Coroa De Fogo - Livro 1 - Tri...

By JenniferGKS

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Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Pequeno atraso!
Obrigada!
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
500!!!
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 20
CHEGAMOS A 1000!
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Concurso Caneta de Ouro
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28 - Diário de Morgana Galiano
É 3K que está mostrando mesmo? 😱😱😱😱
Capítulo 29
Divulgação!
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Epílogo
Livro 2 e Agradecimentos
SEGUNDO LIVRO!!
BOOKTRAILER
GRUPO NO WHATS! 😱😱
VAMOS SER PUBLICADOS
@escritorajenniferkepler

Capítulo 19

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By JenniferGKS

John

Assim que adentrei a sala do trono, meu pai iniciou um longo discurso sobre a minha imensa irresponsabilidade por ter ido à Marina Azul e por ter trazido Scarlett comigo. Seus espiões fizeram um ótimo trabalho relatando meus passos. Escutei a tudo sem proferir uma única palavra. Aprendera a não me dirigir a ele enquanto estivesse em seu estado raivoso, já que o resultado nunca era favorável a mim.

Ele nem mesmo permitiu que minha mãe me abraçasse ou falasse comigo. Exigiu que eu falasse a verdade sobre Scarlett, insinuando que ela poderia estar carregando um filho meu. A cada frase que saía de sua boca, minha paciência diminuía mais.

Todavia, no momento em que Scarlett entra no salão, a expressão no rosto do rei vai do ódio à descrença. Ele parece estar vendo o impossível. Dessa vez, é a mim que uma raiva incontrolável invade assim que seus dedos tocam o rosto dela e preciso me conter para não afastá-los.

O interrogatório que segue não ajuda em nada a controlar meu humor. Assim que Scarlett é dispensada, começo a segui-la, mas, para meu azar, o rei possui outros planos em mente.

-Eu ainda não lhe dispensei, John. –Diz o rei.

-Preciso mostrar a Scarlett para onde deve ir. –Respondo simplesmente.

O impacto do encontro da mão do rei em meu rosto faz com que eu seja arremessado ao chão. Ouço o arquejo da minha mãe, mas para sua própria segurança, ela não pode interferir.

-Não ouse me dar as costas, garoto. Aparentemente, o tempo em que você permaneceu afastado da corte lhe fez esquecer as regras. Pois bem, irei refrescar sua memória. –Ele fala ao levantar meu corpo pela gola da camisa.

Meu pai me arrasta até uma pequena sala em seu escritório já bem conhecida por mim. Quando Malvino entra, prevejo o que acontecerá. O rei é covarde demais para bater em seu próprio filho, mas dispõe de capachos para fazer o serviço sujo. Após atar meus braços em uma corrente presa ao teto para que eu não revide, Malvino distribui socos pelo meu abdômen. Ele tem consciência das regras: nada de marcas que podem ficar aparentes.

O golpe dado pelo rei em meu rosto havia sido um descuido. Ele jamais deixava rastros de suas ações. Espancamentos se tornaram um hábito depois que completei doze anos. Todas as vezes em que ele julgava minhas ações não coerentes com suas ordens, encaminhava-me àquela sala. Isso sempre me levava a fazer todas as suas vontades sem questionar.

Passei a treinar e me exercitar o dobro de todos os outros soldados. Desejava ficar mais forte do que Malvino para poder retribuir seus favores. Foi aí que as correntes foram instaladas, já que havia quebrado o maxilar daquele capanga na primeira oportunidade.

Enquanto espero a dor chegar, sinto apenas o ódio e o ressentimento destinados ao meu pai aumentar. Meu corpo parece dormente depois de tantas surras recebidas. Ao se dar por satisfeito, o rei ordena que Malvino me solte.

-Será muito pior da próxima vez. É melhor você não me desafiar novamente. Acredite quando digo que os métodos utilizados pelo seu avô em mim eram muito piores e não esqueça que você deve zelar pelo bem-estar da sua mãe. –O rei fala próximo ao meu rosto. –Há serviço acumulado para você em seu escritório. Quero tudo pronto hoje mesmo. –Fala e se retira da sala.

Malvino o segue como um cachorro adestrado. Com dificuldade, caminho até meu escritório e desabo em um pequeno sofá. Uma criada entra com gelo e remédios para a dor antes de qualquer solicitação minha. Sei que é por ordens da rainha. Ela não podia interferir diretamente nas ações do rei, mas sempre encontrava uma forma de cuidar de mim.

