Castelo de pedra

By filhadatrindade

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Anya perdeu tudo que tinha muito cedo. Chuck sempre teve tudo e até mais do que merecia. Quando os dois se en... More

Prólogo ❤
Capítulo 01 - Beijo roubado ❤
Capítulo 02 - Grata por sua estupidez ❤
Capítulo 03 - Nos olhos dele ❤
Capítulo 04 - O amor te encontra❤
Capítulo 05 - Gata borralheira ❤
Capítulo 06 - Uma história nada feliz ❤
Capítulo 07 - Nunca poderei lhe pagar ❤
Capítulo 08 - Isso é amor ❤
Capítulo 09 - Mulher perigosa ❤
Capítulo 10 - Ela é diferente ❤
Capítulo 11 - Extravasar ❤
Capítulo 12 - Sendo levada por ele ❤
Capítulo 13 - O que eu fiz? ❤
Capítulo 14 - Ele não é meu pai ❤
Capítulo 15 - Pelo bem dele ❤
Capítulo 16 - O que eu tenho? ❤
Capítulo 17 - Sinal verde ❤
Capítulo 18 - Quando você me pedir... ❤
Capítulo 19 - Se é importante para você... ❤
Capítulo 21 - A fé ❤
Capítulo 22 - Quebre sua promessa ❤
Capítulo 23 - Cansei ❤
Capítulo 24 - Ingratidão ❤
Capítulo 25 - A alegria vem pela manhã ❤
Capítulo 26 - O tempo cura? [Ultimo Capítulo] ❤
Epílogo ❤

Capítulo 20 - Eu vou me permitir ❤

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By filhadatrindade

Chuck narrando.

— Nem pensar Chuck. Você não pode entrar nessa por causa de mim. Não, não mesmo. – Recusou imediatamente.

— Eu não estou pedindo permissão Anya, eu vou ajudar e pronto. Você querendo ou não. – Rebati.

— Pensei que ia esperar eu te pedir as coisas agora. – Cruzou os braços.

— Eu estava falando sobre beijos e coisas desse tipo. – Ri e seu rosto corou. — Por que? Quer entrar nesse assunto agora? Quer que eu te beije? – Me aproximei e ela se esquivou.

— Não me provoca. – Rosnou. — Se quer me ajudar, ótimo. Mas vai ser do meu jeito.

— Tá. Eu só quero pedir uma coisa – Interrompi.

— O que é isso?

— Que seja depois da apresentação. Você vai ficar mal se não conseguir representar no nacional Anya, então vamos apenas focar nisso. É só mais um mês. As eleições para governador são daqui há três meses. Tem tempo. – Pedi.

— Eu já ia fazer isso. – Fez careta.

— Sei.

— Vamos lá. Eu quero mostrar a música que eu estou pensando para a apresentação.

Eu só precisava de um mês. Era apenas isso. Esse era o tempo que eu poderia fazê-la mudar de ideia e apenas ignorar a existência do pai dela agora. Eu sei o quão difícil deve ser para ela, mas... Eu quero o melhor dela agora e não me importo com a vida dele mais do que com a dela.

Só não sei o que fazer a seguir... Se ela realmente ignorar ele, o que eu vou fazer? A Fernanda me apresentou como um noivo dela, algo que eu não vou de jeito nenhum cumprir.

Casar com a Fernanda está longe dos meus planos, aliás, nem neles estão. Parando para pensar, eu nunca quis me casar com ela, mesmo que não conhecesse Anya tão bem, mas agora o desejo de cumprir um capricho dela sumiu.

1 mês depois....

Ensaios e mais ensaios. É nisso que se resumiu meu ultimo mês, além de ter que estudar feito condenado para passar de período. Está quase chegando as provas e eu não quero reprovar de novo, eu preciso passar e me formar logo. Anya está na mesma, quando não estamos ensaiando eu a vejo correndo pelos cantos da biblioteca e no departamento com livros e livros sobre dança e estudando em seu notebook velho.

Mesmo que eu tenha esteja tentando com todas as minhas forças, não sei se consegui fazer o pensamento vingativo dela ir embora, pelo menos, nos últimos dias ela nem tocou no assunto, então, eu fiz o mesmo. Não queria deixa-la irritada ou sequer triste.

Cheguei até ajudar ela num exame físico que teve no departamento. Como eu já era um frequentador assíduo da academia eu a ajudei com alguns exercícios e foi bom.

Agora, estamos a um dois da grande apresentação e ela está suando frio.

— Você realmente precisa se acalmar. Já caímos três vezes. – Disse a ela, que estava resmungando no chão por ter escorregado suas mãos da minha.

