Meu amigo não tão imaginário...

By nicolypachecos

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Clínicas, psicólogos e sessões com os orientadores do colégio resumiam grande parte da infância de Jeon Jeong... More

♡ avisos ♡
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By nicolypachecos

oi pessoal uwu *finge que não esqueceu do wattpad por quase um mês*

quero avisar umas coisinhas aqui que eu não avisei antes, mas:

1. manti tem uma playlist! e vou deixar o link dela no meu perfil~

2. eu quero dar um chute de amor em voces porque MANTI COMPLETOU MIL VOTOS AQUI. SHOOK. SHOOOOOOK. OBRIGADA POR TUDO CARAAAAAAAAALHOIOOOOOOOOO

3. eu postei uma fic nova aqui e adoraria se vocês dessem uma olhadinha :( vou deixar a sinopse lá no final.

boa leitura! sz~

💜

Como assim ele sabe dirigir uma moto?

Jimin hyung sorriu um pouco, não mais com suas roupas sociais do baile de formatura. O cabelo alheio estava desgrenhado de um jeito extremamente legal e ele trajava uma de jaqueta de couro, botas. Cara, que estiloso.

— Oi, meu bem. — Lá vem ele me chamando de meu bem, aish...

— O-oi, você... — Já iria perguntar sobre a moto, mas quando Jimin sorriu ainda mais, eu me calei.

— Vem. — Entregou-me um capacete, me tendo um pouco curioso e confuso. — Ainda bem que esse seu jantar acabou cedo. — Jimin murmurou, fazendo minhas bochechas arderem.

— Cedo? Já é meia noite — falei, checando as horas no meu celular antes de me aproximar o bastante para segurar o capacete. Entreguei meu telefone para ele também.

Jimin riu um pouco.

— Ainda está cedo. — Sorriu um pouco e, novamente fiquei um pouco vermelho.

Cara, que diferente.

Jimin, para mim, é sempre tão fofo, e lindo, e adorável. Mas... ele estava todo, assim... Sei lá. Era tão diferente aquela sua postura. Eu definitivamente me sentia intimidado. Mas não de um jeito ruim, digo... há um lado bom quando sentimos-nos intimidados? Aish, eu não sei. Mas o estilo dele estava mexendo comigo, e era de um jeito muito bom.

Comecei a colocar o capacete, mas quando passava-o pela minha testa, Jimin segurou minha mão e me impediu, selando minha boca com um beijinho repentino e abraçando minha cintura com o braço livre. Sorri um pouco, tentando não me importar com os caras lá na frente do restaurante e beijando-o de volta.

Até que eu brinquei, mandando-o me deixar colocar o capacete de uma vez. Sorriu, ainda fofo, e eu finalmente coloquei aquela bagaça na minha cabeça, subindo — com muito cuidado e sendo bem atrapalhado — na garupa logo depois.

Deus.

Quase gritei quando Jimin acelerou aquela coisa, porque, puta merda meu Deus do céu, Park Jimin estava indo rápido demais! Abracei sua cintura, me aproximando ainda mais e podendo vê-lo sorrir um pouco, provavelmente entretido com meu jeito amedrontado. A moto continuou bem rápida e o filho da mãeestava passando por entre os carros como se eles fossem os obstáculos mais fáceis do mundo! Aquilo me intrigava muito. Que medo, Jesus.

O vento trouxe sua jaqueta e blusa para trás e quando firmei minhas mãos em sua cintura, acabei por tocar-lhe diretamente na pele. Sorri um pouco ao que ele se arrepiou de frio, sorrindo também. Gostei da sensação da ventania e de todo aquele contato que era estar abraçadinho ao Jimin em uma moto, acabando por deixar meu sorriso crescer mais e mais em meu rosto.

Céus, eu me sinto tão vivo quando estou com ele.

Quando ele foi bem mais rápido, eu comecei a rir um pouco, de felicidade. Quando eu ia na garupa de Minhyuk — porque ele é a única pessoa que conheço que anda de moto —, era realmente entediante. Digo, andar de moto para mim, era só outra coisa normal! Só que naquele momento estava maravilhoso demais. Tão bom.

Admito que realmente toquei Take On Me exatamente nos minutos e segundos 3:07 quando Jimin aumentou a velocidade porque, convenhamos, era uma trilha sonora e tanto para o momento. Aquele clima recheado de adrenalina e paixão me deixou todo arrepiado e a música ainda mais, mesmo que ela soasse apenas dentro da minha cabeça.

Eu sou o adolescente mais feliz do mundo.

Assim que paramos, em frente à uma casa desconhecida, fora eu quem desceu primeiro. Resmunguei surpreso, quase que caindo pelo desequilíbrio e ouvindo Jimin rir, descendo depois e me dando um abraço de lado meio dengoso. Olhei para seu rosto logo depois e...

Oh, ele está com suas lentes...

— Como você está? — perguntou de repente, ainda me abraçando um pouco.

— Estou bem — Sorri. — E você?

— Bem também. — Pfft, que aleatório.

Abraçou-me de lado e depois abriu o portão da casa desconhecida, onde tocava música alta e boa. Sério, não era aquelas batidas estrondosas com letras sem sentido. Era música de verdade.

Entramos e eu não me sentia tão intimidado como da última vez que compareci a uma festa dos amigos de Jimin hyung. Isso porque dessa vez eu e ele estávamos muito agarrados, tipo, abraçados mesmo. Era difícil de andar, mas até que continuava sendo bom.

Bom demais.

— Quer beber algo? — perguntou no pé da minha orelha, fazendo-me assentir minimamente. Jimin segurou meu braço e nós finalmente entramos na casa.

Uau.

Jesus...

Bem, é. O cheiro estava bem ruim lá dentro. Muito fedor de cigarro, fumaça, era um cheiro muito horrível. Jimin me puxou com mais força e deixamos o cômodo fedorento para adentrar uma cozinha espaçosa, e até que lá estava mais cheirosinho.

— Quem mora aqui? — perguntei ao que vi como ele abriu a geladeira, como se já fosse de casa.

— Jongin — respondeu, analisando as bebidas. — O que você quer beber?

— Refrigerante. — Eu respondi.

Ele pegou uma garrafinha de vidro de refri pra mim e abriu-a, depois sorriu, me entregando. Dei um gole, tentando desviar o olhar para outra coisa que não fosse ele. Ele estava me olhando demais, com aquele olhar afetivo... Isso me deixa verdadeiramente encabulado.

Até parecia que estava admirando algo, aish...

Não é por nada não, mas 'num tem muita coisa para se admirar em mim não.

— O que foi? — perguntei, rindo um pouco embaraçado.

Deu de ombros, sentando-se na bancada e fitando-me nos olhos. Lambi os lábios, ficando em sua frente.

— Você fica uma gracinha de camisa social — disse Jimin e, droga, só serviu para me deixar ainda mais embaraçado.

— Você também- — Arrependi-me na hora. Ele nem está usando blusa social!

Ele riu da minha cara. Claro que riu...

Planejei fingir-me de bravo, digo, só fiz o bico que sempre faço, bebendo meu refrigerante e sentindo minhas bochechas arderem. Tsc, pra que rir de mim assim?

Jimin começou a sorrir muito, levando a mão até meu rosto e afagando minha bochecha com o polegar gelado; os dedos frios pelo clima de dezembro. Voltei o olhar para ele e este já estava me olhando. De novo. Sério, aquela encarada toda dele hoje estava me deixava muito perdido.

— Por que está me olhando assim? — perguntei, um tanto quanto intimidado. Jimin riu.

— Eu sempre te olho assim, mas dessa vez tô deixando você perceber — respondeu e ergui uma das sobrancelhas, surpreso e envergonhado. — A sua mãe me cumprimentou do nada hoje, eu fiquei morrendo de vergonha! — disse e meu rosto ardeu, claramente morrendo de vergonha apenas de pensar naquilo acontecendo também. Eu estava surpreso.

Por que diabos ela...?

— Cumprimentou?

— É, ela falou comigo no estacionamento quando eu estava indo 'pro campo, beber com o pessoal antes de entrar no ginásio — contou e eu me lembrei de que, nessa hora, eu estava com Taehyung e Hoseok. Oh... — Fiquei pensando... sabe, como ela sabia quem eu era? Foi do nada! Eu agi tão estranho, estava tão surpreso, aish... — Cobriu o rosto com suas mãozinhas e consegui rir um pouco.

— Eu falei de você para ela. Ela deve ter reconhecido seu nome quando você estava discursando e quis te cumprimentar. — Eu contei, vendo-o repentinamente colocar uma bala em sua boca.

— Falou?

— Falei... Quando estava dormindo demais na sua casa, precisei contar algumas coisas. — Oh, é a primeira vez que admito isso para ele. — Pra ela entender que eu tinha que estar com você e não ficar paranóica, me prendendo dentro de casa, sabe? No fim, acabou que ela entendeu — Engoli em seco. — Não tem problema... Né?

Fiquei claramente encabulado naquele momento, com medo de ter feito merda ao admitir que contei coisas sobre ele para outra pessoa. Mesmo que essa pessoa fosse minha mãe.

Jimin apenas sorriu.

— Sem problema, você sabe o que faz. — Ele disse, acariciando-me os ombros. — Então, você... se assumiu?

Ah-

— Na verdade, não... — Ouvi-o rir de mim. — O quê?

— Sei lá, é que você parece ter medo disso. — Juntei as sobrancelhas, fitando-o. — Desse lance de se assumir e tal — explicou e eu só dei de ombros. Bem... aquilo era verdade. — Por quê? Sua mãe não me parece ser do tipo que tem mente fechada...

— E ela não tem.

— O seu pai tem, então? — Neguei com a cabeça, coçando a nuca. Desviei o olhar. — Então...?

Suspirei um pouco, mas logo cedi e fitei ele de volta. Ah, bem... Era um assunto constrangedor, meio delicado.

Tá. Não serei dramático, não era tão delicado assim. Tipo, eu só não queria "sair do armário" mesmo...

— Não é nada disso — Suspirei. — É que eles ficam tão animados com essa ideia d'eu namorar. Meu pai fica doido de alegre quando tô perto da Eunbi, porque ele acha que vai rolar algo entre nós, então eu só... só não quero ter de ver toda essa empolgação sumir — contei, vendo como Jimin hyung prestava atenção. — Eu sei que é bobo e nem gosto desse jeito dele de me encher o saco, mas eu sinto que um lado do meu pai pode sumir se eu contar. Que ele vai parar de ser esse chato romântico, isso me preocupa... — Ofeguei, abaixando a cabeça. — Sei que é bem patético...

— Não é não...

— Ah, sei lá, é sim... — falei e ele acariciou minha cabeça, sorrindo um pouco.

— Mas uma hora você vai ter que contar. — Começou a sorrir muito e eu o olhei, curioso com o que ele iria dizer. Talvez me ajudasse a ganhar alguma coragem. — Afinal, como vai explicar pra eles os nossos treze filhos? Não dá pra falar que a gente teve porque somos amigos. — Revirou os olhos, como se aquilo fosse muito sério.

Eu definitivamente não esperava por essa, então comecei a gargalhar alto demais, ainda mais da cara dele de indignado. Meu Deus, não acredito que Jimin disse isso!

— Treze? De onde você vai tirar tanta criança? — perguntei, ainda rindo à beça.

— Jeongguk, pensa um pouco, meu bem! Criança é que nem barata, tem dez em cada esquina. — Balançou o indicador, como se estivesse ditando uma lição poética de vida. — Quando a mãe não estiver olhando, a gente pega, joga dentro do carro e cria com muito amor e carinho. Resolvido. — Ok, ele quer me matar.

— Então você planeja roubar crianças pra gente? — perguntei, ainda risonho.

— É, é bem fácil ter nenê hoje em dia, nem precisa trepar. — Ele mesmo não aguentou, ainda mais porque eu quase cuspi meu refri depois do que ele disse.

Rimos bastante e eu fechei os olhos brevemente de surpresa ao que ele selou sua boca na minha, bem rapidinho mesmo. Minhas bochechas arderam, mas Jimin continuou rindo baixinho, vermelhinho também.

Sorri, rindo engraçado daquela vergonha que desfrutávamos do nada, sempre e sem nenhuma exceção. Apenas me aproximei e abracei-o, aconchegando a cabeça em seu peito em busca de calor e conforto. Ah, eu amava quando Jimin dava um jeito de ficar mais alto do que eu.

