Bem, Navery shippers, esperamos que as vossas vontades sejam satisfeitas neste capítulo c;
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Niall Horan
“Ela cancelou as coisas contigo?” o Liam perguntou, dando uma dentada na maçã que estava no balcão. Ainda só se tinham passado umas horas desde que o médico cá tinha vindo, dizendo que a Aimee iria ficar bem, e o meu não-tão-encontro com a Avery estava a aproximar-se, só faltava meia hora para irmos.
“Não. Ela está preocupada em estar sem a Aimee, mesmo que eu lhe continue a dizer que ela vai ficar bem.” Eu suspirei. “O Harry disse que iria ver alguns filmes com ela e iria colocá-la a dormir bem cedo. Só para ter a certeza de que ela não se mete a correr por aí ou algo do género.”
“Nós não queremos que ela tenha outro ataque de asma, isso é uma certeza.” O Liam assentiu. “Aquilo assustou-me a sério, meu. Tipo, eu não fazia ideia do que tinha que fazer.” Ele sacudiu a sua cabeça, relembrando-se do momento.
“O seu inalador tem que ficar na mesa como a Avery disse, a não ser que precisem dele. Mas vocês não vão.” Eu não queria colocar esses pensamentos na minha cabeça.
“Relaxa, Niall.” O Liam riu-se. “Nós tratamos disso, está bem?” eu podia dizer q ue ele me estava a fazer um exame rigoroso, e eu mordi o meu lábio. Eram tão óbvios os meus sentimentos pela Avery, e ele sabia disso. Ele sorriu maroto. “Tu gostas mesmo dela, não gostas?”
Eu assenti, sentindo-me mais nervoso. “Eu acho que tem sido ela todo este tempo. Eu só não quero estragar tudo, sabes?” ele assentiu.
“Somente sê tu mesmo, isso conquista-as sempre. Eu acho que nunca te vi tão nervoso para um encontro como agora, mano.” O Liam sorriu. “Tu vais levá-la para um restaurante sofisticado?”
Eu gargalhei.
“Não, nós vamos comer asas.” Eu admiti. O Liam riu-se e eu fiquei vermelho.
“Eu não sou bom nestas coisas, tu sabes disso! Eu reservei o restaurante inteiro, é num telhado que tem umas barras de vidro em volta, e é aquecido, visto que faz um gelo aqui, e eu só quero que tudo esteja perfeito, percebes?” ele assentiu em concordância.
“Vais tentar fazer alguma jogada?” ele perguntou, atirando o caroço da maçã para a lata do lixo.
“Eu não sei. ” Admiti, enterrando as minhas mãos nos meus bolsos. “Eu não sei se ele quer avançar tão depressa, ou sequer se ela gosta de mim.”
“Aqui está o que eu penso: tu tens de parar de fazer o que te deixa confortável e simplesmente arrisca pelo que queres. Tu nunca vais saber se não tentares.” Ele adicionou. E ele tinha razão, como é claro. Parecia que o Liam estava sempre cheio de bons conselhos.
“O que devo vestir?” eu perguntei, um pouco em pânico.
“Roupas.” Ele disse sarcasticamente, rindo-se maroto para mim. Eu bati-lhe no peito e ele gemeu. “Simplesmente não vistas calças de fato de treino, veste jeans. Algo simples e agradável.” Eu assenti, fazendo uma nota mental.
Subitamente a porta do quarto de hotel abriu e o Harry entrou com a Aimee, que estava às suas costas. Quando ela me viu, os seus olhos iluminaram-se e ela tentou chegar a mim. Eu acho que nunca vou conseguir entender isto, o quanto ela me ama. Ela deu-me esperança de que talvez, se a filha da Avery me amasse, ela também o fizésse.
“Papá.” Ela riu-se. Eu sorri e arranjei o seu cabelo que estava um pouco despenteado da sesta antecipada de hoje.
“Olá, Aimee. Onde está a mamã?” eu perguntei e ela deu de ombros e apontou para alguns filmes que o Harry tinha na mão.
“Nós temos filmes e pipocas.” Ela informou-me.
“Soa divertido.” Eu sorri, sentando-a no balcão. A Aimee assustou-se, olhando para baixo dela, e eu abracei-a tão próxima que ela não iria cair. “Vais ser boa para o Harry?” ela assentiu obedientemente.
“Uh-huh!” a Aimee assentiu. Eu sorri.
“Boa. Agora, eu tenho que me preparar. Eu vou levar a tua mamã a comer fora.” Eu disse-lhe. A sua cara iluminou-se.
