Avery Holmes
“Então, a minha gerência quer que fiquemos quietos por enquanto e simplesmente esperar até que alguns dos seguranças cheguem.” O Niall explicou-me, um grande sorriso na sua cara enquanto ele se movia. Ele nem conseguia estar quieto, ele estava tão excitado. Eu ri-me e levantei-me do sofá vermelho, agarrando as suas mãos e puxando-o para a cozinha.
“O que vamos fazer?” ele perguntou-me.
“Bem, se eles estão a apanhar um voo rápido, eles provavelmente vão estar esfomeados quando chegarem aqui. Se eles forem como tu.” Eu ri-me marota para ele e ele sorriu, dando de ombros.
“Nós não estamos num hotel para nada, Ave, nós arranjamos uma dúzia de muffins ou algo assim e trazêmo-los para aqui. Além disso, eu sou um mau cozinheiro. Tipo, mesmo mau cozinheiro.” Ele cruzou os seus braços sobre o seu peito e eu suspirei, desistindo.
“Mas nós nãos lhes podemos dizer que os arranjamos do serviço de quarto.” Eu disse. Ele assentiu em concordância e sentou-se no grande sofá vermelho, ao meu lado. “Achas que eu devia acordar a Aimee? Já são seis da tarde.”
“Tu puseste-a a dormir a sesta à meia hora, Ave. Não faças isso.” Ele disse. Eu assenti, ligando a televisão e passando os diferentes canais. “Pára! Pára!” o Niall disse, agarrando o comando da minha mão. Eu lancei-lhe um olhar enquanto ele mudava para o futebol europeu.
“A sério?” eu ri-me.
“É um jogo!” ele disse, sentando-se de novo ao meu lado. “Tu já alguma vez viste um jogo ao vivo? Estas coisas, tu não as queres perder.” Ele assegurou-me. Eu suspirei e aconcheguei-me nele, sentindo o seu braço rodear os meus ombros. Eu admito, tê-lo a segurar-me assim era mesmo confortável e bom.
Ele viu o jogo de ‘futebol’ por quinze minuto sem qualquer interrupção sem ser o Niall a amaldiçoar ou a dizer algo do género ‘ele acabou de perder um golo de baliza aberta!’ eu nunca soube que ele se deixava levar assim por estes jogos, e era mesmo engraçado de ver.
“Viste aquilo?” eu disse, bufando. “Se ele tivesse passado para o outro gajo, ele tinha um golo fácil.” Eu sacudi a minha cabeça, sentindo-me até um pouco zangada. Eu recostei-me no sofá e depois percebi que o Niall estava a olhar para mim, com um sorriso na sua cabeça.
Eu olhei para ele, a ponta do meu nariz quase a raspar no seu. Para minha surpresa, ele não corou. Só elevou uma sobrancelha.
“Posso ajudar-lo?” eu brinquei.
“Tu estás mesmo a infiltrar-te no jogo. É mesmo fofo, na realidade.” Ele disse. Desta vez, eu corei depressa, e enterrei a minha cara no seu ombro. Ele riu-se de mim, mas fez festinhas nas minhas costas com o braço que tinha em minha volta. Isto sabia mesmo bem, mesmo genuíno e certo. Mas se o Niall soubesse sobre o Jake...
Eu foquei-me novamente no jogo, no exato momento em que a equipa pela qual estávamos a torcer marcou um golo. Ambos nos levantámos e fizémos uma festa, eu não consegui evitar e ri-me de nós os dois. Ambos nos sentámos novamente e moldámo-nos um ao outro, outra vez, e como anteriormente, soube mesmo bem.
Como é que estas coisas nunca aconteceram com o Jake?
Nós vimos em silêncio por outros quinze minutos, e eu não conseguia evitar. Eu estava a ficar preocupada por dentro, porque eu sabia que a cada momento que passava, os seus amigos estavam a ficar mais próximos de chegar aqui. E eu estava mesmo assustada.
“Niall,” eu suspirei, olhando para o meu colo. “E se eles não gostarem de mim?”
Pelo cantinho do meu olho, eu podia-o ver a olhar para mim novamente.
“Porque não gostariam?” ele perguntou. “Quer dizer, eu gosto de ti. Porque é que eles também não iriam gostar?”
“Porque,” eu roí o meu lábio superior. “Porque eu tenho uma filha e eu só tenho dezanove anos.”
“Quase vinte.” O Niall interviu.
