Changes

By fckednarusasu

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Sasuke e Naruto se conheceram em um dia ameno. E, na primeira interação, se declararam rivais. Tinham 5 anos... More

... how fast the night changes?

... 'cause baby i'm perfect for you

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By fckednarusasu

faaaaaala galerinha do mal. então assuntos importantes a tratar

WARNING 

este capítulo contém lemon, o famigerado sexo entre dois deuses gregos, mais especificamente narusasu. então se caso você:

a) não gosta de lemon (então nem deveria estar aqui);

b) não gosta de narusasu (meu bem qual é o seu problema?);

c) se incomoda lendo qualquer tipo de relação sexual;

recomendo que fechem o capítulo. aos que não se encaixam em nenhuma das categorias acima, por favor, leiam e sejam críticos; é meu primeiro lemon, então se eu ofender alguém, avisem! 

antes de mais nada, há partes inspiradas na doujinshi feita por asksasunaru (tumblr), quem quiser o link, manda mensagem. 

sem mais delongas... aproveitem o capítulo! 

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A semana passou paulatinamente. Sasuke não poderia estar mais feliz. Estava do lado daquele que tanto amava. Mais do que nunca, em todos esses anos, o Uchiha e o Uzumaki não se desgrudavam, literalmente. Se viam todos os dias da semana, se separando somente para voltar para casa, tarde da noite e, pouco depois do almoço, já se encontravam de novo; isso quando não dormiam na casa um do outro.

Faziam o que sempre fizeram. Jogavam e brigavam. Com a diferença que, em cada briga sem sentido, terminava em muitos beijos calorosos. Sasuke não se cansava de tomar aqueles lábios para si. Às vezes, quando muito cansados de jogar e se pegar, deitavam um ao lado do outro, em um silêncio reconfortante, e se olhavam. Decorando cada parte do outro que já conheciam. Tatuando na memória cada traço, linha de expressão, e gesto do outro.

O Uchiha se sentia imensuravelmente amado. E amava na mesma potência.

O dia do bendito baile chegou. Iriam juntos. Como um casal.

Como assim só vou poder te ver lá no lugar? – o loiro estava revoltado no outro lado da linha.

– É, dobe. Não quero você me espiando. Vai estragar a surpresa – o moreno argumentou com desinteresse.

Caralho, teme. A gente vai pra merda de um baile de formatura, não se casar. Deixa de gayzisse, cara – bufou o loiro – Sem contar que só vou ficar parte da tarde ai; na hora de me arrumar eu viria pra casa e não te veria no seu vestido de noiva – zombou.

– Não é não, porra. A gente se vê a noite e ponto. Tchau, usuratonkachi! – antes que desse tempo do loiro protestar por mais 10 minutos, Sasuke desligou o celular.

A verdade era que o Uchiha mais novo tinha pedido dicas para seu aniki em como... bom... Perder a virgindade. De preferência, de uma forma que não houvesse incidentes desagradáveis (leia-se cagar no pau, literalmente), ou que fosse o menos doloroso possível.

Antes do ocorrido na sua casa, uma semana atrás, o moreno já tinha pesquisado sobre. Não era como se pudesse evitar a curiosidade e os hormônios. Alguma hora teria que fazer sexo. E queria. Como queria!

O fato de estar em uma espécie de relacionamento com o usuratonkachi só facilitava as coisas para si. Ainda não tinham nomeado a nova relação, decidiram que descobririam se daria realmente certo para então dar nomes aos bois. Não queriam se afobar e no fim do mês, o encanto se acabasse. Não poderiam esquecer que eram exageradamente diferentes em questão de personalidade e essa coisa de "os opostos se atraem" poderia ser uma farsa.

Mas, não era pela sua confusão que não poderiam elevar o nível da intimidade. A cada dia que passava, exploravam mais o corpo do outro. No dia anterior mesmo, já estavam se beijando apenas de cueca com as ereções se friccionando. Queria mais. Precisava de mais.

Ok, ok. Começaram a ficar fazia apenas uma semana. Mas as coisas entre eles era diferente do que com outros. Sempre fora. Naruto era diferente de todos. Se conheciam desde dos 5 anos de idade; já tinham se visto nus várias vezes – não nos últimos 8 anos, mas isso era apenas um detalhe –; compartilhavam toda uma história. Então, não havia razão para esperarem ainda mais para consumir o amor deles. Não esperaria mais um dia sequer para tal.

E era com esse pensamento que Sasuke, estava, nesse exato momento, fazendo a famosa e temida: chuca. Ele realmente não queria que nada desse errado. Era mais desconfortável que pensou que seria. Imagina quando o dobe introduzisse em seu imaculado ânus. Lembrou-se do volume marcado pela cueca do loiro e estremeceu, em ansiedade e excitação.

As camisinhas e o lubrificante já estavam comprados há pouco menos de um mês. Itachi o presenteava com certa frequência, mesmo sabendo que Sasuke nunca tinha feito sexo. Precaução, era sempre o que seu irmão dizia para si com uma piscadinha e um sorrisinho irritantemente malicioso. Agora agradecia o mais velho por isso, já que não sabia se teria tempo para comprá-los antes de ir à formatura – uma vez que gastou um tempo considerável na chuca e na depilação.

Depois de fazer toda aquela preparação para a noite que passaria com o dobe, Sasuke ainda hidratou o cabelo; passou o melhor perfume; colocou o melhor terno. Queria estar perfeito para Naruto, de forma que os olhos azuis não desgrudassem de si. Vestiu uma camisa azul petróleo e um terno preto, assim como a gravata. Gostava das cores mais escuras, o deixavam com ar de seriedade que tanto retratava sua personalidade.

E com esse raciocínio, um alarme soou na mente do Uchiha. E se o usuratonkachi decidisse ir de terno laranja, sua cor preferida?! Merda. Não perguntou qual seria a roupa do outro e agora tinha grandes chances de seu acompanhante ir vestido como se fosse a um carnaval. Bufou. Só saberia quando chegassem no salão de festas, onde ocorreria a cerimônia.

Desceu as escadas, encontrando sua mãe divinamente arrumada, com um vestido roxo simples, mas bonito; seu pai em um terno parecido ao seu, bem como seu irmão e primo. De sua família, apenas os quatro compareceriam; seu tio-avô Madara estava viajando e Obito, seu outro primo, o acompanhava. Não que Sasuke ligasse muito para a presença dos dois.

Rumaram para o local, chegando pontualmente; bem contrário dos Uzumakis, que chegaram apenas 20 minutos depois. Nesse meio tempo, os Uchihas se dirigiram para a mesa reservada para os mesmos e Sasuke foi se encontrar com seus amigos, Juugo e Suigetsu estavam perto da entrada, provavelmente esperando Karin.

– Achei que não viria, Uchiha – o Hozuki brincou.

– Boa noite pra você também, Suigetsu – o moreno revirou os olhos – Eai, Juugo, Kimimaro – o último era o mais novo namorado de Juugo, o ruivo o conheceu em um protesto contra o aquecimento global. Os dois acenaram para o Uchiha, com um sorriso no rosto.

– Cara, toda essa produção ai é pelo furacão laranja? – o peixe podre (apelido que Sasuke acabou pegando de Naruto) zombava, o moreno se limitou a dar de ombros – Olha, ainda bem que Naruto te fisgou, porque seria um crime te deixar vir sozinho assim pra essa festa.

– Sabe que é a primeira vez que eu concordo com você, piranha – a voz do loiro se fez presente, interrompendo qualquer coisa que sairia da boca do Uchiha – Deveria ser ilegal ser tão gato desse jeito, teme.

Assim que se virou para trás, para encarar o dono da voz, Sasuke estacou. Se era um ilegal que o moreno estivesse desacompanhado, então seria um pecado capital deixar Naruto vir sozinho para o evento.

