I'm Sorry

Galing kay raiperosini

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Dois artistas. Um destino. Ele tinha o dom da música, a voz suave e rouca na medida certa, um sonho pelo qual... Higit pa

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Parte 2

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Galing kay raiperosini

2013

Jinyoung e Suri caminhavam um do lado do outro pelas ruas geladas de Seul, já era tarde e o inverno cruel castigava as poucas pessoas que também andavam por ali. Porém, aquele clima era perfeito para Jinyoung e Suri sabia todos os seus motivos e preferências.

– Se eu morrer de frio a culpa é toda sua, oppa – Suri reclamou, tentando aquecer as mãos nos bolsos do casaco pesado que usava.

Ainda assim, ela sentia que poderia congelar a qualquer momento.

– Não vai dizer que não valeu a pena sairmos para comer juntos? – Tentou fazer charme com a mais nova, sorrindo quando ela lhe mostrou as covinhas no alto das bochechas.

– A comida valeu a pena, mas o frio tá me fazendo esquecer qualquer pensamento positivo. – Ela estremeceu, praticamente sonhava com as cobertas quentes da sua cama.

– Mas e a minha presença? Não conta? – Jinyoung parou de andar e a garota fez o mesmo em seguida, sentindo a brisa cortante ajudar com a coloração do seu rosto, que já estava vermelho.

Suri não estava acostumada com esse tipo de atenção vindo de Jinyoung, mas no fundo sabia que se fosse qualquer outro ela não sairia do conforto de seu quarto e muito menos se esforçaria tanto para acompanhar o ritmo dele. Ela queria estar ali por e para ele, portanto, era coisa de outro mundo para a garota quando ele fazia perguntas como aquela, mesmo que ela soubesse que seu objetivo era uma massagem no ego. Talvez não fosse algo extraordinário, certo?

– A sua presença, Mr. Park Jinyoung, é o principal motivo pelo qual saí de casa esta noite. Me respeita – respondeu, tentando soar bem humorada depois de passar alguns instantes encarando os olhos escuros dele.

Jinyoung, diferente dela, estava branco como papel, escondido pela touca e cachecol, tão grosso que ela mal pode vislumbrar o sorriso dele, mas perdeu o fôlego quando ele estendeu sua mão em direção a ela. Suri perdeu mais alguns segundos encarando-o sem reação alguma, até que ele tirou o cachecol da frente de sua boca para que ela o ouvisse com clareza.

– A minha mão tá congelando e vai virar gelo se você não me der a sua – disse em um tom irritantemente persuasivo e ela, ainda hesitante, tirou a mão com a luva térmica do bolso e entrelaçou seus dedos aos dele.

– Você é impossível – sussurrou, o puxando para que andassem rápido.

– Que pressa é essa, jagi? – Ele riu, segurando firme a mão dela.

Coitado, mal sabia que ela não tinha intenção nenhuma de soltá-lo, mesmo ele sendo um projeto de criatura cruel e lindo ao mesmo tempo. Suri, na verdade, queria arrumar um jeito de extravasar toda aquela energia que impregnou nela em um piscar de olhos.

Os dois caminharam colados um no outro, conversando e rindo. Era como se o assunto entre eles não tivesse fim e pudessem passar a noite fazendo aquilo, mas algo chamou a atenção de Suri em uma das lojas de conveniência e Jinyoung percebeu.

A bendita máquina de pegar ursinhos.

– Você só pode estar de brincadeira. – Olhou para ela como se a acusasse de um crime gravíssimo e ela deu de ombros, olhando para frente e fingindo que não era com ela, mas ele a segurou.

Se olharam por um instante e ele sabia exatamente o que fazer.

– Jinyoung, Jinyoung... – Ela riu, cruzando os braços quando ele andou até a máquina e colocou uma nota. – Não me responsabilizo pela sua futura vergonha.

– Você nunca se responsabilizou – ironizou e ela lhe deu um tapa no braço, fazendo o mais velho olhar para ela com os olhos arregalados.

Drama e Park Jinyoung eram a mesma coisa, na concepção dela.

– É assim que você trata a pessoa que vai te dar aquele unicórnio de pelúcia? – Apontou para a máquina e os olhos dela foi direto para a tal pelúcia.

– Como você sabia qual pelúcia eu estava olhando? – Ela encostou as mãos no vidro, idêntica a uma criança de 4 anos, o que fez Jinyoung soltar um suspiro e focar na missão que era resgatar o ursinho para Suri.

