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By aladdinoficial

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O que fazer quando você é um cara gay preso no armário, incompreendido no colégio, e ainda se apaixona pelo s... More

IMPORTANTE
BOOK TRAILER
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
BOOK TRAILER 2
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
OI TURMA, AQUI É O ALADDIN (VÍDEO)
CONVOCANDO TODAS AS VADIAS
LIVRO NOVO
INSTA

Capítulo 91

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By aladdinoficial

O beijo de Sam é suave. Seus lábios grandes e rosados contém um leve gosto apimentado de álcool da bebida de algumas horas. Passo minhas mãos por suas costas largas enquanto ele consegue prender todo meu corpo com seus braços fortes. Já fazia algum tempo que eu não beijava desse jeito.

Já estava anoitecendo. Faziam alguns (longos) minutos que nós dois havíamos fugido do bar. Barbie tinha um sorriso malicioso, Felipe uma cara nada haver, e Luca não se despediu.

Sam me arrastou até uma rua por trás do estabelecimento. Havia um desses becos vazios, que tem um corredor comprido e uma curva para um local sem nada. Estávamos nos pegando ali mesmo. Sam não fez questão de puxar mais papo, assim que chegamos ele me imprensou contra uma parede e colou sua cintura com a minha. Senti meu pau lutar contra minha calça assim que o beijo quente se iniciou, cheio de língua e saliva.

– Você tem cheiro de morango. – Ele me abraça forte e suspira contra o meu pescoço.

Abro um sorriso. Aquela sensação era muito boa.

– E você de... – Tento pensar no que ele tem cheiro. – Sexo.

Sam me encara com quele sorriso travesso. Nossas bocas se chocam em cheio mais uma vez fazendo uma grande sessão de movimentos. Sinto a palma da mão dele apertar minha bunda com força. Enfio minha mão dentro de sua camisa sentindo o volume do abdômen. Eu poderia ficar naquilo pelo resto da noite.

– Acho que vou pra casa agora. – Falo quando tudo se tranquiliza novamente. Nossos corpos ainda estão abraçados. – Preciso trabalhar amanhã cedo.

Sam afasta um pouco o rosto para me observar.

– Vai querer voltar no bar?

– Não, provavelmente eles já foram pra casa também. Eu pego um táxi.

Sam me observa malicioso. Suas mãos acariciam meus braços por cima da camisa social.

– Eu não preciso voltar pra casa hoje...

Ah! Eu havia entendido tudo. Não consigo não sorrir para sua provocação, nem deixar de me ficar tentado, mas eu não podia ser tão impulsivo, podia?

– Hum, eu não sei... – Comento. – Eu meio que, sei lá, não sei se devo fazer isso ago...

Sam desliza a palma de sua mão devagar até minha barriga, e depois até a minha calça. Ele aperta o volume do meu pênis com força, fazendo com que eu perca o ar por alguns segundos.

– Não sabe se deve? – Ele aproxima seu rosto do meu, fazendo com que nossos lábios estejam praticamente colados.

Aquilo era golpe baixo!

– Ok! Quer ir lá pra minha casa? – Disparo.

(...)

No dia seguinte, encontro Barbie no horário de almoço. Saio apressado da Palmer até o pequeno restaurante da esquina que já havíamos nos visto algumas vezes naquele ano. Quando entro pelas portas a vejo tirando foto com uma menina perto de uma pequena mesinha para dois. Espero os flashes terminarem para me aproximar.

– Você é ainda mais bonita pessoalmente. – A menina fala animada.

Barbie dá um sorrisinho esnobe.

– O que você quer dizer? Que minhas fotos são feias?

A menina parece um pouco sem graça, mas dá uma risada.

– Não, claro que não! É só que, sabe, você não é como a Angelina Júlia que pessoalmente não era grandes coisas.

Barbie se enche de alegria ao ouvir aquilo, logo depois se despede da pequena fã com um beijinho.

– Acho que alguém teve uma noite quente ontem! – Ela abre um sorriso malicioso quando me vê chegando.

Nos sentamos na mesinha e ela trata logo de cruzar suas pernas elevando a ponta de seu vestido branco. Reviro os olhos, mas não posso deixar de sorrir também.

– Como você sabe? – Pergunto.

– Simples, você está brilhando! É o que sexo de qualidade faz com as pessoas. Aliás, já faz um tempinho que eu não...

Não sei se quero ouvir aquilo.

Barbie pede uma salada verde e eu resolvo comer o mesmo. Por incrível que pareça eu não me sentia esfomeado hoje.

– Aliás, você foi bem sutil ontem. – Ironizo. – Obrigado.