Ele estava lindo.

Tão lindo que tirou o fôlego do Uchiha por alguns segundos. Usava um terno cinza escuro, com a camisa preta e a gravata laranja, que por algum motivo desconhecido pelo mundo da moda, funcionou perfeitamente. O cabelo estava mais curto – mas ainda rebelde –, destacando ainda mais o azul límpido de seus olhos. No entanto, o adereço mais bonito de todo conjunto era seu sorriso, tão grande que fazia seus olhos se fecharem.

No momento que percebeu que encarava demais o parceiro, Sasuke corou e desviou os olhos. Era a primeira vez que via o garoto tão arrumado, geralmente o loiro não ligava muito para a aparência, tendo um estilo despojado que lhe caía muito bem. Porém, Naruto de terno era um deus grego.

– Olha, vocês podem falar o que quiserem do Uchiha, mas meu priminho aqui tá maravilhoso – Karin disse abraçando o loiro de lado – Sabe como é, né?! O DNA dos Uzumaki é o melhor – a ruiva completou sorrindo orgulhosa, arrancando uma risada gostosa de Naruto e um rolar de olhos dos amigos.

Sasuke ainda estava petrificado. Não falou nada sobre o comentário nada humilde de sua amiga, nem concordou com a afirmação dela sobre a beleza do dobe. Se fosse bem sincero, o Uchiha mais novo nem respirava direito, só ouvia o coração batendo rápido dentro de sua caixa torácica. E se não viessem juntos para a formatura?! Seria obrigado a ver seu melhor amigo tão lindo ao lado de outra pessoa. Doeria. Então agradeceu ao Universo, pela primeira vez, por ter sido tão impulsivo e gritado sobre querer beijá-lo. A lembrança ainda fazia com que seu estômago revirasse de felicidade.

Quando deu por si, Naruto já o abraçava de lado, com aquele sorriso de tirar o chão das pessoas e aquele perfume que faz com que você feche os olhos, só pra aproveitar mais a fragrância. A única coisa que Sasuke esperava era não estar com uma cara de idiota apaixonado. Entretanto, estava; ele sabia disso. Sorriu de lado, sem dentes, aquele sorriso meio galanteador que sabia que enlouquecia Naruto.

– Oi, teme – o dobe sussurrou perto de seu ouvido, fazendo uma corrente elétrica passar por todo o corpo do moreno.

– Oi, dobe – o Uchiha respondeu da mesma maneira. E quando viu os pelos da nuca de Naruto se eriçarem, um brilho tomou conta de seus olhos. Estava nas nuves.

– Caralho, vocês foram fabricar o tecido da roupa de vocês?! Demoraram um ano! – a fala de Suigetsu fez com que Sasuke voltasse para a realidade.

– Culpa desse retardado – reclamou Karin – Dois anos dentro do banheiro, fazendo deus sabe o que. Só ouvia uns barulhos de gilete batendo no box – completou com uma cara safada. E não teve como conter a risada, principalmente, quando o rosto do Uzumaki tomava uma coloração avermelhada.

Sasuke ria de nervoso. Será que Naruto teve a mesma ideia que si?

– Oe, Karin! Para de mentir! – o loiro se exaltou, nervoso; ainda com o rosto corado igual a um tomate.

As risadas cessaram e os amigos começaram a conversar sobre como seria daqui para frente, já que cada um faria um curso diferente na faculdade. Naruto cochichou que cumprimentaria os outros amigos; o Uchiha acompanhou com o olhar, imaginando se ele também fez aquela lavagem intestinal. Sasuke não via problema em trocar de posições, para ser sincero estava louco para meter naquela bunda redonda. Sentiu um corrente de excitação correr pelo corpo e parar na virilha com o pensamento. Se tudo ocorresse de acordo com seus planos, toda essa carga sexual de seu corpo seria prazerosamente externalizada.

Alguns minutos se passaram, vestiram as famosas becas e precisaram se organizar em uma fila para que pudessem entrar e receber o famigerado diploma. Nem acreditava que estava saindo daquela escola, o fato de não saber o resultado do vestibular para ingressar na Universidade de Konoha não o assustava, até porque era o melhor da sala e sempre fora; sem contar que a prova fora muito fácil para si.

Mas não podia deixar de imaginar como as coisas seriam daqui para frente. Mais mudanças, com certeza. Sua vida era cheia delas. Bem, nem tudo mudava em sua vida, os olhos azuis de Naruto continuavam tão azuis quanto o dia em que se conheceram e Sasuke ainda se afogava toda vez que o encarava demais. Como estava acontecendo neste exato momento.

– Finalmente, hein Sas – o loiro disse baixo – Nem acredito que estamos nos formando. Achei que não sairia dessa escola nunca! – o mesmo suspirou e o moreno revirou os olhos.

– Larga de ser dramático, Naruto. Você é lerdo, mas não é burro.

– Sou lerdo pra algumas coisas, tem coisa que eu aprendo rapidinho – o tom sexual, misturado com a voz um tanto rouca e a proximidade do loiro, quase fizeram Sasuke ter uma ereção bem ali – o que seria terrível, porque a calça que usava estava bem justa ao corpo. Respirou fundo, pedindo controle aos céus.

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Os colegas iam sendo chamados para entrarem na passarela e receber as honrarias, que o Uchiha não via necessidade nenhuma, haja vista que estavam se formando apenas do Ensino Médio. Naruto estava atrás de si, porque eram chamados por seus sobrenomes, e aproveitava disso para abraçar Sasuke por trás, com a cabeça na junta de seu pescoço.

– Por que nossos nomes tinham que ser um dos últimos? – o Uzumaki reclamou contra seu pescoço. O moreno sentiu que precisava orar mais vezes, porque os deuses não atendiam o seu pedido e o seu enorme autocontrole se esvaia mais rápido.

– Para de reclamar, dobe. Está quase na nossa vez – Sasuke disse em tom de reprovação, mas o que queria mesmo ter feito era beijado a têmpora do melhor amigo. Contudo, não era tão carinhoso quanto Naruto, muito menos adepto a demonstrações de afeto e apego em público – E se ajeita, porque você vai amassar o meu terno.

– Tá bom, senhor chatice – o loiro respondeu com um bico enorme em seus lábios. E, de novo, o moreno sentiu vontade de beijá-lo. Mas brochou assim que viu Naruto lhe mostrar a língua. Era tão infantil às vezes.

– Usuratonkachi.

Assim que ouviu seu nome soar por todo local, Sasuke se aprumou. Vestiu o melhor olhar "eu sou o melhor e você não consegue mudar a minha opinião" que todo Uchiha possuí e desfilou como se fosse dono do lugar. Olhou rapidamente para a mesa de seus pais, vendo sua mãe aplaudir orgulhosa, acompanhada por seu pai, Itachi e Shisui. Recebeu o canudo, que apostaria que estava vazio, e se posicionou em seu lugar. Naruto entrava logo atrás de si, fazendo gracinhas para a família na plateia. Por que mesmo tinha se apaixonado por esse idiota?!

As solenidades demoraram mais do que esperava, ainda bem que estavam sentados. Professores, coordenadores e o diretor fizeram homenagens e discursaram sobre o futuro, faculdade e mudanças. Foi muito bonito, mas todos os alunos estavam mais interessados em aproveitar a festa que viria em seguida. Especialmente, o dobe que não parava de mexer sua perna, em claro sinal de ansiedade, irritando um pouco o Uchiha.

– Quer parar de mexer essa sua perna, dobe?! Eu já to ficando ansioso! – o moreno sussurrou pro loiro ao seu lado.

– Desculpa ae, teme. Só não entendo porque eles estão falando tanto, sendo que ninguém tá prestando atenção... Já podia partir pra parte que a gente dança junto e se pega no banheiro.