“Pipocas?” ela tentou adivinhar. Eu ri-me e sacudi a minha cabeça, entregando-a de novo ao Harry. Ela escolheu um dos filmes, e eu podia ver que era o Stuart Little, e correu para a televisão. Ela estava só com uma fralda e uma t-shirt do My Little Pony.
“Já estás pronto?” uma voz atrás de mim perguntou. Eu virei-ne e vi a Avery, vestindo umas jeans pretas e uma t-shirt azul. Eu podia dizer que ela gastou algum tempo com a maquilhagem e o cabelo, e eu sorri para ela. Ela parecia ajustada, mesmo ajustada.
“Sim, deixa-me só ir pegar o meu casaco.” Eu lá consegui dizer uma vez que o meu coração voltou ao seu ritmo normal, novamente. Pelo meu canto do olho, consegui ver o Liam a sorrir maroto.
Avery Holmes
“Nós vamos dividir vinte asas entre nós, e acho, alguns pedaços de pão?” o Niall levantou o olhar para mim para aprovação e eu assenti. A empregada sorriu educadamente, mas eu podia dizer que ela estava a lutar consigo mesma para se manter na boa, a sua mão a tremer.
“Soa bem. E posso trazer-lhe mais Coca Cola?? Ela perguntou-me. Eu assenti e deixei-a pegar no meu copo meio cheio. Uma vez que ela tinha ido embora, o Niall riu-se.
“Eu não me devia rir, mas posso dizer que ela se estava quase a cagar toda.” Ele estalou em mais um monte de gargalhadas.
“Tu tens esse efeito nas pessoas. Eu posso ter de ir a correr para a casa de banho a qualquer altura.” Eu brinquei, fazendo-o rugir ainda mais alto, batendo as suas mãos uma na outra. Eu sacudi a minha cabeça para ele, sorrindo marota.
“Sabe bem? Simplesmente sair, sem teres de te preocupar com a Aimee.” Ele arrastou.
“Niall, mesmo que eu não esteja com a Aimee, eu ainda me preocupo com ela.”
“Eles vão tomar conta dela, Ave. A sério.” Ele disse, prendendo o seu olhar no meu. “Eu só quero que tenhas uma noite em que podes simplesmente relaxar. Toda a gente vê o quanto tu te dás àquela menina.”
“Sim? E quanto a ti?” eu lembrei-o. “Ela não te chama papá sem motivo. Ela ama-te mesmo a sério.” Ele corou, dando de ombros, e bebendo mais um pouco da sua cerveja.
“Parece que ela agora é minha.” Ele admitiu. “Eu amo-a tanto ou até mais do que o que ela me ama a mim. Vocês as duas significam o mundo para mim.” Eu podia dizer que ele não me estava a tentar conquistar, ele preocupava-se mesmo. E isso fez-me apaixonar ainda mais por ele.
“Idem.” Eu ri-me, e ele sorriu maroto para mim. A empregada voltou com um grande prato cheio de asas e alguns pedaços de pão.
“Wow.” O Niall sussurrou. “Agora isto é uma refeição de qualidade.” A empregada corou e deu-me a minha bebida, agora cheia até cima e com uma rodela de limão. Ela saiu sem uma palavra, indo para a cozinha.
Eu mirei em nossa volta, era um cenário mesmo bonito. O sol estava-se a pôr, e tu poderias ver tudo. Todas as paredes em nossa volta eram vidro, menos uma que era cimento, então nós tínhamos quase 360º de vista sobre o topo de Nova Iorque. Era uma beleza estonteante.
“Se tu não começares a comer, elas vão desaparecer.” O Niall avisou, mordendo algumas asas. Eu agarrei uma e mordi-a, não me preocupando com as nossas caras cobertas de molho, não me preocupando que os nossos dedos parecessem os mesmos. Eu sentia que podia ser eu mesma quando estava com o Niall, porque ele me iria aceitar.
“Melhores asas do mundo.” Ele disse. Eu assenti em concordância. Ele elevou o seu copo e eu elevei o meu. Ele tocou-os uma vez, e eu elevei uma sobrancelha.
“Bem, ao que estamos a brindar?” eu ri-me.
“Às melhores asas do mundo e à melhor rapariga do mundo.” Ele sorriu. Eu corei, os meus olhos nos seus lábios. Eu queria tanto beijá-lo, mas eu não queria parecer que estava a atirar-me de cabeça para as coisas. Além disso, eu sabia o que ele queria, e isso não era o que eu queria.
