Esse capítulo pode ser um pouco pesado.
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Taehyung acabou resolvendo me levar em casa, Jin havia retirado os pontos, mas deixou claro que eu deveria evitar esforços, afinal a parte interna não cicatrizava tão rápido.
Depois de dizer a Taehyung que eu sabia tudo, o clima entre nós ficou bem melhor, ele parecia menos tenso a minha volta.
— Chegamos — ele parou o carro um pouco antes do meu prédio — tente não se meter em mais problemas.
— Eu vou tentar — sorri fraco.
— Me dá seu celular. Vou te dar meu número, só por segurança.
Lhe entrego o telefone, Taehyung digita rápido e me devolve.
— Salvou seu contato como TaeTae?— sorri erguendo a sobrancelha — e toda a história de" manter distância e não estragar tudo?"
— Só fala comigo em caso de emergência, nada de mensagem de bom dia.
— Ok — peguei minha bolsa — se cuida também.
— Pode deixar — se manteve sério.
Desci do carro, olhei uma última vez para o carro antes de seguir para meu prédio. Aqueles dias ao lado dele mais pareceram uma eternidade.
Enquanto subia as escadas, senti um pequeno desconforto, não era nada fora do esperado. Prendi a respiração quando entrei no apartamento, por pior que as vezes aquele lugar pudesse ser, era a minha casa.
— Hana? — minha mãe pareceu surpresa.
— Esqueci de avisar que voltava hoje — sorri fraco — senti saudades.
Minha mãe ainda tinha o corpo esguio típico das bailarinas, seus cabelos estavam num corte chanel e seu rosto continuava jovial. Ela faria 38 anos em alguns meses e eu me perguntei se eu era o maior arrependimento dos seus últimos 20 anos.
— Eu também — Não parece — você saiu sem dar notícias.
— Foi de última hora, você e o appa estavam brigando, eu precisava de um tempo.
— Seu pai está sempre reclamando — massageou as têmporas — nunca está satisfeito.
— Por quê ainda estão juntos? Eu já sou grande o suficente, não precisam continuar por minha causa.
— É complicado — engoliu em seco.
Eles ficaram juntos porque minha mãe estava grávida, mas foi uma decisão dos dois. Ninguém os obrigou a se casar ou ficar comigo, se qualquer coisa deu errado, a culpa era deles.
— Vocês dois são jovens, ainda dá tempo de mudar de idéia.
— Está diferente — franziu o cenho — o que fez nesses dias fora?
Quase morri.
— Acho que comecei a abrir os olhos para algumas coisas.
***
Minha mãe saiu para trabalhar, eu ficaria sozinha em casa até a noite. Por um momento senti falta de Jungkook, se estivesse na casa de Taehyung, nós estaríamos jogando vídeo game.
Meu celular vibrou e eu deixei de lado o livro que tinha em mãos.
Seon Woo: já está em casa?
Hana: Estou.
Seon Woo: posso ir aí?
Mordi o lábio, tudo o que eu não queria era uma briga.
Hana: só se prometer que estará sóbrio.
Seon Woo: eu prometo.
Hana: Ok.
Ele não demorou a chegar, abrir a porta e deixei que entrasse. Seon Woo tinha duas rosas em mãos. O cheiro dele estava incrivelmente bom.
Ele até mesmo tinha se barbeado e usava uma camisa polo preta. Por um momento, aquele era o cara que eu conheci tempos atrás, o que não seria capaz de me machucar.
— Senti sua falta — me entregou as rosas — estou tão arrependido por tudo.
— Devia estar mesmo — mordi o lábio.
Coloquei as rosas num copo com água e voltei para a sala. Seon Woo parecia hesitante, quase um cachorrinho arrependido.
— Vai ficar tudo bem entre nós, não vai? — sua mão acariciou meu rosto — eu não quero perder você.
— Seon...
— Eu amo você — ele me selou, seu polegar acariciava minha bochecha — eu prometo, até paro de beber se você quiser.
[ coloquem a música da multimédia]
Eu era incapaz de evitar, ele parecia tão sincero e arrependido. Meu cérebro estava ignorando todos os momentos ruins.
— Não me decepcione de novo.
Ele me beijou, seus lábios sabiam exatamente qual caminho seguir. Sua mão me mantinha perto e tudo entre nós pareceu se encaixar.
Seon Woo estava no controle, ele sempre estava. Uma de suas mãos apertou meu seio enquanto seus lábios beijavam meu maxilar.
— Você é uma garota tão boa — susurrou enquanto trilhava beijos por meu pescoço — é por isso que gosto de você.