– Isso é um tipo de fetiche seu, por acaso? – perguntou, estreitando os olhos.

– Talvez... – o sorriso felino se formou no rosto de Naruto – Imagina eu sentado na pia, com você no meio das minhas pernas e a gente se pegando tanto, que teríamos que entrar na cabine pra continuar – sussurrou para apenas o moreno escutar.

Sasuke consegui imaginar perfeitamente a situação, podia até mesmo sentir o dobe puxando seu cabelo, enquanto ofegavam entre um beijo e outro. O Uchiha realizaria esse fetiche com uma enorme satisfação. Notou que estava viajando demais em seus sonhos eróticos, quando sentiu o corpo quente e ouviu Naruto rir baixinho ao seu lado. Precisou fechar os olhos, respirar fundo e lembrar que já pegara seu irmão e seu primo nu em cima de sua cama, para voltar ao seu estado normal – em outras palavras, diminuir o volume que despontava na sua calça social.

Mais alguns minutos de discursos e honrarias se passaram, quando, finalmente, declararam que poderiam começar o baile. Os alunos gritaram em comemoração, agora sim estavam se "livrando" de verdade daquele ambiente. Naruto foi, com certeza, o que mais celebrou o fim dos discursos; estava tão ansioso, que Sasuke apostava que, se demorasse mais um pouco, aquele dobe explodiria.

Jogaram o capelo para cima e, no segundo após pegar o seu capelo de volta do chão, o Uchiha foi praticamente arrastado pelo Uzumaki para a mesa de suas respectivas famílias, que estavam situadas lado a lado. Era o momento em que a chuva de fotos começaria e o moreno já não via hora de terminar. Sabia que Mikoto e Kushina fariam ele e Naruto tirarem milhares de fotos para colocarem no álbum, que ambas tinham que acompanhava o crescimento dos dois.

Logo, não foi surpresa nenhuma, que antes mesmo de felicitarem mais uma vez seus filhotes (como gostavam de chamá-los), as duas já estavam loucas gritando por fotos deles juntos. Às vezes, o moreno tinha a impressão que era o sonho de sua mãe e de sua "tia" que ele e o dobe ficassem juntos, e no momento estavam finalmente realizando. Depois de algumas fotos com o acompanhante, ambos tiraram com suas respectivas famílias; apesar de que não estivesse muito afim de ir ao evento, Sasuke sentia muito feliz vendo todas as pessoas que ama juntas celebrando consigo mais uma vitória em sua vida.

– Estou tão orgulhosa de você, filho – sua mãe disse com lágrimas nos olhos, enquanto o abraçava forte. O Uchiha mais novo retribuiu o carinho e o sorriso, amava estar no colo de sua mãe, que sempre fora seu porto mais seguro.

– Também estou muito orgulhoso de você, Sasuke – ouvir tal frase de seu pai era como ganhar na loteria para si, mais especificamente a Mega Sena da virada. Abraçou seu velho e logo virou para o seu irmão, que tinha um sorriso orgulhoso no rosto.

– Parabéns, irmãozinho tolo. E bem-vindo a vida adulta, é uma merda, mas você vai gostar – Itachi disse o abraçando e bagunçando um pouco seu cabelo.

– Eba! Sanduíche de Sasuke! – assim que ouviu Shisui gritar, o mais novo quis sair do abraço, mas o irmão apertou ainda mais o enlace, ao mesmo tempo que gargalha do mais novo; no segundo seguinte, seu primo já o abraçava com toda sua força por trás.

– Ouvi sanduíche de teme? Quero! – para piorar sua situação, o usuratonkachi resolveu participar daquela vergonha e, praticamente, pulou em cima dos Uchihas. Sasuke já estava ficando sem ar do tamanho que era o sufoco, assim como os outros, mas estes estavam porque gargalhavam da cara de desgosto do caçula. Que vergonha.

O moreno mais novo se remexeu até sair do aperto, o irmão o olhou com compaixão, enquanto os outros dois riam iguais uma foca. Shisui e Naruto tinham personalidades muito parecidas, por isso eram muito grudados. Sasuke sentia ciúmes muitas vezes, porque o loiro confidenciava coisas para o primo do moreno, coisas que o caçula achava que devia ficar apenas entre os dois – até porque o Uzumaki contava absolutamente tudo para o Uchiha mais novo.

– Parabéns, raposa! – Shisui felicitou o loiro, tentando bagunçar os cabelos de Naruto; tentativa, porque o cabelo do garoto era tão rebelde que se você bagunçasse, pentearia.

– Parabéns, cunhadinho – Itachi tinha que abrir demais a boca!

– Obrigado, sushi. Obrigado, cu – o loiro pareceu não se importar com a piada – Amo muito vocês. Vocês tem noção disso né?! Minha segunda família!

– Ah, isso merece um sanduíche de bolinho de peixe! – Shisui exclamou, já dando um abraço de urso no dobe. Itachi acompanhou e puxou Sasuke consigo, que não resistiu por muito tempo e também apertou o loiro.

– Tá bom. Já... Chega... Tô ficando... sem... ar – dramatizou.

– Usuratonkachi.

As brincadeiras continuaram, especialmente sobre o novo passo do relacionamento, ainda não nomeado. Em dado momento, seus sogros foram o cumprimentar, Kushina, como sempre, deu o maior e mais apertado dos abraços – tinha certeza que uma costela ragou seu pulmão tamanha força usada pela mulher –, ao passo que Minato apenas lhe afagou os ombros. Seus pais também felicitaram o loiro, claro que de maneira bem mais reservada que dos Uzumaki-Namikaze.

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Logo os amigos de ambos apareceram pedindo para tirarem fotos com a turma e com os grupinhos. Muitas, muitas mesmo, fotos depois, finalmente tiveram uma pausa. Se dirigiram até o bar do lugar, em que o máximo de bebida eram batidinha sem álcool – ainda era uma festa escolar afinal –, e se dividiram em dois grupos: os que queriam dançar e os que queriam conversar.

Naruto, Ino, Sakura, Lee, Karin, Suigetsu, Chouji e Kiba, obviamente, formavam o grupo dos que queriam se acabar na pista; Sauke, Shikamaru, Shino, Hinata, Juugo, Kimimaro, Tenten e Neji compunham o bando dos que queriam falar sobre a vida acadêmica que teriam no próximo ano, se tiverem passado em seus respectivos cursos.

O Uchiha não ficou chateado com o fato do loiro não estar ao seu lado. Não era como se fossem grudados, afinal; e vê-lo sorrindo e dançando, de longe, já bastava. O dobe remexia seu corpo de maneira engraçada e desengonçada, mas ainda se saía melhor do que todos os outros amigos, perdendo talvez só para Ino e Karin (mas elas tinham feito aulas de dança, então não conta). Vira e volta, o dobe olhava para si e parecia dançar apenas para Sasuke, com a cara mais safada que poderia ter. O que somente aumentava a expectativa para o resto da noite.

– Ouvi dizer que também quer fazer Direito, Sasuke – o veterano Neji, com quem trocou poucas palavras puxou assunto consigo.

– Sim, quero ser delegado. Você faz?

– Já estou no segundo semestre.

– Faz aqui mesmo em Konoha? – o garoto de cabelos longos assentiu – É muito puxado?

E assim os dois desencadearam uma conversa sobre o curso, mesmo que o Uchiha não tivesse oficialmente passado ainda. O Hyuuga esclarecia qualquer dúvida, falava sobre as matérias, professores, trabalhos e possíveis áreas de atuação. A cada nova informação, mais animado Sasuke se via em para começar a faculdade. Estava cada vez mais próximo de realizar seu sonho.