— Certo, acho que posso contar quando roubarmos umas crianças pra gente — falei, sentindo seu peito subir e descer e o barulho da sua risada agraciar meus ouvidos. — Hyung, você vai passar o natal com quem? — perguntei de repente, fitando-o de baixo, com meu queixo no seu peito.

— Taemin hyung. — Ah... — Eu passo tudo quanto é data com ele. Natal, ano novo... — Hum.

— Ah, entendi... — Eu sorri de lado. — Ele bem que podia... ah, nada deixa.

Jesus, eu quase falei uma coisa bem patética agora.

— O quê? Agora vai ter que falar. — Jimin disse-me, esperando. Ri um pouco nervoso.

— Eu ia dizer... que espero que... você fique comigo também... — É, realmente patético. — Eu gostaria de ficar com você em datas assim.

Não pude ver sua reação por meu rosto estar deitado em sua camiseta, ouvindo o barulho melodioso do seu coração batendo. Tão quentinho...

Jimin riu baixinho.

— Não é como se ele precisasse me dividir com você — murmurou, rouco. — Um dia vamos ficar todos juntinhos... é tudo que eu mais quero, vocês são minhas pessoas favoritas. — Quando ele disse isso, só faltou a ardência chegar nas minhas orelhas. Fala sério, eu estou corando muito hoje!

Não falei nada, continuei no conforto de sua barriga, ouvindo-o falar com algumas pessoas que entravam na cozinha, que pareciam achar normal eu estar grudado e escondido nele, como se fosse um coala. Porque era assim que eu estava: abraçadinho no hyung e todo escondido mesmo.

Eles só tocavam meu ombro e falavam "oi Jungkook" e eu só resmungava um oi baixinho, sem olhá-los e sem querer sair daquele aperto tão gostosinho.

Ah, Jimin era todo macio e aconchegante, não dava pra sair dali. Do seu toque, seu calor. Eu sempre dormia como um bebê quando na mesma cama que ele. Os afagos eram absurdamente gostosos, eu até suspirava em satisfação com os dedinhos quentes e afáveis no meio da minha cabeça.

Tinha vezes que eu até tremia de tão gostoso que era.

— Você tá meio gelado. — Ele disse, afagando minha mão, que estava em sua cintura, abraçando-lhe.

— São só minhas mãos. — Eu resmunguei, querendo que ele voltasse a me mimar com suas mãozinhas. — Mnm, tá tudo bem, tá bem quentinho aqui... — murmurei, balançando a cabeça de forma arrastada, claramente pedindo por um pouco mais de cafuné.

Ele riu gostoso, colocando as mãos em minha cabeça e massageando, me fazendo suspirar satisfeito.

— Olha só o dengo — disse, rindo de mim e minha carência dengosa. — É um gatinho mesmo. Todo dengoso, e ainda ronrona. — Ele brincou, me fazendo sorrir um pouco.

— Pelo menos você pode me acariciar sem ter uma crise de espirro — falei, entrando na "brincadeira" e relembrando aquele dia distante. Jimin riu um pouco e senti alguns beijinhos na minha cabeça, seu rosto aconchegando-se ali, deitando no meu cabelo de forma gostosa.

— Realmente... — Enfim, ergui meu rosto, fitando-lhe a face. Tão lindinho. Ele sempre será fofo para mim, não importa quando. — Ei, o que é essa cicatriz no seu rosto? — perguntou, repentinamente, dedilhando a pequena cicatriz sob meu olho. Quase invisível de tão pequenininha.

— Não me lembro, devo ter caído quando neném ou foi algo que a Yein aprontou. — Ele pareceu surpreso com a última parte. Ri. — É, ela é meio encapetada nas brincadeiras.

— Sério?

— É, mas se foi por causa dela, não foi de propósito. Eu acho. Provavelmente me chamou pra brincar de pular escada e eu caí, sei lá, eu sempre fui o atrapalhado da família mesmo. — Ele riu da minha cara e apenas dei de ombros, rindo um pouco também.

— Eu também. — Sorriu. — Já tive de colocar gesso umas quatro ou seis vezes. Culpa do Taemin, vale ressaltar.

— Uma vez quase quebrei meu nariz — contei, rindo só de lembrar. — Taehyung me empurrou de uma árvore.

— Por quê?

— Foi a primeira vez que eu perguntei se ele era gay, aí ele meteu a mãozona na minha cara. — Jimin riu um pouco. — Fui de cara no chão, sangrou demais.

— Eu não o perdoaria se ele quebrasse o seu nariz. É teu maior charme. — Ele disse e ri. Ata.

— Maior erro.

— Cala a boca, eu nasci primeiro, eu tô certo. Ponto final. — Ele afirmou, cruzando seus braços e fiquei sorrindo. Ah, qual é, agora ele vai fazer eu gostar do meu nariz também?

— Você que sabe. — Desisti de negar, lamentando mentalmente quando Jimin desceu da bancada. Queria ficar abraçadinho a ele, obviamente.

Segurou minha mão e ao ver meu biquinho, me bagunçou os cabelos, dizendo algo como "Nem vem que você não vai dormir agora, Jeongguk-ah" antes de me arrastar para fora da cozinha.

Andamos um pouco e eu não sabia para onde Jimin queria me levar. Passamos por uns cômodos e, quando vi, estávamos no quintal. Lá parecia bem animado e bonito, com uma piscina azulzinha e iluminada. Piscina aquecida, cara! Isso é coisa de rico.

Algumas pessoas estavam nadando, outras lanchando... Era um churrasco. Tinha muita gente comendo hambúrguer; uma garota com cabelo curtinho estava na churrasqueira e ela parecia levar jeito com aquilo, virando a carne com uma habilidade maneira. Legal!

Eu não quis um hambúrguer por causa da quantidade de comida que ingeri no restaurante, e Jimin parecia alimentado também. Descemos a varanda e imitei ele, tirando também os meus sapatos para pisar na grama. Jimin sorria para alguns amigos, ganhando uns abraços no nosso caminho 'pro cantinho, onde tinha uma cadeira longa que cabia nós dois.

Consegui falar com umas pessoas também, na verdade, eu estava indo muito bem. Não me sentia intimidado como da primeira vez. Já sabia mais ou menos quem era quem, e se não sabia, eu conseguia cumprimentar e até mesmo me apresentar. Acho que realmente estou "evoluindo" nesse lance de ser social.

— Jeonggukie-ah! Que saudades de você! — O quê?

Fiz a maior careta do mundo quando Yuji finalizou-me com "Ggukie" ao invés de "Gguk", como se fôssemos muito próximos e, de quebra, me abraçou.

Eu sinto tanto rancor que nem me segurei, a afastei mesmo, falando para chamar-me de Jeongguk porque não éramos amigos, sequer colegas. Vi Jimin observar a cena. Eu não costumo ficar bravo com muitas pessoas, mas Yuji foi muito mal... não gosto dela.

— Nossa, você está agressivo como o Jimin oppa, Jeongguk! — Ela reclamou.

Eu iria dizer algo. Mas Jimin disse por mim:

— Ele não quer falar com você, entendeu? Nem eu. Não cumprimenta, e não chega como se não tivesse feito nada de ruim. Você fez! Você me magoou, falou por mim, então não fica se intrometendo, entendeu? Não quero mais manter contato com você. Você foi babaca demais, Yuji...

— Minha nossa, oppa... — Parecia ofendida. — O que você queria que eu dissesse pra ele naqueles dias? Tadinho, ele parecia um cachorro sem dono — disse Yuji, como se eu não estivesse ali para ouvir e me sentir mal com suas palavras. — Queria terminar com o sofrimento do pobre coitado, eu não sabia que você iria se prender-

Ela não disse mais nada porque Jimin virou de costas. Ele deu as costas pra ela.

— Eu não quero saber. Você não tinha o direito de falar por mim. — Se virou para segurar minha mão. — Eu não quero você por perto. Entendeu?

— Eu também não... — Eu disse, então.

Yuji grunhiu. Ele parecia muito brava e saiu batendo pé, me deixando meio balançado. Nunca pensei que ficaria feliz em brigar com alguém.

Depois olhei para Jimin e ri um pouco, notando que ele nem se irritou de verdade, porque estava sorrindo também. Ou talvez tivesse se acalmado rapidamente, não sei, mas dei boas risadas ao seu lado e fiquei sorridente quando ele abraçou meu ombro e me deu um beijo na bochecha, dizendo que, agora poderíamos seguir em frente e que ele iria me mostrar mais o lugar.

Isto claro, antes de uns quatro garotos cercarem ele. E eu.

— Celular, carteira, jaqueta estilosinha e cara... — Vi Jongin e me afastei uns dois passos ao que eles retiravam tudo que citavam de Jimin, que quando se viu naquela situação, arregalou os olhos.

— Ah não, gente! Qual é! — Começaram a tirar tudo dos seus bolsos e apenas assisti, rindo um pouco do desespero engraçado de Jimin que, foi segurado no colo no segundo seguinte. — AH não, eu tô cheirosinho! Não, não, não, Jeongguk, me ajuda! — Ele me fitou e apenas levantei as mãos, como se não pudesse fazer nada.

Assisti os garotos arremessarem ele na piscina e todo mundo levou os copos ao alto, como se brindassem a desgraça alheia.

Genial.

Eles começaram a rir e eu também, até sentir alguém mexendo na minha bunda, mais especificamente, no meu bolso. Olhei para trás e era apenas Taemin, então não liguei. Às vezes ele fica mexendo em mim, que nem o Taehyung, era normal de qualquer forma. Apenas ri para ele, voltando a olhar o hyung posteriormente, que já voltava a superfície.

— Qual é! Que sacanagem! — Ele reclamou, nadando para perto da borda. — Vem cá, me dá uma mão — pediu-me, estendendo sua mão em minha direção para eu puxar.

— Ok... — Aproximei-me, ainda rindo um pouco e oferecendo minha mão para ele segurar.

E quando ele a segurou, eu mal consegui fazer força para trazê-lo para mim e fazê-lo subir, porque foi tão rápido. Apenas senti os dedos molhados envolvendo minha palma e, quando notei sua outra mão agarrando meu pulso, já era tarde demais. Eu estava de guarda baixa e ele me puxou com uma força incrível. Parece que eu voei, sério! Mal vi e já estava dentro da água.

Não acredito que ele me enganou de novo. Droga!

Quando levantei e ouvi a gritaria, a primeira coisa que fiz fora jogar água em Jimin, vendo-o rir pra caramba de mim. Olhei para o quintal, notando Taemin sacudindo minha carteira e celular em suas mãos, mostrando que fez parte daquilo. Filhos da mãe!

— Eu não acredito! Você fez de novo! — Eu disse, esfregando meus olhos e sentindo meus ombros serem segurados; Jimin agarrando-se a mim, todo risonho. — Hyung, eu não tenho outra roupa! — Ele me ignorou, beijando-me a bochecha e murmurando algo como "Não se preocupa com isso". Aish!

A água estava quentinha e tão iluminada. Jimin ficava levinho sob ela, porque quando segurei seus braços, ele flutuou fácil fácil 'pro meu colo. Ficamos rindo e, para me vingar, segurei ele como noivo e joguei-lhe com tudo lá 'pro outro lado, brincando e gritando que ele era um traíra.

A brincadeira não durou muito porque quando ele nadou de volta depois, eu não consegui resistir a um beijo molhado seu.

Era diferente e vergonhoso beijá-lo na frente de todas aquelas pessoas. Digo, não sei, estou acostumado a ser cauteloso quando estamos juntos. Para que ninguém note nada, sabe? Mas eu não o afastei, nem quis parar, porque era tão incrivelmente legal como para todo mundo no quintal, eu e ele aos beijos era só mais uma coisa comum.

Não era nada anormal.

E eu sei que não é, mas a maioria das pessoas acham que sim. Então, eu me senti extremamente confortável naquele meio.

Não sei quanto tempo fiquei dentro daquela piscina, mas fiz muita coisa. Brinquei demais; aquelas coisinhas infantis de se jogar em piscina mesmo. Foi tão legal. Jimin subiu nas minhas costas diversas vezes e a gente derrubou todo mundo que vinha contra. Senti-me uma criança alegre, honestamente.