O mundo parecia estar um pouco distante, minha pele formigava mais tudo estava rápido demais.
— Calma — eu segurei suas mãos antes que ele puxasse meu short — nós nem conversamos.
— O que mais você quer? — sua mão segurava meus cabelos de maneira firme deixando meu pescoço exposto — continua sendo minha garota.
— Continuo mas você...
— Nós dois sabemos que você nunca reclamou — seus dedos facilmente deslizaram sob minha roupa.
Prendi a respiração quando ele acariciou aquele ponto específico. Fechei os olhos tentando me concentrar, por que eu estava tão desconfortável?
— Ninguém vai te amar como eu — ele me beijou, mordendo meu lábio inferior — você é minha.
Sua mão continuava me estimulando, eu estava um pouco ofegante.
— Diz, Hana — seus lábios fizeram caminho até minha orelha — que outro homem te toca assim? Quem te ama assim?
Eu não conseguia responder, apenas sentir tudo, ele me beijava de forma intensa e quando se inclinou sobre mim, eu senti sua mão descendo meu short.
— Não — eu lhe parei — você sabe o que aconteceu da última vez.
— Amor, fazem meses — olhou em meus olhos soando calmo — vai ser diferente.
" Ele está manipulando você. "
— Eu não quero — engoli em seco — me dê mais tempo.
— Assim eu vou me cansar — beijou meu maxilar — você pode aguentar, está apenas sendo medrosa.
— Sempre faz isso — eu me afastei — não sabe ouvir um não?
Seon Woo se afastou parecendo irritado, eu suspendi meu short e o fechei.
— Vem me dizendo não, a meses — bufou — acha que um homem pode aguentar isso tudo?
— Se me amasse, esperaria o tempo necessário.
— Está muito insolente, quem te influenciou? — ele segurou meu rosto — sua amiga? Talvez nem seja uma amiga.
— Não importa, eu estou dizendo que não vou transar com você — esbravejei — agora me solta.
— Acha que vou esperar pra sempre? — me jogou no sofá — eu estou farto das suas desculpas, não venha bancar a puritana, nós sabemos a vadia que existe dentro de você.
— Sai daqui — eu me encolhi.
— Acha que eu esqueci como você gemia quando eu estava te tocando? — seu tom me dava medo — devia me agradecer por ser tão paciente — seus dedos acariciaram meu braço — Você não merece nenhuma compaixão, Hana.
Como ele podia falar assim comigo? Justo eu que sempre o aguardei.
— É só isso que sabe fazer não é? — funguei — me humilhar sempre que é contrariado. Talvez eu deva te deixar.
— Não teria coragem — ele riu me pegando pelo braço — precisa compensar todo tempo que eu gastei com você. Acha que vou deixar você se entregar pra outro?
Eu estava tremendo.
— Eu te odeio! — dei um tapa em sua mão fazendo-o me soltar — Não quero te ver nunca mais.
Seon Woo tinha ultrapassado todos os limites, eu não seria capaz de perdoar aquilo.
— Até parece. Sua fraqueza vai te fazer me procurar de novo — ele acertou um tapa em meu rosto — você sempre volta, como uma boa garotinha.
— Não dessa vez! — eu lhe acertei um tapa no rosto.
Seon Woo pareceu se enfurecer, ele apertou meu braço com força, me puxando para a borda do sofá. Senti sua mão estalando contra mim, minha bochecha ardeu.
— Vai se arrepender disso — me jogou com força no chão e eu me encolhi devido a dor que se espalhou por meu abdômen, eu tinha caído de barriga no chão — eu vou fazer você rastejar atrás de mim.
Ele saiu do apartamento enquanto eu ainda chorava encolhida no chão. Quando consegui levantar, tranquei a porta e peguei meu celular.
Liguei para Taehyung de maneira desesperada, ele só atendeu na segunda vez.
" Já está com saudades?" Disse num tom divertido.
— Tae...Taehyung, eu...— eu me encolhi, tudo doía de verdade.
" O que aconteceu? Por que está chorando?"
— O Seon Woo veio aqui — solucei — ele me bateu, você tinha razão.
" Desgraçado! Tenta se acalmar, como você está?"
— Eu estou me sentindo mal — a dor me dava vontade de vomitar, mas me contive — tenho medo de que os pontos tenham de aberto dentro de mim.
Eu tremia de medo, se algo tivesse se aberto dentro de mim, eu teria uma hemorragia interna, talvez já estivesse tendo uma.
" Eu vou buscar você, tenta aguentar até eu chegar" soou preocupado.
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Parece que agora a Hana acordou...
Eu sempre coloco um apelido nas fics, mas nessa está difícil.