O ano letivo começou e todos os estudantes voltaram às escolas, muitos gostam, porém, outros nem tanto, como é o caso do nosso protagonista.
Era um dia nublado e bem agradável na verdade. O dia não estava nem quente, nem frio, às vezes caíam gotas de chuva no carro onde nosso protagonista estava com seu pai.
Eles iam ouvindo o rádio do carro e falando besteiras aleatórias. Eram a imagem perfeita de pai e filho, um pai na meia idade por volta dos quarenta e cinco anos, talvez. E um filho entre os seus 16-17 anos.
O pai era um policial rígido na maior parte do tempo, mas muito bondoso e atencioso com seu filho.
Já filho era muito inteligente e perspicaz desde pequeno. Na maior parte do tempo, se mantendo mediano, sem chamar a atenção e sem se envolver em problemas.
Apesar de ambos estarem sorrindo, havia uma certa mágoa ou um certo ressentimento alí escondido entre aqueles sorrisos no carro.
- Edris, está animado para o primeiro dia?
- Sim pai, vou rever meus amigos depois de um bom tempo.
- Bom, chegamos filho. Tenha um bom primeiro dia de aula!
- Tchau pai, tenha um bom dia no trabalho.
Ele desceu do carro e foi em direção aos portões da escola. Poucas pessoas estavam por alí, muitos delas estavam caminhando com pressa, pois estavam atrasados, muito provavelmente as suas aulas já haviam começado.
Ele não sabia em qual sala iria estar esse ano e como era em alguma que começava com trezento, só podiam ter três possibilidades. Então adentrou os portões e resolveu procurar a correta.
Desbravando a escola, em busca sua nova sala de aula, ele teve vontade de ir até o banheiro. Pensou que um minuto á mais ou menos não ia fazer muita diferença no atraso.
Porém, em um corredor aleatório, se deparou com uma garota muito bonita próxima da entrada do banheiro masculino, mas ele já a conhecia muito bem. Ela implicava com ele sempre que podia, muitas vezes até mais que isso, contudo, ela não era má pessoa, apenas exagerava um pouco nas brincadeiras de mal gosto.
- Eai bonitão, tá atrasado pra aula hein. Veio me ver antes da aula começar?
- Claro que vim, estava morrendo de saudade de você.- Edris resolveu ser sarcástico e seguir em frente, porém, ela pôs a mão no seu peito e o impediu de passar:
- Se eu fosse você, iria á outro banheiro.
- Se eu fosse você, eu tirava a mão do meu peito e sairia da minha frente, Júlia! - O olhar de Edris mudou imediatamente, ele imaginou que poderia estar acontecendo algo errado no banheiro, ele á empurrou e imediatamente entrou no banheiro.
Lá estavam quatro garotos, era perceptível que três deles estavam importunando um que já estava com o nariz sangrando.
- Júli...- Um dos três mal olhou para trás quando foi imediatamente atingido por um soco de Edris!
- Edris, você tá maluco de me acertar?! - Caindo para trás ele indagou.
- Marlon, Se tu tiver coragem, vêm que eu te acerto de novo. Tão cedo e vocês já estão arrumando confusão?
Edris começou a bater nos dois rapazes que se aproximaram. Primeiro ele deu um soco no estômago do garoto que estava mais perto e depois o jogou em direção ao outro que foi correndo como um louco para acertar a face de Edris, mas foi rapidamente interrompido com um chute súbito no rosto.
Edris é filho de um dos policiais mais perigosos da cidade, então é óbvio que ele sabia se defender sozinho.
Apesar dos bullies terem apanhado, eles não estavam se movendo em retalhação, pois todos sabiam muito bem quem era o pai do Edris, um policial que era lider sua própria facção corrupta da polícia.
Após algum tempo eles se encararem, Júlia entrou correndo no banheiro e gritou.
- Pessoal, tem um professor vindo! Vamos!- Após dar o recado Júlia se apressou e foi a primeira a sair de perto deles. Logo depois dela foram os três, mas não antes de ameaçarem.
- Edris, você sabe que isso não acabou, em algum momento você não terá o seu papaizinho te protegendo. - Falou Marlon se apressando ao máximo que podia. Ele era o mais enfurecido dentre os três, mandava na escola, não havia ninguém além de Edris que tivesse coragem de dar um soco e agora esse rapaz claramente mais jovem bateu neles mais uma vez. Todos tinham certeza que a confiança que Edris tinha vinha de seu pai, mas não sabiam que o pai nunca o ajudará a resolver qualquer conflito, toda sua coragem vinha de si mesmo
Após o três sairem imediatamente chegou um professor.
- Garotos, aconteceu alguma coisa? Vocês estão bem?
- O Dimmy está mach-Edris tentou falar, mas foi imediatamente interrompido pelo Dimmy.
- Sim, senhor! Nós estamos bem. Eu só caí e eles me ajudaram. - Dimmy estava agachado pegando seu óculos de uma forma que foi difícil ver o seu rosto, mas foi fácil ver as lágrimas que caíram no chão.
O professor se enfureceu e saiu do banheiro, indo em direção á diretória.
