Outra Vez Amor

By FrasersLoves

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Depois de Um término inesperado, Sam achava que nunca mais iria ver Cait, tamanha foi a sua surpresa, Quando... More

Prólogo
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30

Capítulo 23

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By FrasersLoves

Quando o celular tocou, não muito depois do raiar da aurora, Sam praguejou baixinho, enquanto Cait moveu-se para o lado oposto da cama a fim de atender. Mesmo que suas forças estivessem drenadas depois da noite anterior, ele não se importaria de fazer amor mais uma vez antes que ambos tivessem de enfrentar o dia. Aqueles planos podiam ir por água abaixo se ela estivesse algum compromisso, o que Ele desconfiava que fosse o caso.
- Oi, mãe.
Nada de trabalho. Sam olhou para ela, que puxou o lençol até o pescoço e deu-lhe um olhar desconsolado.
Depois de uma longa pausa, ela disse:
- É verdade, está tudo bem. Lizzie está ótima. Eu estou ótima.
Ele cobriu os olhos com o braço direito e tentou não ouvir a conversa. Mas não pôde evitar se perguntar exatamente o que a mãe dela dissera quando Cait respondeu com:
- Não, eu não fiz nenhuma bobagem.
Sam calculou que aquilo provavelmente dizia respeito a ele, e esperou que Cait acreditasse nas suas próprias palavras. Depois que tivesse o dia todo para refletir sobre o que eles tinham feito na noite anterior..... talvez ela questionasse a própria inteligência.

Poucos minutos depois Cait desligou o telefone e caiu de costas sobre o travesseiro.
- Era minha mãe.
- Pois é. - Sam virou-se de lado para encará-la. _ Um tanto cedo para ela estar ligando para você.
- Sim, mas ela conhece minha agenda. Também queria me avisar que ela e meu pai estão partindo para a Europa esta noite.
Sam assentiu.
- Venha aqui. Você está muito longe.
Ela aproximou-se e se aninhou na nos braço dele.
- Precisamos ir.
- Ainda é muito cedo - disse Sam. - E pegarei Lizzie na casa da minha mãe e ficarei com ela o dia todo, se você concordar.
- Você já me provou que pode tomar conta dela, portanto não vejo motivo para que ela volte para a creche enquanto eu e ela estivermos aqui.
Ele gostou de ter obtido a confiança de Cait no que dizia respeito a Lizzie, mas não gostou da parte do "enquanto eu e ela estivermos aqui".
- A que horas você tem de estar nos estúdios para a entrevista?
- Não antes das 9h30.
Sam olhou para o relógio.
-Passa um pouco das 7h,
Ela bateu a ponta do dedo no queixo.
-Agora, pergunto-me como podemos passar a próxima hora. Espere, tive uma idéia.
Cait passou a mão pela barriga dele, mas antes que ela alcançasse seu alvo intencional Sam agarrou-lhe o pulso e deteve-lhe o progresso.
- Por mais que aprecie sua idéia, precisamos ter uma conversa antes.
Ela levantou o lençol e sorriu.
- Parece que o seu " amigo" gosta mais da minha idéia. Sim, aquele "amigo", definitivamente, tinha vontade própria.
- Eu quero conversar sobre a noite passada. Ela afastou-se e fixou ò olhar no teto.
- Você não precisa dizer nada, Sam. Sei o que a noite passada significou. Ambos precisávamos de diversão.
- Diversão? - Aquilo fez com que ele saísse da cama e pegasse uma calça de pijama. Uma vez vestido, sentou-se na beira da cama, ao lado dela.
- Foi muitíssimo mais do que isso para mim, Cait.
Ela fechou os olhos e disse:

- Não complique as coisas, Sam, dizendo o que você acredita que eu quero ouvir.
- Não lhe dizer que eu não quero que você vá embora? Ele não tinha o menor direito de pedir aquilo para ela, mas não foi capaz de impedir que as palavras saíssem de sua boca.
- Você não fala sério.
- Sim, eu falo. - E ele falava, mesmo que o pedido fosse feito no momento errado.
- Você só está dizendo isso por causa de Lizzie.
Ele entendeu por que ela pensava assim.
- Admito que não posso suportar o pensamento de você levando-a para longe de mim, mas não quero perdê-la novamente, Cait
Ela sentou-se e abraçou os joelhos contra o peito.
- Digamos que eu fosse louca o suficiente para considerar levar nosso relacionamento para o próximo nível. Como faríamos isso? Se eu estou voltando para Irlanda. E mesmo se nós resolvêssemos isso, viveríamos juntos?
Ele queria mais do que aquilo, contudo, não podia oferecer mais naquele momento. Não até que soubesse com certeza o que o futuro lhe reservava.
- Eu não tenho todas as respostas ainda, mas viver juntos é um começo. Não quero desistir de nós.
- E o que acontece se você se cansar de mim, de novo?
- Não vou me cansar de você, Cait. Eu... - Droga, ele não era bom em revelar suas emoções. Nunca fora. - Eu amo você.
- Você me disse isso uma vez, Sam. E se me recordo corretamente, no último verão em Cabo você disse que me amava também, e depois rompeu nosso relacionamento, na semana seguinte.
- É diferente desta vez.
- O que é diferente, Sam, a não ser que temos uma filha juntos agora.
Ele tinha de lhe contar a verdade, só não sabia como começar.
- Como já declarei, tive minhas razões para fazer o que fiz no ano passado.
- Você está certo. Já disse isso, Mas em algum momento terá de compartilhar essas razões comigo.
- Eu sei, mas vai levar mais tempo do que temos essa manhã. Quando você chegar em casa esta noite, prometo que lhe contarei.
Ele rolou para seu lado, puxou-a de costas para seus braços e beijou-a. Mas antes que pudesse utilizar seus poderes de persuasão o telefone tocou novamente. Desta vez, o telefone dele.

No momento que chegou em casa, Cait sentiu como se os eventos daquela manhã nunca tivessem acontecido. Depois de toda a conversa dele sobre um futuro juntos, Sam não tinha parecido nem um pouco satisfeito devê-la.
Na verdade, quase não falara com ela.
Tinha estado totalmente calado durante o jantar, respondendo as perguntas sobre seu dia com o bebê através de palavras rápidas.
Então murmurara algo sobre seu um novo trabalho.
Ela não o vira desde então.
Talvez Sam tivesse tido muito tempo para pensar sobre a proposta que fizera, lembrando-se subitamente que não queria compromisso fixo. Independentemente das razões dele, ela pretendia quebrar o silêncio e descobrir o que estava acontecendo.
Tão logo colocou a filha na cama, Cait foi direto ao espaço particular dele, disposta a um confronto. Esperava encontrá-lo sentado atrás da mesa, digitando, não estendido no pequeno sofá de couro preto, olhando para o espaço.
Ela atravessou a sala e aproximou-se.
- Pensando?
Quando Sam virou a cabeça na sua direção, Cait ficou surpresa pela tristeza profunda nos olhos azuis dele.
- É, estou pensando.
- Sobre o quê?
- Nós. - Ele sentou-se e se recostou nas almofadas. - Precisamos conversar.
- Isso foi o que você disse esta manhã.
- Depois desta conversa, você provavelmente vai querer desconsiderar tudo mais que eu falei esta manhã.
- Eu não entendo. - Oh, mas ela temia que entendesse. Bem demais. Ele moveu-se para a beira do sofá, passou os braços sobre os joelhos e baixou a cabeça.