“Exato.” Eu suspirei. “Mas tu gostares de mim foi sorte. Quer dizer, tu és o tipo de pessoa que gostas de toda a gente. Tu não tens ódio nem rancor por ninguém, não tens nem um único osso mau no teu corpo.” Eu apontei. Ele deu de ombros.
“Não.” Ele argumentou. “Não, eu tenho pessoas de quem não gosto. E eu percebo que tu estejas com medo, porque tu não conheces mesmo os meus colegas nem sabes como são. Tu queres que eu te fale deles?” eu assenti.
“Ok, então. Primeiro tens o Harry, que é terrível a contar piadas mas eu rio-me delas de qualquer maneira. Ele é fantástico com crianças e gosta mesmo delas, por isso tu não tens que preocupar com ele. E depois existe o Zayn, que é super querido. E ele também gosta imenso de crianças, por isso, aí está outro com quem não tens que te preocupar.
“Okay, quem é a seguir... Louis. Ele é um tolo e é difícil para ele levar as coisas a sério. Ele é uma pessoa mais despreocupada que alguma vez conheci. E se tu pensas que eu não tenho qualquer ‘osso mau’ ou lá o que é, tens de o ver.” Ele riu-se. “E depois existe o Liam. Ele é responsável, mas também faz coisas estúpidas. Ele é mesmo um tolo, e é muito querido. Por isso, aí estão mais dois com quem não tens que te preocupar.”
“Existe alguém que falte?” eu perguntei. Ele riu-se.
“Nope, são só estes. Vês? Sem preocupações.” Ele insistiu. Eu mordi o meu lábio, assentindo. “Existe mais alguma coisa, não existe?” ele nem tinha de dizer mais nada.
“Eu só tenho medo que eles te levem para longe.” Eu admiti, os meus olhos a ficarem um pouco húmidos. “Isto vai soar mesmo estranho e muito estúpido, mas tu estás a ser a melhor coisa que alguma vez me aconteceu e eu não quero que eles te levem para longe, honestamente.” Eu deixei lágrimas cair, como uma criança. “É egoísta, eu sei.”
“Não, está bem.” O Niall disse, agarrando-me mais próximo, como se isso fosse possível. “Eu percebo o porquê de tu pensares que isso pode acontecer, mas eu posso prometer-te que não vai.” Ele agarrou a minha mão e eu tentei parar de chorar, assentindo, absorvendo as suas palavras e tudo o que ele tinha dito.
“Como podes prometer isso? Tu disseste-me antes que a tua gerência era severa, e se eles te levarem?” eu perguntei. Ele sacudiu a sua cabeça.
“Eu diria ‘vão-se lixar’ e voltaria.” Ele riu, tentando aliviar o ambiente. Eu ri-me e assenti, descansando a minha cabeça no seu ombro e suspirando, um pouco mais aliviada agora. Eu deixei-me relaxar um pouco, e depois o telemóvel do Niall tocou.
“Tenho que atender isto.” Ele disse, puxando o seu iPhone verde do seu bolso. “Oi, Sam. Sim. Não, eu estou bem. A Ver futebol.” Ele riu-se. “Já? Okay, bem, quando pensam que estão aqui? Sete? Está bem. Já comeram? Nós pedimos alguma coisa.” Ele falou e falou e eu fechei os meus olhos, não o ouvindo.
“Okay, eles vão estar aqui em meia hora. Tu provavelmente vais querer preparar a Aimee, e eu vou-me preparar também.” Ele disse.
“O quê? E eu não preciso de me preparar?” eu ri-me. Ele olhou para mim, examinando a minha cara e sacudiu a sua cabeça.
“Nah, tu estás bem. Tu estás bonita, Ave. Estás sempre.” Ele caminhou para o quarto e eu fiquei ali, como se os meus pés fossem incapazes de se mover. Ele chamou-me bonita, como nunca ninguém o tinha dito antes. Talvez não fosse nada de mais e eu só estava a dar muita importância a isso, porque ele caminhou para o quarto como se nada fosse.
Ainda um pouco atordoada, eu segui atrás dele para o quarto. Ele estava de boxers, a vestir umas calças de moletom cinzentas. Eu esperei até ele ter as calças vestidas, e depois gatinhei para a cama, onde a Aimee estava deitada no meio. Eu abanei-a levemente e sussurrei o seu nome na sua orelha.
“Mamã...” ela sussurrou.