Se fosse há um ano atrás, eu já estaria dormindo agora.

Depois, começou a chover um bocado. Todo mundo começou a recolher suas coisas e entrar para dentro, enquanto Taemin ia e voltava com algumas toalhas, apenas jogando-as no gramado e indo para dentro. E repetindo, até que todos tivessem toalhas. Enquanto isso, outras garotas ajudavam a menina de cabelo curto a pegar as coisas da churrasqueira.

Eu e Jimin fomos um dos últimos a saírem da piscina. Sacudi-me com ele, vendo-o se afastar e depois voltar na minha direção, enrolando-me todo 'numa toalha macia. Parecia que eu estava empacotado mesmo, e Jimin até citou isso, me chamando de bebê depois. Socorro.

Depois ele se enrolou e eu sequei seu rosto enquanto andávamos um tanto quanto abraçadinhos. Fomos mesmo os últimos, porque já estava todo mundo dentro da casa quando entramos. Aliás, fui eu quem fechou a sacada.

Por incrível que pareça, a sala a qual entramos não estava fedendo a fumaça. Tinha muitas pessoas lá e todo mundo ria pra caramba. Jongin reclamava, tentando ligar sua televisão.

— Vamos cantar karaokê — disse Jimin ao que notou meu olhar curioso sobre os microfones. Oh... — Vem cá, eu conheço o cantinho mais quente da sala.

Ele me puxou e, realmente, sentamos no cantinho mais quentinho mesmo. A parede estava aquecida, e Sungwoon hyung, que se metera lá também, disse-me que era porque tinha uma lareira no cômodo ao lado. E depois, Jimin falou que aquele era o melhor quarto da casa. E ficamos falando de lareiras até o pessoal começar a cantar.

Ficamos assistindo e eu deitei minha cabeça no ombro de Jimin, sentindo sua mão envolver meu rosto, acariciando levemente. E deitou sua cabeça na minha também, fazendo com que eu sorrisse em satisfação. Ah, eu amo isso demais.

Até que...

— Essa é para o Jiminnie-ah!

Hã?

Eu estava distraído falando algumas coisas bem baixinhas pra Jimin que nem vi quando Taemin apareceu no meio da sala, com um microfone em mãos e uma agitação sem igual.

Ele apontava para Jimin e estavam aplaudindo-o, enquanto olhavam também pra gente. Tantas pessoas nos encararam que eu quase quis sumir dali. Que vergonha, meu Deus.

— Quê? — Jimin franziu o cenho.

E Taemin voltou:

— Esta é para Jimin e Jeongguk-ah! — Oh. — Jeongguk, obrigado por cuidar do meu irmão e por ser meu amigo, eu sei que você me odiava.

Ri um pouco. Bem, é, aquilo era verdade. Sorri, sentindo que as outras risadas estavam me deixando menos envergonhado. Mentira, eu ainda estava muito envergonhado.

— Meu Deus do céu.

— Para vocês, que são duas pessoas em uma. Eu amo vocês. — Cara, ele tava muito louco.

E meio pelado também — ele estava com uma camiseta gigante, mas não usava calças —, porém continuou apontando para nós. Quando a música começou, eu não pude evitar sorrir um pouco.

Era da minha cantora favorita.

E até que Taemin cantava bem, mano. Ele tinha uma voz bonita e foi ótimo, tirando as vezes que soluçou e arrotou por estar podre de bêbado. Poxa, aquela letra me deixou 'num clima muito estranho; eu estava um pouco agitado. Não conseguia parar de olhar para Jimin.

Eotteoke naege

Como posso ter tanta sorte

Geudaeran haenguni on geolkka

Por ter te conhecido, você é uma bênção

Tá, a verdade é que eu estava muito balançado mesmo.

Por tudo, por ele, por meu coração. Eu vi como Jimin me olhou de volta no mesmo segundo em Taemin cantou "você é uma benção" e aquilo me deixou quase que emocionado. Isto porque, de verdade, eu sempre agradeço por Jimin no fim de cada noite. E sua saúde. E seu amor... E tudo, porque eu o prezo demais, é que...

Saranghandaneun mal

É que eu te amo

Veio a parte gostosinha da música e eu estava tão envergonhado, corando como nunca antes. Todo mundo começou a balançar os braços como se estivessem em um show cafona de música e eu só queria me fundir com o chão. Deus do céu, isso é muito vergonhoso!

Jimin estava envergonhado também, porque ficava xingando baixinho, com seu rosto vermelho demais. "Taemin filho da puta, eu não acredito, meu Deus..." Ele murmurava sem parar e eu, mais do que nunca, quis me esconder no cangote alheio.

Tá, a pior parte veio depois, porque quando a música acabou, Taemin colou o microfone na boca e gritou a pior coisa que ele poderia ter gritado:

TRANSEM, PORRA! — E arremessou o microfone no chão, com tudo, provocando um som terrível que me fez tampar os ouvidos. Os outros riam pra caramba, e eu...

Eu queria sumir, honestamente. Que vergonha, por que ele gritou que era pra gente transar? Aish, na frente de todo mundo! Desnecessário, infantil, idiota... Que idiota. Idiota, idiota!

Eu olhei 'pro lado, querendo ver a reação de Jimin, mas ele nem estava mais do meu lado. Ergui o olhar e o hyung não estava em lugar nenhum. Nem Taemin. E todo mundo no sofá perto da porta começou a rir de algo, enquanto eu ficava perdidinho, sentindo alguém me abraçando de lado e, depois, assistindo Jimin voltar, vermelho.

Era um vermelho de emburrado.

— Desculpa por isso — pediu Jimin, sentando-se bem mais perto de mim dessa vez. Ufa, ele não está agindo estranho.

Confirmei com a cabeça, querendo não agir estranho também. E quando Taemin voltou, ele... ele estava muito sujo.

Tipo, de terra, areia e... espuma. Ou seria chantilly? Não sei, mas quando ele entrou na sala, tudo começou a feder a ovo também.

Meu Deus, Jimin é rápido nessas coisas, bicho.

— Como é que você fez isso com ele em tão pouco tempo? — perguntei, surpreso.

— É que quando eu tô puto, eu viro o The Flash — respondeu e ri um pouco, verdadeiramente feliz quando ele olhou nos meus olhos e riu também.

Acho que somos íntimos o bastante para não ficarmos mais constrangidos com brincadeirinhas bobas como essas. Ah, qual é? Já havia acontecido muitas vezes antes — prefiro não entrar em detalhes —, demais mesmo. Mas dessa vez, a gente meio que tacou o foda-se e esqueceu. E isso foi bom.

Depois umas garotas foram cantar The Rolling Stones juntas e fiquei surpreso ao ver que já eram quase quatro horas da manhã.

Oh...

Ah!

Meu Deus, minha mãe vai me matar!

— Caramba, hyung! Eu não falei nada pra minha mãe! — Ele me fitou de imediato e procurei por meu celular. — Ela deve estar acordada até agora esperando uma mensagem, caramba, como sou imbecil! — resmunguei triste, cansado demais de só vacilar com minha mãe. Eu esqueci de ligar para ela!

Meu celular não estava em lugar algum e foi quando lembrei que Taemin hyung o pegou. E Taemin estava todo sujo de ovo e terra agora. Eu já estava me sentindo perdido e mal, quando ouvi Jimin rir baixinho.

Olhei-o.

— Quando a gente tava na cozinha, ela mandou uma mensagem, perguntando se você havia chegado na festa e se estava bem — disse e olhei-o. — Eu respondi por você, cara, eu sabia que você iria esquecer! — falou, rindo um pouco de como eu soltei todo ar que prendi só de cogitar que mamãe estaria esperando por mim. — Ela deu boa noite e disse que iria dormir.

Ah, puta que pariu.

Continuei vendo ele sorrir e apenas me joguei sobre si, ofegando aliviado. O ar ficou leve de repente.

— Obrigado, meu Deus, hyung, você é o melhor. — Eu disse, abraçando seu corpo posteriormente e ouvindo suas risadas.

— Tudo bem, tudo bem. — Segurou meus ombros, me lançando um sorrisinho. — Não esquece de lembrar da próxima vez. Tá?

— Sim, hyung, pode deixar. Eu vou lembrar. — Eu disse, ganhando um beijinho no meio da cabeça.

— Tô faminto. Quer comer?

É, eu já me sentia meio vazio mesmo.

— Quero.

[...]

O lanche que Jimin preparou foi à base de docinhos de inverno mesmo. Fez chocolate para ele e café para mim. E tava no ponto! Ele adoçou do jeito que gosto e, melhor, colocou chantilly. Ninguém sabe adoçar meu café direito, nem mesmo minha vó, mas Jimin hyung era verdadeiramente apto na arte de me agradar e fazer-me derreter por si.

Comecei a rir quando ele pegou um pacote de cookies fechado no armário e colocou em uma forma, dizendo que colocaria no forno. Eu disse que iria dar errado, mas ele jurou que já havia o feito antes e que ficava gostoso demais; como se fossem biscoitos caseiros. Apostamos o banho. Se ficasse bom, ele tomaria banho primeiro. Se ficasse ruim, eu tomaria.

Sentamos-nos no chão, em frente ao forno, querendo nos esquentar. Falamos muito sobre A-ha. Sobre os nossos favoritos, sabe? Jimin me contou que era apaixonado no Morten, enquanto eu tinha uma queda das grandes pelo Paul. Eu me amarrava em como ele tocava sua guitarra, já Jimin, gostava dos dentinhos separadinhos do outro.

Era engraçado, porque ambos os membros da banda estão com, tipo, uns sessenta anos hoje. E quando éramos mais jovens, eles já eram bem velhos pra gente. Mas não é como se isso nos impedisse de nos imaginar casando com suas versões jovens da década de 80. Ah, qual é, todo adolescente já teve uma paixãozinha em celebridade, né?

Quando o sino apitou e Jimin tirou os biscoitos, colocando em uma tigela bonita, fiquei mesmo surpreso. Parecia muito bom! O chocolate derreteu e o cheiro era ótimo. Pegamos, agora, copos de leite. Ele colocou açúcar no seu e ferveu, enquanto o meu estava repleto de gelos, para ficar frio e aguado, do jeito que gosto.

E os biscoitos realmente ficaram uma delícia.

Admiti minha derrota, vendo como ele comemorou, andando de cá a lá com sua toalha amarela nos ombros; as madeixas loiras bagunçadas, secando-se naturalmente aos poucos. Admirei-o um pouco, gostando daquele showzinho dele de quem estava orgulhoso por finalmente estar certo.

Aquele clima de dezembro, com cookies e leite me deixou todo balançado. Era tão gostoso estar com ele, poxa... Eu queria tanto passar o natal com Jimin.

Eu realmente queria.

— Jimin hyung — chamei-o, vendo-lhe erguer o olhar para mim. — Você... precisa mesmo passar o natal com Taemin hyung? — perguntei, na cara de pau mesmo. Ah, qual é, eu queria que ele ficasse comigo!

Sorriu, vermelhinho.

— Sim. — Fiz um bico. — Me perdoa, bebê. Sempre viajamos para Daegu e se eu não apareço, a vó dele me mata — murmurou, chegando pertinho de mim.

Eu queria ficar de boas, mas estava morrendo de ciúmes. Do nada, assim, eu queria muito que ele ficasse a noite de natal inteirinha comigo. Na minha casa, abrindo presentes comigo e dormindo comigo, na minha cama, no dia 24. E tomando café com todo mundo lá de casa no dia 25.

Há tempos, talvez, isso fosse ser um pesadelo para mim. Não a parte de ter Jimin hyung, mas sim, a de apresentá-lo para meus pais. Ter de estar ao seu lado e, ao mesmo tempo, escondê-lo.

Mas quer saber? Naquele momento, eu só queria estar com ele.

Só isso.

— Eu entendo... — murmurei, meio que contra tudo que pensei. Eu tô rebelde hoje, mas a rebeldia fica só na minha cabeça mesmo.

— Tá com ciúmes?

— Tô sim, tô com inveja do Taemin hyung — admiti. Tá, talvez eu esteja realmente rebelde. Ah, dane-se, aquilo era o que eu pensava mesmo.