- Você deve manter seus planos de voltar para Irlanda no próximo mês.
Ela liberou uma risada melancólica, embora quisesse chorar.
- Uau, Heughan. E dizem que as mulheres são volúveis. Esta manhã você queria que nós morássemos juntos por tempo indefinido e agora quer que eu vá embora. Mas não estou surpreendida, razão pela qual eu não tinha muitas esperanças. - Não era verdade. Ela começara a ter esperança. A imaginar uma vida que o incluía.
Ele ainda se recusava a olhá-la.
- Eu mudei de idéia porque não posso lhe dar o que você precisa.
A história estava se repetindo.
- Eu sei, Sam. Você não pode se comprometer com uma pessoa. Não pode amar somente uma mulher, se é que até mesmo tem capacidade de amar alguém.
Finalmente, ele levantou os olhos para ela.
_Você está errada, Caitriona. Eu a amo. Me apaixonei por você 7 anos atrás e nunca me senti dessa maneira em relação a alguém antes de você, ou desde você.
Quando o choque diminuiu, Cait lutou para encontrar sua voz.
- Se isso for verdade, então o que acha que preciso que você não pode me dar?
- Isso não importa.
A raiva, tristeza e frustração dela fundiram-se, criando uma perfeita tempestade emocional.
- Importa para mim, droga! Você me deve uma explicação, e não vou embora até que me dê uma.
Ele esfregou ambas as mãos sobre o rosto antes de voltar a encará-la.
- Você está certa. Mas vai precisar se sentar.
Ela deixou-se cair numa cadeira de frente para ele.
- Tudo bem. Estou pronta. - Mas estaria de verdade?
Aquilo podia ser pior do que Cait tinha imaginado.
- Oh, meu Deus, Sam, você está doente?
Ele não respondeu de imediato.
_ Estive.- disse sem olha-la, Sam uniu as mãos e as apertou com força e continuou.- Antes de irmos à viagem para Cabo, eu fui a um médico. Talvez você se recorde que eu estava com muito menos energia do que o habitual.
- Você achava que era por causa das muitas viagens que, vinha fazendo na ocasião.
- Não era. Era a Leucemia. Passei seis meses fazendo transfusões de sangue, e quando isso não funcionou, Cirdan concordou em me doar sua medula óssea. Ele salvou minha vida.- E ele era o par genético perfeito, era meu irmão.
Ele passou a mão pelos cabelos.
- Sorte minha.
- Então a cicatriz debaixo de seu braço. - isso explicava.
- Sim.
Milhares de perguntas passaram pela mente de Cait, mas a mais importante teve precedência:
- Por que você não me contou quando foi diagnosticado?
Ele baixou os olhos novamente.
- Porque você tinha preocupações suficientes com seu trabalho.
- Não é uma razão boa o bastante.
- Eu pensei que poderia morrer e não quis envolvê-la nisso.
Agora eles estavam indo a algum lugar.
- Eu estava com você, Poderia ter estado ao seu lado.
O olhar que ele lhe deu era tão cheio de tristeza e remorso que bloqueou a respiração dela.
- Eu não queria que você me visse daquele jeito.
Ela quis chorar por ele e por tudo que Ele sofrerá. Queria agredi-lo verbalmente por ter deixado o orgulho interferir entre os dois, mesmo que entendesse aquilo em algum nível. Queria voltar no tempo e começar de novo. Mas isso era impossível.
Ele descansou seu braço nas costas do sofá e voltou seu rosto para ela.
- Você tem todo o direito de ficar furiosa comigo.
- Quando penso em todas as oportunidades que você teve para me contar, sim, isso me deixa extremamente zangada - disse ela. - Mas quando penso sobre como poderíamos ter estado juntos, nos apoiando durante sua doença e minha gravidez, isso me deixa triste por termos perdido tanto tempo.
O silêncio se estendeu antes que Cait fizesse outra pergunta importante, que poderia determinar se ele tinha... ou não tinha... mudado, dependendo da resposta.
- Se você pudesse fazer tudo de novo, teria me contado?
- Honestamente, não sei. Talvez, se eu soubesse sobre o bebê, mas, então, talvez não. O fardo era meu para suportar, não seu.

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