“Temos que nos levantar, está bem, bebé? Os amigos do Niall vêm cá visitar-nos.” Eu disse. Ela assentiu e sentou-se, ainda sonolenta do seu jogo. As suas pálpebras ainda fechadas, e ela esfregou os seus olhos antes de se curvar no meu colo. Eu ri-me.
“Tu queres tentar ir ao penico?” eu perguntei. A Aimee sacudiu a sua cabeça em protesto e eu ri-me. “E se for assim, tu tens de ir ao penico.” Isto ganhou uma gargalhada do Niall, no outro lado do quarto.
Eu carreguei a Aimee até à sanita, e ela agarrou-se à mesma para não cair lá dentro, enquanto lá estava. Depois, eu vesti-a no seu vestido preferico com um sininho, e meti-lhe as suas meias. Eu escovei o seu cabelo, os seus dentes, e depois, finalmente, meti-a a ver um filme até eles virem.
“Tenho que me preparar, porra.” Eu disse, olhando para as horas. Eles estariam aqui em dez minutos, talvez um pouco mais.
Nos cinco minutos seguintes, eu arranjei-me para escovar o meu cabelo quase até à perfeição, depois vesti umas jeans e uma camisola linda que me desse um ar que dissesse ‘eu tentei, mas não muito’, escovei os meus dentes, e vesti umas meias.
“Isso foi rápido.” O Niall riu-se. Eu assenti, sem fôlego, enquanto estávamos à porta e o Niall pontapeava os seus sapatos para o lado. Eu cruzei os meus braços sobre o meu peito, rindo-me dele. Ele sorriu maroto e de repente, começou a fazer-me cócegas.
“Pára!” eu ri-me, batendo-lhe para o afastar. Mas ele não parou, de qualquer das maneiras, então eu tive que lhe continuar a bater enquanto me desfazia a rir. De repente, e senti-me a ser elevada do chão e eu guinchei, tentando-me agarrar à parede enquanto era levantada sobre as costas do Niall.
“Creeeedooooo, que tens andado a comer?!” o Niall brincou. Eu bati nas suas costas enquanto era presa de cabeça para baixo, e o Niall me carregava pela grande sala, a Aimee riu-se de nós.
“Salva-me, Aim!” eu disse, mas ela só se continuou a rir e eu sabia que era escusado. Eu estáva-me a rir tanto que o meu estômago doía, e só sorrir fazia as minhas bochechas ficarem doridas, mas eu não conseguia evitar. Eu ri-me quando o Niall quase tropeçou para trás, e depois eu gritei.
“Se tu me deixas cais, és carne morta!” eu avisei-o. Ele riu-se e eu vi um sapato ainda estava na porta de entrada, então ele carregou-me para lá, ainda a fazer-me cócegsa e a agarrar-me às suas costas (eu não sabia como ele fazia isto). Eu explodi noutra sessão de riso e tentei bater na cabeça do Niall. Ele agarrou a minha perna, rindo, e então eu ouvi o som da porta a abrir.
“Bem, olá.” Uma voz rouca disse. Eu tossi e bati na cabeça do Niall, e ele colocou-me no chão. Eu arranjei o meu cabelo, tentando-o colocar como eu queria, como eu o tinha antes de o Niall me atacar. À porta estava um homem com um cabelo encaracolado e um enorme sorriso brincalhão na sua cara.
“Harry!” o Niall disse, dando-lhe um abraço gigante. O Harry piscou-me o olho e depois abraçou o Niall. Eu corei um pouco e juntei-me à Aimee no sofá, endireitando o seu gancho da ‘Hello Kitty’. O Niall viu-me deixá-los e conduziu-me novamente para onde estava, por isso eu fiquei atrás dele enquanto os rapazes continuavam a entrar.
“É bom ver-te, Irlanda.” Um rapaz, que tinha cabelo curto e castanho um pouco claro, disse.
“A ti também, Englaterra.” O Niall disse-lhe. “Este é o Louis.” Ele sussurrou-me. Eu assenti, sorrindo educadamente.
Outro rapaz com cabelo castanho seguiu-o, vestindo um pólo aos xadrezes. Ele deu um abraço gigante antes de o Niall puder dizer o que quer que fosse, e eu lembro-me deste. O Niall tinha-me mostrado uma foto deste rapaz, o nome dele era Liam. Eles sussurraram algo ao último rapaz que entrou, um sorriso na sua cara. Ele tinha cabelo preto, que era espetado e tatuagens por todos os seus braços. A maioria destes rapazes tinham tatuagens, pelo que parecia.