Barbie lança suas mechas vermelhas para trás dos ombros.

– Você deveria estar me agradecendo por descolar aquele homem para você. Ele estava na sua desde aquele final de semana e você dando mole.

– Ah é? – Penso naquilo por um momento, mas logo volto ao meu estado bravinho. – Mesmo assim, que cena foi aquela no bar? Precisava de tanto?

– Eu só estava sendo sincera. – Ela sorri. – Já que o casal eu mais Sam não pode acontecer por motivos de eu não ter um vibrador no meio das pernas, vocês são a segunda melhor opção.

Dou risada, mas me sinto culpado.

– Mas você foi bem desnecessária com o Felipe, e também tinha o...

– O Luca? – Ela completa com cara de esperta.

Desvio o olhar.

– Ele estar lá para ver tudo foi um bônus. – Ela implica. – Qual é Olizinho? Depois dele ter feito você ver ele com o Peter durante todo aquele tempo, ele bem que mereceu sentir uma pancada de ciúmes. E olha que ele sentiu, viu?

Eu sabia que ela chegaria naquele ponto em algum momento, mas eu não queria ficar pensando em Luca e nem nele com ciúmes. Eu não estava tentando fazer ciúmes em ninguém! Não, não estava mesmo...

A salada chega pouco tempo depois. Verifico o meu celular e vejo que ainda tenho tempo para voltar ao trabalho.

– O casamento real é semana que vem. Já alugou seu terno?

Dou uma risada debochado. Eu não precisava que ela me lembrasse do casamento de Alexandre e Teresa, só se ouvia isso na empresa durante todos os últimos dias.

– Na verdade ainda não, estou pensando em fazer isso ama...

– Que bom, porque eu já aluguei pra você! – Barbie fala por cima.

Reviro os olhos e ela dá uma risada convencida.

– É cinza prateado, e a gravata rosa bebê para combinar com o meu vestido.

Eu já devia imaginar...

– E você vai? – Pergunto para preencher tabela.

Barbie levanta as sobrancelhas como se aquilo fosse óbvio.

– Alexandre e Teresa me convidaram, os próprios! Eles sabem que eu sou sua melhor amiga, acha mesmo que iriam me deixar de fora? O fato de eu ser uma celebridade só dá mais destaque para o casamento deles.

Assinto com a cabeça. Aquilo soava esnobe, mas era verdade.

– Além do mais, aproveitei para alugar seu terno ontem a noite enquanto comprava minha roupa para o exorcismo.

Bebo um pouco do suco de morango que havíamos pedido de acompanhamento.

– Barbie, você tem certeza que essa é uma boa ideia? Acho que poderia cancelar esse negócio doido e terminar com essa loucura.

– Cancelar? E quanto a réplica da camisola caríssima que a Linda Blair usou no filme do exorcismo que eu já encomendei na internet? Eu simplesmente peço para cancelarem o envio?

Suspiro cansado.

– Além do mais, ontem a noite eu tive um pesadelo onde eu desfilava por uma passarela gigante e do nada tomava um tombo. Quando eu olhei para trás a MSK estava lá em pessoa! Ela que havia segurado meu pé com sua mão de fã pisoteada.

Engulo o último pedaço de tomate me dando por vencido. Se Barbie queria ser exorcizada, então que fosse! Não seria a coisa mais estranha que eu já havia presenciado. Pelo menos não a última.

(...)

A semana passa correndo, e com ela os dias de outono.

Era uma bela tarde de quarta-feira. O céu estava azulado, sem nuvens. O terno que Barbie havia alugado para mim era mesmo bonito. Ele tinha se adequado perfeitamente aos meus músculos e acabei descobrindo que rosa bebê combinava comigo.

Estávamos parados em frente a um banco comprido de madeira arroxeada. Barbie e eu. Ela usava um vestido de saia rodada que continha uma gola rolê no pescoço. Seus fios ruivos presos em um coque meio desmanchado. Atrás de nós e também do nosso lado, as poucas dezenas de convidados permaneciam ansiosos. Todos perfeitamente arrumados, com seus bolsos cheio de dinheiro e oportunidades.

Eu podia ver Alexandre sempre que olhava para frente. Ele estava extremamente perfeito em seu terno totalmente branco e seus cabelos dourados alinhados. Apolo estava ao lado dele, e a única coisa que os diferenciava essa tarde era a cor de suas vestes invertidas. Minie juntava as mãos de tanta felicidade do outro lado em seu visual de madrinha especialmente elegante, e um pouco mais abaixo eu reconheci a família Palmer. Todos pareciam felizes hoje.