— Hnm, inveja do Taemin? Por quê? — Riu um pouquinho e só faltou meu bico ficar maior.

— Porque... ei, você sabe o porquê! — Jimin deixou escapar um riso e plantou um beijo na minha bochecha, fazendo meu beicinho simplesmente desaparecer.

— Você é tão especial para mim quanto ele — disse, tocando-me o rosto com os dedos quentinhos e selando minha boca brevemente. — Aigoo, você é tão ciumento.

— Desculpa, não consigo evitar — disse, sendo honesto. Ele negou com a cabeça e sorriu, me beijando nos lábios outra vez. — Eu nunca sinto ciúmes, é sempre só com você. Não sei lidar muito bem com esse tipo de sentimento. É realmente um saco. — Cocei a nuca, claramente encabulado.

Eu realmente gostaria de não sentir nenhum ciúme.

— Só comigo?

— Só com você.

Por incrível que pareça, ele pareceu gostar bastante daquilo. Por quê? Apenas vi-o sorrir e, cara, eu já não aguentava mais ter de ficar assim, perto dos beiços avantajados; úmidos e vermelhinhos pela bebida quente, fazendo com que eu sentisse-me meio — ou muito — provocado.

Segurei sua nuca, afagando os fios macios e vendo-o ficar arrepiado. Definitivamente, a nuca de Jimin é a melhor parte do seu corpo para tocar.

É.

Ele estava perto, mas ainda longe; então coloquei minha mão um pouco a cima de seu quadril, o puxando para mim. Eu queria Jimin perto mais do que nunca. E como eu ainda estava sentado na banqueta e ele de pé, ficamos quase que do mesmo tamanho. E eu sorri, vendo o seu sorriso sumir para uma expressão um pouco mais fofa, um pouco pidona, me fazendo, obviamente, beijá-lo no segundo seguinte.

Passei meu braço ao redor de sua cintura, fechando os olhos ao que senti seus lábios entre os meus. Os estalinhos fracos que a gente soltava fazia o deslize de nossas bocas muito, muito bom. Logo já estávamos naquela de virar o rostinho toda hora para beijar mais, sentir mais; ter mais. Explorando a boca um do outro, timidamente, sentindo o gostinho doce em sua língua sempre que envolvia-a.

É claro, claro que entraram na cozinha bem na hora que estávamos dando um amasso gostoso. Droga. Esse tipo de coisa sempre acontece!

Jimin se afastou primeiro, olhando para o chão e sorrindo minimamente, com suas bochechas coradas em minha direção. Mordi o lábio pela súbita vontade de fincar meus dentes naquela pele gordinha e avermelhada. Céus, ele é tão fofucho. Eu amo as bochechas dele. Acho que amo Jimin todinho, mas as bochechas eu realmente amo demais. Estão rechonchudas novamente, ai que lindo, mano...

O pessoalzinho que entrou logo saiu novamente, com suas bebidas em mãos. Ri baixinho junto com Jimin. Ah, era um pouco engraçado sim ser pego no flagra daquele jeito, né? Logo ele cobriu os lábios, rindo mais um pouco antes de falar para subirmos. Iríamos pegar umas roupas para depois nos banhar.

Espero que dê para beijar mais lá em cima...

Subimos umas escadas e, por incrível que pareça, não tinha ninguém lá. A casa de Jongin é enorme, e tinha tanta gente entalada lá embaixo, que pensei que no segundo andar teria muito mais. Mas não. Jimin disse que Jongin não deixa ninguém subir, a não ser quando é ele, Taemin e mais uns onze garotos que Jimin não sabia o nome direito, mas que eram muito próximos de Jongin.

— Aqui. — Entramos em um quarto muito, mas muito luxuoso mesmo. Era enorme, caramba, quantas pessoas dormiam lá? — Vem cá, você pode escolher algo. — Jimin disse, abrindo aquele armário que parecia ter saído de um filme de princesa que eu via toda madrugada da minha infância com Yein.

— Hyung, quem dorme aqui?

— Jongin hyung, ué. — Ata, como se fosse normal só uma pessoa dormir ali. Aquele quarto era minha sala! — Eu sei, bem gigantesco, né?

— Demais! — Riu.

Coloquei-me em frente as gavetas e, poxa, eu queria era só vestir um pijama mesmo. Tinha uns de seda tão lindos que senti meus olhos brilharem. Toquei-os só de bobeira mesmo, mas é que gosto tanto, tanto de pijama de seda! Isso veio do Tae, que fica andando de cá a lá com os seus. Ele ganha um monte do Hoseok, mas nunca me empresta nenhum!

— Jeongguk-ah. — Virei-me para ele, piscando um par de vezes e resmungando para que ele continuasse. — Quer dormir aqui hoje? — perguntou, me deixando confuso. Aqui? Ele quis dizer em sua casa, né?

— Aqui? — perguntei.

— É. Eu vou dormir aqui hoje — disse, se aproximando e dedilhando meus ombros, enquanto olhava os pijamas também. — Fica? Dorme comigo...

— Sim, eu vou ficar. — É, eu nem hesitei.

Jimin assentiu e saiu em seguida, com um sorrisinho na boca, seu pijama em mãos, que era lilás. Entrou no banheiro primeiro que eu — já que ganhou a aposta —, enquanto eu ainda tentava decidir qual pijama de seda iria usar.

Optei por um azulzinho escuro mesmo, enquanto sentava-me na cama. Quando estávamos subindo, Jimin recolheu nossos celulares, então eu tinha uma distração enquanto ele estava no banheiro. Pelo menos isso.

Mandei uma mensagem para minha mãe, dizendo que dormiria fora e em um lugar seguro. Não menti, falei que era na casa do Jongin hyung, mesmo que ela não o conhecesse e, provavelmente, desaprovasse o ato. Da última vez menti para ela, dizendo que era na casa de Mingyu.

Mas eu odeio mentir para minha mãe, eu a amo demais! Acho que é melhor eu tomar bronca do que continuar sendo um falso com quem mais se importa comigo. Sim, é melhor.

— Jeongguk? — Assim que me chamou, olhei para a porta. E vi Jongin.

Levantei-me de sua cama de supetão, me curvando brevemente. Que vergonha, eu estava no seu colchão e ainda por cima com roupas suas em mãos, sendo que nem somos próximos! E Jimin nem estava ao meu lado, para piorar.

— Jongin hyung, eu... — Quando ele entrou, eu fiquei em silêncio.

— O que você está fazendo aqui? — Ele não parecia bravo, e sim curioso.

— Jimin hyung... Digo, estou esperando ele sair do banheiro para eu tomar banho — falei, apontando para a porta do banheiro de sua suíte.

— Quer usar outro banheiro? Pode usar o dos meus pais, se quiser — disse e confirmei com a cabeça, me aproximando.

Não é por nada não, mas Jimin está demorando muito mais do que o normal para se banhar hoje.

Tipo, muito mesmo. Então, não hesitei em aceitar. Estava muito frio.

Segui Jongin pelo corredor do andar de cima e entrei consigo 'num quarto ainda maior e ainda mais luxuoso que o seu. A cama de casal era gigantesca e estava tudo tão bem arrumado; com uma televisão na parede e até mesmo uma lareira, apagada. Caramba...

— Você quer uma toalha seca? — perguntou, enquanto eu ficava perdidinho naquele castelo que os pais dele chamavam de quarto.

— Sim, por favor — respondi, ainda deslumbrado.

— E uma escova de dente? — Confirmei novamente.

Ele me entregou uma escova lacrada e uma toalha macia e seca, alegando que agora iria voltar lá para baixo. Afirmei com a cabeça, e quando ele saiu, eu quis mais do que tudo fazer uma bagunça. Ah, cara, é como se eu estivesse em um castelo! Queria mesmo era começar a pular na cama, vestir aquele roupão felpudo pendurado no armário, brincar de ser rico esnobe...

Mas não, eu apenas segui para o banheiro, ignorando meu lado crianção que, honestamente, parecia gritar demais ultimamente. Eu não cresço mesmo, aish...

Mas... uau! O banheiro era do tamanho do meu quarto!

Puta merda...

Não me orgulho muito, mas eu nem me olhei no espelho ou arrumei minhas coisas; só tirei as roupas rapidamente e corri para a banheira, enchendo-a, todo feliz.

E tinha bolhas! Muitas bolhas, bolhas para todos os lados!

Fiquei uns vinte minutos deitado dentro dela, sendo agraciado pelo cheiro bom de sabão, a quentura da água. Por um momento, entendi a demora de Jimin hyung. Ele deve estar aproveitando essa banheira gigantesca, é, com certeza é isso!

Mas teve o momento em que eu pensei novamente, e decidi que deveria me banhar logo; sair de uma vez. Talvez eu estivesse fazendo-o esperar também, quem sabe...

Ensaboei-me, escovei os dentes, lavei o cabelo e, por uma última vez, me deitei na banheira. Depois, cantei uma música dos Beatles de dois minutos, só para ter certeza de que não estava demorando muito. Ficar 'numa banheira faz você perder a noção do tempo.

Quando saí do banheiro, já seco e vestido, percebi que ainda estava sozinho no quarto. Procurei por algo onde pudesse guardar minhas roupas molhadas, mas não achei nada. Então, decidi procurar Jimin.

Saí do quarto, um pouco perdido. Tantas portas iguais. Andei um pouco, tentando me lembrar qual delas era a do quarto de Jongin, onde Jimin estava. Mas, cara... era muito difícil. Eu não consegui lembrar.

Puta merda...

Eu estava descalço, então não queria ir lá embaixo. Apenas suspirei e comecei a abrir as portas, uma por uma, e era sempre um quarto diferente. Tinha dois quartos que eram idênticos. E uma sala de televisão. Caralho, Jongin é rico demais!

Eu vi Yuji saindo de um banheiro e andando na direção das escadas, mas não consegui pedir ajuda para ela por motivos óbvios de que sou orgulhoso e a odeio. Na verdade, não sou orgulhoso. Mas com Yuji é outra história. Seria humilhante demais pedir qualquer coisa para alguém como ela.

Então, apenas assisti-a descer as escadas, me deixando sozinho naquele corredor enorme, cheio de portas bonitas e iguais.

Resolvi continuar no joguinho de abrir as portas até chegar na certa. E quando abri a terceira, eu finalmente havia chegado na correta: a do quarto do Jongin hyung. Mas Jimin não estava lá.

Adentrei o quarto, olhando em volta, avistando meu celular em cima do colchão. Foi quando percebi que Jimin estava lá sim, porém ainda dentro do banheiro.

Cacete, que banho demorado!

Joguei-me na cama de Jongin, suspirando baixinho e fechando os olhos. Estava com um pouquinho de sono, mas não durou muito porque, graças aos céus, o Park saiu do banheiro.

Amém, senhor Jesus.

— Jimin hyung, você demorou muito. — Foi a primeira coisa que eu disse, vendo-o com seu pijama lilás. Que ficou tão grande nele que a blusa caía, deixando um pouco da sua clavícula atraente visível para mim.

— Desculpa, eu cochilei na banheira. — Pfft, eu sabia que algo como isso havia acontecido. — Ué, você já está de banho tomado? — Olhou-me dos pés a cabeça e assenti.

— Jongin entrou aqui e disse que eu poderia tomar banho no quarto dos pais dele. — Eu expliquei, me levantando do colchão. — A banheira é boa demais.

— Entendo e, sim... Ela tem bolhas! — Rimos um pouco, enquanto se aproximava um pouquinho mais de mim, envolvendo minha cintura com os braços. — O seu cabelo fica escurinho quando molhado... — comentou, de repente.

Ri baixinho, sentindo seus dedos na minha cintura e cabelo também, afagando levemente. Ele parecia sonolento.

— É mesmo... — Jimin me abraçou mais um pouco. Estava tão quentinho e aconchegante com aquele pijama de lã que abracei-o no mesmo instante. E mesmo se ele não estivesse quentinho e aconchegante, eu teria abraçado-o.

Depois, ele levou minhas roupas para o andar de baixo, alegando que colocaria para lavar. Aproveitei para pegar meu celular.

Quando ele voltou, disse que dormiríamos em um dos quartos de hóspedes, e tinha dois, o que era bem doido para mim. Jimin disse que a casa de Jongin até que era legal, mas que o mesmo era muito solitário. Era aquele lance: dinheiro demais, afeto de pouco. Senti-me mal por ele, mas o hyung me contou que agora Jongin tinha ele e todos seus amigos. Que ele estava bem.