Edris olhava Dimmy parado em frente ao espelho.
- Voc- Ele tentou falar, mas Dimmy o impediu.
- Você poderia me deixar um pouco sozinho? Pra lavar meu rosto e me recompor. - Dimmy estava fingindo um sorriso, Edris ficou irritado com ele por um momento, mas passou.
- Ok. Eu vou atrás deles, eles serão supensos pelo menos por alguns dias. - Edris saiu.
No banheiro Dimmy ficou um bom tempo se olhando no espelho e murmurando algo, até que de repente, ele deu um soco no espelho.
Enquanto isso, Edris estava á procuras dos quatro, porém, nesse momento ele sentiu um sentimento esmagador. Ele não sabia o que era e começou a correr o máximo que pôde em direção á saída, mas após ter posto um pé fora da escola, uma coisa aconteceu.
Naquele instante em que Dimmy estava com a mão sangrando, Edris estava eufórico indo em direção á saída tudo começou a ficar lento até parar por completo.
Enquanto tudo estava parado um círculo azul gigantesco estava em baixo de toda escola, todas as pessoas que alí estavam sumiram junto com o círculo.
Essa luz brilhou por um breve momento até desaparecer por completo.
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Todas as trezentas e setenta e sete pessoas estavam nas mesmas posições de antes, só que agora estavam em um salão majestoso que era tão grande quanto o maior campo de futebol do mundo, nesse local só haviam um menino sentado em um trono majestoso e totalmente ornamentado.
Eles ainda estavam absorvendo essa súbita mudança de local enquanto encaravam o garoto, houveram alguns gritos aqui e alí, mas todos estavam focados no garoto
- Salve! Salve.
★ Olá! Sejam bem-vindos!★
- Ego sum summus deus.
★ EU SOU... DEUS!★
O menino começou a falar e apesar de ter uma distância considerável entre eles, eles ainda conseguia ouvir perfeitamente bem, mas parecia que ele falava palavras diferentes das que eles ouviam.
O garoto começou a encarar Dimmy e fez um movimento com a mão e uma aura dourada começou a rodear o corpo do Dimmy até sua mão ferida voltar ao normal.
★ Olá meu amiguinho, melhorou!? Você é fraco, não terá muita utilidade, mas permitirei que viva.★
Um professor eufórico começou a gritar com o garoto de cabelos dourados sentado no trono.
- Onde nós estamos? que lugar é esse? Isso é sequestro, sabia!? porr--- Ele começou a gritar sem parar, mas do nada a mesma aura dourada começou a sair de seu corpo até a ela se concentrar e virar uma esfera de luz que foi em direção a mão do garoto que a esmagou e então corpo do professor caiu sem vida.
- Ah, bem melhor estar familiarizado com a época de vocês, não acham? - o garoto sentado no trono começou a falar com a mesma voz do professor até que a voz se ajustasse a ele, se tornando levemente aguda, mas ainda era a do professor caído no chão.
- Aaaahhhh!!! ele morreu!!? - Júlia que estava logo ao lado do corpo ficou totalmente assustada, ela se ajoelhou, fechou os olhos e começou a chorar.
★Aprenda a não interromper os outros, mas onde eu estava?★
★ Bem, continuando o que eu estava dizendo. Bem vindos!!! Eu trouxe vocês do seu mundo original para o mundo que eu criei, um mundo praticamente de fantasia onde humanos são seres divinos ao menos foi assim que eu os criei, mas o livre arbítrio acabou com tudo e agora tem outras criaturas nojentas. Vocês serão o antídoto para esse mundo doente escolhidos aleatoriamente de outro mundo, se preferirem. Vocês serão meus campeões nessa guerra contra essas espécies nojentas.★
★Eu instruí um reinado humano á cuidar e treinar vocês para lutarem pela humanidade desse mundo. E antes que eu me esqueça, eu gostaria de saber se há alguém aqui que não queria participar da batalha?★
Nesse momento muitos estavam em um intenso conflito em suas mentes sobre levantar ou não a mão. Eles viram o que o garoto fez com o professor poucos minutos antes, contrariar ele era a melhor escolha?
No final suas mãos apenas tremiam, porém algumas pessoas conseguiram levantar uma mão e no mesmo momento que suas mãos subiam, logo, elas caiam praticamente mortas no mesmo momento.
Ninguém mais se atreveu a levantar a mão. Todos ficaram em silêncio enquanto alternavam seus olhares entre o garoto e os corpos caidos.
★ Isso é ótimo, até que dessa vez a taxa de sucesso foi altíssima, diferente daqueles gregos imbecis que não valorizaram suas vidas.★
★Bem, agora irei mandar vocês para o sua nova casa, então adeus!★
O garoto falou algumas palavras irreconhecíveis e um círculo mágico surgiu abaixo das pessoas que alí estavam. O círculo começou a diminuir lentamente até se transformar em um feixe de luz que os fez desaparecer.
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O
feixe de luz estava descendo em um planeta até que foi atingindo por outro feixe que o fez se dividir em diversos feixes menores em um continente.