Todos os convidados concentraram sua atenção para o início do tapete silvestre que foi colocado no centro da tenda ao ar livre. Estávamos em um gramado verde intenso de um parque que eu nem conhecia de tão chique. Teresa surge acompanhada de um homem mais velho que se parece muito com ela. Seu vestido branco é curto, acima dos joelhos. Ele tem alguns detalhes que o fazem parecer muito natural, assim como seus cabelos escuros soltos até os ombros com uma guirlanda de flores brancas por cima. Ela parece uma dessas fadas do bosque de contos de fadas.

– Podia ser você naquele vestido... – Barbie me dá um cutucão. – Mas você não quis cooperar.

A silêncio com um olhar irritado.

Teresa faz sua grande entrada deixando um rastro de perfume. Alexandre a recebe como o homem mais feliz do mundo no palco e o padre começa a celebrar a união. Algum tempo depois o pequeno Roni surge no começo do tapete com seu terninho fofo e olhos azuis cintilantes. Ele entra carregando o par de alianças meio sem jeito, como se não ligasse de estar ali. Todos exclamam um "aaawwwnn" (até mesmo eu) e depois de um beijo bonito tudo termina.

A festa acontece depois em um jardim decorado. Como eu já havia imaginado, eles investiram em uma comemoração básica, porém elegantérrima. Era a combinação perfeita de um pouco de Alexandre com Teresa. Assim que chegamos ao lugar exótico, Barbie é observada por vários homens com interesse, assim como por algumas mulheres enciumadas. Minutos depois ela está envolvida em uma roda de possíveis fãs e pretendentes e eu vou dar uma circulada.

O mais novo casal não para de ser parabenizado bem no centro do jardim. Uma fonte maravilhosa jorra água iluminada atrás deles, e uma parede de flores excêntricas os cerca de todos os lados. Me aproximo aos poucos, dando tempo aos convidados.

– Oliver! – Teresa exclama assim que me vê. Ela se aproxima depressa e nos abraçamos com entusiasmo. Fazia um tempo que já não a via.

– Você está perfeita! – Dou um sorriso.

Ela me abraça novamente muito feliz e é como seu eu fosse abençoado com toda aquela alegria.

– Vamos conversar mais depois, só preciso dar atenção para umas tias agora. – Ela fala como se estivesse cansada e eu dou risada. – Você sabe... família! – Ela se afasta com um pulinho animado.

Miro meus olhos em Alexandre a poucos passos. Ele tem um sorriso debochado em minha direção.

– Uau! – Digo. – Então você é oficialmente comprometido agora. Como se sente?

Ele se aproxima de braços abertos e trocamos um aperto cheio de sentimento. De verdade, eu estava feliz por ele, por que um de nós tinha encontrado o caminho certo dessa vez.

– Fico muito feliz que você tenha vindo, significa muito pra gente. – Alexandre olha para Teresa que está conversando com umas mulheres mais velhas. Roni está fazendo careta no colo de uma delas.

– E eu de ter vindo. – Falo sincero. – Foi tudo maravilhoso, e você merece!

Trocamos outro sorriso. Alexandre parece notar alguma coisa atrás de mim, pois seus olhos cristalinos se estreitam e ele dá uma risadinha.

– Luca! Que bom que veio! – Ele comenta do nada e eu tomo um baita susto quando olho para trás.

Luca está mesmo aqui, em pessoa. Ele está usando um terno preto com gravata prateada. Suas ondas livres penteadas para os lados.

Eu não consigo entender. Ele se aproxima totalmente tímido e troca um abraço com Alexandre.

– Eu convidei ele. – Alexandre acha graça da minha ignorância com o momento.

Balanço a cabeça ainda sem entender nada. Luca me encara com aqueles olhos profundos. Ver ele e Alexandre assim tão perto, ao lado do outro... Aquilo era assustador!

– Na verdade eu procurei o Alexandre aquele dia em que a gente se encontrou na Palmer, depois que eu conversei com você sobre o Peter. – Luca começa a falar. – Pra resolver aquele conflito antigo idiota, pedir desculpas. Já não tinha por que levar aquilo pra frente.

Alexandre assente com a cabeça. Ele parece animado.

– Não é mesmo? – Ele dá risada. – Acabou que no final nós dois ficamos sem você!

A sinceridade nivelada com deboche de Alexandre ainda me pagava de surpresa. Tento sorrir para disfarçar o constrangimento.

– Ok, fiquem aí conversando que eu preciso falar com alguns sócios, nem no meu casamento eu estou livre do trabalho. – Alexandre ajusta a gravata e sai pelas laterais deixando nós dois cara a cara.