“Algumas notícias sobre ires para Londres?” eu perguntei relutantemente. Isso era uma das coisas que eu tinha a certeza de que nós falariamos esta noite, para que eu pudesse esclarecer o facto de não querer o seu email, eu só queria mesmo que ele não se fosse embora.
“Aparentemente, não será nos próximos tempos. E esqueci-me de te dizer, eles entraram no apartamento do teu namorado.” Os meus olhos esbugalharam-se com medo, eles tinham entrado na minha casa e procurado pelo meu namorado. Eu perguntava-me se havia vidro no chão do candeeiro. Perguntei-me se Sally, a Gaivota estava intocada na cama da Aimee.
“Oh.” Eu disse, a minha garganta seca.
“Eles encontraram... drogas. E muito álcool.” Ele adicionou, olhando para o seu colo.
“Oh.” Eu repeti.
“Oh?” ele suspirou. “Avery, tu sabias acerca disto?” ele olhou para cima, diretamente para os meus olhos. Eu mordi o meu lábio, pensando no que o Harry tinha falado comigo na outra noita, mas eu estava tão assustada. Eu não queria que uma noite tão perfeita tivesse um final tão imperfeito.
“Sim.” Eu admiti. “Olha, podemos não falar cobre isto?” eu praticamente lhe implorei.
“Okay.” Ele disse calmamente, sorrindo-me, atravessando a mesa e fazendo festinhas na minha mão com o seu polegar. Eu levantei o olhar e dei-lhe um sorriso esperançoso, esperando que ele pudesse mesmo ver toda a dor e sofrimento nos meus olhos, para que talvez eu não tivesse que o dizer em voz alta.
“Eu vou encurtar isto, eles encontraram o telemóvel da Kate no apartamento e olharam pelo histórico. Não havia lá nada sobre o Motel 6, por isso parece que vamos poder voltar.” Ele sorriu. “Parece que já se passou uma eternidade, não é?”
“É.” Eu admiti, um sorriso a brincar nos meus lábios. “Aquilo parece como casa.”
“Aquilo é a casa agora.” o Niall riu-se, mordendo o seu lábio. Algo nele parecia nervoso, mas eu não conseguia dizer o porquê. Por alguma razão eu sentia que o Niall e eu éramos pessoas diferentes, não os mesmos que se aconchegavam juntos há noite, mas dois estranhos sentados à mesa.
Eu levantei-me, caminhando devagar para a parede de vidro, e sentando-me. Eu trabalhei a coragem para olhar para baixo, vendo pequenos táxis pelas estradas. O sol era uma grande mancha laranja pintada no céu, e as nuvens tinham zonas com pequenos brilhos a espreitar.
O niall sentou-se ao meu lado uns momentos depois.
“Eu nunca teria imaginado que estaria aqui há um mês e meio atrás.” Eu sacudi a minha cabeça. “É insano a forma como as coisas aconteceram. Quero dizer, aqui estou eu, sentada ao teu lado, na cidade de Nova Iorque, olhando para um lindo pôr do sol.” Eu sacudi a minha cabeça novamente.
“Ao lado de um rapaz todo sexy.” O Niall brincou, penteando o seu cabelo. Eu sorri, indo para junto dele. O chão duro de madeira não era assim tão confortável, mas o Niall era com toda a certeza. Ele era como um corpo de almofada, ou algo do género.
“Exato.” Eu sorri. “Onde achas que vamos estar daqui a um mês? Ainda juntos?”
“A não ser que tu queiras ir embora e ficar só com o meu email.” Ele disse, com uma pontada de dor na sua voz. Eu suspirei, afastando-me, olhando para ele.
“Eu nem sequer devia ter dito isso.” Eu admiti. “A verdade é, eu não sei o que vou fazer sem ti. Mesmo que tivesse o teu email e alguma forma de te contactar... Eu estaria num lugar mesmo mau agora.” ele não tinha mesmo ideia de metade da história.
“É tão estranho.” O Niall disse. “Há um mês e meio atrás, a minha vida parecia perfeita e eu sentia que tinha tudo. Mas agora que tu estás nela, eu percebo tudo o que estava a perder. Eu não consigo imaginar a minha vida sem ti ou a Aimee agora. Ainda só se passou um mês, mas já parece uma eternidade.”
Eu sorri, fechando os meus olhos por um momento.