— Eu sei. Mas a apresentação é daqui há algumas horas Chuck – Sacudiu suas mãos e jogou o ar para fora.

— Nós vamos nos sair bem. Eu não vi ninguém se dedicar tanto quanto você. – Sentei-me a sua frente e peguei em suas mãos.

Estavam geladas como gelo.

— Olha para mim. – Pedi.

— Estou olhando. – Ela riu.

— Não, estou falando na hora lá. Mantenha seus olhos nos meus e vai dar tudo certo. – Sorri para ela, que fez o mesmo. — Você só precisa esquecer que todo mundo está lá. – Acariciei de leve seus dedos.

Há um tempo ela não recusava nem se esquivava, então o clima não estava tão tenso. Mas o mais difícil disso tudo era manter a promessa de apenas beijá-la quando a mesma me pedisse. Por que diabos eu fui falar aquilo? Agora, pelo meu orgulho eu vou até o fim.

— Ou – Continuei olhando-a. — Pode imaginar todo mundo pelado.

— Está doido? Por que eu iria querer imaginar aquele povo pelado?

— A vergonha e nervosismo diminui. Foi o que li. – Dei de ombros.

— O que leu? – Arqueou a sobrancelha então me levantei por ter deixado escapar.

— Vamos voltar a ensaiar. – Tentei mudar de assunto.

— Charles Wolves... – Chamou meu nome e até senti um arrepio. — Desde quando você lê sobre dança ou coisas sobre isso? – Fechei meus olhos pedindo a Deus que a fizesse esquecer o que eu disse, mas eu sabia que era inútil.

— Temos trabalho a fazer hoje, Anya...

— Não tente mudar de assunto. – Virei meu corpo para ela.

— Está bem. Eu li algumas coisas sobre desde que começamos a ensaiar – Confessei e vi um sorriso se abrir.

— Pensei que achava dança uma coisa de menininha – Continuou olhando-me sem acreditar e cruzou os braços.

— Eu nunca disse isso – Rebati. — E tem mais... Pode até ser de "menininha" – Imitei seu tom de voz. — Mas isso não quer dizer que é fácil ou coisa do tipo...

Seu olhar surpreso com a minha resposta me deixou até orgulho de mim mesmo.

— Tem razão. – Ela sorriu mais abertamente. — Então, senhor especialista, vamos voltar a ensaiar. Me sinto mais relaxada agora. – Estendeu a mão para mim.

Horas depois de muito ensaio. Eu pensei em algo para realmente tirar nossa cabeça daquele concurso, afinal, era algo que eu ia ter que ajudar e muito para que ela passasse e se desse bem. Se eu não fosse bem ia dar errado para ela também.

Enquanto eu estava caminhando com ela para a porta dos dormitórios que nos separava, parei e ela fez o mesmo.

— O que foi?

— Vamos sair amanhã. Fazer uma coisa diferente.

— Amanhã? Temos que ensaiar Chuck...

— Nós estamos preparados. Você não acha melhor dar um tempo e pensar em algo diferente. Ver gente diferente?

— E você quer que eu saia logo com você para ver gente diferente? – Eu ri daquilo, realmente foi estupido dizer isso.

— Eu sei que da minha cara você não enjoou. – Ela apenas riu da minha expressão, provavelmente ficou engraçada. — Aceita esse convite, por favor.

— Está bem. Eu aceito, mas... – Olhei para ela, insatisfeito com seu, "mas". — Temos que ir de manhã e voltar antes de escurecer, se possível. – Ela diz.

— Fechado – Sorrio e apertamos as mãos.

Anya narrando.

O que é essa eletricidade repentina? Não consigo deixar de pensar no convite dele. Será que estou interpretando de forma errada e leviana?

Quando estava deitada na minha cama estudando um pouco mais antes de dormir. Iara passa pela porta quase tombando no chão.

— Você está bem? – Larguei meu livro e fui ajuda-la a se equilibrar, então conseguir sentir o hálito de álcool. — Iara... Você nunca bebe, o que deu em você? – Questionei.

— Todo mundo tem seus problemas, Any – Ela passa a mão no meu cabelo, tentando ser carinhosa, mas acaba sendo bruta. — Você sabia que eu estou gravida?

— Han? – Assustei-me. — G-Gravida? Mas... Iara... Você é a pessoa mais centrada que eu conheço. Como isso foi acontecer?