Então, tentei não ficar triste por ele.

Entramos no quarto de hóspedes e lá estava bem fresco. A cama parecia aconchegante, então a primeira coisa que fiz foi correr e me jogar nela, afundando o rosto no travesseiro grande. Tinha cheiro de roupa de cama limpa. Era gostoso.

O quarto se iluminou e foi porque Jimin acendeu as luzes, muito bonitas, vale ressaltar. Ri baixinho, gostando de como ele se jogou em cima de mim depois, deitando em minhas costas, abraçando-me o corpo. Seu rosto ficou grudadinho no meu e seu cheiro era muito bom mesmo.

— Você quer dormir? — perguntou e remexi a cabeça, negando. — O que você quer fazer? — perguntou outra vez, grudando as pernas em mim. Era ele o coala da vez, então.

Hum... o que eu quero-

Ah!

É claro!

Eu quero dançar com ele.

Não acredito que quase me esqueci! Fiquei animado de repente e, ao que eu iria responder, Jimin saiu de cima de mim e foi andar pelo quarto. Virei-me na cama, ficando sentado e assistindo-o.

— O que você vai fazer? — perguntei, vendo-lhe mexer em uma mochila no canto do quarto. Se não me engano, aquela mochila é dele.

Jimin não me respondeu, mas começou a remexer a cintura, como se dançasse. Não estava dançando mesmo, mesmo, era tipo uma dança brincando. Tipo dancinha da vitória.

— Você esqueceu, mas eu lembrei! — disse, ainda remexendo-se um pouco e tirando uma fita do bolso da frente de sua mochila. Tipo, era uma fita cassete mesmo.

Sorri em silêncio, embora não tivesse ideia sobre o quê ele estava falando, Jimin estava super engraçadinho daquele jeito. Atravessou o quarto, fechando as cortinas que nem percebi que estavam abertas, apagando as luzes depois.

Cogitei perguntar o que ele estava fazendo, mas decidi ficar quieto e esperar, ouvindo seus passos realmente leves demais para eu conseguir localizá-lo perfeitamente. Pude ouvir o barulho da fita, e... sei lá, coisas que pareciam caixas de plástico pesadas se batendo.

Ah, Deus.

Comecei a rir de nervoso, porque me arrepiei todo com a música que ele pôs. A-ha, There's Never a Forever Thing.

Não acredito que ele fez a escolha perfeita para qualquer ocasião que existe no mundo.

— Eu lembrei — disse ele e pude sentir o colchão afundar. Seu corpo se aproximava. — Nós não dançamos hoje.

Cara, eu não posso acreditar.

Ele lembrou mesmo da mesma coisa que eu e ao mesmo tempo!

A surpresa fez meu corpo inteirinho arrepiar e apenas ri, afobado, erguendo as mãos, tateando ele e tentando saber onde que estava pegando. Estava escuro e eu não enxergava nada, mas quando senti o cabelo macio na minha palma, finalmente pude saber. Saber direitinho.

— O que foi? — perguntou, estranhando um pouco. Afinal, eu fiquei ofegante bem do nada.

Nego com a cabeça, mesmo que ele não esteja vendo, e digo:

— Você é perfeito.

Fechei meus olhos, puxando sua nuca e encontrando sua boca com a minha. Beijei-o, um pouco afoito. Senti-o ficar surpreso, como sua mão tremeu ao segurar meus ombros entregou o fato, e eu fiquei tão sentimental de repente. Mas era um sentimental diferente. Eu fiquei ainda mais louco por ele.

E queria estar perto dele, mais do que nunca.

Jimin se afastou um pouco, obrigando nossos lábios a estalarem-se e eu abri meus olhos, querendo mais do que tudo poder enxergar seus traços bonitos.

— O que foi isso? — perguntou e pude senti-lo sorrindo. Sua boca estava tão perto que resvalava-se na minha.

Neguei com a cabeça, querendo dizer que não era nada, selando-lhe a boca novamente. Eu pensei na sua clavícula visível, então eu coloquei minhas mãos ali, gostando de senti-la. Aspirei-o, tão cheiroso, continuando a deslizar minha boca por sua bochecha quente, plantando beijos por onde desse.

Ouvi-o suspirar; senti-o sorrir, virando o rosto para me devolver o mesmo tipo de acaricia.

— Jeonggukie-ah, ei. O que foi, meu amor? — Amor, amor, amor, amor...

Fechei meus olhos, negando novamente com a cabeça enquanto sentia-me borbulhar. É, cara, eu estava borbulhando.

— Fiquei sentimental. — E eu realmente havia ficado.

— Por quê?

Por quê?

Eu acho que não sei.

É como se eu sentisse que estava feito, tudo para mim havia sido resolvido. Tipo, consegui O Amor, e agora, eu não vou precisar de mais nada. Eu já tenho ele, e parece que tenho tudo.

E talvez realmente tivesse.

Eu senti como se o mundo flutuasse sobre minhas mãos agora.

— Porque agora eu sei que você foi feito pra mim. — Ele me beijou em resposta.

Eu desisti de levantar e me deitei no colchão, tendo minhas costas acolhidas e cabeça também. E ele veio junto, ficando por cima de mim. Não é como se tivéssemos parado de nos beijar, isso parecia tão impossível no momento que, sempre que a gente parava para aspirar um pouco, eu puxava-o mais, querendo logo de novo, e de novo...

Não demorou muito para que eu começasse a bagunçar ele, acariciando tudo que minhas mãos alcançavam. Segurava seu cabelo, suas costas, seus ombros, e até os braços, apoiados do lado da minha cabeça no colchão macio, foram acariciados.

Aquele som era tão bom, e eu não estou falando a música. Era o som da sua boca contra a minha, os ruídos baixinhos, como sua respiração parecia alta, misturando-se com a minha. Quando abracei seu corpo, ele se afastou um pouco, e pela primeira vez, consegui enxergar seu rosto.

O vento afastou pouco da cortina. Consigo ver seus olhos, em contraste com sua boca inchadinha e vermelha, brilhando em minha direção.

Ele parecia conseguir me olhar também, porque ficou parado ali, me observando de cima, enquanto meu peito subia e descia um tanto quanto rápido demais. E Jimin não estava sorrindo, mas estava tão bonito. Eu juro que os olhos dele brilhavam e suas bochechas coradas estavam me deixando verdadeiramente maluco. As bochechas eram realmente lindas.

Ergui o rosto e toquei a bochecha direita com minha língua, juntando os lábios, puxando a tez levemente com os dentes em um beijo molhado que fez-o se arrepiar sob meus dedos, que acariciavam tudo por volta de sua nuca loira e lisa. Suspirei.

— Mmn, Jeonggukie...

Eu sabia que não era um chamado, apenas um suspiro forte, então, não respondi. Envolvi seu pescoço com os braços, sorrindo diante da beleza alheia. Porra, ele fica tão bonito com essa boquinha rosada, igualando-se as suas bochechas cheinhas. Jimin ficava vermelho nas bochechas e no nariz, então era sempre lindo demais.

Eu queria beijá-lo com muita mais liberdade, então, segurei seu corpo e virei-o, o tendo agora deitado no colchão. Eu meio que estava metade de bruços na cama, metade em cima dele, pois meu peito estava colado ao seu e minhas mãos apoiadas nos lençóis ao lado de seu rosto, tendo-o olhando diretamente para mim.

Ele esperava por algo.

Eu beijei ele de novo, mordisquei sua boca levemente, do jeitinho que ele gostava. Sempre com amor e carinho, leveza e isso. Tendo os dedos gordinhos se enroscando no meu cabelo, puxando-me cada vez mais para ele, tendo realmente muito de mim.

Ele estava tão cheiroso que eu fui realmente seduzido por seu cangote; enfiando o rosto ali, dando um cheiro. Sua pele era tão afável que eu selei-a, beijando o que pude de seu pescoço, ouvindo seus suspiros baixinhos, sempre lindos demais para eu querer parar.

Eu, por incrível que pareça, consegui entender o recado quando ele apertou com mais força minha nuca, me empurrando um pouco. Foi então que eu, com muita coragem e imerso demais naquilo tudo que aconteceu e ainda acontecia, mordi seu pescoço. E dei beijos molhados. E fiquei todo arrepiado pelos ruídos pequenos alheios.

Eu não acredito que estou mesmo em uma cama de casal gigante por cima dele, dando amassos tão quentes, envolvido demais enquanto toca A-ha no fundo. É tipo um soco muito bom na minha cara, como se tivesse fazendo tudo que quisesse conseguir fazer na vida de uma vez só.

Caralho.

O pensamento me deixou tão elétrico que eu realmente chupei pra valer sua tez, tendo certeza de que marquei-a por causa do som que Jimin fez. Eu ergui o rosto, sentindo falta da sua língua na minha e beijando sua boca de novo.

Fui caindo 'pro lado e sendo beijado, não pensando em absolutamente nada. Eu respirei fundo e tive minha boca mordida; minha cintura agarrada. Fechei meus olhos, arfando ao sentir seus beiços em meu queixo, mordiscando um pouco antes de selar meu pescoço inteiro.

Mal vi quando eu estava deitado de novo, consigo chupando minha pele devagarzinho, daquele jeitinho lento e suave que a gente era. Do nosso jeito amoroso e calmo, o nosso jeitinho. Senti uma ardência por todo meu peito quando ele subiu a boca carnuda para meu ouvido, mordiscando meu lóbulo aseco, obrigando-me a arrepiar violentamente.

Quando Jimin começou a chupar-me o lóbulo, dando beijinhos audíveis por detrás da minha orelha; ao lado do meu rosto e repetindo, eu realmente comecei a ficar arrepiado. Na verdade, eu estava ficando muito excitado, céus, eu estava muito envolvido. Com meu coração batendo forte, o corpo ficando muito mais quente que o normal.

E foi quando ele começou a, realmente, passar a mão em mim, que minha cabeça veio me perturbar.

Fiquei constrangido de verdade.

Ele beijou minha boca, não deixando que eu dissesse nada, mas nem mesmo eu sabia se ia dizer alguma coisa. Bem, eu estava ficando claramente duro, mas não estava ligando para isso antes. Foi só quando começou a incomodar-me que comecei a ficar paranóico e inseguro.

— Hyung... — arfei forte, jogando a cabeça para trás quando enfiou o rosto no meio do meu peito. Tinha alguns botões soltos desde sei lá quando; ele faz umas coisas sem que eu note toda hora, e desabotoar uns três botões, era uma delas.

Não, eu não estava pelado, e nem exposto demais, se é que me entende. Mas eu já conseguia ver alguma palidez da minha tez junto de seu rosto, que beijava-me a pele, por entre minha clavícula. Isso me deixou envergonhado demais. Ao estar com o rosto para trás, Jimin me beijou o pomo-de-adão, deixando-me realmente desnorteado.

Eu gemi de verdade quando ele passou as mãos nas minhas coxas, porque não me lembro de terem me tocado daquele jeito antes, então fiquei surpreso. Por não ter experiência alguma, eu não conseguia evitar ser tão sensível. Eram sensações novas, desejos tão esquecidos e reprimidos por mim; me corroendo por dentro, como se eu estivesse finalmente sentindo tanto aquele famigerado desejo.

Coloquei a mão na boca, como se tivesse dito algo errado e Jimin tirou-a, me beijando de novo e subindo sua mão, apertando com força minha cintura por sob a blusa do pijama. Eu virei os olhos, tentando contornar sua língua, mas era difícil me concentrar, então eu cessei o selo, jogando o rosto 'pro lado.

Eu estava aéreo.

Era tudo junto. Jimin, minha cabeça paranóica, meu coração batendo de um jeito rápido, como nunca antes.

Eu senti que poderia surtar.

— Ggukie-ah... — Abri meus olhos, voltando o olhar para ele e podendo ver apenas um de seus olhos sendo iluminado pela luz da janela. — O que foi?

Ofeguei.

— Hã? — O que foi o que, afinal?

Segurou minha destra com força, enlaçando os dedos e me fitando bem de perto.

— Você está tremendo muito...

Foi só quando ele disse que eu notei, realmente...