Pelo resto do dia, permaneço lendo relatórios e fazendo resenhas inúteis. O rei não deixava sob minha responsabilidade questões realmente importantes. Apenas registros da arrecadação de impostos e progressão de obras em andamento. As constantes rebeliões que estavam ocorrendo pelo reino e o sumiço de jovens de suas cidades natais nem mesmo eram citados durante as reuniões.

Um par de olhos dourados toma conta da mente a cada vez em que fecho minhas pálpebras atrapalhando ainda mais minha atenção. Não tinha ideia do que ocorrera com ela depois de sair da sala do trono, mas tinha certeza de que Suzi cuidaria dela. O medo nos olhos da Scarlett pela aproximação do rei era palpável.

Desejava somente poder tranquilizá-la e lhe garantir que tudo ficaria bem. Porém, teria que manter o máximo de discrição possível. No momento em que meu pai descobrisse qualquer interesse meu por Scarlett, daria um jeito de afastá-la de mim.

No fim da tarde, quando meus olhos não conseguem mais distinguir as palavras nos papeis, decido sair do escritório. O palácio está tranquilo; dessa vez não seria realizada nenhuma comemoração pelo meu retorno ao reino.

Aparentemente, apenas o povo estava feliz com minha volta. Ao chegar no segundo andar, avisto Suzi saindo de um dos quartos e vou em sua direção. Quando me aproximo, ela assume uma expressão zangada.

-Você me prometeu que cuidaria dela, John. –Ela diz em tom de reprimenda e depois arregala os olhos ao notar o inchaço em meu rosto. –Ele bateu em você novamente? –Questiona.

-Isso não tem importância agora, Suzi. O que aconteceu? Onde ela está? –Pergunto, sentindo o nervosismo aumentar.

-Ela está bem. Luke a encontrou no meio do jardim. Está com alguns machucados nas mãos, mas já fizemos curativos. Deixei-a há alguns minutos para que descansasse. Seu pai designou o antigo quarto da princesa Cecília para ela. –Suzi explica.

Antes que ela me proibisse, sigo apressadamente para o antigo quarto de minha irmã no final do corredor. Entro sem nem ao menos bater e procuro Scarlett pelo cômodo, encontrando-o na sacada. Ela está debruçada na mureta com o vento balançando seus cabelos. Não demonstra perceber minha entrada, por isso vou até ela e me permito admirá-la por alguns segundos.

-Acreditava que essa paisagem não poderia ficar mais bonita. Ao que tudo indica, eu estava enganado. –Digo, fazendo-a se virar bruscamente para mim.

Scarlett me encara sem pronunciar qualquer palavra. Seus olhos aumentam levemente de tamanho ao notar a lesão no meu maxilar no lado esquerdo da face.

-Você andou brigando, Alteza? –Pergunta com sarcasmo.

-Não, mas você parece que socou alguém ou alguma coisa. –Digo, indicando suas mãos enfaixadas.

-Foi um acidente. –Responde tentando esconder as mãos atrás de si.

-Imagino. Isso também foi. –Falo indicando meu rosto.

Ela parece aliviada por eu não insistir no assunto. Parando ao seu lado, observamos o pôr do sol. Ficamos em um silêncio tranquilo por alguns instantes.

-Minha mãe construiu esse jardim em comemoração ao nascimento da minha irmã. É o preferido dela. –Digo.

-É realmente muito bonito. Não sabia que você tem uma irmã. –Scarlett responde.

-Tenho. Chama-se Cecília. Irá completar dezoito anos no próximo mês. Está enlouquecendo a todos com os preparativos. –Falo e não consigo conter o sorriso que brota em meus lábios.

Scarlett sorri comigo e encaro seus lábios por mais tempo que o necessário. Sem perceber, começo a me aproximar dela. Ela parece congelada no lugar quando nossos olhos se encontram.

Entretanto, quando me curvo sobre ela, sinto uma pontada de dor no abdômen e acabo colidindo minha cabeça com a sua. Ela cambaleia e tropeça na cadeira que está atrás de si.

Em um reflexo para não cair, Scarlett segura em minha camisa e acaba me puxando consigo. Caímos os dois no pequeno espaço da sacada e eu fico por cima de seu corpo.

O único som que consigo ouvir é o de sua respiração. Seu olhar alterna entre meus olhos e meus lábios. Depois de alguns segundos, Scarlett fecha seus olhos e percebo que isso é autorização suficiente para eu fazer algo que desejo desde que a vi pela primeira vez.

No momento em que nossos lábios estão apenas a alguns centímetros de distância, uma risada estridente soa, vinda de dentro do quarto. Os olhos de Scarlett se abrem e seu rosto enrubesce instantaneamente.

Nunca senti outro sentimento que não fosse carinho e amor em relação a minha irmã. Mas, naquele instante, eu queria matá-la.

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