Não soube quanto tempo passou, mas estava tão absorto na conversa com o seu futuro veterano, que assustou quando Naruto passou os braços ao redor de sua cintura e colocou o rosto na sua nuca, inspirando fortemente o cheiro de seus cabelos. O espanto foi tamanho que quase deu uma cotovelada bem no estômago do dobe. Porém, ao ouvir o suspiro do mesmo, soube quem era e relaxou.

– Porra, dobe! Que susto! – esbravejou e foi prontamente ignorado.

– Vem dançar comigo, teme. Vem – ele disse manhoso, ainda contra sua nuca – Até o Ita tá dançando com o sushi – terminou passando o nariz por toda a extensão da nuca e pescoço de Sasuke.

Senão fosse pelo autodomínio Uchiha, teria revelado um lado mais vulnerável para Neji; a vontade de fechar os olhos e ofegar era grande, ao invés disso revirou os olhos. Neji deu de ombros, como não se importasse que ele fosse dançar com o loiro.

– Ok, usuratonkachi, vamos dançar. Só não me venha querer dançar músicas lentas, que eu não vou – ouviu o outro soltar um muxoxo mas logo abriu um sorriso.

E o sorriso que se formou nos lábios de Naruto nunca deixaria de ser lindo. E sempre parecia que era a primeira vez que via. Definitivamente, estava perdidamente apaixonado por esse dobe. Sabia que o amava, só não esperava que ficaria tão bobo perto do outro.

Se deixou ser arrastado pelo loiro até onde os amigos, seu irmão e seu primo/cunhado dançavam. No momento que chegaram no grupo, começou a tocar Hotline Bling do Drake, o usuratonkachi tentava imitar os movimentos do cantor no clipe, ao mesmo passo que fazia caretas, era hilário. E a única coisa que Sasuke conseguia fazer era rir bobo; seu melhor amigo sabia ser engraçado e o centro das atenções, pelo menos a única coisa que o Uchiha conseguia focar era ele. O primo apareceu do outro lado, estendendo um guardanapo; o mais novo franziu o cenho.

– Pra você limpar essa baba que tá escorrendo – o mais velho justificou e gargalhou junto com Itachi, que estava ao seu lado.

– Otouto, é melhor você parar de secar o loiro furacão, senão não vai sobrar nada pra aproveitar mais tarde – a piscadinha e o sorrisinho malicioso de seu irmão, fizeram Sasuke corar. Resolveu parar de só observar o dono de seus pensamentos e juntar-se a ele, afinal fora puxado até ali para isso.

Pôs-se ao lado de Naruto e, não tão entusiasmado quanto o outro, balançava o corpo de acordo com a música. Dançavam próximos, trocando olhares que tinham milhares de significados – que só os dois compreendiam, claro –, bem como sorrisos contidos, misteriosos. Ou não tão misteriosos assim, já que a tensão sexual estava tão óbvia que podia ser sentida a distância.

Já estava ficando tarde e suas respectivas famílias decidiram ir embora, os patriarcas estavam cansados, já Itachi e Shisui iam para a casa do mais velho – muito provavelmente estender a festa até lá, não que Sasuke queria pensar muito sobre isso. Ele e o usuratonkachi ficaram, uma vez que Naruto queria, em suas palavras, fechar o lugar e as duas gangues pareciam concordar.

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Vira e mexe se provocavam, com o corpo colado um no outro, sincronizados. Como agora, que o Uzumaki tinha suas mãos na cintura de Sasuke e este tinha as mãos no ombro do mesmo; as pernas entrelaçadas, fazendo a virilha de ambos tocar na coxa do outro; os lábios raspavam um no outro. A música não era lenta, mas os corpos se mexiam vagarosamente, sensual. Os corpos estavam tão quentes que sentiam a explosão iminente.

– O que acha de realizar aquele seu fetiche? – não trocaram nenhum beijo a noite toda, queriam aproveitar seus amigos e a festa; a questão é que agora apreciam nuvens fortemente carregados em excitação, precisavam liberar os raios que percorriam seus corpos. A resposta de Naruto veio em forma de um sorriso felino, perigoso. O moreno sentiu o ar faltar.

Se dirigiram, nada discretamente, para o banheiro mais isolado do lugar. Não trocaram nenhuma palavra até o lugar, o único barulho ouvido por Sasuke era seu coração batendo acelerado. Nem mesmo as risadinhas de Naruto eram escutadas pelo mesmo.

Ao chegarem, verificaram se havia alguém ali dentro e vendo o ambiente livre, Sasuke se certificou de trancar a porta. E no segundo seguinte, sua mão já estava na cintura de Naruto, ao mesmo tempo que esse lhe puxou pela nuca, puxando seus cabelos; os lábios se encontraram com agilidade e um beijo voraz se iniciou. Brigavam pelo controle, mas o loiro prontamente se deixou levar; o Uchiha amava quando o ele cedia e se entregava para si, e amava na mesma intensidade nas vezes em que era domado, sabiam dosar.

Sem interromper beijo, andaram até a pia, onde o garoto fora prensado com certa brutalidade, fazendo as ereções que despontavam em suas calças friccionarem. Suspiraram com os lábios unidos. As mãos do de olhos negros subiu pelas costas do outro, instantaneamente as mãos de Naruto desceram; as primeiras rumaram o cabelo loiro, já as outras rumaram para a bunda redonda do outro. Sasuke tentou puxar o fios, mas como o dobe cortou, não obteve sucesso.

– Porra, Naruto. Tu tinha mesmo que cortar o cabelo? – interrompeu o ósculo frustrado.

– Por que? Não gostou dele mais curto, teme? – o loiro estava confuso.

– Na verdade, te deixou gostoso pra caralho. Só que agora não consigo puxar – o leve bico s formou nos lábios finos (que estavam inchados) e o loiro, não resistindo gargalhou.

– E eu que sou o infantil – selou rapidamente os lábios, antes de apertar fortemente a bunda do moreno e descer os beijos pelo seu pescoço (o que conseguia alcançar devido a camisa).

– Usuratonkachi... – a ofensa/apelido carinhoso saiu apenas como um sussurro. Sasuke sentia sua pele queimar em desejo. A gravata pareceu ficar mais apertada, o sufocando.

E como se lesse sua mente, o loiro a afrouxou e, calmamente, abriu os botões da camisa do moreno, voltando a tomar seus lábios. Quando totalmente aberta, voltou a descer os lábios pelo pescoço do Uchiha e ir descendo aos poucos; primeiro, beijando e mordendo o peitoral, depois foi descendo por todo seu tórax. O garoto de olhos pretos apenas afagava o cabelo do outro e respirava pesadamente, de olhos fechados. Não ouvia o barulho da música alta lá fora ou sentia o cheiro de urina do lugar. Estava tão concentradonas sensações que o outro proporcionava tocando sua pele daquela maneira, que nada mais importava.

Quando percebeu que o garoto de olhos azuis já abria seu cinto, abriu os olhos e teve a linda visão de Naruto ajoelhado; entretanto, ao perceber a intenção do outro, logo o fez levantar. Viu um brilho de confusão nos olhos do lerdo e tratou de se explicar.

– Não quero ter a minha primeira vez num banheiro qualquer, dobe – o outro revirou os olhos. Ia retrucar o Uchiha, mas este foi mais rápido e completou – Sem contar que não faz parte do fetiche – deu seu sorriso mais sedutor, levando o outro a rir com gosto.

– Ok, você ganhou – mal completara a frase e Sasuke já atacava seus lábios.

Novos beijos longos e sedentos foram trocados, ao mesmo tempo que o moreno suspende o loiro para posicioná-lo sobre a pia de mármore e se posicionava entre suas pernas. Era sua vez de despir o outro e não deixaria nenhuma parte da pele bronzeada sem ser explorada. Separou do beijo com diversos selinhos, para olhar uma última vez o outro "arrumado", então retirou a gravata laranja; chupou levemente o pescoço; inspirou o aroma daquele perfume que tanto o inebriava. Naruto era surreal.