Eu estava me tremendo todo.

Merda. Eu sou tão esquisito.

Não é como se eu quisesse parar ou não gostasse, mas minha mente era tão fodidamente ferrada que não me deixava conseguir ter nada mais íntimo e diferente sem quase me matar de constrangimento e paranóia. Tudo parecia absurdo demais, vergonhoso demais na minha cabeça.

Não sei quando isso surgiu, mas vem ficando pior ultimamente...

Puta merda, quem estou querendo enganar?!

É claro que eu seria um idiota e não conseguiria fazer nada.

— D-desculpa... — pedi, realmente arrependido e com uma vontade súbita chorar. Ah, cara. Que ódio que tenho de mim mesmo.

Não abri meus olhos pois não queria ver meu reflexo nos seus olhos; eu não quero me olhar. Às vezes me decepciono tanto comigo mesmo que tenho vergonha de me fitar.

Senti sua boca sobre minha bochecha e virei o rosto, encarando a parede, sem sequer uma coragem para encará-lo. Reações sempre me deixam pior quando o assunto é estar tímido além do normal; olhares confusos, desconfiados, ou de pena sempre me corroíam ainda mais por dentro.

Deus, eu quero sumir.

— Jeonggukie-ah, ei, ei... — chamou-me um pouco alto, me fazendo olhá-lo um pouco surpreso e assustado. — Olha pra mim. Não pense, pare de pensar um pouco... No que você está pensando?

Em quanto eu me odeio.

Neguei com a cabeça, querendo dizer que não era nada, ainda não conseguindo olhá-lo nos olhos. Ele estava bravo, eu sei. Ele fica irritado quando fico inseguro, porque estar inseguro é algo ruim. Ele não queria que eu ficasse.

E eu também não queria ficar.

Comecei a sentir suas mãos nas minhas coxas de novo e voltei a fechar os olhos. Eu não queria falar para ele parar, mas era o que minha mente pedia. Pedia para eu sair dali e me trancar no quarto, e só tocar-me eu mesmo porque ser tocado era humilhante demais.

Vê como eu realmente sou fodido da cabeça?

Mas meu corpo não deixava de reagir, eu continuava arrepiado ao extremo, e minha cueca já estava me machucando. Mesmo que estivesse tendo uma intriga comigo mesmo, meu corpo parecia não dar a foda. Continuava tendo reações fortes a todos toques de Jimin.

Ofeguei.

Jeon, tenta pensar nisso.

Eu realmente fiquei "?" quando ele ditou aquelas palavras, mas quando enfiou o rosto na minha frente e beijou-me forte, descendo sua mão, eu entendi. Na verdade, eu quase saltei quando ele me deu um aperto na ereção, obrigando-me a ter um arrepio violento.

Coloquei a mão no ombro dele, apertando meus olhos enquanto sua língua atrevida invadia minha boca e me beijava de um jeito tão intenso, que eu nem sabia direito onde focar. Se era na mão dele me acariciando ou naquele beijo forte e bom, que eu mal conseguia corresponder por estar realmente dividido.

Separou sua boca da minha e enfiou o rosto em meu pescoço, dando mordiscadas leves e rápidas, voltando para minha face, onde selou minhas bochechas, ainda me acariciando com leveza.

Afastei-me um pouco, no automático, observando como Jimin realmente não me deixava sair muito de perto, sempre vindo para cima de mim de novo. E me tomava os lábios outra vez, agora, em um beijo realmente calmo comparado a todos os outros.

Quando cessou-o, se pôs na minha frente, olhando diretamente em meus olhos e eu, surpreendentemente, consegui o fitar. Só podia ver a escuridão que eram os seus olhos castanhos escuros.

Minhas bochechas arderam pra valer enquanto ele observava como eu reagia: um pouco excitado demais, um tanto hesitante demais...

Jimin realmente me olhou, aquele olhar de quem tentava me ler de alguma forma. Eu apenas encarei-o de volta, na esperança de que ele me entendesse, que conseguisse entender.

Entender que eu realmente queria, mas não conseguia.

Deu-me um beijinho de esquimó e gemi baixinho, com sua mão , com o carinho todo. Às vezes apertando, às vezes só tocando um pouco. Eu sei lá, mas estava realmente me deixando ainda mais duro e dolorido. Ah, eu estava ficando realmente excitado.

Ele suspirou, chegando em meu ouvido e sussurrando:

— Você gosta? — Não, não era uma pergunta 'num tom lascivo estilo dirty talk.

Ele me perguntou normalmente, realmente, apenas querendo saber se eu, de fato, gostava. Eu ainda estava todo rígido e travado.

Respondi:

— Eu gosto, mas é difícil... — Droga, eu não vou mesmo conseguir me explicar.

Jimin hyung esfregou seus lábios nos meus, lançando-me um olhar caloroso.

— Jeongguk... — chamou-me e eu o fitei. — Não fica nervoso... Sou só eu. — Isso me fez arfar. — Não é nada demais, é só a gente namorando na cama, com um pouquinho mais de intimidade... — Mordeu minha boca brevemente, me fazendo suspirar.

— Eu sei disso, mas...

— Fecha os olhos e sente, não vamos avançar demais hoje, tá bom?... — sussurrou rente aos meus lábios, me obrigando a encolher os ombros e fechar os olhos. Eu queria me fundir com a cama de tanta vergonha. — Jeonggukie... — Senti sua mão pressionar-me mais uma vez e mordisquei a boca. Isso é tão vergonhoso.

Não é como se eu quisesse que ele parasse, mas era tão difícil. Eram toques tão íntimos e esse tipo de coisa é difícil para mim.

Mas eu ainda queria.

— T-tá bom...

— Se você quiser parar, não hesite em me dizer, está bem?

— Está bem...

— Meu bem... — sussurrou. — Você quer continuar?

Eu gemi baixinho. Mexi minha cabeça positivamente.

— Quero... — sussurrei, tímido. Jimin sorriu, e avançou contra mim.

Não me pronunciei mais, então Jimin não parou de me tocar. Sua boca voltou a deixar beijos molhados por minha bochecha, seguindo um rumo até a orelha, onde envolveu meu lóbulo com os beiços, chupando-o. Desci as mãos e apertei sua cintura, fechando os olhos enquanto jogava a cabeça levemente para trás.

Eu acho que quero mesmo isso.

Um toque.

Um avanço.

Ofeguei, tentando relaxar. Só sentir. Só que tudo parecia me deixar mais nervoso ainda! O som dos seus beijos estalando sobre minha pele, o tecido da minha calça roçando nas minhas coxas, deixando claro que ele estava me despindo; os dedos tocando minha pele diretamente sob a camisa...

Fechei meus olhos. Só queria que minha mente se silenciasse e me permitisse aproveitar um pouco.

Meu pescoço permanecia sendo mordido; chupado, e eu só conseguia suspirar baixinho pela ardência deleitosa. Eu sabia que ele estava me marcando. Queria pedir pra parar, pois eu teria de ir para casa pela manhã, mas não consegui. Porque era muito bom. Os dentes no meu queixo, as unhas na minha pele, seu cheiro me deixando levemente aéreo e perdido...

Absolutamente tudo era muito bom.

Contornou meus lábios com os seus no mesmo momento em que empurrou minha calça para baixo, o suficiente para minha roupa íntima ficar completamente visível. Comecei a tremer um pouco, mas ao que lembrei que estava com uma boxer, foi um pouco melhor. Mas isso não quer dizer que parei de tremer.

Sua língua envolvia a minha enquanto os dedos ainda estavam na barra da minha calça; meu lábio superior tocou seu nariz quando chupou-me o inferior, fazendo com que todos os pelos do meu corpo ouriçassem.

Sua mão invadiu minha cueca e tive de separar minha boca da sua, me encolhendo todo. Ao que fiz isso, Jimin grudou seus lábios em minha orelha, me deixando arrepiado. Ele sabia como me tocar para que eu flutuasse.

— Calma... — Pôs o rosto em frente ao meu, obrigando-me a olhá-lo. — Eu sei que você quer isso e que você confia em mim. Eu te entendo tanto, meu bem... — Ofeguei.

Ele...

Ele conseguiu entender, então?

Eu confiar nele, é um fato. Eu confio nele.

Mas... Argh, eu não tenho argumentos. É difícil, que merda, que merda, que droga...

Eu definitivamente quero isso.

Então, por que estou negando?

Fechei meus olhos, balançando a cabeça como se afirmasse e tendo sua boca sobre a minha mais uma vez. Sempre de novo. Tão bom e incansável.

Soltei um gemido lânguido ao que sua mão segurou meu pênis, descendo do topo até a base, voltando continuamente. Era lento, instigante. Esfregou sua mão macia por toda extensão, me deixando realmente muito necessitado e sensível, obrigando-me a morder os lábios e remexer os ombros. Caramba, é muito bom. Gemi sobre sua boca, com um pouco de hesitação em ficar soltando aqueles ruídos pornográficos em um tom tão audível. Puta que pariu, que vergonha...

Tremulei um pouco, praticamente engolindo meu lábio inferior no intuito de não proferir ruídos. Mas já era, eu já estava gemendo mesmo. Ele mal encostou em mim e eu já sentia que iria explodir. E realmente pensei que chegaria quando ele começou a brincar com a glande, fazendo movimentos circulares com o polegar, obrigando-me a soltar um gemido longo e manhoso.

Desgrudou sua boca do meu pescoço novamente, sorrindo em minha direção de um jeito lascivo que ninguém nunca sorriu para mim antes. Oh, céus, hyung.

Suspirei perdido e ofegante, querendo algo dele, querendo ver ele. Olhei para o meu joelho, mais especificamente, para sua calça de pijama, e chupei meu lábio inferior pela satisfação que foi ver. Encontrar.

Estava marcando-o.

Pulsei forte, excitado em sua palma, fazendo-o olhar para meu rosto no mesmo instante.

Jimin mordeu seu lábio, ficando lindamente corado com aquilo. Lindo. Roçou seu nariz no meu, me tendo beijando-o forte no segundo seguinte. Sua boca inchada era tão doce.

Droga... Eu nem conseguia pensar em momentos como esse entre nós antes. Sério, eu só ficava nervoso o suficiente para fechar meus olhos, querendo e parando de pensar naquilo. Não pensei que ele fosse ver duas partes de mim tão nitidamente em apenas um dia.

Eu tinha certeza de que não iria conseguir, mas Jimin me fez ficar imerso. Ele faz com que minha cabeça se esqueça das inseguranças.

É sempre tão inevitável e surreal.

Notei que minha camisa de seda estava completamente aberta, coisa que ele fez sem que eu notasse. De novo. Eu estava tão desnorteado que só percebi mesmo quando senti sua outra mão na minha barriga, arranhando e tateando com vontade.

Novamente, comecei a me contorcer pelo ritmo mais rápido e pelo afinco com que Jimin me masturbava. Estava tudo tão ridiculamente quente e arrepiante. Ouvi-o suspirar quando eu gemi um pouco mais agoniado pelos dedos brincando com minha fenda, fazendo o pré-gozo escorrer muito mais.

— Sua voz está trêmula — comentou, sorrindo pra caramba.

Droga, eu já sei, Jimin hyung!

Corei violentamente com aquele seu sorriso e fechei a boca para parar de gemer trêmulo, mas aquilo só deixou minha voz ainda mais vulgar. Eram tipo murmúrios segurados, e ainda eram trêmulos, não deu certo mesmo, então parei de tentar reprimir. Reprimir só deixava tudo pior.

E, de qualquer forma, eu nem tava muito com a cabeça no lugar mesmo. Parecia que eu estava chapado, que nem daquela vez.

A diferença é que eu sinto muito mais dessa vez.

Fitei sua boca e depois desci meu olhar, espalmando quase que inconscientemente meus dedos por seus ombros, admirando seu peitoral e seu pijama bagunçado; os cabelos molhados desgrenhados. Desci minhas mãos por sua cintura, tateando Jimin inteiro no percurso, caindo com o olhar na sua calça novamente. E ao ver, de novo, o volume, eu me senti tremer.

Na verdade... Aquilo me excitou tanto que eu realmente pensei que fosse gozar.

Só que eu...

Eu não quero gozar sozinho.

— E-espera... — Eu resmunguei, sentindo aquele rebuliço arrepiante nas minhas pernas. — É-é sério, espera... hyung.