Deposito minhas mãos nos bolsos assim como Luca já fez. Avalio ao meu redor procurando Barbie, mas ela não está a vista. Luca também analisa o jardim e as pessoas a nossa volta. Não era mais tão fácil começar uma conversa como já foi um dia.

– O Sam não quis vir? – Luca quebra o silêncio. Ele ainda parece na defensiva.

– Eu não sei o que a Barbie te falou, mas a gente não está namorando. – Sorrio me lembrando da noite no bar.

Luca assente com a cabeça. Ele também dá um sorriso.

– Claro, eu só pensei que, sei lá... vocês pareciam bem juntos.

Ok, aquela não era a melhor das conversas! Um garçom bonito passa com uma bandeja de bebidas. Luca e eu pegamos uma taça borbulhante. Começamos a andar por entre as pessoas, bem devagar. Todo o clima do lugar era sereno, o fim de tarde se aproximando aos pouquinhos.

– Na verdade eu vim com a Barbie, mas ela ficou perdida por aí assim que o casamento acabou.

Luca dá um sorriso.

– E o Felipe? Não está aqui?

Nesse momento aceno para Kaysar e Dênis mais adiante. Eles estão bem trajados assim como seus pares em uma conversa amigável.

– Eu tentei o convencer a vir, mas ele disse que estava trabalhando em um caso importante hoje, que não dava pra faltar. – Sinto de verdade por não tê-lo aqui com a gente. – Pareceu bem misterioso.

Chegamos ao extremo de um canteiro de rosas. Consigo ver algumas abelhas sobrevoando tranquilas por todos os lados.

– Eu tenho saudade, sabe? Da gente saindo junto, nós três. – Luca comenta. – Como no começo da faculdade, apenas pra passar o tempo e conversar sobre nossas vidas idiotas.

Acho que eu também sentia saudade daquilo. Penso em responder, mas nesse momento sou atingido por um abraço inesperado. Carol Mibeja está vestida de abelha, literalmente! Seu vestido é curto, com listras amarelas e pretas, e ela tem asinhas penduradas nas costas, assim como antenas na cabeça.

– Passarinho! – Ela exclama.

Benedita Lacosta vem logo atrás com seu visual elegante e sua taça de champanhe sempre cheia.

– Cuidado! Ela está meio elétrica hoje. – Benedita me avisa.

Aquilo não era novidade. Cumprimento Carol com algumas palavras amigas até ela notar Luca ao meu lado. Os olhos dele parecem meio assustados.

– Esse é o outro passarinho que roubou seu coração? – Ela me pergunta. – Ele é realmente uma graça, um girassol flamejante! Você não acha, Benê?

Coro de vergonha, assim como Luca. Benedita se aproxima e pega um dos braços de Carol.

– Ela misturou umas bebidas hoje, não liguem.

Dou uma tossida para limpar a garganta.

– Na verdade não somos namorados. – Falo. – A gente é só...

Deixo a frase sem terminar. Olho para Luca pedindo reforço, mas ele também parece confuso sobre aquilo.

– Bem, vocês deviam sair qualquer hora dessas. – Carol dá um sorriso grande. – Ficariam lindos jun...

– Agora a gente já vai! – Benedita começa a caminhar com a amiga para longe. – Até mais Oliver. – Ela olha para Luca sem saber o que dizer. – E você também!

As duas saem da nossa visão e logo Luca me encara com uma questão estampada na testa. Bebo um pouco do meu champanhe negando com a cabeça. Eu também não tinha entendido nada.

– Sabe, ela não está errada. – Luca prova sua bebida.

O encaro de sobrancelhas arqueadas.

– Não sobre nós dois como um casal, claro... – Ele estreita os olhos. – Mas sobre a gente sair junto, como amigos.

Amigos. Essa era a palavra que eu não havia conseguido falar. Talvez porque eu ainda não estava certo sobre aquilo.

– O que você me diz? – Luca encara o canteiro de rosas. – A gente podia sair esse sábado, igual a gente fazia antes. – Ele dá um sorrisinho meio triste. – Apenas pra bater papo, dar risada... – Seus olhos me encaram agora. – Sei lá, pra tentar deixar as coisas mais normais entre a gente.

Suspiro, lentamente. Eu entendia o que ele queria dizer. Havíamos estabelecido uma trégua a algum tempo, mas o clima entre nós ainda era estranho. Era chato, sempre que estávamos juntos, mesmo com outras pessoas, aquilo sempre era do mesmo jeito.

– Hum... – Murmuro. – Sábado, antes do exorcismo da Barbie... – Encaro os olhos azuis. – Acho que eu tenho um tempo sim.


[Obrigado por ler]

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