Dando atenção ao maxilar e pescoço do outro, escutando ele suspirar e gemer tão baixo, que o Uchiha achava que estava delirando, abriu a camisa preta com cuidado e em cada botão descia mais os beijos, às vezes lambia só para ouvir o loiro suspirar pesadamente. Chegando no cós da calça, Sasuke fez o caminho de volta, certificando que havia desbravado todo aquele tórax definido. Tomou novamente a boca de Naruto, o beijo a cada segundo ficava mais ávido. Ambos queriam se entregar de corpo e alma para aquele que sempre amaram e não podiam mais esperar. Ainda que não tivessem conversado abertamente sobre.

– Podemos pular a parte que entramos pra cabine e ir direto pra sua casa? – o loiro perguntou com dificuldade. Suas bochechas estavam vermelhas, Sasuke não sabia se era por falta de ar ou vergonha, por isso o olhou analítico. O que fez Naruto arregalar os olhos e ficar ainda mais corado – Ai, meu caralho. Isso soou errado. Não tô falando que vamos transar na sua casa, só falei lá porque tínhamos combinado e tals. E porque assim, tô tão excitado que não sei se continuarmos aqui vou conseguir parar e... – o usuratonkachi disse tão rápido que só os anos de convivência permitiam que o moreno entendesse.

– Respira, dobe – interrompeu. Mordeu o lábio inferior, pensativo, talvez devessem conversar sobre o assunto – Na verdade, queria muito transar com você essa noite – segredou perto do ouvido do outro; não queria que Naruto o visse tão corado.

– Sério? – a voz do dobe saiu mais alto que um murmúrio. O Uchiha só conseguia assentir contra sua pele. Sentiu que o loiro engoliu a seco – Então definitivamente precisamos ir pra sua casa.

O loiro ficou encarregado de chamar o Uber, enquanto abotoavam as camisas e ajeitavam a gravata. Os cabelos bagunçados e os lábios inchados não escondiam o que faziam ali dentro, mas não é como se ligassem de qualquer maneira. Se dirigiram para fora do salão de festas, demoraria apenas dois minutos para o motorista chegar; aproveitaram para não deixar todo aquele tesão morrer, se beijaram até o fôlego faltar, colocando as testas e sorrindo cúmplice ao final. Até que o carro pedido chegou e indicaram o endereço. As mãos continuavam juntas, discretamente – como se o motorista não pudesse ver pelo retrovisor –, no banco de trás, enquanto cada um mergulhava em pensamentos.

Transariam. Perderia a virgindade com a pessoa que sempre desejou. Ainda assim. Era assustador. E se doesse ou infringisse dor no outro? Até porque não haviam decidido quem seria o passivo. E se não fosse bom? Se isso fizesse toda aquela química que tinham reagir de uma forma totalmente contrária? Cansado de pensar e sentindo o oceano lhe analisar, Sasuke se virou para Naruto e sorriu gentil. Não importa como fosse. Seria com Naruto e isso bastava.

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Se encontravam no quarto de Sasuke.

Um de frente pro outro.

Distantes.

E em completo silêncio.

Todo aquele desejo enlouquecedor que os atingia antes, agora parecia que nunca existiu. Ambos estavam corados e um tanto desconfortável com a situação, porque... Bom, tinham muitas razões plausíveis que explicavam a repentina e desastrosa mudança: para começar nunca tinham passado do estágio de mãos bobas, com qualquer pessoa que se relacionaram; sem contar que fazia anos que não se viam nus e muita coisa mudou desde seus oito anos – nessa semana que estavam ficando apenas ficaram de cueca na frente do outro. Além da inexperiência, nunca tinham se entregado tanto para alguém; também se questionavam se não estavam indo rápido demais.

Como de costume, fora Naruto quem quebrou o silêncio.

– Er... Foi muito bom o baile hoje e tals... Acho que agora eu vou pra casa – coçou a nuca, sinal de que estava nervoso.

– Dobe! Pelo amor de deus, onde você pensa que tá indo? São tipo 2 da manhã! Não vou deixar sair dessa casa! – Sasuke se exaltou, em um tom baixo para não acordar os pais.

– Eu não aguento mais isso, teme! – fez uma cara chorosa – A gente combinou de transar, mas ai na volta você ficou quieto e não disse desde que a gente chegou. Você tá me enlouquecendo! – a voz do loiro aumentava a cada palavra.

– Será que dá pra falar mais baixo que meus pais estão dormindo, usuratonkachi?! – o moreno repreendeu, ganhando um encolher de ombros como resposta – Nem vem me acusar, que você também não disse uma sequer palavra. Logo você que nunca cala a porra da boca – o Uchiha não queria soar tão irritado, o problema é que não conseguiu se controlar.

– Me desculpa se eu nunca fiz sexo antes. Nem com uma maldita menina – se defendeu.

– Eu também nunca transei, lembra?! E, a propósito, você também tá me enlouquecendo.

O silêncio aterrou de novo. Sasuke se sentia ridículo por estar tão inseguro quanto a isso. Estava tão confiante que até fez a merda da chuca e aquela não foi a melhor coisa que já vivenciou. Muito pelo contrário. Nada justificava a hesitação de ambos. De todas as coisas que acreditou que poderia dar errado, aquela, com certeza, não estava em seus planos.

– Não acredito que fiz chuca pra isso – o moreno disse baixinho, só para si mesmo.

– Você fez chuca? – o loiro se exaltou novamente. Claro que Naruto escutaria, estavam tudo tão quieto que dava para ouvir a respiração de seus pais no outro quarto.

– Fiz né, dobe?! Não queria cagar na primeira vez...Literalmente... – quis morrer. E a risada do Uzumaki nada ajudou; esperava que a terra o engolisse.

– Pera ai... Deixa eu ver se entendi... Você já estava planejando transar hoje... E ainda que seria o passivo?! – Naruto dizia no intervalo de sua gargalhada – Eu não acredito nisso! – o dobe não parava de rir, quase rolava pelo chão do quarto. Então o Uchiha lhe deu as costas. Precisou de um minuto inteiro para ele se recompor e sentar próximo de Sasuke – Ei. Não precisa ter vergonha. Também estava querendo, tanto que passei a tarde me depilando... – usou um tom brando.

– É só que... – respirou fundo, ainda sem se voltar para olhar o outro – Tu não disse nada e fiquei imaginando que talvez você achasse que a gente tá indo rápido demais ou que não estava tão preparado quanto imaginou... – disse baixinho. Respirou mais uma vez e virou para o outro. Os olhos azuis que amava tanto lhe pediam para continuar falando – Digo, a gente tem todo o tempo do mundo, Naru. Não precisamos apressar nada – o sorriso gentil que brotou nos lábios do outro fez o corpo de Sasuke relaxar.

– Já disse que quero isso tanto quanto você. – segurou a mão pálida do outro – Eu quero você, teme – uniu as testas – Desde que estejamos juntos, sei que tudo vai dar certo – sorriram. O interior do moreno se revirou em alívio – E você fica uma gracinha corado, teme.

– Cala boca, usuratonkachi. Não é como se você estivesse melhor – retrucou com falsa represália. Outro silêncio, agora aconchegante e suave – Vamos mesmo fazer isso? – Naruto apenas assentiu, olhando no fundo de seus olhos e apertando a mão que segurava. Estava confiante e, se o moreno pensasse direito, lembraria que o amigo nunca voltava atrás com a palavra.

– Será que dá pra parar de me perguntar e me beijar logo? – o loiro fingiu irritação.

