Pois é, Saem e Somin sentiram a necessidade de um filho de verdade. — Junghyun disse, devolvendo a provocação no mesmo tom.

Mark sentia que se não fizesse algo para parar os dois, a festa acabaria como a maioria das outras em que os irmãos estavam presentes, com um quebrando o nariz do outro.

— É meio irônico essas palavras vindo de um bastardo como você. — Jungkook aumentou a voz, sentindo seus dedos serem apertados pela mão do seu secretário, que estava medroso com o rumo que a conversa estava tomando.

— Bastardo? Seu...

— Meninos, acho que Somin vai fazer seu discurso. — Mark chamou atenção de ambos. — Junghyun, você disse que gostaria de ouvir sua mãe falar, certo? — Ficou de frente para o noivo que o olhou nos olhos e enlaçou sua cintura fina.

— Claro, querido. — Ele respondeu, antes de direcionar um olhar desafiador para Jungkook. — Foi um prazer conhecer você, Jimin, seja bem vindo à nossa família. E Jungkook, tome cuidado com o que diz. — Essa foi a última coisa que Junghyun disse, depois saiu de mãos dadas com Mark em direção a pequena multidão que se formava para escutar o discurso de Somin.

Jimin estava sem palavras para o que acabara de presenciar, ele sempre foi muito observador, mas não precisou de muito esforço para entender o que estava acontecendo ali. Percebeu pelo olhar de afeição, que nunca viu em seu chefe, que Jungkook com certeza nutria sentimentos pelo noivo do irmão, já os irmãos se detestavam, eles não faziam questão de esconder isso, com todas as ofensas explícitas e olhares de desprezo teve certeza que tinha muito mais por trás daquilo tudo.

Quando tomou coragem para olhar para Jungkook, o mesmo estava com o maxilar travado, encarando um ponto específico como se tivesse remoendo algo, e foi de repente quando o tatuado puxou sua mão para longe da do loiro, se virou e saiu dali com pressa, na direção contrária de onde Junghyun e Mark foram.

Ligando os pontos, Jimin entendeu o real motivo de estar ali, seu chefe queria mostrar, não só para sua família, mas para o casal que também podia ser feliz, mesmo que de fachada.

Se sentiu péssimo quando constatou a verdade, então decidiu que mesmo que durante esses dias seria o melhor noivo do mundo inteiro, mesmo que de mentirinha.

[1] O brunch recebe esse nome porque é a junção de breakfast e lunch, ou seja, é a junção do café da manhã e do almoço. Geralmente, essa refeição é servida depois das 10 horas da manhã, como um café matinal mais tardio, mas que pode ocupar um longo espaço na agenda e ultrapassar o horário do meio dia.

[2] O ourives é a pessoa que conserta e/ou vende artigos trabalhados em ouro, prata etc.

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oi galerinha, tudo bem?

o que acharam do capítulo?

bom, eu decidi aproveitar o capítulo de hoje pra conversar com vocês... eu já falei várias vezes que esses capítulos que estão sendo postados são uma reforma e isso consiste em algumas mudanças.

vocês que leram a história original, sabem que há furo de roteiro e essa reforma também é pra consertar isso, mas o principal intuito é pra que eu possa mudar a escrita para uma escrita que seja minha. os primeiros capítulos dessa adaptação eu trocava apenas os nomes, não incluía sentimentos, pensamentos ou mudava qualquer palavra, mas eu quero ler mact e me sentir bem, e com isso eu não estou dizendo que a escrita da autora da história é ruim, jamais!

o que estou dizendo é que quero adicionar mais coisas a essa história, que já é maravilhosa, e trazer uma experiência ainda melhor para vocês leitores que me acompanham aqui.

quando a autora me deu autorização para adaptar a história, ela também me deu o aval para mudar o que fosse preciso para que se encaixasse em um casal homossexual, e com isso, eu também estou dizendo que a história não vai ser mpreg. eu sei que há pessoas que gostam, mas seria hipocrisia minha me esforçar tanto para adaptar e não gostar do que estou fazendo.

e todos nós sabemos que casais homossexuais não são tão bem aceitos como casais héteros, quero colocar isso em pauta também.

essa versão não muda em quase nada o roteiro, mas para aqueles que não gostam dessa, ou que não estão satisfeitos com minha escrita, a história original continua disponível.

e eu sinto muito se pareci rude, mas recebi mensagens e comentários que não me agradaram e que em nada contribuem para minha evolução como escritora.

obrigada a todos que estão aqui, que são apaixonados por mact como eu, sempre vou aceitar críticas desde que sejam construtivas.

programação normal 😀👍🏻

viram as lives dos vkookmin com participação do bam essa semana?

não? eu vi todas 😝

meu twt: @nyslua

já me seguiram no Instagram?

até próxima semana

deixe seu votoo 🌟

amo todos vocês e beijinho no ovo 😗

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