“Eu só quero congelar o tempo e ficar aqui para sempre.” Eu disse. “Se pudesse voltar atrás para este momento uma e outra vez, eu fá-lo-ia. Especialmente porque eu não sei quanto tempo vai faltar até a Kate Winters ser apanhada e tu seres mandado de volta para casa.” Dizer aquelas palavras alto magoava mais do que o que eu pensava que fosse magoar.
“Tu achas que vais voltar para o teu namorado?” ele perguntou. Eu sacudi a minha cabeça.
“Não. Nunca mais vou voltar para ele.” Eu disse, sentando-me e não ficando mais em cima do Niall.
Por um pouco, nós ficámos sentados em silêncio, simplesmente a ver o sol pondo-se gradualmente no Este, as luzes da cidade a ganharem vida na noite. Ao longe, eu podia ver o Empire State Building. Tudo o resto no mundo, todas as minhas preocupações e problemas, derreteram-se e desapareceram, e tudo o que eu pensava era em estar aqui com o Niall.
“Eu prometi a mim mesma que te contava hoje.” Eu falei, surpreendendo-me a mim mesma. Mas eu percebi que agora não havia volta a dar. “Eu tenho que te dizer o que te queria dizer ontem, na varanda.”
Ele assentiu, os seus olhos azuis prenderam-se com os meus castanhos. Eu lembrei-me que o tempo que nós tínhamos agora, era temporário, e eu tinha que arriscar. Se o Niall não me amasse, então não o faria, mas eu podia sentar-me por aí a imaginar como poderia ter sido.
“Eu não quero o teu email.” Eu desabafei. Ele carrancou.
“Bem, eu não estava há espera que tu dissesses isso.” Ele disse. Eu sacudi a minha cabeça.
“Não, não. Não é isso.” Eu insisti. “Eu não quero o teu email, porque eu não quero que tu me deixes.” Eu não tinha a mínima ideia de onde eu estava a ir com isto, mas parecia que as palavras estava a flutuar cá para fora.
“Porque eu me estou a apaixonar a sério por ti, e sem ti eu não consigo sobreviver. Eu estou mesmo a sério a apaixonar-me por ti e eu aceitarei se tu não sentires o mesmo.” Eu disse.
Imediatamente, a minha cara ficou rosa. Eu sentia que estava a arder, por isso eu desviei o olhar e olhei para fora da janela, o meu estômago a revoltar-se. Não devias ter feito isso Avery, tu acabas-te de arruinar tudo. Tu és tão idiota.
“Peço desculpa.” Desabafei, tentando fazer tudo parecer melhor. “Sabes que mais, vamos só esquecer que eu disse tudo isto e-”
“Espera.” O Niall disse. A minha cabeça levantou-se e olhei para a sua cara, completamente séria. “E se eu não quiser esquecer tudo o que tu acabas-te de dizer?”
Os meus lábios separaram-se e eu podia sentir que estava a ter problemas em respirar. Um pequeno sorriso brincava nos seus lábios, e eu percebi que ele não estava desapontado ou zangado comigo. E eu tinha meia esperança de que ele me fosse bater ou algo do género, porque a minha mente estava tão corrompida das ações do Jake.
“Eu quero experimentar algo.” O Niall sussurrou, a sua respiração a mandar arrepios pela minha espinha abaixo. “Bem, eu não beijei muitas raparigas antes...”
Ele devagar aproximou-se, e antes de eu o saber, os nossos lábios estavam-se a mover em sincronia. A minha mente não conseguia processar o que se estava a passar. Isto não era um daqueles beijos mágicos com fogo de artifício, não era cheio de paixão e revolta, era doce e suave e o tipo de beijo que eu nunca antes tive.
Os nossos lábios dançaram juntos, e uma mão do Niall enlaçou-se no meu pescoço e emoldurou a minha bochecha. Sem sequer avisar o meu cérebro, as minhas encontraram o caminho para dar a volta ao pescoço do Niall, e eu podia sentir os seus lábios formarem um sorriso contra os meus.
As mãos do Niall desceram para a minha cintura, segurando-me contra si enquanto o beijo progredia. Nós só parámos para rapidamente recuperarmos a nossa respiração, e depois os nossos lábios voltaram a dançar perfeitamente juntos numa melodia silenciosa, nenhum erro a ser cometido. Eu sorri contra os seus lábios e uma pequena risada saiu de mim. Eu senti-o sorrir enquanto nos separávamos, pressionando as nossas testas juntas.