Segurei seu pulso, parando-o e olhando nos seus olhos ao que deixava um gemidinho rouco escapar, me fazendo ofegar muito. Eu estava trêmulo.

Ainda tremi um pouco e tive certeza de que me desmancharia em sua mão, bem ali, agora. Mas não.

Foi quase.

— Hnm? — resmungou, ameaçando movimentar sua mão e é claro que eu o segurei com mais firmeza, parando-o. Voltei meu olhar para sua calça, muito corado e desnorteado.

Desde que entramos aqui, parece — e é verdade — que Jimin fez tudo, e eu nada. Só segurei sua cintura e beijei seu pescoço. É, e até isso parecia demais para mim. Eu não sou do tipo que consegue fazer essas coisas, mesmo quando é tão pouco... Eu quero fazer mais. Quero tocá-lo muito mais.

Eu sou um lixo, sei disso, mas tô tentando mudar. Porra.

Gemi um pouco, com meus olhos na sua calça, vendo como suas bochechas coraram diante disso quando voltei a fitá-lo. Ah eu tava meio que vidrado na ereção dele. Era bom de olhar, ah...

Preciso dizer... Preciso...

— E você? — Estou decepcionado.

Foi só o que consegui dizer, na verdade, quis mais que tudo que Jimin apenas lesse novamente minhas intenções, sem que eu precisasse definitivamente ditar elas.

Mas é claro que não é assim.

— Tudo bem, Jeonggukie... — Jimin me deu uma série de beijinhos no ombro, começando a me tocar sutilmente.

— N-não... Jimin — Apertei seus braços, olhando-o nos olhos. — Eu quero que... você também... — Fitou-me, suas bochechas ainda coradas e o olhar escuro. — Por favor... — supliquei.

Vi-o ficar realmente vermelho e meu rosto ardeu ainda mais — se é que é possível, mas minha cara parecia estar 'num forno — porque não pensei que Jimin ficaria envergonhado, nem nada. Ele era tão sensual e no controle que não achei que fosse ficar constrangido como eu.

Eu queria fugir daquele olhar tão lindo e sensual ao mesmo tempo, então fiz o que eu sabia fazer: enfiei meu rosto no seu pescoço. Aproveitei para beijar e sentir com mais força todo o seu cheiro gostoso. O aroma do Jimin está, realmente, me excitando demais agora. Ele inteiro me excita.

Acho que nunca pensei nisso antes, mas agora, tá martelando demais na minha cabeça...

Fechei os olhos, sentindo sua movimentação e me afastando um pouco para observar. Minhas bochechas arderam tanto. Meus olhos seguiam seus dedos, desabotoando cada botão da camisa do seu pijama, um por um. Ele só estava se despindo e meus dedos continuavam tremendo, minha mente um pouco bagunçada, mas não quis sair dali ou parar de olhar. Eu não conseguia parar de querer ver mais.

Com a camiseta desabotoada, vi-o deslizá-la até os cotovelos, deixando seus ombros nus, o peitoral e barriga expostos; apenas seus pulsos cobertos e um pouco de suas costas. Segurava a blusa em si, mas estava tão... tão...

Droga, ele tem um corpo tão sensual. Sensual?! Não sei nem defini-lo, mas ele é todo atraente, isso é tão difícil de lidar...

Ele é gostoso. Porra, como Jimin é gostoso!

Desci o olhar, levando ambas minhas mãos até sua barriga; segurando sua cintura entre meus dedos. Acariciei sua pele, sentindo a maciez na minha palma, a quentura afagando-me. Minha cabeça inclinada tocou a sua e ele levou a mão esquerda até meu rosto, acariciando carinhosamente.

Jimin jogou-se na cama bem ao meu lado, segurando minha nuca e puxando-me para cima dele, me fazendo beijá-lo de imediato. Separei-me um pouco, apoiando-me em um dos meus cotovelos, colado a ele, que estava tão perto e quente que parecia que éramos um só.

Oh, Deus...

Senti a movimentação em sua calça e isso me fez olhar ansiosamente para sua mão. Quando ele estava prestes a despir-se mesmo, mesmo, enfiou o rosto na minha frente, com um biquinho.

— Gguk-ah, não fica olhando assim... Eu vou ficar tímido. — Ele murmurou com as bochechas coradas, me fazendo sorrir um pouco. Aquele beicinho, uh.

Beijei-o nos lábios, e nesse meio tempo, ele tirou o falo das calças e, sem hesitar, juntou-o ao meu, me fazendo gemer surpreso contra sua boca no mesmo segundo.

Empinou-se todo para que pudesse nos envolver ao mesmo tempo, juntando sua glande a minha. Indo e repuxando com maestria, dando bombardeadas sutis e molhadas e tendo-me fincando as unhas quase inexistentes de tão curtas em sua pele.

Tentei fitar seu rosto, apenas ele que gemia, com aquele rostinho esculpido por um anjo todo corado. Aish, que boca maravilhosamente inchada. Mas era tão difícil quando o sexo dele esfregava-se contra o meu, junto dos dedos macios e pequenininhos. Dedos tão, tão macios.

E, nossa, como ele gemia. Eram ruídos tão baixinhos e gostosos. A voz dele é simplesmente a coisa mais gostosa do mundo, droga, como que eu lido com Park Jimin?

'Num impulso e arrepiado demais, eu pus minha mão sobre a sua, totalmente seduzido por seus movimentos e, repentinamente, querendo me movimentar também. Jimin parou, olhando para mim e respirando contra meu rosto. Resmunguei algo sobre como ele é realmente muito lindo antes de dar uma lambida sutil e atrapalhada entre seus lábios, mordiscando com fervor em seguida.

Com meus dedos sobre os seus, eu ditei o ritmo de repente, que era lento. Depois eu quis senti-lo na minha palma, ele, então parei. E quando peguei em seu membro, Jimin gemeu meu nome. E isso foi bom.

Deslizei a mão lentamente pelo seu pênis, de cima até embaixo, gostando da textura na minha palma. Chegando na glande, fiz algo que era gostoso, que eu sabia que era; roçando o polegar na fenda, sentindo o filete de pré-gozo melar meus dedos, obrigando-os a escorregarem satisfatoriamente agora.

— Jeongguk... Ggukie...

As expressões alheias me arrepiaram. Arfou, apoiando sua testa na minha e selando os lábios na minha bochecha de forma atrapalhada.

— O quê?

Sua cabeça caiu na cama e ele começou a remexê-la, os ombros vermelhos e eu todo vidrado nele. Cara, não conseguia parar de captar todos os pequenos detalhes de Jimin, e ele estava pelado, então... eram realmente muitos detalhes. Muita curva bonita de uma vez só.

Mmn, só não para de me tocar... — ditou manhoso, fazendo-me olhar-lhe, arrepiado. — Por favor.

Meu Deus.

Gemi um pouco porque, obviamente, ouvir qualquer coisa sair dos lábios de Jimin naquele tom me dava um prazer gigantesco. Beijei sua bochecha antes de começar a olhá-lo mais, e mais...

Caramba, Jimin é tão lindo.

Primeiro, observei a vermelhidão de seu peito, ombros e pescoço, ele estava mesmo todo vermelho e era apaixonante demais. Lindo mesmo, muito, muito lindo. Os olhos apertadinhos, fechados, não percebendo como eu explorava-lhe todo com o olhar, realmente muito seduzido por seus traços. E eu realmente reparei nas pintinhas espalhadas por seu peito e tinha uma em especial bem pertinho do seu mamilo. Era tão pequenina e delicada que eu me afastei um pouco e me endireitei apenas para dar um beijinho nela e, consequentemente, roçar minha boca em seu mamilo, podendo sentir seu falo pulsar forte sobre minha palma.

Um gemidinho mais miúdo escapou-se, fazendo-me fitá-lo surpreso e até mesmo maravilhado.

A cabeça dele continuava jogada para trás e nem chegou a abrir seus olhos, me tendo fazendo de novo, beijando outra vez seu peito, mais especificamente, no pontinho eriçado e muito delicado. Não acho que existam mamilos que não sejam delicados, mas o dele parecia um pouco mais do que qualquer um, enfim...

Eu realmente beijei mais uma vez, desta vez um toque mais molhadinho e puxado, sugando a tez brevemente, dando um chupão que estalou baixinho.

Jimin se arrepiava e levantava os ombros, me fazendo descobrir outro pontinho seu, quase ou mais, sensível que sua nuca. E eu não me segurei por isso, dando um mordiscada leve, que me deixou envergonhado, porque Jimin me encarou assim que eu o fiz.

Meu braço doía bastante, então quando fui trocar a forma como me apoiava, Jimin simplesmente sumiu de baixo de mim. Eu estava tão arrepiado e prazerosamente tonto, que fiquei confuso; só virando meu rosto para os lados, tentando encontrá-lo.

Eu estava muito envolvido, então...

Meus ombros foram agarrados e eu suspirei surpreso quando ele virou-me na cama, de forma delicada, embora seus toques tivessem força. Sentei-me de frente para ele, ofegando ao vê-lo tão nitidamente, tão... nu.

Senti suas unhas em meus braços e afastei minhas pernas para deixá-lo se sentar sobre elas. Jimin suou, segurando meu membro junto ao seu e, começando a bombardear rápido demais para eu conseguir correspondê-lo de qualquer forma. Ele só voltou a nos masturbar de novo e de repente, cara, eu não consegui pensar em nada.

Apertei os lençóis, assistindo-o se impulsionar pare frente, circulando nossas glandes molhadas com a palma, usando ambas as mãos agora. Eu suei, eu estava pegando fogo. Nem conseguia mesmo beijá-lo de tão imerso que estava naquele prazer. Enfim, coloquei minhas mãos em seu quadril, descontando meu descontrole ali, puxando-o com imensa força.

Fechei os olhos com a pressão, engasgando um gemido; sentindo o tremor ao extremo nas minhas pernas e a quentura em minha pélvis. Eu estava chegando. Comecei a respirar rápido demais; morder os lábios com força demais e, cada vez que ele ia e voltava, eu soltava gemidinhos frustrados demais. E Jimin era rápido, então eu estava meio que engasgando e engolindo um gemido atrás do outro.

Era vergonhoso e esquisito pra caralho, mas eu não conseguia me segurar...

— Jimin... — chamei baixinho, sentindo meus olhos arderem. Não acredito que estava tão excitado que comecei a lacrimejar. — Hyung... Jimin hyung... — Foi realmente a última palavra que eu disse antes de tremer um pouco. Na verdade, eu tremi bastante.

Minhas pernas começaram a ficar quentes e comecei a impulsionar meu quadril para cima; na verdade, só o fiz duas vezes antes de, de fato, sentir-me queimando e tremendo.

Fechei meus olhos e fui beijado no mesmo segundo em que gozei, desmanchando-me inteiro nas mãos alheias.

Passei a sentir o líquido quente em minha própria barriga e, realmente, não parava. Continuei a gozar, pra caralho, e por ele não parar de mexer aquela mãozinha dele, eu continuava vindo. Já estava me contorcendo todo pela sensibilidade extrema e deliciada; fechando meus olhos com força e empinando as costas, querendo gritar. Mas me limitei a pôr a mão na nuca de Jimin e puxá-lo para me beijar, assim, abafando minha voz.

Eu devo ter beijado muito mal mesmo, porque, cara, não conseguia nem pensar direito. Não conseguia pensar em nada! Comecei a sentir sua boca em meu queixo enquanto eu jogava a cabeça para trás, sentindo a textura melada em meu abdômen, enquanto minhas pernas encolhiam-se por causa dele.

Eu estou sensível demais, mas ele não para...

— Nossa... — supliquei, olhando-o com um pouco de dificuldade. — N-nossa... Jimin...

Ele não para.

— Hum?

Porra, hyung.

Comecei a me remexer, ofegando ao que olhava para sua ereção contra a minha; Jimin ainda não gozou. Ele continuava nos masturbando com força e eu comecei a ficar todo trêmulo, muito mais do que antes. Eu nunca senti algo assim. Porque eu havia gozado e ele não havia parado de tocar. Por causa do orgasmo, tudo estava muito mais melado, escorregadio e quente do que antes.

Acho que vou ter um ataque cardíaco.