Excepto o Niall.
“Nós tivémos tantas saudades tuas, Nialler!” o rapaz de cabelo preto, fingido que chorava. Eu ri-me um pouco e virei-me para a Aimee. O Harry e o Louis já estavam junto dela a conversar com ela. Eu vi-a corar e correr para mim, agarrando-se à minha perna.
“Eles são amigos, bebé.” Eu assegurei-lhe. “Peço desculpa, ela é sempre um pouco tímida no início.” Eu disse-lhes,
“Ela é adorável.” O rapaz chamado Louis disse. Eu sorri e assim fez também a Aimee.
“Aimee, diz obrigada.” Eu disse-lhe.
“Obrigada.” Ela disse tímida, rodando algum dos eu cabelo no seu dedo. Eu sorri, colocando-a na minha anca enquanto três grandes e volumosos homens entravam no quarto com malas nas suas costas. Mesmo neste grande quarto, ele parecia pequeno com todos nós lá dentro.
“Tu tens de nos dizer como vieste aqui parar, amigo.” O Liam disse. “É tão surreal ver-te ao vivo.” Ele riu-se. O Niall sorriu e caminhou para os grandes sofás vermelhos, sentando-se. Eu sentei-me perto dele e a Aimee sentou-se no seu colo, escondendo-se debaixo dos eu braço. Eu via que os rapazes nos observavam, curiosos e atentamente.
“Então, quem são as tuas amigas?” o Louis perguntou.
“Exato, desculpem-me. É a Avery e a sua filha, Aimee.” O Niall disse. Bom maldizer, ele cortou logo o mal pela raiz. Eu observei as suas faces, preparando-me para ser enojada, mas eles continuaram a sorrir. O Harry acenou à Aimee, e ela acenou de volta.
“Ela é mesmo parecida contigo.” O Harry disse-me. “Quantos anos tens, Aimee?” ele perguntou-lhe, virando-se para ela.
“Estes todos.” A Aimee levantou dois dedos e o Niall ajudou-a levantando mais um. “E estou a vestir as minhas cuecas vermelhas hoje. Elas dizem Terça-feira.” Ela disse, a sorrir orgulhosa. A sala ficou numa gargalhada e ela olhou para todos com atenção. Eu cobri a minha cara, mas não disse nada em protesto.
“Tu nunca nos contas-te da tua amiga antes, rapaz.” O mais barulhento de todos eles, Louis, disse. Eu corei.
“Amiga?” Zayn, o que tinha cabelo preto, finalmente falou. Eu vi o Harry dar de ombros.
“Sim.” O Niall disse. “Bem, a Avery foi para o Motel 6 no mesmo dia que eu, e então nós ficámos amigos e passeámos juntos, e depois eu quis que elas se mudassem para o meu quarto de motel, então nós ficámos ali por cerca de um mês. E agora estamos aqui.” Ele disse.
“Boa.” O Zayn disse. Eu ri-me, sorrindo.
“Então vocês os dois são...” o Liam descarrilou, sorrindo para o Niall.
“Bons amigos. Colegas de quarto, também.” O Niall concluiu rapidamente.
Eu estava feliz por não ter de ser quem responderia àquela questão, porque honestamente, eu não sabia o que nós éramos. Eu sabia que gostava do Niall mais do que como um amigo, muito mais, de facto, mas eu não tinha ideia de onde nós estávamos.
E eu acho que sabia que ele não tinha sentimentos por mim, pelo menos não da mesma maneira que eu. Eu doía, muito, mas eu relembrei-me do quão agradecida estava por o ter como amigo, um verdadeiro amigo que se preocupava genuinamente comigo.
Mas no fundo da minha mente, eu sabia que o que eu ansiava mesmo era que o Niall me amasse e se apaixonasse por mim da maneira que eu me estava a apaixonar por ele.
[A/N & T/N:
Ooh, a Avery está apaixonadaaaaaaaaaaaaaaa ;O
Obrigada por todo o vosso apoio e votos :) já atingimos e passámos as 1000 leituras :) *-* OBRIGADA!
(podiam ler a fanfic ‘Melody’ das @ThinkingOf1Direction ? Eu li um pouco e gostei :) ainda só vai no início, mas precisa de todo o apoio ;) se o fizerem eu e as raparigas da conta agradecemos ;D )
WE LOVE YOU ALL x0197985938528039523905932759358375 (o que é muito, btw) ]