Atendendo ao pedido, Sasuke terminou a distância que existia entre as bocas – que nem era tanta assim. E o beijo fora diferente dos que trocaram no banheiro. Não havia pressa; fome; hormônios aflorados. Encaixaram um lábio no outro, suavemente; Naruto mordeu e sugou seu lábio inferior e, de prontidão, o Uchiha deu passagem para a língua. Era lento; apaixonado; amoroso. Havia amor ali.

Exploraram a boca um do outro como na primeira vez. E tudo voltou a ficar quente, mas não um quente desesperador; era sensual, envolvente. Em todas as vezes que sonhou com esse momento, nada se equiparava a realidade.

Os paletós e gravatas tinham sido retirados quando entraram no quarto, sobrando retirar a camisa e calça; peças que Sasuke já queria se ver livre desses empecilhos. Por isso, tratou de, mais uma vez, cuidadosamente abrir os botões da camisa do loiro – Kushina mataria os dois se perdessem um botão sequer. Foi deitando Naruto devagar ali mesmo no chão, assim que retirou a camisa, este não se opôs (não conseguia pensar direito, a bem verdade era que pensar demais nas coisas não fazia parte do vocabulário do loiro). O Uchiha começou a beijar suas bochechas; desceu para a garganta e ombros; chegando no peitoral, sentou, rapidamente, nas pernas do outro e admirou. O loiro corou de vergonha, se sentia ainda mais nu sob aqueles olhos tão pretos o que fez Sasuke sorrir.

Voltou a beijar seu corpo, explorando os mamilos com a língua – um tanto receoso porque não sabia se o dobe era sensível naquele lugar –, lambia e mordiscava de leve, ouvindo a respiração de Naruto pesar um pouco mais, ao passo que puxava os cabelos pretos; foi descendo, beijando e lambendo a barriga, dando um carinho especial nos "gominhos" singelos que o Uzumaki possuía. Sentia a ereção ficando cada vez mais perceptível, assim como a do dobe. Arrodeou o umbigo com a língua e na hora que ia desabotoar o cinto do outro....

– Oe, teme! Não é só você que vai ter toda a diversão me provocando não! – o usuratonkachi o interrompeu, puxando com um pouco mais de força o seu cabelo – Agora deita ai.

O moreno deu de ombros e deitou. Naruto logo de ficar entre suas pernas e voltou a beijá-lo, tão lento quanto antes. Era gostoso assim. O tesão era ainda maior. Sasuke circulou a cintura, atritando os pênis. E uma onda de excitação percorreu os corpos de ambos. Não demorou muito para que o loiro mordesse sua bochecha esquerda e o maxilar do lado direito, bem de levinho. Provocante. As mãos passaram pelo tronco do Uchiha ainda por cima da camisa, só então começou a desabotoá-la. Os lábios roçavam de leve a pele branca imaculada, depois vinha a língua exploradora, junto com alguns pequenos chupões. Sasuke jurava que morreria fervendo em volúpia.

– Você é um maldito mesmo. Malditamente lindo, perfeito e cheiroso. Caralho que cheiro bom, Sas – o loiro sussurrava contra seu pescoço. O pau de Sasuke já estava muito duro.

Assim que a peça de roupa foi jogada de lado, o moreno imaginou que sentiria menos calor. Ledo engano. Assim que sentiu a língua do loiro voltar a desbravar sua pele, tudo ficou ainda mais quente. Naruto desceu os beijos até seus mamilos e ali ficou. Sério. Por muito tempo o dobe sugava e assoprava essa parte de seu corpo. Já estava ficando de saco cheio.

– Porra, Naruto. Já chega, caralho! Parece que você amamentando – empurrou com certa força o garoto para longe de seus mamilos.

– Achei que você tivesse gostando... Quando você fez em mim foi bom pra caralho.

– Eu tava. Mas ai você passou a chupar eles demais. É meio estranho...

– E que tal isso...? – a grande ideia de Naruto foi de apertar forte os mamilos de Sasuke. Mas a exclamação de dor do outro, só piorou a situação – Achei que seria mais gostoso se eu apertasse um pouco.

– Um pouco? Tu quase arrancou meu mamilo fora, seu idiota – talvez o moreno tenha sido um duro demais.

– Desculpa – a vermelhidão no rosto de Naruto era tanta que o Uchiha apostaria que todo o sangue do corpo dele fora para ali na cabeça. Achou aquilo tão fofo, porque tudo o que o dobe estava fazendo era tentar agradá-lo. Riu de leve – Por que você tá rindo de mim, seu maldito?

– De você exagerando sobre isso. Tá tudo bem. Ainda temos muito o que descobrir... – beijou a testa do outro.

E as coisas voltaram a esquentar. O beijo lento e as respirações pesadas e ofegantes retornaram. O Uchiha foi novamente deitado; agora o loiro explorava o tórax, lambendo e raspando os dentes, instigando lugares que o moreno não achava possível. Desabotoou o cinto, em seguida, a calça; antes de puxá-la para baixo, lambeu o volume que despontava. Sasuke revirou os olhos. Se viu livre de mais uma peça, menos do calor. Estava febril de tesão.

O Uzumaki parou por alguns segundos antes de tirar sua boxer preta. E nesse intervalo de tempo, Sasuke jurou que ele daria pra trás. Entretanto, um sorriso extremamente malicioso e sensual brotou no rosto de seu amado, que o moreno respondeu com uma mordida de leve no lábio inferior. Se olharam profundamente. Agora não teria mais volta. A última peça foi retirada de seu corpo. Sua ereção estava exposta. Sasuke estava completamente despido. De roupas e alma.

– Uou – o loiro soltou baixo.

– Ei – puxou o rosto de Naruto para olhar pro seu – Só eu que tô completamente pelado. Isso não é nada justo. Tira logo essa calça! – ditou impaciente.

O loiro, corado (não teve um momento em que ambos não estivessem), levantou e tirou as calças. O moreno aproveitou para deitar-se na cama, por que raios estavam no chão mesmo?! Quando virou para encarar o outro se deparou com a famosa cor preferida do melhor amigo: laranja. Era a cor da cueca do loiro – que em nada chocou o Uchiha. A boxer de cor berrante contrastava com o bronzeado da pele de Naruto e o deixava magnífico.

– Vem cá. Deixa eu tirar a sua cueca – o garoto de olhos negros pediu, com traços de insegurança na voz.

O loiro riu leve e se aproximou. Agora o Uchiha estava sentado na cama e, quando o loiro chegou na beirada, o moreno não hesitou em lamber seu volume – devolvendo a provocação de outrora. Naruto gemeu e arrepiou. Aquilo era bom para um cacete. Sasuke não queria mais perder tempo e tratou de tirar aquele obstáculo.

Agora estavam os dois nus. Completamente. E entregues ao outro. Não tinha mais volta.

– Espera. O seu pau é maior que o meu? Pera, teme. Eu ainda não terminei de olhar – Naruto protestava contra as investidas do moreno em lhe beijar. Queria marcar cada detalhe, cada pequena coisa do corpo do Uchiha em sua memória, para nunca esquecer da visão daquele homem perfeito. Vendo que não obteria êxito e na vontade de gravar aquele corpo escultural na mente. Sasuke passou a admirá-lo também – Sas... – Naruto o chamou baixinho – você pode me tocar se quiser.

– Então deita aqui, dobe – o loiro obedeceu.

Ok. Antes de mais nada. Entenda. Sasuke não tinha realmente visto um pênis em sua vida. Não ao vivo, nem a cores. O que acontece a seguir faz parte de um sentimento que ninguém fala que existe entre os Uchihas (apesar de ser muito comum) e que o moreno estava mostrando muito hoje. A insegurança. A desgraçada.