— Sexo né. – Riu, mas parecia mais desesperada que nunca. — Q-Quer dizer... – Arrotou, então a coloquei deitada na cama dela. — E-Eu... Fiquei com um cara, em uma noite, sabe... as meninas do departamento insistiram... – Ela começou um riso misturado de lagrimas. — O que eu vou fazer?

— Por enquanto, tomar banho e dormir. – Acariciei seu cabelo.

— Eu não... E-Eu não posso estragar minha vida por causa de uma noite. – Chorou mais ainda.

Não dei mais nenhuma resposta a ela. Eu não queria conversar com ela sobre isso enquanto ela estivesse bêbada. Afinal, ela deve estar sendo levada pelo desespero do momento. Ajudei ela a tomar banho e colocar uma roupa confortável e depois a joguei na cama e a cobri. No minuto que se sentiu confortável, ela dormiu.

Como uma pessoa como ela pode deixar algo assim acontecer? Acho que não podemos saber como as pessoas realmente são só pelos nossos achismos. Não que ela seja uma má pessoa ou coisa assim e se mostrar ser outra pessoa seja algo terrível. Mas é diferente e assustador ao mesmo tempo.

Ah, o sol... Eu vi um clarão entrando pela brecha da janela chegando direto aos meus olhos. Senti o celular vibrar perto de mim e acabei percebendo que ainda estava com a mesma roupa de antes e deitada de mal jeito com livros em cima de mim.

Mais uma vibração do celular. Quando escorreguei minhas mãos pelas cobertas consegui acha-lo e vi que eram quase dez horas. Ainda bem que a aula de hoje havia sido suspensa, se não, estava ferrada.

— Bom dia! – Iara estava sorridente saindo do banheiro.

— Bom... Dia? – Não estava raciocinando direito, devido ao sono. Esfreguei meus olhos e olhei a mensagem no celular.

Chuck: Que tal irmos almoçar em algum lugar e depois vemos o que faremos no resto do dia?

— Você está bem? Dormiu enquanto estudava... – Ela tirou minha atenção.

— Eu estou bem. – Respondi.

Finalmente a noite passada veio a minha cabeça.

— Mas e você... Está bem? – Perguntei.

— Hum? Ah, estou sim. – Continuou enfiando diversas coisas na sua bolsa. — Em breve meu problema será solucionado, não se preocupe. Não precisamos mais falar disso e algo como na noite passada jamais irá acontecer novamente. Desculpa.

— Está bem... – Fiquei um pouco confusa com sua resposta, mas preferi não questionar. — Bem, se você diz que resolverá... Iara... Você acha que isso aqui é chamar para um encontro?

Mostrei o celular com a mensagem do Chuck para ela.

— Obvio né. – Animou-se ao ver. — Mas esse não é o seu namorado?

— Ah, é sim. – Virei o celular para mim novamente. — Mas é que eu não consigo distinguir quando ele me chama para algo assim ainda. – Sorrio a ela, um pouco sem graça.

— Já que eu tenho essa manhã livre eu vou te ajudar, como agradecimento por ontem.

— Sério? – Ri da situação.

— Claro. Primeiro, responda a mensagem dele.

Foi o que fiz:

Anya: Tudo bem. Podemos nos encontrar no portão da faculdade depois daqui há duas horas?

Ele respondeu imediatamente:

Chuck: Claro. Até lá!

— Você está nervosa como se fosse o primeiro encontro de vocês. – Iara diz, enquanto passeia pelo meu armário.

— É... – Não sabia mais o que responder.

— Isso significa que você gosta dele. Que bom. – Diz, amistosa.

Eu realmente gosto dele?

Após muita deliberação, Iara decidiu me emprestar uma de suas roupas que ficasse bem em mim, claro. Escolhi uma blusa florida flare, uma saia jeans bem básica e uma jaqueta estonada. Agora o dilema era: Iara insistia em me colocar um salto alto, mas eu, só queria um all star vermelho que eu já tinha.

— Iara... Você já até prendeu meu cabelo com uma trança lateral e colocou um brinco em mim. Eu não posso permitir que você me obrigue a usar salto alto – Coloquei o par de saltos dentro do guarda roupa delas de novo.

— Você é demais. Querer ir de all star para um encontro. – Cruzou os braços, mas deu-se por vencida.

Peguei meu celular e avisei a ele que estava saindo do quarto para a porta e então dei uma olhada no espelho. Talvez eu tenha exagerado na produção. Acho que ele só quer espairecer e esquecer o nervosismo da apresentação de amanhã.

Amanhã. Será o dia que decidira se eu vou ou não continuar meu sonho. Mas hoje, eu vou me permitir gostar dele, pelo menos hoje. 

Continua...

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