— Hyung... n-nossa... ah... — Jimin começou a mordiscar os lábios com força e, quando ele passou a perder o ritmo, ao que olhei para ele, pude sentir mais um pouco do gozo escorrer-se de mim, dando-me um alívio no coração. Joguei-me ainda mais na cama.

Não acredito que realmente gozei mais...

Está ardendo.

O Park se afastou um pouco e, masturbando-se ele mesmo, ele gozou em minha barriga, vindo forte — mas não tanto quanto eu —, chegando até meu peito. Eu ofeguei, observando a imagem pornográfica; a cena pornográfica, enquanto me sentia realmente atraído pelo tom alto de Jimin naquele momento.

Manhoso... Manhoso.

Caramba, eu não acredito.

Fiquei observando com os olhos quase que arregalados — não de surpresa, e sim por querer enxergar com clareza naquela escuridão — o gozo escorrer da fenda de Jimin e, puta que pariu, eu não sei por que gostei tanto de fitar o líquido esbranquiçado cair em minha barriga. Era muito bom, caralho.

Não acredito, será que sou um pervertido?

Suspirei um pouco, fechando meus olhos e sentindo-me cansado. Meu coração continuava pulsando forte e meu peito parecia inquieto; subindo e descendo, junto da minha respiração afobada. Eu não sei se estou surpreso, deslumbrando ou cansado. Honestamente, era de tudo um pouco. Porque...

Puta que pariu, gozar por causa de outra pessoa é bom demais.

Abri os olhos ao sentir uma textura diferente pressionando meu abdômen, acabando por ver que era Jimin, limpando-me com um pano que ele tirou não sei de onde. Parecia lã.

Ele riu um pouco, ainda alisando toda minha barriga com o tecido, limpando cada cantinho sujo e dizendo:

— Se Jongin hyung perguntar, não foi a gente que gozou na cama dele. Tá?

Pfft.

Ri baixinho, erguendo um pouco o tronco para me aproximar e me sentar na cama. Olhei-o um pouco tímido, mas não resistindo a vontade de levantar minhas mãos e puxá-lo para um abraço. Sorri, sentindo a quentura da sua pele contra a minha, a maciez de suas costas em minha palma. Ele estava tão quentinho, assim como eu...

— Você é realmente o melhor, hyung.

Senti as mãos delicadas segurarem os fios curtos da minha nuca, 'num afago só bom demais para ser verdade. Respirei contra seu ombro, sentindo o aroma bom de seus cabelos.

Realmente, bom demais para se verdade.

Quando escutei a porta do quarto começar a se abrir eu, com rapidez e força, 'num impulso realmente desesperado demais, agarrei Jimin e saí rolando na cama, no intuito de nos esconder.

Caímos juntos da cama, comigo por baixo dele e minhas costas batendo contra o piso, fazendo um baque alto. Resmunguei um "au", vendo como o hyung se afastou logo depois, parecendo tão desesperado quanto eu.

— Jimin? — reconheci a voz, claramente, Lee Taemin estava na porta.

Jimin se abaixou de novo, apoiando as mãos no meu peito e encolhendo-se para que a cama de casal continuasse escondendo nós dois do indivíduo que entrava sem bater. Respirei um pouco afoito, ouvindo os passos alheios pelo cômodo, sentindo meu rosto arder só de pensar nele me encontrando naquela situação, nos encontrando naquela situação.

Um. Dois. Três. Quatro passos.

A luz sendo acesa. O barulho de um zíper se abrindo, se fechando e...

A porta se fechou.

Ele saiu do quarto.

Soltei todo ar que segurava, fechando meus olhos num alívio sem igual. Caramba, ele quase... quase nos viu.

O que custa bater antes de entrar?

— Merda, eu esqueci de trancar a porta — disse Jimin, se erguendo um pouco. — Você está bem? — perguntou, rindo um pouco da minha cara de dor.

— Sim, você é levinho, pô... — resmunguei, realmente dolorido e, de quebra, ganhando um tapa seu no ombro. Ri em meio a dor.

O lençol enrolou-se em nós no caminho até o chão, então aproveitei para me cobrir com ele quando Jimin se levantou, puxando sua calça e me estendendo a mão em seguida. Neguei com a cabeça porque nem fudendo que eu vou ficar de pé agora. Estou completamente nu! Jimin tinha sua calça pelo menos.

Eu não tenho nada.

— Levanta logo — disse, rindo da minha timidez repentina.

— Não. Olha pra lá! — pedi, vendo-o sorrir um pouco mais.

— Por quê? Te vi pelado agorinha mesmo.

— Não importa, vira pra lá! — pedi, me emburrando.

— Agora tá claro, levanta aí!

— Jimin!

— Qual é o problema? Vamos, venha cá. — Aish, ele não vai mesmo desistir.

Fiquei olhando pra ele e ele olhando pra mim. Era estranhamente engraçado, porque eu estava emburrado e nu, enrolado 'num lençol que cobria pouco das minhas partes íntimas e Jimin de pé, sem camisa, com sua calça de pijama vestida do lado errado e um sorriso engraçado plantado nos lábios.

Ok, preciso fazê-lo se virar.

Pensa, Jeongguk... Pensa...

Ah!

— Meu Deus, o que você está fazendo aqui, mãe?! — Eu exclamei "surpreso", olhando "desesperado" para a porta.

Ao que Jimin olhou assustado para também, claramente, caindo na minha estratégia, eu me levantei rapidamente, puxando mais o lençol e conseguindo esconder pelo menos do meu quadril para baixo daquele hyung insistente. Aish!

Corri rapidamente e abri a porta do banheiro — é, havia banheiro no quarto de hóspedes —, enquanto ouvia a risada de Jimin, que segurou o lençol de um jeito que 'num deu para eu fugir. No último segundo, ele viu meu bumbum, mas pelo menos não tive de lidar com sua reação ou a minha vergonha, pois adentrei o toalete logo depois, me fechando lá rapidamente.

Ufa!

Comecei a escutar a risada baixinha vindo do outro lado da porta e respirei fundo, massageando meu cabelo bagunçado sem saber se me sentia envergonhado ou entretido. Foi engraçado correr nu de Park Jimin, embora continuasse sendo constrangedor. Aish... Nem sei mais.

— Ggukie-ah, você vai ter que abrir a porta para eu te dar roupas — murmurou e me senti o maior imbecil do mundo. Esqueci disso. — Foi mal, eu me empolguei, você é muito lindo mesmo, eu queria olhar mais. — Eu coloquei as mãos nas minhas bochechas, fechando os olhos ao sentir a ardência. São muitos elogios. — 'Num vou olhar, abre aí... Me dá um beijinho.

Hunf. Agora ele pede beijinho.

Abri a porta, escondendo o que dava de mim atrás dela e colocando só o rosto para fora.

— Onde estão minhas roupas? — perguntei, vendo que estava de mãos vazias.

— Estão sujas. — Hã? — Eu usei elas pra limpar nossa porra.

Puta que pariu.

— Por que você tem que usar essa palavra?! Aish! — suspirei, enquanto ele continuava risonho. Risonho demais 'pro meu gosto, tsc.

— Eu usei pra limpar nosso esperma, então. — Piorou. Comecei a esconder o rosto, envergonhado pra caralho. — Tá, parei. É que você tá corando no peito também, e é tão lindo.

— Você não presta, hyung. — Não acredito que depois de todo esse tempo ele continua provocando vermelhidão em mim. Droga!

Jimin sorriu, deitando o rostinho lindo no batente da porta enquanto olhava-me.

— Ei, me beija. — Não acredito na cara de pau desse hyung. — Me beija pra eu ir lá pegar outro pijama pra você.

Suspirei, realmente surpreso em como ele conseguia parecer um anjinho do nada, quando há segundos atrás, era o diabinho. Céus.

Com um bico enorme, eu me aproximei, ainda escondido e dando-lhe um beijo breve na boca rechonchuda, podendo sentir o sorrisinho alheio contra meus lábios. Ah, dane-se também. Nunca consigo persistir nessa coisa de ficar bravo mesmo.

— E agora, você vai pegar? — perguntei bem pertinho de seu rosto, recebendo um selar na bochecha antes dele afirmar:

— Vou sim, meu bem.

Evitei sorrir pois ainda estava emburrado, murmurando um "obrigado" ao que fechava a porta do banheiro novamente. Suspirei e resolvi tomar uma chuveirada, só porque estava um pouco suado e sujo de sêmen. É, eu estava.

Saí do banho no mesmo momento em que o Park bateu na porta, alegando que meu pijama estava perto do chão. Ele demorou um pouco, então...

Quando vestido, saí do banheiro, observando o hyung vestir um lençol novo na cama de casal, um pouco distraído.

Ao que me notou no quarto, Jimin sorriu em minha direção, vendo como fiquei confuso com ele trocando as roupas de cama. Quando me explicou, dizendo que colocou tudo que a gente sujou para lavar, fiquei muito envergonhado. Meu Deus, então realmente sujamos coisas?!

O pijama de agora era muito mais quentinho que o outro, então fiquei feliz. Atravessei o cômodo, um pouco distraído com a tonalidade do céu. Já estava amanhecendo. As luzes foram apagadas e meu coração acelerou um pouquinho. Aquele quarto escuro sempre me deixaria arrepiado pelas lembranças quentes e frescas.

Quando me deitei na cama, já sabendo que Jimin estava ali, ouvi-o murmurar um "onde está seu celular?" e, respondendo-o, eu lhe entreguei.

Deitamos pertinho e fiquei observando-o mexer no meu celular, abrindo a galeria e dizendo que queria ver o vídeo da formatura. Quando deu play, fiquei envergonhando demais. Nossa! Sem perceber, fiquei murmurando um monte de coisas enquanto ele discursava. Ficava "oh, como ele é lindo" e "Jimin, tão fofo, que lindo esse cabelo, ahh Deus" e mais um monte de suspiros e murmúrios apaixonados. Merda, nem percebi!

Ele começava a rir, dizendo que eu era muito fofo enquanto enviava aquele vídeo para seu telefone. Minha mão descasava em sua barriga pelada. Engraçado, ele não colocou uma camisa depois daquilo tudo. Vou dormir contra a pele dele hoje.

Quando o papo cessou e começamos a realmente ficar com sono, eu fitei Jimin no escuro, me lembrando e perguntando:

— Ei, de quem era aquela moto?

Jimin riu, rouco de sono.

— Jaebeom hyung. — Oh, eu me lembro desse doido.

— E você sabe dirigir desde quando?

— Desde outubro — disse. — Foi presente de aniversário.

— A moto?

— Não. Aprender a pilotar. — Riu baixinho. — Você gostou?

— Do quê?

— De me ver andando de moto? — perguntou.

Ri um pouco, lembrando-me de como fiquei intimidado de forma boa. Aish.

— É claro que sim.

Jimin riu baixinho, murmurando algo sobre como gostava muito de mim antes de dar um beijinho na minha testa, abraçando minha cabeça até meu rosto estar aconchegado em seu peito nu; que permanecia quentinho e aconchegante.

Não vi quando dormi, nem mesmo quando os passarinhos começaram a cantar, mostrando que estávamos adormecendo no horário errado. Mas pude ver com clareza o momento exato o qual meu coração bateu rápido e pareceu confirmar que eu estava seguro.

Me sentia seguro.

E pra mim, aquilo era simplesmente a coisa mais importante do mundo.

De fato...

Eu estava feito.

[...]

💜

iti malia

informações sobre a fific:

nome: Ele é como Rheya

Sinopse: É o começo do primeiro dia de aula depois das férias de verão quando Jeon Jeongguk sente que o ano letivo de 1983 será como qualquer outro. Ou seja: comum e muito chato. O que depois de alguns minutos ele descobre ser um completo engano, já que um garoto mestiço sobe, pela primeira vez, no mesmo ônibus escolar que o seu. E de comum e chato, o novato ruivo, Park Jimin, não tinha absolutamente nada.

Mas mesmo assim, para Jeongguk, o mais incomum em tudo aquilo era a ligação que, em sua cabeça, havia entre sua querida Rheya e Park Jimin.
[ANOS 80] jimin + jungkook

você pode encontrar a fic no meu perfil aqui~ obrigada por tudo, vocês são uns anjos. amo vocês, muito. obrigada por tudo, obrigada...

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