Bem, quando Naruto disse que queria ser tocado, quis dizer tipo "toca uma punheta pra mim, cara". Mas a insegurança do moreno falou mais alto e ele, por impulso, agiu de uma maneira diferente e incomum. Basicamente, Sasuke tocou na cabeça do pau do Naruto com o dedo. Uma cutucada, por assim dizer. Você já conhece um pouco da personalidade do furacão laranja, certo? Sendo assim você consegue imaginar qual foi a reação daquele dobe, certo?

E se você pensou que ele gargalhou até não sobrar ar nenhum para respirar. Portanto, você certou. Meus parabéns.

– Vo..cê... cu... tucou... o me..u... pau... – era, irrevogavelmente, uma excelente momento para um raio atingir a cabeça do moreno. Queria morrer – Nã...ão...fo.oi... o ... que... ima..gin..nei, quando... dis...se... pra...tu... me...to..car.

– Cala boca! Eu sei! Eu só... – tentou se justificar, tropeçando nas palavras.

– Aaah. Você é tããããão fofo, Sas! Não consigo lidar – vendo que o outro ficara muito incomodado com a situação, tentou parar de rir e ajudar o outro, distribuindo beijos por todo rosto dele.

– Usuratonkachi – mesmo que estivesse envergonhado, tinha que admitir que foi engraçado.

Decidiu que faria o outro parar de rir de vez e voltaria a tomar rédea da situação. Passou a tocar um punheta para o loiro, que se calou na hora. O vai e vem da mão de Sasuke era lento; torturante. Naruto gemeu; ofegou; suspirou. Aquilo era muito bom. A cada som novo, o moreno aumentava a velocidade; para aumentar o castigo, o Uchiha massageava a glande devagar, passando o dedão na fenda.

A sensação térmica era: o inferno é mais fresco. Ver as reações de Naruto abaixo de si, contorcendo, revirando os olhos era demais para a sanidade de Sasuke. Apesar de não receber estímulo nenhum, dar prazer para o loiro era o melhor dos prazeres. Mas ainda não sentia que devia dar mais e queria muito tentar algo. Por isso foi descendo até a altura do pênis do outro. Olhou para o dobe e ele estava com o olhar fixo em si, não piscava ou respirava em expectativa. Sasuke sorriu malicioso e, sem desgrudar os olhos pretos dos azuis, lambeu levemente a cabeça do pau do dobe.

– Oh, porra – ouviu ele suspirar. Ainda com os olhares fixos.

Lambeu mais uma vez e outra e outra. Sem desviar ou piscar os olhos. Queria gravar todas as reações de prazer que estava proporcionando a Naruto. Ousou e sugou a glande. O loiro arqueou a cabeça pra trás e gemeu sem som. Repetiu o processo, agora passando a língua. Queimaria em tesão só com aquela imagem. Por fim, colocou o pau de Naruto na boca, até onde conseguiu pelo menos. O loiro poderia ter a rola pouco menor que a sua, mas era, inquestionavelmente, mais grossa do que a de Sasuke. Subia e descia no pau do dobe e este tratou de puxar seu cabelo, sem forçar nenhum ritmo, nem nada; chegava na glande, sugava, para enterrar sua boca de volta. Os gemidos do loiro ficavam mais altos e o corpo bronzeado tremia; quando achou que ele gozaria, o Uzumaki puxou forte seus cabelos. Deu mais uma lambida e terminou o boquete.

– Cadê as risadinhas agora, hein usuratonkachi? – provocou.

– Não me lembra que eu vou começar rir de novo, teme – Naruto sentou e retomou os lábios do moreno para si.

O beijo era um tanto mais voraz, mas ainda era bom. Muito bom. Beijar Naruto, num geral, era mais que perfeito. Em meio a carícias, beijos e mãos que se exploram, o loiro trocou de lugar com o Uchiha, fazendo o mesmo se deitar na cama. Estava na hora de retribuir. Foi descendo entre beijos e lambidas – passando longe dos mamilos e sem deixar de olhar no fundo dos olhos pretos –, até chegar e ficar de frente com a ereção do teme. Parou. Sasuke prendeu a respiração pro que estava por vir; seria o primeiro boquete que receberia.

Passou reto. Sim. Naruto ignorou toda a grandeza que era seu pau. E surpreendeu o Uchiha, que quase gemeu alto o suficiente para acordar os pais. Ele foi até suas bolas e, sem rodeios, chupou cada um dos seus testículos. E, porra, aquilo era bom. Bom, o caralho. Aquilo era ótimo. A língua, que rodeava suas bolas, lambeu o períneo. Nesse momento, a cabeça de Sasuke girou. A lambida somada com os olhos azuis nublados de tesão era pedir demais. O conjunto quase fez o moreno gozar, sem que o loiro tenha encostado em seu pênis. Onde o dobe havia aprendido a fazer isso?

Não demorou muito para o usuratonkachi dar atenção ao seu pênis. Não se fez de rogado e tratou de chupar demoradamente a cabeça do pau do outro, em seguida colocando até onde conseguia em sua boca. O vai e vem era rápido e Sasuke podia sentir o outro gemendo, as cordas vocais faziam seu pau vibrar. Ele mesmo não se continha mais, até porque não havia explicação lógica para tal, e também gemia e ofegava. E se você pensou que o loiro parou por ai?! Está enganado. Como se os sons e reações do corpo do Uchiha fossem combustível, Naruto, depois de sentir o pré-gozo em seu paladar, resolveu dar um belo beijo grego em Sasuke. Lembrem-se que o beijo do loiro era o melhor que já experimentara.

Assim que o viu descer novamente, lamber o períneo mais uma vez e erguer sua perna, o moreno não acreditou que ele realmente faria aquilo. Na primeira lambida, o garoto de olhos pretos se sentiu estranho, o que o dobe queria com aquilo? Mas a cada nova investida, uma sensação diferente. Quase rebolava contra a cara do outro. Enlouqueceria. Gozaria.

– Hey, dobe. Assim vou vir antes da hora – Sasuke avisou meio sôfrego, meio divertido. A risadinha safada do loiro deixava tudo melhor – Onde você aprendeu a fazer coisas assim?

– Fiz minha lição de casa – de novo aquele maldito sorriso malicioso – Ah, não quero você pense que, porque de dei um beijo grego, quero que você seja o passivo – o moreno, que beijava o pescoço bronzeado parou e refletiu. Se era tão bom só com lambidas, imagina como seria quando Naruto lhe atingisse a próstata.

– Eu sei disso, dobe. Mas não ligo sobre posição nenhuma. Desde que seja com você, já está perfeito – afagou a bochecha com marquinhas – Além do mais, confio em você – selou os lábios.

– Tudo bem. Se doer ou eu te machucar, você me fala que eu paro – o loiro parecia um tanto aflito, não gostava de machucar as pessoas.

Sasuke alcançou a camisinha e o tubo lubrificante, no criado-mudo ao lado da cama. Entregou-os para Naruto. Viu que o loiro tremia levemente e sorriu carinhoso. Selou seus lábios novamente nos alheios. Confiava cegamente nele. O viu colocar a camisinha e passar o lubrificante nos dedos, enquanto se ajeitava na cama e colocava um travesseiro embaixo de sua bunda. O estômago gelou. O Uzumaki olhou no fundo dos seus olhos e sorriu calmo – se acalmavam toda vez que o outro estava prestes a surtar. Sasuke acenou. Os dedos com o líquido gelado e espesso tocaram em seu ânus. Mordeu o lábio. Era estranho.

– Você tem certeza disso? Eu posso ser o pas... – o dobe começou a falar, com uma careta de preocupação. Algo no rosto de Sasuke devia denunciar o incômodo.

– Hey. Tá tudo bem. Só enfia logo esse dedo, porque a demora me deixa mais apreensivo – o moreno interrompeu. Sabia que se não fosse logo, o loiro poderia dar pra trás por pensar demais. E isso era a última coisa que o Uchiha queria.