“Eu não beijei muitas raparigas antes,” o Niall repetiu, ainda um pouco sem fôlego. “Mas tu não és muitas raparigas. Tu és a Avery, e eu sou o Niall, e eu acho que me estou a apaixonar por ti, da mesma maneira que tu te estás a apaixonar por mim.”
Quando ele disse aquelas palavras, ele aproximou-se novamente, beijando-me outra vez. Eu tinha imaginado beijar o Niall algumas vezes antes, mas agora estava mesmo a acontecer, e eu percebi que as minhas fantasias era muito diferentes da realidade. Isto era melhor, muito melhor. Tudo parecia estar a encontrar o seu logar.
“Contamos aos outros?” eu sussurrei contra os seus lábios.
“Não te preocupes com eles, Ave.” Ele sussurrou de volta, roubando-me outro beijo. Nós separámo-nos, ainda a respirar pesadamente, sorrindo um para o outro. Nós nunca tínhamos experienciado o amor antes, todas as relações anteriores nunca tinham sido como isto. Isto devia ser como o amor era na realidade, tinha que ser. Eu tinha absolutamente, a 100% a certeza.
“Sempre foste tu.” Ele sussurrou, um sorriso na sua cara. Por muito que eu tentasse parar de sorrir, parecia visivelmente impossível, por isso eu deixei os músculos da cara vencer e desisti de estar séria.
Subitamente eu lembrei-me do Jake. Eu lembrei-me de como as coisas correram de uma forma similar. Ele era doce e gentil e apaixonado, e depois transformou-se num monstro. Ele era a pessoa mais fantástica que eu conhecia, mas depois começou-me a magoar, foi um choque completo. Eu lembrei-me que a mesma coisa não podia voltar a acontecer.
“Niall.” Eu carranquei, sacudindo a minha cabeça. Eu vi a sua cara cair. “Niall, não.” Eu afastei-me, deslizando para longe dele.
“Avery?” ele perguntou, a sua voz era um sussurro fraco que eu mal podia ouvir. “Qual é o problema?”
Eu continuei a sacudir a minha cabeça, relembrando-me do que o que eu estava a fazer era completamente errado. Havia uma chance de o Niall se mostrar ser exatamente como o Jake – seria inesperado.
Mas depois eu lembrei-me do que o Harry me disse acerca do Niall. Eu sabia que isso era o que eu precisava de fazer, mas como era suposto eu fazer isso? Parecia ser algo ainda maior do que revelar o meu amor pelo Niall – o que foi um grande problema.
Confia nele, o meu coração gritou, tentando afogar todos os pensamentos na minha cabeça. Eu tinha escutado o meu coração há momentos atrás quando contei ao Niall que estava apaixonada por ele, porque não tentar esta vez?
Era altura de mudar. Era a altura de avançar do meu horrível e traumatizante passado e começar a viver como uma rapariga normal. Era altura para eu confessar a tortura a que tinha sido submetida nestes últimos anos.
“Eu tenho que te contar uma coisa.” Eu disse ao Niall. “Ou, mostrar-te uma coisa.”eu corrigi. Ele assentiu. “Eu não acho que tu vás continuar a gostar assim tanto de mim depois disto, mas eu não consigo guardar para mim. Okay?” a sua cara estava confusa, e então eu comecei a levantar a minha camisola e vi-o fechar os olhos.
“Avery ainda é muito cedo para isso.” Ele disse.
“Não, eu não estou a tirar a minha roupa.” Eu resfoleguei. “Somente, por favor. Isto é demasiado doloroso para eu dizer.” Eu disse, lágrimas a transbordar nos meus olhos. Ele abriu os seus olhos e assentiu enquanto eu revelava no meu estômago uma grande e irregular cicatriz.
Ouvi o Niall prender a respiração, tocando na cicatriz tão levemente, sendo tão gentil e cuidadoso comigo. Eu deixei-o examinar a minha ferida e lembrei-me de como a tinha ganhado na noite em que disse ao Jake que estava grávida. De como eu tinha pensado que a Aimee não fosse sobreviver.
“Eu preciso de te falar sobre mim.”eu sussurrei. “Eu preciso de te contar tudo, começando pelo início.”
[A/N & T/N:
NAVERY OH MEU DEUS NAVERY!!! ACONTECEU! ELES BEIJARAM-SE!!!!
E ELA TEM QUE LHE CONTAR!
IMAGINEM O QUÃO EXCITANTE SERÁ O PRÓXIMO CAPÍTULO!!!
(P.s.: comentem para uma dedicação! Também votem e adicionem à vossa biblioteca :* ) ]