Ele estava tão concentrado, que a garota nem ousou respirar perto dele, se afastando um pouco para contemplar o cenário todo. As garras foram bem posicionadas e antes que ele apertasse o botão, deu uma última olhada para ela, piscando.

A garra desceu, passou seus tentáculos metálicos pelo unicórnio, mas subiu vazio.

Aish. – Jinyoung fez uma careta e Suri gargalhou.

– Eu te falei! – disse escandalosa e tampou a boca em seguida, rindo da própria vergonha em plena rua.

Ela realmente parecia estar se divertindo e Jinyoung não conseguiu evitar um sorriso, colocando a mão na boca antes de dar as costas, fingindo ir embora, quando ela puxou o seu braço para trazê-lo de volta.

– Não fique bravo comigo, desculpa. – Fez bico e ele jogou a cabeça para trás.

Ele estava se esforçando para não sorrir, de fato, por isso tentou se recompor antes de encarar a garota novamente. Porém, foi mais forte que ele a vontade de segurar a mão dela e comparar o tamanho. A mão de Suri era tão pequena e em um ato de impulsividade, puxou a luva da mão dela, entrelaçando agora os seus dedos nus.

Jinyoung, então, foi atingido por uma onda de sensações: era quente, confortável e certo. Era inverno, mas Suri era como a primavera quente que derretia aos poucos o gelo em volta de seu coração.

Foi um momento curto, no entanto, já que ele levantou o olhar para ela que encarava suas mãos unidas um pouco aterrorizada. Será que estava fazendo aquilo errado? Será que ela sentia o mesmo que ele? Será que estava interpretando aquilo certo? Para Park Jinyoung, Min Suri era indecifrável.

Desistindo de tentar entender aquela situação, limpou a garganta e soltou a mão dela, colocando a luva de novo e tirando mais uma nota do bolso.

– Agora vai ou eu não me chamo Park Jinyoung – disse com determinação e Suri observou atenta a saga dele de pegar o famigerado unicórnio.

Fofo igual a você, era o elogio que Jinyoung guardava para si mesmo, mesmo quando falhou em pegar o bichinho mais uma vez e ela fez graça com a cara dele. A felicidade dela, portanto, fez tudo valer a pena e ele gostaria muito de retribuir ao menos um pouco do que ela vinha sendo na sua vida, mas não fora daquela vez que ela ganharia um presente.

Suri era especial e isso estava claro para ele.

Depois de seu pequeno vexame, decidiu levá-la para casa, que não ficava muito distante daquela rua. Todavia, os dois andaram devagar, Suri aqueceu as mãos de Jinyoung enquanto escutava as suas histórias com os amigos de banda. Ela sabia muito sobre ele, parte porque ele gostava de falar – e não era pouco –, mas para a sorte dele, ela também gostava de ouvir.

Mal perceberam quando pararam em frente a casa de Suri, na calçada, com as mãos dadas. Jinyoung não queria deixá-la ir e ela também não parecia querer a iminente separação, o melancólico momento em que ambos diriam boa noite e dariam as costas, dando fim a noite incrível que tiveram. Por isso, ele a puxou para os seus braços, mas diferente de um abraço, ele a guiou em uma dança com toda a sua habilidade teatral.

Suri sentiu o seu coração bater na boca e, mesmo com o frio, se sentia aquecida ao sentir o perfume dele tão de perto, mas sentiu que ia morrer quando ele começou a cantarolar All of me no seu ouvido. E o que antes eram murmúrios, viraram palavras.

What would I do without your smart mouth drawing me in, and you kicking me out – sussurrou, aquele mesmo tom que a fazia perder a cabeça.

Ele sabia, não tinha outra explicação. Jinyoung sempre foi esperto e observador o bastante para tirar vantagem de qualquer situação.

Então, ele fez uma pequena pausa e ela segurou a respiração em êxtase pelo que viria em seguida.

Got my head spinning, no kidding, I can't pin you down – a sua voz baixa um pouquinho rouca sumiu no final da frase e antes que Suri mandasse tudo para o espaço, Jinyoung fez a primeira coisa que ele não planejou aquela noite.

Ele a beijou como se não existisse mais ninguém no mundo que ele quisesse, ele a beijou como se o mundo fosse acabar a qualquer momento, ele a beijou como se nunca mais fosse vê-la.

E foi um beijo desesperado, intenso, como se fossem feitos para ficarem juntos e aquilo demorou uma eternidade para acontecer.

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