Se beijaram por um tempo, antes de, como requisitado, Naruto forçar o dedo em sua entrada. Que fora mais fácil de entrar do que esperava. Devia ser pela grande quantidade de lubrificante. Começou a explorar o canal do outro, fazendo movimentos circulares e logo partiu para a simulação de penetração. Sasuke ainda achava bem estranho. Não sentia nenhum prazer. O loiro o olhava, analisando, estudando cada reação em expectativa. Até que, num movimento que o moreno não sabe muito bem, o outro atingiu um lugar especial. Sua próstata.

– Ai... Ai, Naruto – falou baixo, mas bem audível pro outro que começou a "estocar" no local. O deleite era grande. Fazia o moreno se sentir nas nuvens.

Então o segundo dedo entrou. E o prazer foi embora. Porque sentiu dor, já que o dobe parou de estimular sua próstata para alargar seu ânus. O corpo enrijeceu. O cu trancou. Literalmente. Dificultando qualquer trabalho do loiro. Que para relaxar mais o moreno, voltou a lhe chupar. Enquanto sugava a cabeça do pau de Sasuke com vontade, como se fosse o picolé mais saboroso, Naruto intensificou os movimentos de tesoura; o Uchiha não sabia decifrar o que sentia, já que o prazer do boquete que estava recebendo era enlouquecedor, mas o incômodo da bunda ainda estava lá. Os olhos cor de oceano em fúria pelo tesão o observava ainda, captando o momento exato que o rosto de Sasuke se contorceu em puro deleite. Penetrou mais um dígito.

O terceiro veio num momento em que o moreno não notou. A cabeça rodou porque Naruto aumentou a velocidade do oral e a outra mão acariciou as bolas e o períneo. Só que, no segundo seguinte que a alma voltou ao corpo, Sasuke sentiu dor novamente. Com o terceiro a invasão era ainda pior. Naruto apenas relava em seu ponto de prazer, estava mais focado em alargar o máximo possível o outro para a penetração real não ser tão invasiva. Entretanto, a estratégia mudou quando notou a dor alheia e voltou a apertar a parte de textura mais firme do outro, ao passo que passava a mão nas coxas e virilha do outro.

Sentiu de novo aquele bem-estar espalhar por todo seu corpo. Era muito bom. Mas queria mais. Precisava que o usuratonkachi o preenchesse. Não aguentava mais esperar. Estava preparado.

– Dobe. Já pode meter – pediu ofegante. A voz estava ficando cada vez mais rouca.

– Graças aos céus. Ver você engolindo meus dedos está me enlouquecendo, teme.

O loiro o beijou com carinho. Amor. O Uchiha não poderia estar mais feliz. E devagar, bem devagar, na verdade, Naruto começou a penetrar. O moreno sentiu como se estivesse sendo partido ao meio, afinal o Uzumaki não era a pessoa mais fina do mundo. Ardia um pouco e incomodava muito. Uma lágrima brotou no seu olho esquerdo, fazendo o loiro parar.

– Tá tudo bem? Tá doendo? Eu vou parar, você tá sentindo dor – o de olhos azuis metralhou, bem preocupado. Sasuke engoliu a seco antes de responder.

– Nem pense nisso, dobe! A dor é suportável, pode continuar.

O loiro retomou o que estava fazendo e, quando seu pau já estava completamente dentro de Sasuke, esperou. Sabia que devia doer ser aberto daquela forma. E, mesmo que o canal do melhor amigo o apertasse muito, querendo o expulsar, Naruto se controlou. O Uchiha se sentia agradecido e com vontade de cagar, sabia que era falsa, mas, mesmo assim, ficou um pouquinho apreensivo. Não comeu nada pesado, só comida leve como recomendado. Agradeceu por ter feito toda aquela exaustiva pesquisa. Nesse meio tempo o loiro se dedicava a acariciar as coxas, o dorso e o pênis do moreno.

Com um pequeno aceno, a permissão para começar a estocar veio. E, como estavam fazendo esse tempo todo, devagar, Naruto saiu e entrou. Agora, além de lhe estocar, o loiro batia uma punheta para o moreno, no mesmo ritmo. O deleite e sofrimento se misturavam. As estocadas iam ganhando velocidade e precisão. A mão em seu pênis acompanhava. Naruto levantou a sua perna esquerda e a colocou em seu ombro direito, para poder penetrar melhor. Os gemidos que o Uzumaki soltava enlouqueciam pouco a pouco o Uchiha, que não demorou para também vocalizar o prazer.

Em determinado momento, o dobe atingiu sua próstata. Sasuke arqueou fortemente as costas e mordeu sua mão para conter uma exclamação mais alta em sua garganta. Caralho aquilo era surreal. Vendo a reação do outro, o loiro passou a meter naquele lugar em especial. Ao passo que beijava e lambia a pele suada do pescoço do moreno, para também conter os gemidos. Se beijavam afoitos, era mais língua do que lábios, não que isso importasse. Estavam ofegantes.

Os olhos se encontraram. Azuis e pretos. Oceanos e buracos negros. Havia amor. Somente amor. Transbordando aos montes. Sugando suas almas e unindo em uma só. Era inexplicável. Surreal. Aconchegante.

Sasuke se sentia completo. De corpo, alma e espírito.

Amava Naruto, ama e amaria até a eternidade. Nessa e em outras vidas. E, especialmente neste momento, estava amando ainda mais seu dobe. Quis dizer isso a ele, mas não conseguiu. O que saiu de sua boca fora um gemido arrastado. Estava tão próximo de seu orgasmo, que não formulava nenhuma frase conexa.

Mais duas estocadas e vieram. Juntos. As cabeças giraram. Os corpos tremeram. Os músculos tencionaram para, então, relaxar. Os maiores sorrisos que já deram despontavam em seus rostos. A respiração estava como nunca desregulada. O melhor orgasmo de suas vidas. De novo, o encontro de olhares. Sorriram ainda mais. Queriam dizer que se amavam. Mas não disseram, porque não precisavam. Estava ali a prova do seu amor.

O gozo de Sasuke sujou o abdômen de ambos. Naruto saiu de dentro de si; era um tanto estranho, para o moreno, não ter nada ali o completando. O loiro levantou e foi no banheiro retirar a camisinha; o Uchiha não confiava tanto assim em suas pernas. O outro voltou com uma toalha molhada e limpou a sujeira que havia feito em seu corpo, para jogá-la em um canto qualquer do quarto.

– Caralho, teme! Esse foi o melhor dia de toda minha vida! – sua voz ainda estava rouca.

– Cala a boca, usuratonkachi. Vem dormir – apesar o tom autoritário, o sorriso meigo e olhar apaixonado de Sasuke estavam presentes. Puxou o loiro para deitar em seu peito.

– Certeza que não quer uma segunda rodada? Posso ser o passivo – sugeriu o loiro, mas a cara de sono o denunciava.

– Shiiiiu. É hora de dormir, Naru – afagou o cabelo loiro. O Uzumaki levantou a cabeça e olhou o Uchiha nos olhos.

– Obrigado, Sas. Por ter sido meu primeiro. Foi muito especial para mim – a voz era branda, apaixonada. Sabiam que aquilo era uma declaração. Os olhos entregavam.

– Eu também sinto o mesmo, dobe – sorriram bobos.

O cansaço da noite os atingiu em cheio. Exaustos, assim que fecharam os olhos e se acomodaram, caíram em sono profundo. Com o coração preenchido de alegria. E dormiram com a plena certeza de que viriam muitas mudanças em suas vidas, mas desde que continuassem juntos, tudo estaria bem. 

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É isso! Espero que tenham gostado porque eu amei escrever esse cap.  

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